segunda-feira, 26 de setembro de 2011


Regulamentação da femtocell entra na pauta



A agência pretende fazer uma força tarefa com todos os interessados
Operadoras móveis, fabricantes e Anatel se comprometeram em fazer uma força-tarefa com o objetivo de regulamentar o uso da femtocell, uma espécie de estação radiobase caseira, que melhora a qualidade do sinal móvel indoor, por meio de off-load do tráfego para rede de banda larga fixa. Segundo o gerente-geral da gerência de certificação e engenharia de espectro da agência, Marcos Oliveira, o primeiro passo já foi dado em um encontro promovido com todas as operadoras na semana passada, quando todas cobraram a regulamentação do uso da tecnologia. A próxima ação será a elaboração de um esboço da norma, a partir da contribuição de todos os interessados. 

Oliveira acredita que, com a participação de todos, não é impossível que a proposta de regulamento entre em consulta pública rapidamente, apesar de o uso da tecnologia não estar previsto entre as ações do Plano Geral de Atualização da Regulamentação das Telecomunicações (PGR). Além da norma, a Anatel terá que homologar e certificar os equipamentos.

Em painel realizado nesta terça-feira (13), na Futurecom, o diretor de planejamento e tecnologia de rede da Vivo, Leonardo Capdeville, ressaltou que o país está atrasado. Mas reconhece que a culpa não é da Anatel. “Há um ano, não havia escala do equipamento nem experiências maduras dessa tecnologia”, disse. Atualmente, 41 operadoras da Europa e da Ásia já utilizam a tecnologia com sucesso e já há mais modelos de fetomcell do que estação radiobase 3G.

Apesar da convergência das operadoras para regulamentar essa facilidade, a tarefa, reconhecem, não é trivial. Segundo o diretor-executivo do SindiTelebrasil, a dificuldade é que o equipamento pode transferir o uso do serviço móvel de uma operadora para a rede fixa de outra. Porém, sua maior preocupação é de que não incida o Fistel sobre o serviço, porque inviabilizaria qualquer plano de negócio. Uma alternativa seria considerar o femtocell como acessório para evitar a incidência da taxa.

Roberto Murakami, representante da NEC, que fabrica o equipamento, disse que, entrr os serviços em operação, há modelos diferentes de negócios. No Japão, por exemplo, a operadora dá o equipamento de graça com o objetivo de aumentar a qualidade do sinal do seu cliente. Na Inglaterra, a operadora que usa o serviço, vende o equipamento por 290 libras, mas não cobra mensalidade. Já na França, a companhia dá o equipamento, mas fideliza o cliente e ainda cobra taxa mensal de 10 euros.

Preocupação com tributos prejudica o desenvolvimento do MVNO no país

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Posição foi defendida durante debate nesta terça-feira na Futureccom
Preocupações com questões ligadas a bitributação e o peso do Fistel (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações) são alguns dos entraves para o desenvolvimento da telefonia móvel virtual (MVNO) no Brasil. Foi o que argumentou o representante da TEL-NT, Luiz Claudio Rosa, durante debate nesta terça-feira (13), no Futurecom, que acontece em São Paulo. A falta de uma posição do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) é a principal queixa dos interessados em ofertar esse serviço.

Segundo Rosa, com a indefinição sobre a tributação, o serviço acaba inviabilizado porque sua margem de rentabilidade é baixa, já que o objetivo do MVNO é agregar valor a outros serviços. Para o presidente da TelComp, João Moura, o serviço só deslancha quando as tarifas de interconexão começarem a cair.

A conselheira da Anatel Emília Ribeiro disse que tem sido procurada por vários segmentos interessados no serviço, como instituições de ensino, bancos e varejo e acredita que os pedidos de autorização ainda vão chegar. Por enquanto, apenas as empresas Porto Seguro e Datora obtiveram autorização, dez meses após a aprovação do MVNO.
Para MVNO deslanchar é preciso baixar VU-M, defende TelComp
terça-feira, 13 de setembro de 2011, 18h04

