sábado, 29 de setembro de 2012

EDP inaugura eletroposto de recarga de veículos elétricos no País

Com sistema de “billing” e ferramentas de planejamento elétrico para avaliar os impactos nos sistemas de distribuição de energia, EDP no Brasil fecha parcerias com FIA, IEE (USP) e Sinapsis e inicia testes.

Recarga em carros elétricos Recarga em carros elétricos
A EDP no Brasil, empresa do Grupo EDP Energias de Portugal, com a Fundação Instituto de Administração (FIA), o Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (IEE/USP) e a Sinapsis firmaram uma parceria para a execução de um projeto de Pesquisa & Desenvolvimento que avaliará os impactos dos veículos elétricos nos sistemas de distribuição de energia elétrica. Nesta sexta-feira, 28, inauguraram o primeiro eletroposto de recarga rápida de veículos elétricos no Brasil com sistema de billing e ferramentas de planejamento elétrico, e deram início aos testes da primeira fase do projeto, que serão concluídos no final de 2012.
A iniciativa tem como objetivo realizar um estudo prospectivo voltado para a avaliação dos possíveis cenários, experimentação e mensuração dos impactos da introdução do veículo elétrico na rede de distribuição da EDP no Brasil, nas áreas de atuação da EDP Bandeirante e EDP Escelsa, e permitirá que as concessionárias estudem a infraestrutura, produtos e serviços necessários para atender a essa demanda.
O eletroposto de carga rápida está disponível no IEE em São Paulo para testes de veículos elétricos de diversas montadoras. Ainda, o projeto está aberto a convênios com instituições públicas que queiram abastecer seus veículos elétricos nos três eletropostos instalados no IEE (recarga rápida, lenta e residencial). O serviço será oferecido para organizações públicas da cidade de São Paulo que estejam atualmente usando ou operando veículos elétricos.
Os três eletropostos foram fabricados pela Efacec, empresa fornecedora de carregadores elétricos para o projeto de mobilidade elétrica em Portugal. O de carga rápida segue especificações da Europa, Japão e EUA e tem 50kW de potência de saída em corrente contínua. Neste ponto de abastecimento, os veículos com uma autonomia em torno de 180km levam até 30 minutos para recarga da bateria, que é normalmente limitada em 80% de sua capacidade máxima, a fim de prevenir danos às mesmas. Os eletropostos de carregamento lento, em corrente alternada com 3,7kVA de potência, levam até oito horas para realizar a mesma tarefa.
Para a EDP, este projeto indica um passo à frente nas questões de eficiência energética e da sustentabilidade ambiental. “Com este projeto a EDP no Brasil visa estudar o uso da mobilidade elétrica e seus impactos na rede de distribuição, principalmente nos grandes centros urbanos onde há maior expectativa de utilização desta tecnologia”, afirma Miguel Setas, vice-presidente de Distribuição da EDP no Brasil.
O investimento em projetos de Pesquisa & Desenvolvimento como esse é de extrema importância, pois analisa o impacto na rede elétrica da chamada ‘carga em movimento’, por não se conhecer quando e onde serão realizados os reabastecimentos, seja em carregadores públicos de abastecimento rápido ou lento, ou mesmo na tomada em casa. Para isso, serão estudadas as projeções de penetração de veículos elétricos no Brasil e simulações desta nova carga sobre as redes de distribuição de responsabilidade da EDP.
Vale lembrar que o consumidor também avaliará o melhor horário e tarifa convenientes para realizar o carregamento de seu veículo elétrico. As concessionárias também poderão orientar quanto ao melhor horário para recarga, fora do horário de pico de consumo.
“Este projeto é importante do ponto de vista de atendimento às demandas dos nossos clientes, e para minimizar possíveis riscos no abastecimento de energia elétrica. Surge em um momento oportuno, dado que a anunciada redução de tarifas elétricas virá reforçar a competitividade deste tipo de mobilidade”, enfatiza Setas.
O Brasil também pode aproveitar a oportunidade para a utilização dos veículos elétricos para disseminar o uso de fontes renováveis, principalmente a partir da geração hidrelétrica, eólica, solar e biomassa, sendo que hoje 85% da energia elétrica é gerada a partir de fontes limpas.
Parcerias
A FIA irá desenvolver um modelo de análise das perspectivas futuras e os impactos técnicos, sociais e econômicos da introdução dos veículos elétricos no Brasil, em especial nas áreas de concessão das Distribuidoras do Grupo EDP. O projeto é coordenado pelo PROFUTURO - Programa de Estudos do Futuro da Fundação e analisa o impacto futuro da frota, perfil e hábitos do consumidor, verificando a viabilidade técnica e os modelos de negócios futuros relacionados ao veículo elétrico.
O Prof. Dr. Paulo Feldmann, da FIA, estima que em 2030 alguns países europeus terão metade da frota de novos carros vendidos composta por veículos elétricos. “Este é o caminho. O Brasil é um dos únicos países que ainda não adotou o carro elétrico, mas terá de se adaptar”, comenta Feldmann. O projeto em parceria com a EDP no Brasil faz parte de uma linha de pesquisas do PROFUTURO/FIA sobre tendências e impactos para a utilização de veículo elétrico no Brasil, coordenada pelo professor doutor James Wright. “Esta linha de pesquisa visa avaliar todos os processos que envolvem a implementação da frota destes automóveis e os ganhos para a sociedade. Nosso trabalho busca propor e discutir estratégias e políticas, tendo em vista a melhoria do tráfego urbano sob as perspectivas de mobilidade sustentável e de políticas públicas de estímulo ao uso de tecnologias limpas de motorização veicular”, afirma.
Já a Sinapsis ficou responsável por desenvolver a metodologia para avaliar o impacto da penetração de veículos elétricos na rede de distribuição, no planejamento e operação da rede, por meio da construção de um ambiente computacional de simulação usando como base plataforma existente de análise de redes elétricas (SINAPGrid). “A ferramenta permitirá à EDP avaliar a necessidade de eventuais obras e determinar o máximo nível de penetração de veículos sem afetar o desempenho do sistema”, afirma Marcelo Pelegrini, sócio-diretor da Sinapsis.
O IEE irá realizar a avaliação tecnológica dos eletropostos e baterias existentes, por meio da construção e testes de bancada experimental e desenvolvimento de modelos computacionais das baterias em situações de carga lenta e rápida. Ou seja, por meio da coordenação de testes práticos avaliará o real impacto dos abastecimentos dos carros no eletroposto. “A partir das medições dos carregamentos das baterias de diversos veículos elétricos em várias situações de carga nos eletropostos instalados no IEE será possível analisar os dados e as características deste novo tipo de carga elétrica e, com isso, construir modelos para avaliar o real impacto de uma frota de veículos elétricos nas redes de distribuição de energia e em toda a cadeia do sistema elétrico, seja na geração, transmissão e distribuição”, afirma José Aquiles Baesso Grimoni, professor da Escola Politécnica da USP.
A Efacec participará do projeto aqui no Brasil com o fornecimento de equipamentos para carregamento de veículos elétricos (recarga rápida, lenta e residencial) e com o sistema de gestão da infraestrutura de carregamento de baterias dos veículos elétricos. “A Efacec é líder na fabricação de carregadores elétricos automotivos e sente-se honrada em participar de um momento tão importante para a indústria de carros elétricos, assim como a parceria com a EDP do Brasil, cuja matriz já é nossa parceira em Portugal”, afirma Artur Fuchs, diretor-presidente da Efacec do Brasil.



