quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Parceria entre empresas traz plataforma global de IoT

  

Solução atenderá às necessidades emergentes das companhias.
Intenet das CoisasA Inmarsat, empresa de serviços de comunicações via satélite, firmou uma parceria com a Actility, companhia do setor em redes de longa distância e baixa potência, para oferecer uma solução de Internet das Coisas (IoT) para conectar ativos em qualquer lugar do mundo por meio de redes públicas e privadas.
Essa parceria combina a conectividade global da Inmarsat com o ThingPar da Actility, a plataforma de gestão de IoT, para entregar uma solução integrada para a internet das coisas. Ela reúne conectividade, serviços e dispositivos IoT em uma única ferramenta de gerenciamento de serviços para conectar objetos em qualquer lugar do planeta, mesmo nos locais mais remotos e hostis.
“A Inmarsat conta com uma longa e bem-sucedida história no fornecimento de conectividade remota”, afirma Greg Ewert, presidente da Inmarsat Enterprise. “Esta parceria proporciona uma flexibilidade adicional para as redes IoT – ou seja, integradores de sistemas e clientes que utilizam a conexão da Inmarsat e a solução da Actility poderão conectar todos os seus ativos em uma única plataforma, sem ter que perder tempo e recursos para lidar com vários provedores, sem falar na redução de custo e da complexidade causada por múltiplos contratos de roaming. A parceria também coloca a Inmarsat em uma posição mais próxima do mercado da Internet das Coisas.”
A Inmarsat anunciou recentemente sua entrada para a LoRa Alliance, uma organização sem fins lucrativos que promove o padrão de conectividade LoRaWAN para redes de longa distância e baixa potência (LPWAN). Essa parceria significa que os ativos que utilizam o padrão LoRa agora podem se conectar às redes globais da Inmarsat com uma integração e interoperabilidade contínua, mesmo em áreas onde a cobertura celular ou terrestre não esteja disponível ou não seja confiável.
“A Actility está entusiasmada em poder colaborar com a Inmarsat para oferecer aos clientes globais uma solução de ponta-a-ponta e um único ponto de gerenciamento de serviços para conectar seus ativos e realizar negócios de IoT em qualquer lugar do mundo por meio da plataforma ThingPark™ LoRaWAN”, afirma Olivier Hersent, CEO e CTO da Actility.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Cinco tendências que impactarão a segurança urbana

Avanços tecnológicos estão transformando a forma de oferecer segurança pública para a população, e muito ainda está por vir
23 de Fevereiro de 2016 - 07h00