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O alto valor da VU-M talvez explique porque as operadora móveis ainda não tenham se interessado mais fortemente pelo modelo de MVNO. Para a TelComp, as operadoras móveis hoje não têm estímulo para buscar novas fontes de receita, uma vez que cerca de 30% da receita das teles móveis vêm das companhias fixas, através da tarifa de interconexão.
Isso explica, segundo o diretor executivo da TelComp, João Moura, porque só a TIM até agora tenha fechado parceria com uma futura operadora virtual. Diferentemente das outras teles móveis, a TIM não tem a operação fixa, o que a torna ainda mais depende da receita com interconexão. Quando a VU-M cair, o impacto será maior para a TIM, já que ela não tem o braço fixo que seria beneficiado pela redução.
“O grande desafio é trazer para a mesa as operadoras dominantes que estão com as redes ocupadas nas grandes cidades e têm o benefício da tarifa de interconexão, que causa uma distorção no mercado”, diz ele. Segundo ele, na Europa as MVNOs apareceram ao mesmo tempo em que os órgãos reguladores começaram a reduzir a tarifa da VU-M.
Já está no Conselho Diretor da Anatel, sob relatoria do conselheiro Jarbas Valente, uma proposta de redução gradativa do VC1 (tarifa de público para chamadas locais), que geraria um impacto sobre o preço da VU-M. A quedapretendida pela Anatel é de 20%. Além disso, a agencia quer obrigar as operadoras que têm redes fixas a praticarem preços isonômicos de VU-M entre suas subsidiárias móveis e as demais teles fixas.
A conselheira da Anatel Emília Ribeiro também concorda que a redução da VU-M pode dar um impulso ao número de interessados na operação virtual, mas por outros motivos. Ela diz que o alto custo para terminar a chamada na rede das móveis é um fator importante que deve ser levado em consideração na montagem dos modelos de negócio.
Segundo a conselheira, há dois pedidos de MVNOs no modelo credenciado de duas instituições de ensino de São Paulo. Até agora, a Anatel já autorizou a operação no modelo de autorizada da Datora Telecomunicações e da Porto Seguro Telecomunicações, que ainda não entraram em operação comercial. Segundo a conselheira, há vários interessados no modelo e o ano de 2012 será o ano em que os projetos vão "sair da gaveta".
A Caixa Econômica Federal, segundo Emília, está estudando como aplicar o modelo de MVNO para que os beneficiários do Bolsa Família possam resgatar seu benefício em comércios locais sem que tenham que se deslocar até uma agência bancária.

sábado, 24 de setembro de 2011


Google apparently mulling MVNO market

23 Sep 2011
Reports originating from the Spanish press suggest that Google may be using Spain to test the ground for an MVNO launch, although so far there is little in the way of proof to support this.

According to Cellular News, the company’s employees in the country are being supplied with Google-branded SIMs. While it was suggested that these work across networks for testing purposes, an image has been published which shows a device connected to “Google-ES” – which was seen as indicating a pilot MVNO operation.

This is not the first time that Google has been reported to be mulling an MVNO business, in order to increase its ties with customers to include connectivity and billing. According to documents released as part of its Java intellectual property dispute with Oracle, an MVNO operation was considered during the development of Android, although this did not come to fruition.

As far back as 2007, it was suggested that Google is planning an entry into the MVNO market in the UK in partnership with O2 UK. At this point, it was suggested that the search giant would only make sales via its website.

Through its Android platform and range of mobile internet services, as well as its Admob mobile advertising unit, Google has already gained a strong position on the smartphone and value added services markets.

By taking on the role of connectivity provider for smartphone users, Google will be able to take advantage of its billing relationship with customers – it is currently in the process of adding operator billing support to Android Market. This will enable it to offer seamless payment options for content and apps, similar to Apple’s iTunes/App Store combination.

In addition, EU regulators have recently suggested they may look to allow customers to select a different operator to provide their roaming services. With concern about the cost of roaming data services being seen as a significant inhibitor for international use, Google could look to create a cross-border MVNO with attractive data prices, as a way to encourage the use of its core mobile internet services – including location-based search and navigation, and photo sharing.

With its first own-brand handset, Nexus One, Google attempted to cut operators out of the device supply chain, selling the device directly from its website – although with bundled service contracts also available. This strategy was not massively successful for the company, however, due to the strong position of established operators and retail channels in this market.

With its planned acquisition of Motorola, Google is already set to become a competitor to its Android ecosystem partners, including companies including HTC and Samsung which have led the way with adoption of the platform.

    Futurecom: Transtelco anuncia MVNO as a Service


Projeto inclui a oferta de toda a tecnologia, infraestrutura e serviços de ponta-a-ponta para as empresas interessadas em ter a sua operadora virtual sem a necessidade de investimentos em estrutura própria.
 