Virgin deve começar a operar no Brasil em 2013

A Virgin Mobile deve começar a oferecer serviços para telefonia móvel no Brasil até o fim de 2013, explicou o vice-presidente do braço latino-americano da empresa, Jeffrey Buckwalter.

De acordo com a Exame, a Virgin pretende entrar no mercado de operadoras virtuais (MVNOs) e o início do trabalho no Brasil depende de negociações com operadoras e de uma licença da Anatel.

Buckwalter criticou os preços altos cobrados pelas operadoras nacionais, a regulação nacional e a alta carga tributária, e disse que, apesar de tudo, espera concluir as negociações até o fim do ano para começar a operar em 2013.

A Virgin Mobile vai atuar no Brasil como uma operadora virtual - ou seja, ela não terá uma rede própria e vai usar estrutura de outras operadoras. A negociação com as outras teles é um dos obstáculos encontrados pela companhia no momento. Assim que fechar algum acordo, a nova operadora dependerá da licença da Anatel para iniciar a oferecer os serviços.

Segundo o executivo, a Virgin Mobile vai atuar no Brasil com foco no público jovem de classes B e C, com oferta de planos pré-pagos e pacotes de controle de gastos.

Fonte: Olhar digital

Simplificação de planos é principal alteração proposta ao regulamento do SMP


O objetivo é de que as ofertas sejam entendidas pelos usuários e que haja possibilidade de comparação de preços

A simplificação dos planos da telefonia móvel, de forma que possam ser comparados e entendidos pelos consumidores é a principal mudança proposta pela área técnica da Anatel para revisão do regulamento do SMP. A agência adotou um entendimento recente da Ofcom (agência inglesa de comunicações), de que a complexidade de ofertas acaba se tornando uma prática anticompetitiva.

As linhas gerais da proposta foram apresentadas nesta sexta-feira (28) aos integrantes do Conselho de Defesa dos Usuários de Serviços de Telecomunicações (Cdust) da Anatel. Pelo texto, ao invés de mais de 3.500 planos “guarda-chuvas” homologados que existem atualmente, a escolha dos usuários pelo serviço que mais se adéqua a seu perfil será feita com base um uma lista com 26 itens obrigatórios e precificados e em outra lista opcional, com as ofertas diferenciadas apresentadas pelas operadoras.

“A vantagem é de que a lista obrigatória terá que ser adotada por todas as operadoras e será passível de comparação, tanto na página da agência como em sites de comparação de preços”, disse o superintendente de Serviços Privados da Anatel, Bruno Ramos, que fez a apresentação. Em contrapartida, a agência irá reduzir o tempo de homologação dos planos – no caso os itens da lista opcional – em um prazo mais curto, de 10 para 2 dias, garantindo a agilidade e flexibilidade das operadoras.

Além dessa alteração, a proposta traz mudanças também na fórmula de cadastro dos usuários; nos incentivos ao roaming, dando oportunidade ao usuário de desistir do serviço; no tempo de tarifação, que será feita por segundo; e no sistema de localização do usuário, principalmente para serviços de emergência.

Estão propostas alterações também no item sobre atendimento, com a inclusão de todo o decreto do SAC, e no capítulo de acessibilidade, com a previsão de emissão de faturas em braile ou sonora. E ainda no quesito que trata da interrupção do serviço, apontando novas formas de ressarcimento.