Em 2016, a tecnologia de videovigilância digital completa 20 anos. Até 1996, todas as câmeras no mundo eram analógicas, mas hoje tornou-se regra utilizar as chamadas câmeras IP para dispor de imagens em alta resolução, visualizadas ao vivo em qualquer lugar do mundo, e recursos avançados para ler a placas de veículos, identificar padrões de comportamento e até reconhecer pessoas pelo rosto. Esses avanços tecnológicos estão transformando a forma de oferecer segurança pública para a população, e muito ainda está por vir.
São avanços que chegam em boa hora ao Brasil. Pesquisas apontam que a segurança é, hoje, a principal preocupação dos brasileiros. O maior desafio para os próximos anos, além de substituir as antigas câmeras analógicas por sistemas de alta qualidade, é o de otimizar o aproveitamento das imagens em combinação com um trabalho de inteligência das polícias.
Nesse sentido, considerando as tecnologias disponíveis hoje e os projetos em curso envolvendo monitoramento urbano, identificamos cinco tendências que serão objeto de investimento de muitas cidades ao longo deste ano, consolidando um processo de modernização que, quando bem executado, garantirá redução nos índices de homicídios, roubos, furtos e outros crimes.
Em conjunto, as tendências a seguir mostram que estamos caminhando para a construção de ambientes urbanos onde as tecnologias são adotadas segundo sua efetividade: não apenas para gerar uma sensação momentânea de segurança e dar suporte ao discurso pontual de políticos, mas para resolver problemas concretos enfrentados pela sociedade.
1. Integração de dados nas Cidades Digitais - O termo Cidades Digitais se refere ao investimento em tecnologias que elevem as cidades a um novo patamar de integração de informações e geração de inteligência para melhorar o serviço prestado ao cidadão. Mas não adianta oferecer pontos de acesso público à internet, por exemplo, se algumas necessidades básicas não são atendidas. Uma cidade inteligente começa por uma cidade segura, incluindo a integração dos dados de diversos órgãos públicos como SAMU, Corpo de Bombeiros e Polícia, com um único intuito – proteger o cidadão.
A imagem de uma câmera que flagra um acidente num cruzamente poderá ser vista em tempo real pelo SAMU, pelo órgão de trânsito e pelas polícias, gerando ações paralelas e com uma resposta bem dimensionada. Do ponto de vista do cidadão, o poder público precisa prestar um atendimento completo, independentemente de como esteja estruturado. Entre a demanda da população nas ruas e a resposta dos órgãos de assistência, estarão cada vez mais as câmeras.
2. Compartilhamento de imagens privadas com o setor público – Câmeras particulares de restaurantes, lojas ou bancos começarão a ser compartilhadas em tempo real com o órgão de segurança estadual ou municipal e passarão a integrar a área de cobertura por videomonitoramento da cidade.
Alguns programas pioneiros já são conduzidos em estados como São Paulo e Amazonas. Trata-se de uma forma simples de ampliar a capacidade de atuação da polícia, e que deve ser adotada por mais estados em 2016.
3. Popularização de câmeras inteligentes - Com o salto tecnológico dos últimos anos, atualmente o mercado já conta com câmeras de segurança capazes de reconhecer rostos e ler placas de carro. Além de apontar a localização de um suspeito ou de um veículo roubado, estes equipamentos contribuem para reconhecer o método de atuação das quadrilhas e, assim, dar suporte ao trabalho de inteligência da polícia. Também estão surgindo no Brasil projetos envolvendo câmeras que controlam semáforos de acordo com a presença ou não de veículos na via – o que otimiza o trânsito e reduz o tempo de deslocamento.
Devem surgir ainda grandes projetos envolvendo câmeras que geram alertas para os operadores na sala de controle quando um veículo anda na contramão, quando para no acostamento ou em local proibido, ou quando um caminhão recém roubado acaba de passar por um ponto monitorado. Em breve, serão até mesmo gerados alertas automáticos ao se ouvirem tiros nas proximidades. Tudo isso já existe e estará mais presente nas ruas este ano.
4. Avanço de câmeras em deslocamento - Ainda com o intuito de ampliar o alcance da visão estratégica da polícia, uma das tendências em segurança é a implantação de câmeras em transportes públicos. Os equipamentos podem gravar imagens ao longo do dia para que, quando necessário, permitam identificar a ação de criminosos. Mas também já é possível visualizar tudo em tempo real.
Essa nova possibilidade se dá graças à evolução tecnológica. Hoje, as câmeras IP podem ser pequenas, com resolução Full HD, resistentes a tremores e choques para manter a imagem estável, e dotadas de compensação automática de variação de luz para gerar imagens de qualidade independentemente da iluminação.
A este exemplo somam-se as chamadas câmeras vestíveis, que podem ser inseridas nos coletes de policiais - algo essencial para a segurança durante manifestações ou grandes eventos, como serão as Olimpíadas este ano.
A ação policial também ganha com a implantação de câmeras dentro de viaturas, o que garante a transparências na prática cotidiana desses profissionais e pode gerar provas contra suspeitos.
5. Amadurecimento do conceito de monitoramento urbano – Existem mitos e falácias que só são desvendados com o tempo. Passados 20 anos da criação da câmera IP, é natural que haja um amadurecimento em relação ao retorno sobre o investimento. É cada vez mais claro, por exemplo, que quantidade de câmeras numa cidade não garante redução de crimes. Algumas cidades onde se instalaram câmeras perceberam que as imagens, sozinhas, não bastam. Por outro lado, existem cidades com um número limitado de equipamentos que conseguiram, em pouco tempo, diminuir a criminalidade. Como? Associando a tecnologia com um trabalho tático visando à otimização dos recursos humanos, ao compartilhamento das informações e a uma atuação conjunta entre setores público e privado, e mesmo entre diversos órgãos do setor público.
Existem outros pontos que pouco a pouco começam a ser mais observados. Algumas licitações já incluem, por exemplo, a realização de uma prova de conceito para verificar se as características técnicas anunciadas pelo fabricante correspondem ao desempenho real do equipamento. Isso é benéfico porque, muitas vezes, os produtos licitados oferecem bem menos do que prometem, e essas marcas são automaticamente excluídas do processo. Assim, o cidadão não compra gato por lebre.
Esse amadurecimento é natural na medida em que os gestores públicos observam o sucesso de algumas cidades no combate ao crime, em comparação com o fracasso de outras. Em meio a resultados díspares, o ano de 2016 mostrará que as melhores experiências em prol da segurança das pessoas derivam da combinação entre tecnologias avançadas e um compromisso dos gestores com a otimização de seus recursos e o uso estratégico das ferramentas disponíveis.
*Andrei Junqueira é gerente de Vendas e Novos Negócios da Axis Communications.