A Transtelco, fornecedora de infraestrutura e serviços de tecnologia para o mercado de Telecom, acaba de anunciar na Futurecom o lançamento do Projeto MNVO as a Service, que envolve a oferta de tecnologias, infraestrutura e serviços para a gestão e entrega de serviços das MVNOs às empresas interessadas em ter a sua operadora virtual sem a necessidade de investimentos em estrutura própria. 
 
A possibilidade de se ter uma MVNO como serviço visa atender a um mercado que se abre após a regulamentação da operação desta atividade pela Anatel e que vem despertando grande interesse de empresas de vários segmentos, mas que podem atrasar ou abandonar os investimentos nesta área porque não possuem a expertise necessária para tocar um projeto com esta complexidade e abrangência. Segundo Rodrigo Vian, diretor da Transtelco, a aposta da empresa está na identificação de uma ampla gama de oportunidades que este mercado possibilita, mas que pode não sair do papel justamente porque as empresas interessadas necessitam de apoio técnico, operacional e de serviços para a nova empreitada. 
 
“Não basta uma empresa obter a licença de operação junto à Anatel e depois não saber o que fazer para colocar a MVNO em operação”, avisa o executivo. “A empresa que deseja ter uma MNVO tem que levar em conta muitos fatores, desde a contratação de tecnologias avançadas, para a comutação dos dados, controle de usuários, controle das contas, roaming, portabilidade, entre outros. Como a empresa que deseja uma MVNO não quer – e não pode – deixar o seu core business descoberto, é melhor para ela ter um apoio de especialistas. Esta é a nossa proposta’, afirma.
 
“É muito complicado para as empresas que atuam em áreas bem distintas a da telecomunicação entrar de cabeça em um projeto de implantação de uma operadora virtual a partir de sua infraestrutura. Podemos afirmar que é muito complicado para elas incluir em sua base mais uma operação que nada tem a ver com o seu core business. Isto só traz problemas e desgastes. Um grande magazine terá que criar vários departamentos de gestão que não podem se confundir com as suas áreas já existentes. Eles terão que ter uma loja de atendimento ao cliente, um setor para controle de contas, entre outras. Na Europa, onde já existem as MVNOs, elas são empresas totalmente à parte das operações da empresa mãe. Não tem sentido algum se meter na operação de um negócio que não lhe diz respeito. Você pode ter as pessoas certas para os postos de decisão e pode deixar conosco a operação dos serviços. Por isso o nosso projeto se chama MNVO as a Service, explica o executivo.
 
As MVNOs as a Service da Transtelco conta com o apoio da Interop Technologies  e Bichara Tecnologia no provimento das tecnologias e sistema de entrega de serviços aos assinantes e englobará as seguintes fases, segundo Rodrigo Vian:
 
- Projeto e implantação;
- Infraestrutura;
- Comutação;
- Sistemas de gestão de negócios;
- Sistemas de gestão de usuários e contas;
- Gestão de roaming;
- Controle e encontro de contas (clearing house);
- Suítes de mensageria, plataformas OTA (Over-the-air) e de gerenciamento de usuários (MDM);
- Consultoria. 
 
A Transtelco também atenderá a este mercado com projetos MVNE (Mobile Virtual Network Enabler). “Iremos tratar cada projeto de forma customizada e cada ativação será tratada de forma especial para atender às necessidades de cada projeto”, adianta Vian.
 
Mais informações: http://www.transtelco.com.br

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Unicel desaparece, mas deixa dívidas e reclamações