A proposta está na procuradoria especializada da Anatel desde o dia 21 de julho. Depois dessa análise, a matéria será enviada para o conselho diretor, que procederá ao sorteio do relator. A proposta ainda terá que passar por consulta pública que, na expectativa de Ramos, acontecerá ainda este ano.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Varejo usa plataformas móveis como estratégia de aproximação com clientes

TI Inside
quarta-feira, 26 de setembro de 2012, 19h38

Com o aumento no número de smartphones no Brasil, o setor varejista investe na mobilidade como forma de aprofundar seu relacionamento com os consumidores. Esse novo nicho foi debatido em painel do Forum Mobile+, nesta quarta-feira, 26. A rede Pão de Açúcar é um bom exemplo dessa tendência no mercado brasileiro. A executiva do grupo, Natália Jordão, apresentou alguns cases de uso de aplicativos pela marca, que resultaram no incremento do número de clientes e no aumento das vendas. Nuno Gonçalves, diretor executivo da Scanbuy, aponta o QR Code como uma tendência cada vez mais conhecida pelo público brasileiro.
Não só as grandes empresas do varejo enxergam vantagem na estratégia móvel. Marcos Schulz, sócio-diretor da GoPay, explicou como as pequenas e médias empresas também podem aproveitar a mobilidade para conquistar clientes. A GoPay, que espera ter até 2013 15 mil clientes cadastrados, disponibiliza serviço que transforma um smartphone do lojista em uma máquina de POS e que tem sido cada vez mais demandado por pequenos negócios. Felipe Fioravante, da iFood também acredita no êxito da mobilidade e revela que 15% das vendas da empresa são oriundas do aplicativo para dispositivos móveis, que permite a encomenda de refeições em casa a diversos restaurantes de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Falta padronização no modelo de negócios para pagamentos via NFC

Teletime
quarta-feira, 26 de setembro de 2012, 19h52


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A tecnologia existe e funciona bem, os handsets começam a aparecer, mas por enquanto foram lançados no mundo poucos serviços de pagamento via NFC (Near Field Communications), tecnologia de comunicação por aproximação. Uma das razões talvez esteja relacionada à dificuldade de se estabelecer um modelo de negócios padronizado e que agrade a todas às partes envolvidas: bancos, operadoras móveis, redes de adquirência e, claro, o consumidor. O tema dividiu especialistas reunidos em painel durante o Forum Mobile+, nesta quarta-feira, 26, em São Paulo.
Basicamente, existem duas possíveis soluções para um serviço de pagamento móvel e que envolvem atores diferentes. Uma é baseada em nuvem, como a escolhida pela PagSeguro em um teste-piloto lançado em abril com 100 funcionários do UOL em São Paulo: todas as informações sobre os clientes e seus cartões de crédito ficam armazenadas no servidor da empresa. O consumidor precisa apenas encostar seu celular com NFC em outro do lojista com a mesma tecnologia e digitar uma senha do serviço. "Na verdade, as informações sequer trafegam pelo celular. O cliente pode usar até em uma rede Wi-Fi desconhecida", disse Igor Taquehara, gerente de produtos da PagSeguro. A empresa que criou a carteira eletrônica (no caso a PagSeguro) faz toda a gestão de risco e assume a responsabilidade financeira em caso de fraude. Taquehara ressalta que, ao contrário do que parece, neste modelo as redes de adquirência não são excluídas do processo. "A captura é processada junto com os adquirentes, tal como fazemos nas vendas pela web", explica. Apenas foi trocada a interface: em vez da web, o celular.
Outra solução, que parece ser a preferida de bancos e operadoras móveis, consiste na inclusão de um elemento seguro, certificado pelas partes, no SIMcard do usuário. Essa solução envolve a contratação de uma nova figura, conhecida como TSM (Trusted Service Manager), que garante a segurança na comunicação entre os sistemas bancário e de telecom. Uma das vantagens dessa solução é a possibilidade de efetivar transações mesmo quando não há sinal na rede celular, pois os dados do cliente estão armazenados, de maneira criptografada, no SIMcard. O lado negativo é que a quantidade de participantes da cadeia torna a operação bem mais complexa.
Ainda restam muitas dúvidas sobre qual modelo prevalecerá. "A questão do TSM não está bem resolvida, por isso optamos por outro caminho", disse Taquehara, da PagSeguro. "Não consigo entender porque são necessários vários TSMs", disse José Domingos Favoretto, gerente de arquitetura e soluções do CPqD, referindo-se ao fato de cada banco e cada operadora buscar um TSM diferente. Ele enxerga um interesse econômico das teles por esse modelo, pois poderia lhes render uma receita maior do que a oferecida atualmente pelo simples tráfego das máquinas de POS. O problema é que as redes de adquirência não querem abrir mão da sua parte.
Gustavo Ullman, diretor de tecnologia da G&D, defendeu o modelo com TSM. "A operadora precisa, sim, de um TSM porque é ela quem acessa o elemento seguro. O SIMcard é dela. O banco ou o varejista podem ou não ter um TSM, que, neste caso, atuaria como um provedor de serviço", explicou.

