segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

GVT atrai quatro propostas de compra


Maior valor, perto de 6 bi, não agradou a controladora Vivendi, que espera ao menos 7 bi
A Telecom Italia não fará uma oferta pela GVT, da Vivendi, já que se prepara para rejeitar proposta de aumento de capital feita pelo empresário egípcio Naguib Sawiris, publicou o jornal Il Sole 24, nesta quarta-feira.
“A Telecom (Italia) desistiu da ideia de apresentar uma oferta não vinculante (pela GVT)”, afirmou o jornal sem citar quais eram as fontes.
Segundo o jornal, o prazo para as ofertas não vinculantes preliminares já teria expirado e houve um total de quatro propostas, todas abaixo de 6 bilhões e nenhuma de operadores de telefonia.
Fontes disseram à Reuters que a Vivendi está tentando obter ao menos 7 bilhões pela operadora brasileira e que a Telecom Italia é uma das quatro que tinham acessado documentos sobre a GVT. O prazo para as ofertas não vinculantes preliminares é por volta do fim deste ano, segundo informaram as mesmas fontes.
Na terça-feira, o egípcio Sawiris disse que propôs assumir uma participação na Telecom Italia por meio de uma injeção de 3 bilhões na empresa, que seria aberta a todos os acionistas e adotaria mais ou menos o preço de mercado, 0,70 por ação. Os principais acionistas avaliam cada ação a 1,50. Representantes da controladora da TIM Participações não estavam disponíveis para comentar se está se preparando para rejeitar a proposta de aumento de capital de Sawiris.
Corte de custos
Enquanto a situação da GVT não se define, sua controladora Vivendi segue cortando custos. Ontem, a SFR, unidade de telecomunicações do grupo, anunciou que planeja cortar 856 empregos através de um programa de demissão voluntária, em meio à reestruturação para driblar a concorrência mais acirrada. A SFR vai se reunir com representantes sindicais na segunda-feira para negociar os termos. Na prática, a empresa vai eliminar 1.123 empregos e criar 267 posições em áreas relacionadas à Internet.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Anatel promove seminário sobre modelo de custos


Anatel promove seminário sobre modelo de custos
29 de Novembro de 2012

A Anatel promove no próximo dia 18 de dezembro, em sua Sede, em Brasília, o Seminário Internacional sobre Modelagem de Custos. O evento tem como objetivo apresentar um panorama do desenvolvimento do modelo de custos na região das Américas e no Brasil. As inscrições são gratuitas, abertas a quaisquer interessados e podem ser efetuadas por meio de formulário disponível na página da Agência na internet.
Em agosto do ano passado, a Agênca lançou o Projeto Modelo de Custos, com a assinatura do contrato com o consórcio Advisia, Analysis Mason, Grant Thornton, responsável pela execução do trabalho de apoio à Anatel. O consórcio venceu licitação internacional realizada pela União Internacional de Telecomunicações (UIT).   
O modelo é de fundamental relevância para a Anatel no cumprimento das políticas públicas setoriais, pois permitirá acesso às informações gerenciais de custos das diferentes áreas de negócio e linhas de produtos das prestadoras de serviços de telecomunicações, o que contribuirá para o aperfeiçoamento da regulação do setor como um todo.
Programação
08h30 - 09h30
Registro de delegados
09h30- 10h
Cerimônia de abertura
João Rezende, presidente da Anatel
Paulo Bernardo, ministro das Comunicações
Marilda Moreira, superintendente executiva da Anatel
Parte 1:
Políticas tarifárias e modelização de custos: prática e tendências na região das Américas
10h - 10h45
Sessão 1:
Processo de implementação de modelo de custos em telecomunicações: uma visão geral
Antonio García Zaballos
Conselheiro senior no setor de telecomunicações na Divisão de Ciência e Tecnologia do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Foi chefe de gabinete de estudos econômicos da regulação na Telefônica da Espanha e subdiretor de análises econômicas e de mercado na CMT (órgão regulador da Espanha). É Doutor em Economia pela Universidad Carlos III em Madri e professor de finanças no Instituto de Empresa. É autor de diversas publicações sobre aspectos econômico-regulatórios aplicados ao setor das telecomunicações.

