quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Expo Energia 2011

«Utilities vão ter que se adaptar ou desaparecer»

2011-11-10
A teoria de Darwin foi chamada à mesa de debate na Breakout Conference da Expo Energia 2011, que decorreu esta manhã, em Lisboa. Para António Vidigal, presidente da EDP Inovação, o conceito de utilities terá que seguir a lei de sobrevivência das espécies. Ou seja, «as utilities vão ter que se adaptar ou desaparecer», concluiu o responsável, durante o painel “Empresas, tecnologias e profissionais da energia do futuro”.
A mudança do paradigma energético, para uma realidade mais flexível e baseada no conceito “smart”, está na base da afirmação proferida pelo responsável da EDP Inovação. «É preciso reinventar. Todos os conceitos necessários existem, mas é preciso integrá-los», defendeu António Vidigal.
Tendo em conta o cenário económico actual, o presidente da EDP Inovação lançou ainda o apelo à aposta no lado da gestão e monitorização, por representar um «investimento mais baixo», mas com bons resultados. Mesmo assim, é necessário «que não percarmos a marca portuguesa das renováveis, que se tornou exemplo mundial», enfatizou António Vidigal. 

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

IV SMARTGRID

Entre os dias 29 de novembro e 1° dezembro, companhia apresentará soluções para o segmento energético e palestrará sobre metodologia de cadastro técnico de redes
 
De acordo com a consultoria ZPrime, organização especializada em informações sobre Smart Grid, o mercado de tecnologia voltado para as práticas em prol das redes inteligentes de energia deve movimentar US$ 2,2 milhões até 2015 no Brasil. Neste contexto, a Elucid, consultoria brasileira de tecnologia da informação, estará presente no IV Fórum Latinoamericano de Smart Grid, que acontece entre os dias 29 de novembro e 1° de dezembro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP). 
 
“A instauração de redes inteligentes no País já é amplamente discutida e estar neste evento, que reunirá provedores de solução de TI, empresas de energia, órgãos regulatórios e governamentais, é trocar experiências e impressões a favor da modernização do setor energético”, afirma o presidente da Elucid, Michael Chenoweth Wimert Jr. 
 
No evento, a companhia demonstrará as soluções para a área de energia, que se dividem nas seguintes áreas: CS (Commercial Solution), MS (Mobile Solution), TS (Technical Solution), ES (Enterprise Solution) e IT Services. Além disso, a divisão de consultoria terá destaque no evento por parte da Elucid, uma vez que demonstrará toda expertise tecnológica que a organização possui, principalmente, focada no segmento energético. 
 
Durante o segundo dia do encontro, Hednei Marangoni, diretor de consultoria da Elucid, ministrará palestra sob o tema “O Impacto da Atualização do Cadastro Técnico para Viabilização das Redes Inteligentes”. Entre os principais assuntos estará a questão da revolução digital, trazida pelo conceito de Smart Grid, que impacta na forma de produzir, distribuir e consumir. Paralelamente, a companhia apresentará o caso de sucesso dentro da Celpa (Centrais Elétricas do Pará), que diz respeito à atualização de cadastros técnicos, por meio da metodologia de reconhecimento de imagens de ativos (postes, cabos, conectores, entre outros componentes), produzidas em campo.
 
“A partir das fotos é possível obter informações detalhadas dos equipamentos instalados. Com isso, a distribuidora consegue manter o seu banco de dados atualizado, auxiliando nos processos de manutenção e detecção de possíveis pontos de fraude, além de deixar a sua rede apta para futuros projetos de Smart Grid”, finaliza Wimert.
 
Agenda
 
IV Fórum Latinoamericano de Smart Grid
Data: 29 de novembro e 1° de dezembro
Horário: às 8h até 20h 
Local: Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. 
Informações: www.smartgrid.com.br
 
Palestra - “O Impacto da Atualização do Cadastro Técnico para Viabilização das Redes Inteligentes”
 
Data: 30 de novembro 
 
Horário: 15h 
 
Sobre a Elucid 
 
A Elucid é consultoria brasileira de tecnologia da informação, líder na oferta de soluções ao segmento de energia elétrica. Há 21 anos no mercado, a companhia apresenta 380 colaboradores e apresenta o market share de 25%. 
 