Femtocell não pagará Fistel. Mas só operadoras poderão instalar o equipamento.



frequencia 03O presidente da Anatel, João Rezende, afirmou hoje, em São Paulo, que já está pronta a proposta da área técnica da Anatel para as femtocells (pequenas estações de transmissão de sinais de dados e voz), regulamento este que está em análise na procuradoria da agência. "Esse é um regulamento que está em nossa lista de prioridades e deverá ser aprovado até o final do ano", afirmou o executivo. Segundo ele, a agência encontrou o caminho para deixar de identificar este produto como um terminal de celular, o que obrigaria as operadoras a recolherem as taxas do Fistel (Fundo de Fiscalização de Telecomunicações). Hoje as operadoras de celular pagam R$ 26,00 para cada aparelho habilitado e outros R$ 13,00 todos os anos para cada celular em serviço para o Fistel.

Segundo Rezende, a proposta da área técnica é de isenção completa da taxa o Fistel para esses equipamentos. Mas ele ressaltou que a intenção da agência é ampliar esta isenção para as demais pequenas células (como picocell e microcell). Embora ressalte que a decisão do colegiado da agência é soberana, ele defende que essas erbs só possam ser adquiridas e instaladas pelas operadoras de telecomunicações, e não pelos usuários.
Em alguns países, a compra dessas pequenas células de transmissão (que funciona quase como um roteador ou uma antena de wi-fi) é feita diretamente pelo usuário, em lojas de varejo. Rezende teme que, se deixar a comercialização livre, possam surgir no mercado equipamentos não certificados pela Anatel que venham a interferir nos serviços de telecomunicações, prejudicando a qualidade do celular.

M2M

Enquanto isso, a desoneração de 2/3 do Fistel sobre os chips usados na prestação do serviço M2M (máquina a máquina), incluída na lei 12.715/12, ainda precisa ser regulamentada pelo Ministério das Comunicações. Ainda estão sendo estudados de que maneira os benefícios fiscais para os serviços M2M não sejam transferidos para outros serviços.

Correios pretendem ter operadora móvel virtual até o fim de 2013

Teletime
quarta-feira, 26 de setembro de 2012, 13h02


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O vice-presidente de tecnologia dos Correios, Antonio Luiz Fuschino, declarou nessa quarta, 26, no Forum Mobile+, que a instituição deve ter sua própria operadora móvel virtual (MVNO, na sigla em inglês) até o fim de 2013. Segundo o executivo, os Correios estão em etapa de negociações sigilosas com os correios italianos a respeito do assunto e já contrataram uma empresa consultora para auxiliar no processo. A ideia é que, por meio da operadora virtual, os clientes dos Correios tenham acesso a aplicativos em que poderão realizar transações postais e financeiras

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Bens reversíveis: bancos já consideram cenário de depreciação total da rede do STFC




E concessionárias teriam que gastar mais de R$ 13 bi para renovar contratos

Com a divulgação da lista dos bens reversíveis pela Anatel, na semana passada, diferentes bancos começaram a fazer projeções sobre quanto vão valer as concessionárias (que têm um grande número de acionistas minoritários) quando terminar o prazo das atuais concessões, em 31 de dezembro de 2025.

No cenário mais pessimista, o banco Goldman Sachs acredita que a Anatel, que anunciou que os bens reversíveis (ou aqueles que serão devolvidos à União, mediante pagamento, no fim da concessão) das cinco concessionárias (CTBC, Embratel, Oi, Sercomtel e Telefônica) valem hoje R$ 17,365 bilhões, vai manter as taxas de depreciação adotadas em sua conta inicial, para que o Estado não tenha que pagar nada às empresas no final da concessão. Se isso ocorrer, assinala o banco, as concessionárias terão perdas, mas pequenas.

A Telefônica, cujo valor dos bens reversíveis calculados pela Anatel a preços de hoje é de R$ 6,713 bilhões perderiam R$ 902 milhões no final da concessão; e a Oi ( Telemar, R$ 4,563 bilhões e Brasil Telecom, R$ 2,802 bilhões), cujo valor dos bens reversíveis soma R$ 7,366 bilhões, renunciaria a R$ 830 milhões (aplicando-se o custo médio ponderado de capital de 10,1% ao longo destes anos. Uma perda de pequeno impacto, assinala o banco.

O Goldman Sachs prevê ainda que, se o governo vender as mesmas concessões para as atuais operadoras (incluindo os bens que serão devolvidos), elas terão que pagar mais de R$ 13 bilhões pelas novas concessões. Fazendo as contas pelo fluxo de caixa que será gerado nesses anos, a Telefônica teria que desembolsar R$ 6,9 bilhões (ou R$ 2 bilhões a valor presente) e a Oi R$ 6,2 bilhões (ou R$ 1,8 bilhões a valor presente) para assinar um novo contrato de concessão, que no futuro, estima o banco, não deverá mais contar com a tarifa da assinatura básica.

Há muitos condicionantes nessas projeções, mas não deixam de ser interessantes. ( Da redação).


No caso das operadoras móveis, o banco assinala que as renovações das frequências são feitas automaticamente. A maioria das licenças expira em 2018, e deverão ser renovadas por outros 15 anos.