10h45 - 11h       Intervalo
11h - 11h50
Sessão 2:
Modelo de custos: o contexto do Brasil
Helio Miranda da Fonseca 
Especialista em regulação da Anatel desde 2005. É Mestre em Engenharia pela COPPE/UFRJ e doutorando em Economia na Universidade de Brasília (UNB). Atualmente trabalha com avaliação econômica, tarifas, modelo de custos e competição no mercado de telecomunicação. É responsável pela coordenação e implementação do modelo de custos na Anatel.
Intervalo para almoço
Parte 2:
Informações sobre o modelo que se está desenvolvendo para o Brasil
14h - 14h45
Sessão 3:
Desenvolvimento dos modelos top-down e bottom-up: visão geral e desafios de implementação   
Alessandro Laudares
Sócio fundador da Advisia Management Consulting, trabalhou em suporte à modelagem FAC-HCA e cálculo de VU-M para operadora móvel, análise do impacto para migração SMP, construção de diversos business cases para definição de estratégia de participação em leilões de frequência, business plan para entrante, definição de estratégia de negócios e orçamento para operadora móvel, business case para phase-out de TDMA e análise do mercado corporativo de telecom no Brasil. É engenheiro de computação pela UNICAMP, com extensão na Universidad Pontificia Comillas (Espanha) e Eindhoven University of Technology (Holanda), com pós-graduação em Administração pela Faculdade Getúlio Vargas. 
Daniel Wada
Sócio da Advisia Management Consulting, trabalhou em estratégia e reestruturação pós-privatização de uma operadora nacional, estratégia de convergência entre as diferentes unidades de negócios de uma operadora, business plan para nova entrante no Brasil, otimização organizacional e de força de vendas de uma operadora, segmentação de mercado e estratégia de entrada no mercado corporativo de telecomunicações. É engenheiro pela UNICAMP, com MBA pela Columbia Business School.
14h45 - 15h30
Sessão 4:
Desenvolvimento e implementação dos modelos top-down FAC-HCA, FAC-CCA e LRIC  
Ricardo Ikeda
Consultor associado da Advisia Management Consulting, atuou no desenvolvimento do Form 20-F da Telefônica, desenvolvimento de controles na implementação do SAP do Grupo Telefônica, e análise de viabilidade e impactos na implementação de custeio ABC em diversas empresas. Foi consultor, em diversas empresas, para implementação e revisão de sistemas de custeio e controle contábeis, incluindo ABC, ABM e BSC. Atuou como consultor externo para o Banco Interamericano de Desenvolvimento. É graduado, com mestrado e doutorado em Contabilidade (USP), coordenador e professor do curso de Contabilidade da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e professor de curso de MBA da FIPECAFI.
Daniel Wada
Sócio da Advisia Management Consulting, trabalhou em estratégia e reestruturação pós-privatização de uma operadora nacional, estratégia de convergência entre as diferentes unidades de negócios de uma operadora, business plan para nova entrante no Brasil, otimização organizacional e de força de vendas de uma operadora, segmentação de mercado e estratégia de entrada no mercado corporativo de telecomunicações. É engenheiro pela UNICAMP, com MBA pela Columbia Business School. 
Intervalo
15h45 - 16h30
Sessão 5:
Construção de modelos hipotéticos para uma empresa eficiente: a relevância do modelo bottom-up 
Paulina Pastor
É gerente sênior da Analysys Mason, integrante do consórcio da Advisia Management Consulting. Trabalhou em modelagem de custos e contabilidade regulatória no setor de telecomunicações, análise de tarifas de atacado e varejo, análise de competitividade do mercado, em projetos na Europa, Oriente Médio e Oceania, projetos de business planning, benchmarking, estratégia de entrada em mercados e orçamentação. É graduada em Administração pela Universidad Complutense de Madrid (Espanha), com MBA pela IESE/Universidad de Navarra (Espanha). 
Daniel Wada
Sócio da Advisia Management Consulting, trabalhou em estratégia e reestruturação pós-privatização de uma operadora nacional, estratégia de convergência entre as diferentes unidades de negócios de uma operadora, business plan para nova entrante no Brasil, otimização organizacional e de força de vendas de uma operadora, segmentação de mercado e estratégia de entrada no mercado corporativo de telecomunicações. É engenheiro pela UNICAMP, com MBA pela Columbia Business School.
16h30 - 17h15
Sessão 6:
Construção de modelos hipotéticos para uma empresa eficiente: técnicas de previsão da demanda   
Eduardo Moreno
Consultor associado da Advisia Management Consulting. Trabalhou em algumas das maiores operadoras do país (Claro, Telemig e Amazônia Celular, Brasil Telecom). Liderou a operação e implantação de várias redes, incluindo a primeira rede 3G - UMTS (voz, dados e serviços) do país. Atuou como pesquisador e gestor de pesquisas e desenvolvimento em telecomunicações. Representou o Brasil em diversos fóruns internacionais, incluindo o UN-ITU TG8/11, que definiu os sistemas 3G. Foi consultor/conselheiro em algumas das principais empresas de tecnologia de telecomunicações, incluindo fornecedores, operadoras, centros de pesquisa e investidores. É engenheiro eletrônico/telecomunicações pela UNICAMP, possui MBA pela FGV, pós-graduação em Telecomunicações pela UNICAMP, em Economia de Telecomunicações pela USP e especialização na Harvard Business School.
Daniel Wada
Sócio da Advisia Management Consulting, trabalhou em estratégia e reestruturação pós-privatização de uma operadora nacional, estratégia de convergência entre as diferentes unidades de negócios de uma operadora, business plan para nova entrante no Brasil, otimização organizacional e de força de vendas de uma operadora, segmentação de mercado e estratégia de entrada no mercado corporativo de telecomunicações. É engenheiro pela UNICAMP, com MBA pela Columbia Business School.
17h15 - 17h45
Considerações finais e encerramento do Seminário