Old-fashioned electric co-ops help fill rural broadband gaps


Cooperatives that arose out of 1930s New Deal policies to bring electricity to rural areas are expanding into the broadband business, hoping the investment will boost their local economies and keep young workers from migrating to cities. Most of these areas are too spread out for larger telecoms to serve profitably, CenturyLink's Mark Soltes says. The Denver Post/The Associated Press

Tech firms form Open Connectivity Foundation for the Internet of Things


Tech companies including Cisco, Intel, Microsoft, Qualcomm and Samsung have formed a group dedicated to standardizing development for the Internet of Things. The Open Connectivity Foundation is meant to "create IoT solutions and devices that work seamlessly together," the group said. Qualcomm's Michael Wallace added, "We believe that fragmentation is the enemy of IoT." The new foundation will replace the Open Interconnect Consortium, formed in 2014.VentureBeat

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Fortaleza terá 10 estações com 15 carros compartilhados em abril


Prefeitura de Fortaleza vai lançar edital em 11 de fevereiro.
Usuário precisará pagar taxa de adesão mensal e taxa de uso.

Viviane Sobraldo G1 CE
A capital cearense deverá ter 10 estações de carros compartilhados com 15 veículos elétricos em funcionamento até a primeira quinzena de abril deste ano. A previsão é que edital do sistema seja lançado no dia 15 de fevereiro para as empresas interessadas, anunciou a Prefeitura de Fortaleza na manhã desta quinta-feira (21). De acordo com o prefeito Roberto Cláudio, será o primeiro sistema público de carros elétricos compartilhados do país.
O projeto, em caráter piloto, vai disponibilizar 15 veículos 100% elétricos em dez estações nos seguintes pontes: Praça do Ferreira, Parangaba, Igreja de Fátima, Benfica, North Shopping, Aeroporto, Beira Mar, Del Paseo, Iguatemi e Riomar.
"Hoje na cidade de Fortaleza estacionar o veículo é um problema. O carro compartilhado, além do ganho ambiental para a cidade, ele é bom no ponto de vista prático, econômico, e para achar estacionamento", avalia Roberto Cláudio.
Quanto custará para o usuário
(exemplos de duração de viagem)
TempoCusto
45 minutosR$ 32
1 horaR$ 44
1 hora 30 minutosR$ 62
2 horasR$ 80
3 horasR$ 110
4 horasR$ 140
Fonte: Prefeitura de Fortaleza
O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, informou que a ideia é expandir o sistema progressivamente, com base na avaliação dos usuários. A previsão é de ter, até o fim de 2017, um total de 30 estações e 45 carros elétricos compartilhados.
"Se a ideia tiver aderência, se tiver uso, nós vamos fazer a mesma coisa que fizemos com as bicicletas compartilhadas. Iremos expandir progressivamente os carros compartilhados", explicou o prefeito.
Os locais previstos para as etapas seguintes são: Messejana, Porangabuçu, Rodoviária, Montese, Instituto dos Cegos, Dragão do Mar, Aterrinho, Náutico, Assembleia Legislativa, Praça da Imprensa, Jornal O Povo, Avenida Monsenhor Tabosa, Praça Luíza Távora, Varjota, Pátio Dom Luiz, Cocó, Carrefour, Unifor, Avenida Edilson Brasil Soares e Lago Jacarey.