Renovação de concessões elétricas acelera necessidade de cortar custos


As mais afetadas pela renovação antecipada e condicionada das concessões são as Cemig, Cesp, Copel e Eletrobras

Por Reuters

SÃO PAULO - A maioria das empresas com ativos de geração a vencer entre 2015 e 2017 espera ser indenizada por investimentos não amortizados. Mas essas indenizações tendem a ser usadas para manter a capacidade de investimentos futuros e as companhias ainda deverão ter que reduzir custos diante do menor nível de receita.
As mais afetadas pela renovação antecipada e condicionada das concessões são as Cemig (CMIG4), Cesp (CESP6), Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3; ELET6). Entre as privadas, a mais atingida é a transmissora de energia Cteep (TRPL4).
subestação de energia elétrica"Todas elas têm espaço para cortar custos, porque as coisas vão mudar muito. Umas mais, outras menos", disse um dos analistas da equipe da Planner Corretora.
A Eletrobras, em especial, sempre foi cobrada por investidores e analistas quanto a eficiência operacional.
Mas a dimensão da necessidade de redução de custos permanece incerta, já que não foram divulgadas as novas remunerações pela operação dos ativos cujas concessões serão renovadas.
"Infelizmente, vamos ser os últimos a saber. Mesmo Furnas está contratando alguém para fazer essa conta", disse o analista Gabriel Laera, do Espírito Santo Investment Bank.
Veja também: Geradoras de energia cogitam não renovar concessões, diz ABCE.
Na semana passada, a geradora e transmissora Furnas, subsidiária da Eletrobras, anunciou que reduzirá em 35% seu quadro de funcionários, como parte de um plano para reduzir suas despesas com pessoal, material e serviços em 22% até 2018.
A reorganização de Furnas, que terá o apoio de uma consultoria, foi revelada dias após a presidente Dilma Rousseff ter anunciado redução média da conta de luz dos consumidores em 20,2% em 2013. A diminuição do custo da energia será possível com a renovação das concessões do setor elétrico e pela extinção ou redução de encargos.
O grupo Eletrobras como um todo ainda não detalhou o corte de gastos, mas o presidente da empresa, José da Costa Carvalho Neto, já afirmou que irá acelerar a redução de cortes de custos já em estudos no grupo.
Há duas semanas, uma importante fonte do governo disse à Reuters que a Eletrobras teria que cortar custos em 30% para compensar os efeitos da renovação das concessões sobre seus resultados.
Assumindo que toda a Eletrobras fizesse um corte de cerca de 22 por cento no custo consolidado com pessoal, material e serviços - como pretende fazer Furnas -, a despesa com esses itens em 2011 seria de R$ 1,7 bilhão.
A geradora e transmissora Chesf, outra empresa da Eletrobras entre as mais afetadas, ainda não arrisca uma estimativa de quanto terá que cortar em custos, mas está certa de que terá que fazer uma reestruturação e reduzir despesas.
"Temos que fazer o ajuste no custo. Agora, o tamanho do ajuste é em função da tarifa que venha a ser definida", disse o presidente da empresa, João Bosco de Almeida, à Reuters.
PDV (Programa de Desligamento Voluntário), redução de custos com materiais e serviços e custos com viagens são alguns dos itens que a equipe da Chesf já está avaliando para reduzir os gastos, segundo o presidente.
"Evidentemente, a gente vai olhar não só para tirar pessoas e reduzir custos de material e serviços. Vamos discutir uma nova empresa para o futuro", disse o executivo. Segundo ele, há muitas atividades que são acessórias na empresa. "Vamos trabalhar no essencial, para aquilo que estamos sendo remunerados."
A Eletrobras, embora seja uma das empresas mais afetadas com a renovação das concessões em quantidade de ativos, investiu fortemente no aumento da capacidade de geração de energia e em novos sistemas de transmissão nos últimos anos, e passará a contar com essa nova receita.
Assim, sem o conhecimento das receitas futuras que a empresa terá com os ativos velhos, o economista Roberto Brandão, do Grupo de Estudo do Setor de Energia Elétrica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ), considera precipitado dizer quanto o grupo teria que cortar de custos.
"O que não é precipitado dizer é que tem um problema sério na Eletrobras com as distribuidoras. O principal dreno de recursos da companhia são as distribuidoras", disse Brandão.
Veja mais: Estados pedirão mudanças em renovação de concessões de energia.
Ele não acredita, diferentemente do que muitas empresas temiam, que a renovação das concessões irá reduzir a capacidade de investimentos futuros no caso da Eletrobras. Brandão lembra que, além da indenização a receber pelos ativos não amortizados, a estatal deverá contar no caixa com os valores referentes à dívida de Itaipu, que o Tesouro disse que poderá comprar e que soma cerca de R$ 12 bilhões.
"O programa de investimento da Eletrobras não será ameaçado e a capacidade financeira não é um problema... Qualquer esforço de racionalização passa por resolver esse problema das distribuidoras o mais rápido possível", completou.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Teles detêm R$ 17 bi em bens da União


Valor,

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulga hoje um megainventário de ativos que estão nas mãos das operadoras de telefonia fixa e precisarão ser devolvidos à União quando vencerem os contratos de concessão assinados em 1998 e prorrogados até 2025. São mais de 8 milhões de itens - de cabos a orelhões, passando por centrais telefônicas e os edifícios onde funcionam as sedes administrativas das empresas, até equipamentos de energia - informados pelas concessionárias e auditados pela agência reguladora.
A conclusão do levantamento é que o valor contábil disso tudo chega a R$ 17,3 bilhões. Ou seja, se o governo fosse receber de volta as concessões de telefonia fixa hoje, teria que pagar esse valor às operadoras. Só as duas maiores empresas detêm 81% dos bens reversíveis, como são chamados os ativos que devem voltar para a União ao fim dos contratos, renovados em 2005. Cerca de R$ 7,3 bilhões se referem a bens mantidos por Brasil Telecom e Telemar, que se fundiram em 2008. Outros R$ 6,7 bilhões são da Telefônica, concessionária no Estado de São Paulo.