sábado, 15 de dezembro de 2012

Ciena aposta em parceria com operadoras para atingir mercado corporativo




Para as próprias operadoras, plano é apresentar alternativas para reabilitar rede de fibra óptica elevando capacidade sem troca da infraestrutura

Neste ano, as operadoras de serviços de telecomunicações começaram a oferecer serviços por meio de fibra óptica nos domicílios (Fiber To The Home) que lhe garante velocidade. Ademais, as empresas precisam de redes de fibra bem estruturadas para escoar o tráfego gerado pela ampliação da conexão móvel. No entanto, o orçamento disponível para investimento em nova infraestrutura não aumentou na mesma proporção da alta na demanda. Neste cenário, as empresas buscam ganhar capacidade de tráfego, sem necessariamente trocar as redes de fibra instaladas pelo país, algumas com dez anos. Para isso, precisam ser precisas na compra de tecnologia.

Com soluções para reabilitar redes de fibra óptica instaladas no país há dez anos, a Ciena quer mostrar que pode ajudar as operadoras de telecomunicações a vencerem este desafio. “Temos comprovado nossa capacidade em incrementar a capacidade de transmissão e a velocidade no mesmo par de fibras, e as empresas vêem valor nisso”, explica Patricia Vello, diretora de vendas da companhia no Brasil, referindo-se à tecnologia WaveLogic, que permite fibras de 10G transmitirem 40G ou 100G.

Na avaliação de Vello, a disponibilidade deste tipo de tecnologia, juntamente ao momento de estabilidade da empresa no país, possibilitará à Ciena ganhar participação de mercado no Brasil em 2012 e 2013. “Em 2010, compramos a tecnologia de fibra óptica da Nortel do Brasil, mas não a empresa. Então o desafio era construir a companhia e abrir mercado. Agora a Ciena está estabilizada e o objetivo é melhorar nossa posição no mercado”, diz ela.