Em cinco anos, a Elucid cresceu mais de 300% em receita, atingindo o faturamento anual de R$ 151 milhões e EBITDA superior a R$ 60 milhões. Para 2012, a empresa aposta no segmento de gás e saneamento a partir da oferta de seu portfólio completo que inclui soluções de mobilidade, gestão comercial e consultoria, entre outros. Para mais informações acesse www.elucid.com.br, além dos perfis da companhia nas mídias sociais: Facebook, Twitter e LinkedIn.

sábado, 5 de novembro de 2011

                 MVNOs: de panaceia a realidade

José F. Otero

Os mercados de telecomunicações da América Latina possuem enormes diferenças entre si: taxas de penetração, adoção de serviços e níveis de consumo. Entretanto, em uma das áreas onde tradicionalmente se encontravam as maiores divergências que durante os últimos 18 a 24 meses se observaram iniciativas similares: a regulamentação. Os entes reguladores da América Latina parecem ter decido em uníssono que o número de operadoras móveis em seus respectivos mercados é muito baixo e por isso devem buscar alternativas que permitam a proliferação de novos competidores.
Idealmente, a primeira alternativa é a entrada de um novo operador disposto a investir em infraestrutura e lançar sua própria rede. No entanto, a ausência de interessados em leilões realizados no Brasil, na Colômbia e no México descarta essa opção para mercados com alta taxa de penetração móvel e operadoras estabelecidas com forte poder econômico para enfrentar a competição. Diante dessa situação, ressurge pela terceira vez na região o modelo de operadora móvel de rede virtual (MVNO, na sigla em inglês).
O incompreensível no modelo de MVNO é o hiperbólico otimismo sobre o mesmo que parece ter contagiado setores variados da indústria.Estamos distantes de quando o mercado via a Cotas Móvil, da Bolívia, como um estranho mostrengo. A realidade hoje é diferente e até países como Brasil e Chile adotaram uma legislação específica para regular esse modelo de negócios.
Um dos problemas para o desenvolvimento de MVNOs na América Latina, e mais especificamente no caso do Brasil, é que pensam que a existência de uma regulamentação imediatamente se traduzirá em êxito desse modelo com numerosas operadoras virtuais lançando serviços no curto prazo. Poucos querem se lembrar que há cerca de cinco anos uma lei similar foi aprovada no Chile, onde mais de dez licenças foram entregues mas apenas uma se materializou em MVNO: GTD.
Não há dúvida de que Brasil é um mercado que oferece muitas oportunidades para o desenvolvimento de MVNOs. Mas é preciso ter em conta que as condições de mercado do país são muito distintas daquelas da Europa de dez anos atrás. Por exemplo, quando Virgin Mobile UK iniciou suas operações, a taxa de penetração móvel no Reino Unido era de 48% e a oferta das operadoras se concentrava em serviços de voz.
Nos EUA, além de uma taxa de penetração menor, o crescimento da Tracfone (maior MVNO do mundo, com 19,3 milhões de usuários) foi sustentado na oferta de um modelo de tarifação até então inexistente naquele mercado: o pré-pago. Apesar do ambiente competitivo favorável e de mais de uma década de operação, nenhuma dessas MVNOs possui 10% de participação de mercado. Na França e na Espanha, todas as operadoras virtuais juntas somam 10% de market share.
O sucesso das MVNOs no Brasil dependerá de dois fatores básicos: o segmento de mercado que escolherem focar e o entendimento de seus investidores de que terá uma participação de nicho. As MVNOs devem ser criadas para complementar unidades de negócios já existentes. Em outras palavras: incrementar o valor da oferta de produtos já oferecidos, independentemente de serem de telecomunicações, de um supermercado ou de um banco.
Uma vez entendido que o crescimento será moderado e que o valor percebido pelo cliente justifica deixar de lado os serviços de Vivo, Oi, Claro ou TIM (para mencionar aqueles com cobertura nacional), então podemos considerar que haja espaço para modelos de negócios com possibilidade de êxito em um ecossistema móvel cada vez mais centrado em serviços de dados. Acreditar que as MVNOs crescerão apenas com preços baixos ou simplesmente vendendo SIM é ignorar a dinâmica do mercado e tentar repetir os erros de outras operadoras móveis virtuais que não tiveram muita sorte, como, por exemplo, a equatoriana Alegro e a colombiana Uff Móvil. Por último, lembrem-se que Virgin Mobile teve sucesso no Reino Unido e nos EUA, mas em Cingapura fechou suas portas com apenas um ano de vida.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Brasil testa 7 serviços de pagamento móvel