A Embratel tem R$ 2,9 bilhões. O restante se divide entre duas concessionárias menores - a CTBC (que atua em regiões de MG, SP, GO e MT) e a Sercomtel (do município paranaense de Londrina). Os ativos para a prestação do serviço de telefonia móvel não entraram no cálculo da Anatel porque não são regidos por contratos de concessão.
O valor contábil dos bens, que foram classificados em oito grupos diferentes pela agência, leva em conta sua depreciação até 2011. Pouco menos de metade do total (45%) diz respeito a meios de transmissão, como cabos, torres, postes e dutos. Apenas 8% são terrenos e benfeitorias, categoria que inclui até mesmo os edifícios das operadoras, como a sede da Telefônica, alvo de decisão recente da Anatel sobre sua inclusão na lista de ativos reversíveis à União.
Para determinar a inclusão ou não de um bem nessa lista, a agência considerou o que é essencial para a continuidade na prestação dos serviços, se eles voltarem para o Estado ou forem novamente a leilão. É uma questão que se arrasta desde a Lei Geral de Telecomunicações (LGT) e da privatização das teles. Agora, a Anatel tornará pública uma descrição detalhada dos bens reversíveis, a ser atualizada anualmente. A lista ficará disponível no site da agência reguladora.
Com essa divulgação, a Anatel se antecipa a uma controvérsia que deve surgir na reta final dos contratos de concessão, como a polêmica sobre as indenizações do setor elétrico. Desde a semana passada, quando anunciou medidas para a redução das tarifas de energia, o governo disse que usará o saldo da Reserva Global de Reversão (RGR) para pagar investimentos ainda não amortizados às elétricas. Mas as empresas do setor não acreditam que o dinheiro disponível no fundo, cerca de R$ 21 bilhões, seja suficiente para pagar os ressarcimentos.
De acordo com o levantamento da Anatel, o valor de aquisição dos ativos de telefonia alcança R$ 108,3 bilhões, considerando preços pagos no momento de compra dos bens, sem qualquer atualização monetária.
A agência tomou o cuidado de pesquisar os investimentos feitos em três momentos diferentes. Até a privatização das operadoras reunidas no Sistema Telebrás, em julho de 1998, foram desembolsados R$ 25,9 bilhões. Daí ao fim de 2005, quando os contratos passaram por revisão e foram renovados por 20 anos, houve a aplicação de mais R$ 30,9 bilhões. A partir de 2006, foram R$ 51,4 bilhões. Isso demonstra, na avaliação de técnicos da Anatel, que o setor manteve a capacidade de investimento depois da renovação dos contratos e tem passado por constante atualização dos ativos necessários para prestação dos serviços.
Para chegar ao valor final dos bens, é preciso levar em conta sua depreciação anual, mas o cálculo deverá ser refeito ano a ano porque novos equipamentos vão entrando em funcionamento para repor o que ficou defasado.
Por isso, o valor contábil de R$ 17,3 bilhões é apenas uma referência, que precisará ser atualizada até o fim da concessão. Trata-se do valor ainda não amortizado do patrimônio. Ou seja, se o governo fosse receber de volta as concessões de telefonia fixa, teria de pagar esse valor às operadoras. Por outro lado, se a União abrisse mão da reversibilidade dos bens, a lista serviria de base para avaliar quanto as operadoras deveriam pagar ao governo.
A divulgação dos bens reversíveis acaba com as insinuações de que a Anatel não dispunha de uma lista completa dos ativos e não controlava a venda de patrimônio público pelas empresas.
A decisão de publicar a relação dos bens, na íntegra, está amparada na entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação, em maio. Ao menos uma ação civil pública já pedia, nos tribunais, a divulgação da lista.


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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Anatel está dividida sobre redução da VU-M


Área técnica desiste de formular proposta para este ano e conselho se divide


Telesintese
A Anatel deverá adotar diferentes medidas para acabar com o criticado “clube exclusivo” das operadoras de celular. Este clube é formado pelas quatro maiores empresas que têm mais de 90% do tráfego de seus clientes em suas próprias redes. Mas a agência ainda não sabe como mexer com os preços das taxas de interconexão da rede móvel – VU-M, conforme pretendia inicialmente e cuja redução tarifária chegou a ser defendida pelo Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Conforme fontes da agência, a ideia de promover um novo corte nos valores da VU-M chegou a ser discutida internamente, mas nem mesmo a área técnica da agência conseguiu encontrar uma fórmula que justificasse uma mudança imediata, sem mexer na tarifa de público da ligação fixo/móvel. Afinal, depois de muitos anos sem tocar neste vespeiro, a agência promoveu o primeiro corte na VC, que impactou a VU-M, em fevereiro deste ano, e estão previstos mais dois cortes em 2013 e 2014, com novas quedas na VU-M de 13% em 2013 e de 7% em 2014.

O relator do Plano Geral de Metas de Competição, conselheiro Marcelo Bechara, prefere dizer que todos os temas ainda estão em aberto, mas, em princípio, não acha que o PGMC seja o melhor instrumento jurídico para tratar de uma redução de preços como a da VU-M.

Para Bechara, o surgimento dos “clubes exclusivos” pode representar um problema para a competição no médio e longo prazo. No caso do celular brasileiro de cada 10 minutos de conversação, oito são travados somente entre clientes das mesmas operadoras. Ele entende que as ligações on net podem estimular a adoção de práticas oligopolistas dos quatro grandes grupos, mas, para o conselheiro, outros remédios podem ser adotados para corrigir esta distorção.