O Brasil é um dos mercados-foco da Ciena, de acordo com relatório dos resultados financeiros da companhia no terceiro trimestre do ano, citado juntamente com Oriente Médio, Rússia, Japão e Índia.

Para competir com fornecedores como a chinesa Huawei, a francesa Alcatel-Lucent e a americana Cisco, a Ciena busca apoio em operadoras, com quem tem desenvolvido parcerias. “Este ano estamos usando operadoras para penetrar no mercado corporativo, além dos três canais parceiros”, explica Vello. 

A oferta de soluções de rede por meio das operadoras de serviços de telecomunicações é uma estratégia importante no Brasil porque as empresas do segmento estão, cada vez mais, trabalhando para agregar valor e se transformarem em fornecedores também de serviços, além de venderem capacidade de rede, se transformando em integradores.



Entre as operadoras parceiras da Ciena nesta estratégia, no mundo, está a British Telecom (BT), a Verizon e a Mobilis (com atuação no Oriente Médio). Por aqui, a lista de operadoras ainda é mantida em sigilo.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Redes entram no ramo de serviços para fidelizar clientes



Com o intuito de aproveitar a era das vacas gordas dos anos anteriores e ao mesmo tempo sustentar a classe C como público-alvo do setor, os grandes players do varejo promovem iniciativas de fidelização ao oferecer ao cliente, além dos produtos tradicionais de cada loja, serviços de seguro, pacotes de viagem, garantias de crédito, sistemas de pontuação promocionais etc.

Tudo isso porque o varejo deve fechar 2012 com crescimento de 7,5%, um pouco abaixo da taxa de 8% registrada no ano passado, e para 2013 o percentual ainda deve cair para 5% a 3%, segundo estimativas do presidente do Programa de Administração de Varejo (Provar), Claudio Felisoni.

"Esta é uma estratégia para escapar da maré vermelha e buscar o mar azul", afirmou Felisoni, referindo-se à teoria econômica dos oceanos: quando uma empresa se encontra em meio ao mar sangrento (vermelho) -em alusão ao mercado altamente competitivo-, ela procura navegar em águas tranquilas (azul), onde a concorrência seja bem menos acirrada.

De acordo com o vice-presidente do Provar, Eduardo Terra, a soma do faturamento dos cinco maiores players varejistas totalizam aproximadamente 10% da renda de todo o setor, o que evidencia, apesar da presença de grandes conglomerados - como os grupos Pão de Açúcar, Carrefour e Wall Mart -, uma briga constante entre as instituições para a demarcação de territórios dentro do mercado brasileiro.

Uma das estratégias do varejo para conquistar espaço e se apossar do concorrido público- -alvo - a classe C - é recorrer ao mercado de serviços financeiro, bancário e turístico.

O professor da Universidade de São Paulo e consultor de varejo Nelson Barrizzelli acredita que esta é uma tendência já consolidada no varejo internacional e não vê muitas diferenças entre o setor nacional e o estrangeiro. "É uma forma de você manter o cliente dentro da loja lhe oferecendo todo o tipo de serviços possíveis. Na Inglaterra e em outros lugares do mundo, os varejistas dispõem deste tipo de segmento. Aqui no Brasil acontece o mesmo", considerou.

Recentemente, a rede Magazine Luiza, em parceria com o BNP Paribas Cardif, seguradora francesa, ampliou o seu catálogo de serviços financeiros e ingressou na categoria de seguro automotivo. A empresa já oferecia aos seus clientes seguro prestamista, de garantias, de vida, hospitalar, residencial e odontológico.