Por Cibelle Bouças | De São Paulo

Operadoras de telefonia celular e de cartões de débito e crédito, além de bancos e empresas de pagamentos têm redobrado esforços para fazer vingar no Brasil os serviços de pagamento móvel, que prometem substituir em alguns anos os tão populares cartões de plástico. Para o consumidor, esses serviços são apresentados como sendo de dois tipos: pagamento remoto por troca de mensagem (SMS) ou pagamento presencial sem contato com outras máquinas, ou "near field communication" (NFC).
O trabalho empreendido pelas empresas que compõem essa cadeia, no entanto, revela uma realidade complexa. Existem atualmente no mercado oito tipos de tecnologias em uso, das quais sete já são testadas em território brasileiro. "Por enquanto, não existe um padrão que predomine no mercado global, embora haja uma predominância de testes com SMS e NFC no mundo", afirma Philip So, consultor da Europraxis.
A maioria das tecnologias pode ser usada com os aparelhos celulares já disponíveis no mercado e, para o consumidor, o custo é semelhante ao de um SMS ou de uma ligação local. Para as empresas que compõem a cadeia, essas tecnologias exigem um reforço da infraestrutura de banda larga e a adoção de softwares que garantam a efetivação das operações com um alto nível de segurança.


As tecnologias mais simples são as de SMS, USSD (sigla em inglês para serviço de dados suplementar não estruturado), SIM Toolkit, unidade de resposta audível (URA) e aplicativos Java. De acordo com o consultor da Europraxis, essas tecnologias podem ser adotadas pelas operadoras de telefonia, sem a necessidade de parceria com uma instituição bancária. Por isso, têm maior potencial de êxito entre os usuários de celular, mas sem conta bancária. As tecnologias são testadas atualmente pelas operadoras Oi, Vivo, Claro e TIM.
O serviço de mensagem de texto (SMS) foi o primeiro a ser implantado no país, a partir de 2006, e permite a realização de compras, pagamento de impostos e serviços e transferências bancárias com o envio de mensagens. O USSD é uma variação do SMS, mas em lugar de o usuário enviar uma senha para confirmar a operação, ele recebe um menu de opções para responder. Esses serviços podem ser usados em qualquer celular e têm o custo de um SMS, embora as operadoras adotem, para essas mensagens, a criptografia, que eleva o seu nível de segurança.
A URA é um serviço que permite realizar operações do celular usando um software de reconhecimento de voz. A tecnologia é adotada, por exemplo, em Botswana, pela operadora Mascom, em parceria com Visa, Barclays, First National Bank e Standard Chartered. No Brasil, no entanto, o padrão ainda não foi testado.
Outras tecnologias simples, mas que exigem a gravação de aplicativos no celular são o SIM Toolkit e Java. O SIM Toolkit permite a gravação de aplicativos no cartão de memória do celular (SIM card) para que o usuário possa receber informações bancárias e realizar operações. Os celulares que aceitam a linguagem Java também possibilitam o acesso a aplicativos, por internet, para realizar os pagamentos móveis. "A vantagem dessas plataformas é que elas podem ser usadas em qualquer celular", observa Carlos Zanvettor, diretor-executivo de varejo, marketing e produtos da Redecard.
O Wap é incluído na mesma categoria da tecnologia HTTPS, pois permite ao cliente conectar-se com o banco ou a operadora de cartão por internet sem fio, diz o analista da Europraxis, Frederico Barbosa. A consultoria elaborou um estudo sobre o avanço desses padrões no país, que são adotados pelas operadoras em parceria com empresas de pagamento como Cielo e Redecard, bancos (Banco do Brasil, Bradesco, Santander, Itaú e HSBC) e operadoras de cartões (Visa, Mastercard e Redecard).
De acordo com a pesquisa, a tecnologia mais avançada e que exigirá investimentos tanto de usuários quanto das empresas envolvidas na cadeia é a comunicação por aproximação, ou NFC. Os consumidores necessitarão ter em mãos celulares com chips com sistemas de radiofrequência para permitir a leitura dos celulares pelos terminais de pagamento das lojas.
A Nokia foi a primeira a lançar no país aparelhos com essa tecnologia. A Visa, em parceria com Banco do Brasil e Bradesco, lançou um aparelho da Nokia, vendido pela Claro, com essa tecnologia. Já a Redecard vende em parceria com a Vivo um chip que pode ser instalado nos celulares dos usuários interessados pelo serviço. Outros fabricantes de aparelhos celulares, como Samsung, LG, Research In Motion (RIM) e Apple começam a adotar o NFC em seus aparelhos.
Do lado das empresas de pagamento, será necessário substituir o parque atual de 6,2 milhões de terminais de pagamento por equipamentos que já contenham a tecnologia NFC embarcada. A Cielo, com um parque de 1,6 milhão de equipamentos, tem atualmente 35 mil máquinas adaptadas, diz Eduardo Chedid, vice-presidente executivo de produtos e negócios da empresa. A Redecard, por sua vez, dona de uma base de 1,2 milhão de aparelhos, tem 5 mil equipamentos prontos para realizar as operações com o NFC, diz Carlos Zanvettor, diretor-executivo de Varejo, marketing e produtos da Redecard.