Cadastro
O usuário terá que realizar um cadastro em uma plataforma online e apresentar carteira de habilitação (CNH), comprovante de residência e pagar a taxa de adesão de R$ 40.
Proposta para minutos adicionais (sujeito a alterações)
R$ 0,80R$ 0,60R$ 0,50R$ 0,40
30 a 60
minutos  
60 a 120
minutos  
120 a 240
minutos 
Após 240
minutos
Por meio de aplicativo, o usuário deve reservar um veículo disponível em qualquer uma das estações e retirá-lo dentro de 15 minutos. Para retirar o veículo, ele deve informar em que estação vai devolver o carro. O usuário do sistema poderá dirigir pelo tempo que quiser.

A proposta tarifária do edital, sujeito a alterações, será de taxa de adesão mensal de R$ 40, que poderá ser revertido em crédito para os usuários. A cada uso, o motorista deve pagar R$ 20 de taxa, que vai dar direito à utilização nos 30 minutos iniciais. Depois desse tempo, será cobrado valor adicional por minuto de viagem (ver quadro acima).

Para dar baixa no sistema e sinalizar a devolução, o usuário precisa estacionar o carro em qualquer estação e plugar a tomada na estação para recarregar a bateria. "Se deixar o carro lá e não carregar, vai continuar contando os minutos. Essa é a garantia que o carro estará pronto para o próximo uso", explicou Roberto Cláudio.
Primeiras 10 estações de carros compartilhados em Fortaleza (Foto: Reprodução/Prefeitura de Fortaleza)Primeiras 10 estações de carros compartilhados em Fortaleza (Foto: Reprodução/Prefeitura de Fortaleza)
Custos do sistema
Para concorrer, a empresa operadora deve apresentar carta de patrocínio. Conforme a prefeitura, será vencedor da chamada pública quem ofertar mais carros, a partir de 15 carros elétricos.
Carros elétricos compartilhados em Fortaleza (Foto: Viviane Sobral/G1 CE)Carros elétricos compartilhados
em Fortaleza (Foto: Viviane Sobral/G1 CE)
A empresa selecionada vai ser responsável pela implantação, operação e manutenção do sistema na cidade, assim como acontece com o sistema de bicicletas compartilhadas.

O edital vai permitir multipatrocínio e co-patrocínio. Com isso, destacou Roberto Cláudio, o sistema não terá custo para a prefeitura. "Há interesses múltiplos por esse edital e a ideia é implantar um sistema que seja pago 100% pela publicidade que vai ser colocada nesses carros. A prefeitura não vai entrar com nenhum real, nem na compra dos carros nem na operação do sistema", disse o prefeito.

O projeto prevê que os usuários cadastrados possam oferecer e solicitar carona, via aplicativo. As taxas de uso, nesse caso, serão divididas entre os usuários.

"No aplicativo móvel, você reserva o carro, diz que vai da estação A para a estação B, e diz que está disposto a ofertar carona. Se outra pessoa tiver interesse nesse mesmo deslocamento, ela vai aceitar a carona. O custo desse deslocamento é dividido. Objetivo é incentivar carona e permitir que o veículo seja utilizado por mais pessoas", explicou o engenheiro do Plano de Ações Imediatas de Transporte e Trânsito (Paitt), Dante Rosado.
Bilhete Único oferece desconto
Outro incentivo anunciado pela prefeitura é que os usuários com cadastro ativo no Bilhete Único terão benefícios no sistema. "Pode ser redução da tarifa, aumento do tempo do uso", acrescentou o engenheiro do Paitt. Além disso, os carros elétricos poderão estacionar nas vagas da zona azul gratuitamente.
Parte interna do modelo que deve ser adotado como veículo compartilhado de Fortaleza (Foto: Viviane Sobral/G1)Parte interna do modelo que deve ser adotado como veículo compartilhado de Fortaleza (Foto: Viviane Sobral/G1)
O carro 
No edital, segundo Roberto Cláudio, não está especificada a marca do carro, só a teconologia, que deve ser 100% elétrico. "Entretanto, hoje só tem um carro reconhecido, licenciado pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito)", adiantou o chefe do executivo municipal. Por isso, em Fortaleza, o modelo adotado deve ser um BMW i3.