Fonte: DCI

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Fundo P2 Brasil cria empresa para alugar antenas às teles

Convergencia Digital
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012, 16h26



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O fundo P2 Brasil criou uma empresa para atender à demanda por infraestrutura das operadoras, principalmente na telefonia móvel. A companhia, uma joint-venture com o Grupo Promon, se chamará Highline do Brasil e será focada em construir e comprar ativos para o setor, incluindo sites de torres e estruturas em topos de edifícios.
A ideia da Highline é alugar estes ativos para as operadoras por meio de contratos de longo prazo. O fundo P2 aportou na empresa, inicialmente, R$ 300 milhões, dinheiro vindo de capital próprio.
Recentemente a Vivo vendeu parte de suas torres para terceiros e outras operadoras sinalizam que podem adotar essa estratégia. É o caso da Oi, que recentemente aprovou em seu conselho de administração a venda de ativos imobiliários.
Com essas medidas, de repassar a terceiros os ativos que não fazem parte de seu core business, as operadoras começam a precisar menos de capex, sobretudo num momento de expansão da infraestrutura móvel por causa do 4G.

STJ afasta incidência de ICMS sobre serviços acessórios de telecomunicações



abstrata 07
Os serviços são habilitação, alteração de número, substituição de aparelho, entre outros

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou recurso do estado do Rio de Janeiro contra a empresa Vivo, a qual questionava o pagamento de ICMS, variável ente 12% e 18%, sobre os serviços acessórios à telecomunicação. Com a decisão, a empresa ficará livre do pagamento do imposto sobre os serviços considerados conexos, como habilitação, troca de titularidade do aparelho celular, fornecimento de conta detalhada, substituição de aparelho, alteração de número, religação, mudança de endereço de cobrança de conta telefônica, troca de área de registro, alteração de plano de serviço e bloqueio de DDD e DDI.


O estado do Rio de Janeiro entrou com recurso contra decisão do Tribunal de Justiça local favorável à empresa de telecomunicação. A decisão determinou que a Vivo não deveria recolher o tributo sobre as atividades que não representam serviços de comunicação propriamente ditos, não prevalecendo o Convênio ICMS 69/98, que incluiu o imposto sobre o serviço de habilitação.

O relator do recurso na Primeira Turma do STJ, ministro Napoleão Nunes Maia Filho – vencido no julgamento –, votou pelo provimento dele, por entender que a tributação deveria incidir sobre todos os serviços, inclusive os preparatórios, uma vez que possibilitam a oferta de telecomunicação, conceituada no artigo 60 da Lei 9.472/97.

Segundo esse artigo, “serviço de telecomunicações é o conjunto de atividades que possibilita a oferta de telecomunicação”, sendo esta definida como “transmissão, emissão ou recepção, por fio, radioeletricidade, meios ópticos ou qualquer outro processo eletromagnético, de símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons ou informações de qualquer natureza”.

“O que se tributa é a prestação onerosa de serviços de telecomunicação, que compreende, obviamente, o serviço remunerado que propicia a troca de mensagens/informações entre um emissor e um receptor, e também uma série de outras atividades correlatas”, afirmou o relator.

Essas outras atividades, continuou ele, “embora possam ser consideradas preparatórias ou acessórias, são indispensáveis para que a comunicação se efetive na prática, caracterizando, portanto, o conjunto dessas atividades, o serviço de comunicação sobre o qual, na ótica legal e constitucional, deve incidir o tributo em questão”.

Divergência

Os ministros Mauro Campbell Marques e Benedito Gonçalves não concordaram com o entendimento do relator e seguiram a divergência iniciada pelo ministro Teori Albino Zavascki (hoje no Supremo Tribunal Federal). De acordo com a posição vencedora no julgamento, os serviços acessórios não interferem na comunicação, por isso não há incidência de ICMS.

O ministro Mauro Campbell, que ficou responsável pela redação do acórdão, disse que a incidência do ICMS, no que se refere à prestação dos serviços de comunicação, deve ser extraída da Constituição Federal e da Lei Complementar 87/96.

Para ele, o tributo incide sobre os serviços de telecomunicação prestados de forma onerosa, através de qualquer meio, inclusive a geração, emissão, recepção, transmissão, retransmissão, repetição e ampliação de comunicação de qualquer natureza (artigo 2º, III, da LC 87).