A proposta apresentada pela área técnica da agência limita-se a tratar das diferentes formas de remuneração entre as redes móveis. E acaba colocando as suas fichas no bill and keep pleno (hoje o sistema é de full billing). A agência acredita que, se reverter a forma de remuneração das redes, poderá estimular a competição nas ligações entre operadoras diferentes, já que nenhuma delas precisará mais pagar à outra pela terminação da ligação, ficando com as suas próprias receitas de VU-M. Mas aí, a outro complicador, que é a redução da arrecadação tributária.

A expectativa do presidente da Anatel, João Rezende, é de que o PGMC seja votado pelo conselho em meados de outubro. ( Da redação, com Tele.Síntese Análise nº 357).

Celpe inova rede e entra na era de smart grid




Com os novos equipamentos, a elétrica eleva sua capacidade de tráfego, saltando dos 2 Mpbs para 100 Mbps.

A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica a mais de 3,2 milhões de clientes em 184 cidades pernambucanas, além da Ilha Fernando de Noronha e de Pedra de Fogo, na Paraíba, implantou uma nova rede óptica Metro Ethernet, com base na tecnologia Ethernet Ring da RAD Data Communications. Com isso, a empresa está apta a utilizar os medidores eletrônicos de energia, próprio da smart grid (rede inteligente), aprovados pela Aneel no mês passado e que começarão a ser instalados em 17 meses.

Vinte e oito plataformas de acesso multisserviço Megaplex-2100, conectados sobre linhas de fibra óptica, são utilizados para a integração da nova rede, que substitui uma antiga estrutura PDH, implementada há cerca de 10 anos. Com a sua nova rede metropolitana, a Celpe eleva sua capacidade de tráfego, saltando dos 2 Mpbs para 100 Mbps, e passa a dispor de comunicação unificada de dados, voz, vídeo, telecomando e monitoramento remoto da planta de produção da companhia.

Além disso, através do emprego da tecnologia de emulação de circuito pseudowire TDMoIP, toda a extensão da rede Metro-LAN da Celpe passa a suportar serviços IP avançados, incluindo-se aí uma parcela da estrutura ainda baseada em circuitos legados TDM. A nova rede dispõe de redundância de tráfego, o que garante maior disponibilidade dos serviços. Ela também ajuda a elétrica a reduzir os custos de operação (OpEx), através de recursos para acesso e configuração remotos dos dispositivos da rede.

Internet

Com a implantação da smart grid, as companhias elétricas terão condições de prover as residências de serviço de internet. Porém, a facilidade não deverá ser implantada logo. Isto porque ainda falta a regulamentação do serviço, emperrada por causa das discussões sobre as tarifas do novo serviço, distribuição de custos.

O uso do smart grid para massificar a banda larga tem sido tema da conversa entre os ministros das Comunicações, Paulo Bernardo, e de Minas e Energia, Edson Lobão. Já existe um o projeto de P&D da rede foi concluído. A previsão é de que a construção dessas redes seja beneficiada com o regime de tarifação diferenciado.

Para a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), a implantação em grande escala de redes inteligentes no Brasil deve acontecer de fato a partir de 2016, com as definições legais e a regulamentação do tema. A primeira etapa do projeto estratégico de pesquisa e desenvolvimento que envolve 33 distribuidoras e quatro geradoras de energia elétrica já foi concluída, com a entrega em fevereiro de relatórios à Agência Nacional de Energia Elétrica. A segunda fase, que inclui a publicação de dois livros com as conclusões dos trabalhos e a criação de um observatório para acompanhamento de todos os projetos-piloto em andamento, deverá ser concluída este mês.(Da redação)

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Redução na tarifa de energia pode afetar implantação de smartgrids