O veiculo, de acordo com o superintendente da Welle Motors, João França Júnior, é produzido na Alemanha. Para o consumidor comum, custa entre R$ 199.950 e R$ 209.950  na venda direta em diferentes versões.

Ele tem autonomia de até 200 quilômetros, requer oito horas para recarregar na tomada comum e três horas na estação que será implantada pela prefeitura. Entre as características, pneu com borracha reciclada, fibra de carbono, fibra de vidro, fibra de folha de eucalipto reciclada, plástico reciclado. Nos primeiros dias de funcionamento, agentes da Etufor e da AMC vão explicar o uso.

De acordo com o titular da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos (SCSP), João Pupo, a prefeitura já recebeu interesse de empresas para operar o sistema e também para patrocinar.
'Se bater o carro?'
"Se bater o carro, ou se for parado e estiver sem a carteira de motorista? Pelo sistema, se acontecer algum dano ou alguma coisa ao veículo naquele horário, a gente sabe exatamente quem é a pessoa responsável pelo uso. E se ele colocar o filho menor de idade para dirigir? Funciona como se estivesse dirigindo o próprio carro", afirmou o prefeito. 

Carros compartilhados x táxi
Roberto Cláudio defendeu ainda que o sistema de compartilhamento não vai concorrer com os táxis. "São usos diferentes. Com táxi, você vai para um destino, seja trabalho, uma consulta, compra, e depois volta para casa. O carro compartilhado permite vários destinos, em um horário de tempo mais longo. É um sistema complementar ao táxi", argumenta.

No cronograma da prefeitura, após o lançamento do edital em 11 de fevereiro, a abertura das propostas deve ocorrer em 26 de fevereiro, com prorrogação da abertura em 14 de março, se necessário.

O sistema de carros compartilhados em Fortaleza foi inspirado no modelo adotado em Paris, em funcionamento há quatro anos, onde atualmente existem 3 mil veículos, 900 estações, 75 mil usuários. Os números foram repassados pela gestão municipal.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Como a Internet das Coisas (IoT) vai mudar também o setor financeiro