“A prestação de serviços conexos ao de comunicação por meio da telefonia móvel (que são preparatórios, acessórios ou intermediários da comunicação) não se confunde com a prestação da atividade fim – processo de transmissão (emissão ou recepção) de informações de qualquer natureza –, esta sim passível de incidência do ICMS”, afirmou o ministro.

“A despeito de alguns deles serem essenciais à efetiva prestação do serviço de comunicação e admitirem a cobrança de tarifa pela prestadora do serviço (concessionária de serviço público), por assumirem o caráter de atividade meio, não constituem, efetivamente, serviços de comunicação, razão pela qual não é possível a incidência do ICMS”, acrescentou Mauro Campbell.

Os ministros da Primeira Seção, por maioria, negaram provimento ao recurso especial do Estado do Rio de Janeiro para confirmar a decisão do tribunal fluminense, que afastou a incidência do ICMS sobre os serviços acessórios.(Da redação, com assessoria de imprensa).

sábado, 1 de dezembro de 2012

Anatel publica regulamento para internet via rede elétrica



UOLm 13 de abril de 2009  18h04  atualizado em 14 de abril de 2009 às 15h00

Foi publicada nesta segunda-feira pela Agência Nacional de Telecomunicações Anatel) a medida que aprova o Regulamento sobre Condições de Uso de Radiofreqüências por Sistemas de Banda Larga por meio de Redes de Energia Elétrica (BPL) no País. A Resolução 527, que libera a adoção da nova tecnologia de internet, cuja prestação é feita pela rede elétrica, define critérios técnicos para o oferecimento do serviço através de comunicação de dados utilizando radiofreqüência na faixa entre 1.705 kHz e 50MHz.
O sistema BPL será oferecido através da instalação de um modem feito com chips de silício, desenvolvido por empresas de equipamentos tecnológicos. Por cabos ligados à tomada com o formato de um plug, o aparelho irá conectar a rede elétrica ao computador, meio pelo qual será disponibilizado o acesso à web com velocidade de cerca de 200 megabits por segundo e por onde o BPL irá receber os dados informáticos.
"Ele funcionará como um conversor que você ligará na tomada e, a partir disso, terá acesso à internet no seu computador pela captação de dados repassados pela rede elétrica", explica Diana Tomimura, especialista em regulação da Anatel. "Esse equipamento poderá ser ligado em qualquer tomada residencial que forneça energia elétrica para que seja possível navegar no espaço virtual", complementa.
Ainda sem custo definido, o que depende da adesão ao produto e do interesse de fabricantes e prestadoras em oferecer a tecnologia, a internet via rede elétrica deverá ter, no entanto, um valor semelhante às assinaturas atuais de acesso à web. "A idéia é que este serviço seja competitivo no mercado de internet", diz Marco Antônio de Oliveira Tavares, gerente operacional de planejamento da Anatel.
Ele destaca também como diferencial do sistema BPL o benefício da capilaridade do acesso à energia elétrica no país, em mais de 90% das residências. "Tendo energia elétrica em casa, será possível ter acesso à internet", argumenta o gerente operacional. "Não será preciso ter linha telefônica para poder ter internet", reforça ainda a especialista Diana.
Os equipamentos que vão ser utilizados no sistema BPL deverão ter certificação de uso específica reconhecida pela Anatel. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) irá dispor sobre a prestação do serviço elétrico. As empresas interessadas em prestar serviços de internet em sistema de BPL devem apresentar à Anatel, no mínimo 30 dias antes do início de suas operações, informações referentes à criação e à manutenção de uma base de dados pública.
Até o dia 11 de maio, a Aneel fará uma consulta pública sobre o interesse em prestação de serviços de banda larga pela rede elétrica. Para o dia 13 de maio, está agendada uma reunião da Aneel, em Brasília, ocasião na qual será decidida a redação final da regulamentação.
O BPL já é oferecido na Europa, a exemplo da Espanha, onde é oferecido por companhias especializadas em internet elétrica.