Por Talita Moreira | De São Paulo
A Unicel, operadora de celulares que estreou em 2008 com a promessa de ser a "Gol da telefonia móvel", desapareceu do mercado - deixando para trás dívidas e reclamações de assinantes.
Até a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) perdeu o rastro da companhia. Em comunicado publicado no "Diário Oficial da União", em agosto, o órgão declarou que a Unicel "se encontra em local incerto e não sabido."
Na esfera judicial, o destino da empresa, de seus acionistas e executivos também é desconhecido. Ações contra a Unicel - incluindo pedidos de falência - tramitam com lentidão porque os oficiais de Justiça não conseguem notificá-la.
Enquanto isso, os órgãos de defesa do consumidor acumulam reclamações contra a operadora. No site Reclame Aqui, boa parte das 74 queixas registradas refere-se à falta de sinal da rede. Alguns clientes dizem não conseguir usar os créditos que compraram para o celular pré-pago. No Proteste, foram contabilizadas 36 reclamações em 2010.
Operadora estreou no mercado em 2008, acenando com serviços de baixo custo e foco no consumidor jovem
A Unicel pertence à família do empresário José Roberto Melo da Silva e entrou em atividade após longa disputa com a Anatel, prometendo investir US$ 120 milhões.
No ano passado, a empresa esteve nos holofotes quando vieram à tona notícias de que teria sido favorecida pela então chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, para obter uma licença de operação na faixa de 400 megahertz. José Roberto Camargo Campos, marido da ministra, era consultor da Unicel.
Desde maio, a Unicel não presta informações à Anatel. Naquele mês, a empresa - cujo nome comercial é Aeiou - tinha 14.565 clientes. O número é irrisório: equivale a 0,007% dos assinantes de telefonia móvel no país.
A companhia também está em falta com pagamento das licenças adquiridas em leilões promovidos pela Anatel em 2005 e 2007 - uma outorga para atuar na Grande São Paulo e uma faixa de extensão. Nos dois casos, a empresa pagou a parcela inicial (10% do total), mas não quitou as seis prestações restantes. O montante que ainda teria a pagar beira os R$ 100 milhões.
Por causa das dívidas, a Unicel foi inscrita no cadastro de inadimplentes do governo federal (Cadin) deste ano. Segundo a Anatel, a operadora poderá perder as licenças se não regularizar a situação.
Em julho, a agência exigiu a devolução de 48 dos 50 prefixos de celular que cabiam à Unicel, alegando que estavam subutilizados.
Procurada pelo Valor, a Anatel não informou, até o fechamento desta edição, se a empresa continua em atividade. A dúvida é relevante, já que as frequências do espectro radioelétrico - imprescindíveis à prestação de serviços de telefonia e banda larga móvel - são um bem público e limitado.
Sob o nome de Aeiou, a Unicel lançou suas operações na Grande São Paulo, em 2008, inspirada na companhia aérea Gol e prometendo serviços de baixo custo. Com foco no público jovem, instalou sua sede em um casarão na Vila Madalena, bairro paulistano conhecido por seus bares e ateliês de arte.
Mas a Aeiou nunca decolou. No auge, teve 22 mil clientes - bem longe do plano de chegar a meio milhão de assinantes em um ano.
A companhia também se envolveu em uma disputa societária. O americano Edward Jordan e a brasileira Gedilva Targino, investidores da companhia junto com Melo da Silva, retiraram-se antes mesmo de a Aeiou inaugurar seus serviços.
Em 2008, a HiTs Telecom adquiriu 49% da Unicel. Porém, um ano mais tarde, o grupo saudita recorreu a uma câmara de arbitragem, acusando a empresa de não transferir a participação devida.
A Unicel mudou sua sede para Brasília em maio de 2009, mesmo sem nunca ter operado no Distrito Federal. Na Junta Comercial de São Paulo, consta que o escritório da Vila Madalena seria transformado em filial, mas ele foi fechado.
Processos judiciais consultados pelo Valor fazem várias referências à dificuldade de se obter contato com a empresa. A maior parte das ações é movida por fornecedores. A empresa de software Cadmus pediu a falência da Unicel por causa de uma dívida de R$ 26,9 mil. O juiz Caio Marcelo Mendes de Oliveira, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, decidiu citar a operadora por meio de um edital, após diversas tentativas fracassadas de notificá-la. "Não recebemos um tostão", afirma Claudinei Almeida, sócio da companhia credora.
Outras ações pedem o bloqueio dos bens pessoais dos controladores. Na Junta Comercial, a Unicel está registrada em nome de José Roberto Melo da Silva, Simone Macedo Melo da Silva, Renata Macedo Melo da Silva e Elav Participações. A Elav pertence a Simone e Renata.
O Valor fez diversas tentativas de contato com José Roberto, Simone e Renata Melo da Silva, sem êxito. Edward Jordan respondeu a um e-mail afirmando não ter informações atuais sobre a empresa e dizendo que tentaria encontrar alguém que pudesse ajudar, mas não voltou a se manifestar.
A reportagem enviou e-mails e ligou para um telefone fixo e dois celulares de Melo da Silva. No telefone móvel da Aeiou, a mensagem é de que "o número chamado não existe". (Colaborou Bruna Cortez)