Mercado financeiro investiu US$ 117,4 milhões em 2015 em projetos de IoT e vai ampliar os investimentos com foco em monitoramento de clientes
17 de Fevereiro de 2016 - 08h22
A Internet das Coisas (IoT) com certeza vai revolucionar alguns mercados óbvios, como o de casas inteligentes, wearables e automotivo, onde já foi estrela na última CES. Mas setores mais corporativos, como o mercado financeiro, também devem passar por grandes evoluções; algumas não visíveis aos consumidores, mas que causarão grande impacto na vida das pessoas.
E para quem ainda acredita que se trata de utopia, segundo a Harbor Research 65% dos aplicativos de IoT em produção hoje no mercado já geram receita para as empresas, percentual que deve chegar a 80% em 2018.
Voltando ao mercado financeiro, em pesquisa feita pela TCS – Tata Consultancy Services, as corporações desse segmento já reportaram investimentos de US$ 117,4 milhões, no ano passado, e planejam elevar o montante para US$ 153,5 milhões em 2018.
O principal foco de investimentos em 2015 foi o monitoramento de produtos e serviços financeiros (responsável por 32% do budget). No entanto, quem deve virar a menina dos olhos da IoT para bancos será o monitoramento de clientes, que hoje é responsável por 30% da fatia, mas em 2020 deve crescer para 34%, segundo a pesquisa.
Entre as iniciativas mais populares da IoT estão os aplicativos móveis, com 65% de adesão nos bancos entrevistados pela TCS. Na outra ponta, engatinhando, mas ganhando corpo, estão os wearables, presentes em 16% das instituições financeiras.
Atualmente, os aplicativos de celulares dos bancos já mudaram a vida de muitos consumidores através das transações financeiras que são possíveis realizar como: pagamento de contas por meio de leitura de código de barra em um celular com NFC; fazer compras por meio de aproximação de um celular ou smartwatch - através das carteiras digitais acopladas nos dispositivos; uso de biometria, onde é possível sacar dinheiro e realizar outras transações financeiras com o reconhecimento da digital.
Em termos concretos, o foco da indústria nessas novas tecnologias deve misturar segmentos que antes pareciam ser água e óleo, como o de banking com o automobilístico. Já existem inúmeros projetos de mobile payment via “carro conectado”, por exemplo. De fato, a grande tese é que a Internet das Coisas vai na verdade se transformar no Banco das Coisas.
Ou seja, é o setor financeiro se infiltrando em todas as outras verticais. Pode não demorar muito para que o Dash Replenishment Service, serviço da Amazon que reabastece produtos conectados que precisam de suprimentos, tenha espaço para parceiros do segmento financeiro.
Afinal, alguém precisa garantir a segurança nas transações financeiras. Prever o futuro é difícil, mas é certo que os agentes do mercado financeiro vão ser protagonistas dele.
* Henry Manzano é CEO para a América Latina da Tata Consultancy Services (TCS), empresa líder em serviços de TI, consultoria e soluções de negócios.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

GE pretende exportar solução de IoT criada no Brasil

 Ferramenta para automação de processos industriais permite que empresas coletem e analisem grandes volumes de dados em ambientes produtivos
11 de Fevereiro de 2016 - 18h53


O Brasil se transformou em uma peça importante na estratégia de Internet das Coisas da General Electric. As apostas feitas há algum tempo começam a dar fruto. O centro de pesquisa que a gigante industrial mantém no País desenvolveu uma tecnologia vinculada a IoT com potencial de ser exportada a plantas que a companhia mantém em outras geografias ao redor do mundo.
Trata-se de uma ferramenta para automação de processos industriais que permite que empresas coletem e analisem grandes volumes de dados em ambientes produtivos e, com isso, possam monitorar e localizar ativos em tempo real.
O projeto rodou como piloto na planta da GE Oil & Gas, em Jandira (SP). A unidade, que rastreou cerca de 4 mil ativos, usa a tecnologia para reduzir o tempo de inventário dos materiais em processo de três para um único dia, economizando, já a partir de 2016, aproximadamente US$ 300 mil por ano.
“A solução é o primeiro passo para que a cadeia de produção trabalhe de forma completamente conectada, possibilitando um novo patamar por meio do conceito de Internet Industrial”, comenta Marcelo Blois, líder da área de Software & Analytics do centro de pesquisas da companhia no Brasil.
Além da planta no interior paulista, outras duas unidades fabris da companhia no País devem ter a tecnologia implantada no futuro próximo. Além disso, a solução deve ser exportada para outras fábricas da GE espalhadas pelo mundo. Segundo o executivo, existe a possibilidade de levar a tecnologia para uma planta na Escócia (Aberdeen).
A provedora também cogita oferecer a solução a clientes. “Quando falamos em fábricas inteligentes, pensamos em diferentes lugares do mundo”, pondera o executivo. Esse plano, porém, tende a se concretizar apenas mais para frente. “Ainda não foi adiante no modelo comercial”, observa.
Alinhamento global
A solução desenvolvida por pesquisadores na Brasil alinha-se a uma estratégia mundial da GE. A fabricante pretende ser um dos grandes provedores de soluções globais de IoT aplicado em ambientes indústrias.
Há alguns meses, a empresa lançou a Predix Cloud, um uma plataforma desenhada para capturar e analisar um imenso e distinto volume de dados produzidos em um ambiente de equipamentos conectados.