Teletime,segunda-feira, 17 de setembro de 2012, 14h23


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Em meio a perspectivas de implantação das redes inteligentes de medição de energia, as smartgrids, as distribuidoras preparam pesquisas e avaliam as tecnologias e modelos de negócios possíveis para planejar a adoção nos próximos cinco anos, como mostra reportagem de TELETIME nesta edição de setembro. No entanto, o setor energético poderá passar por uma mudança de planos, com o recente anúncio da presidenta Dilma Rousseff de reduzir as taxas da conta de luz para 16,2% nas residências e, para indústrias, até 28%, dependendo da tensão. Durante o programa Café com a Presidenta nesta segunda-feira, 17, Dilma reforçou o plano, destacando que isso será possível por conta da renovação de concessões para as empresas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica para as empresas, que deveria vencer de 2015 a 2017.
Isso muda o jogo na hora de resolver a questão das smartgrids, segundo o responsável pelo setor de telecom na Everis, Juantxo Guibelalde. Para ele, isso afeta a implantação das redes porque as distribuidoras precisarão ser mais eficientes nos custos, determinando o que acontecerá com as novas tecnologias. Mas a própria adoção da medição eletrônica pode ajudar a resolver isso ao oferecer novos modelos tarifários de acordo com o uso. "É parecido com o que aconteceu com as telecomunicações há alguns anos. Quando os governos em geral dão mais liberdade nas tarifas, isso será um bom dimensionador do mercado", diz.
Guibelalde enxerga um potencial no setor para o Brasil que vai além desse problema. "Na Espanha, além de regulamentação, há um impacto da economia europeia em geral e a mão-de-obra é muito custosa. Em países como o Brasil, isso não é tão caro. Se colocar esse motivo, além da [prevenção contra] fraude e o crescimento que é necessário para atender ao mercado, faz sentido ter smartgrids." O executivo justifica que a demanda energética é proporcional ao crescimento econômico na região, levando então à solução das redes inteligentes.
Novo modelo
Segundo afirmou o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, na semana passada, a presidenta Dilma deverá sancionar nesta segunda-feira, 17, a PLV 18/2012 (antiga MP 563), que tira a taxa do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel) dos equipamentos de comunicação máquina-a-máquina (M2M). Confirmada a aprovação, as operadoras contarão com viabilidade econômica desse mercado ao praticar tarifas diferentes de ligações comuns. O setor de M2M promete chegar a 50 bilhões de acessos no mundo em 2020, segundo dados da Ericsson.
Neste contexto de oportunidades de telemedições, Juantxo Guibelalde defende o esquema que utiliza concentradores para prédios ou bairros para não haver tantos gastos nas medições via rádio, mas atenta para restrições exageradas. "As operadoras pensam que é um negócio espetacular, mas aí tem a parte dos concentradores que prevê bem menos", afirma. Segundo eles, os controladores já estão tentando tarifar individualmente para evitar isso, mas "não tem muita possibilidade de eles terem um número correto".
"Essa é a briga que está acontecendo com as operadoras [na Europa]. Tem que ser o mais livre possível, não pelo custo ou tecnologia, mas pela liberdade", explica. Ele diz que a Everis traz uma solução para a configuração remota, com qualquer operador, capaz de lidar também com aparelhos de medição que utilizem mais de um cartão SIM para aumentar a disponibilidade sem depender de uma rede só. Ainda assim, ele enxerga que o mercado de M2M, sobretudo em smartgrids, tem um grande potencial. "Acho que é necessário para o Brasil, pois é importante a infraestrutura de utilities para acompanhar o crescimento espetacular da economia, colocando as grids como um driver", finaliza.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Light instalará medidores de smart grid no Rio de Janeiro com rede WiMesh



Fernando Paiva

A distribuidora de energia Light vai instalar até o final do ano no Rio de Janeiro entre 1 mil e 3 mil medidores de luz inteligentes, dentro do conceito de "smart grid", com comunicação de dados através de uma rede WiMesh, com redundância pela rede 3G. Os equipamentos serão espalhados por bairros das zonas sul e norte da capital fluminense, além de algumas comunidades com UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) e em cidades da Baixada Fluminense, revela o superintendente de tecnologia e inovação da Light, Fábio Toledo. A iniciativa faz parte de um projeto de pesquisa e desenvolvimento em smart grids da Light e da Cemig orçado em R$ 65 milhões.
Os medidores de smart grid são capazes de ler remotamente o consumo de energia, dispensando a visita de um técnico da distribuidora; ligar e desligar remotamente; desligar automaticamente a corrente de energia em caso de sobretensão ou subtensão; informar sobre queda de luz; e se comunicar com o cliente. O consumidor da Light cuja residência for dotada de um medidor de smart grid poderá, através do portal da empresa na web, estabelecer, por exemplo, uma meta de consumo mensal e ser informado quando estiver próximo ou quando ultrapassar esse limite. O alerta poderá vir por diversos canais, à escolha do assinante, como SMS, email, mensagem no Twitter etc. "Ainda não decidimos se cobraremos por esses serviços extras", explica Toledo.
Para a Light, o investimento em smart grid pode ajudar a reduzir o consumo em horários de pico, evitando problemas de abastecimento, além de diminuir a inadimplência. Paralelamente a esse projeto em smart grid propriamente dita, a companhia já vem investindo há cerca de 5 anos na modernização de seu parque de medidores, contando hoje com 250 mil unidades capazes de realizar leitura e desligamento remotos enviando dados por rádio em 900 MHz e PLC (Poweline Communications) até um concentrador, de onde a informação sai para a central através de uma VPN (rede privada virtual) em 3G ou GPRS. Esses medidores não são classificados ainda como smart grid pois não permitem a comunicação com outros devices, embora sejam mais inteligentes que seus antecessores, que ainda requerem a leitura presencial do consumo. Ao todo, a rede da Light é constituída de 4 milhões de medidores. Cerca de 100 mil são trocados anualmente.
Rede celular
A respeito do uso da rede celular para a comunicação entre máquinas (M2M, na sigla em inglês), Toledo pondera que o modelo de negócios das operadoras móveis visa conexões com alto tráfego e baixa disponibilidade, mas o M2M gera pouco tráfego e requer alta disponibilidade. Ou seja, para atender a demandas de comunicação entre máquinas, as teles precisam repensar suas ofertas. Uma contribuição positiva para esse mercado virá com a redução do Fistel para esse tipo de serviço.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Rezende diz que PGMC pode incluir “remédio” contra ligações on net


Tele.sintese


Mas para o presidente da Anatel, a crise de qualidade dos serviços móveis se deve à explosão do tráfego de dados.

O presidente da Anatel, João Rezende, disse que a agência está avaliando o impacto dos planos ilimitados on net e com bilhetagem reduzida nas redes móveis para ver se serão necessárias medidas de correções de distorções. Ele afirmou que caso haja necessidade de “remédio” este poderá ser incluído no Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), em fase final de aprovação. Mas ressaltou que os problemas de qualidade no serviço móvel são provenientes da explosão de tráfego de dados e não de voz. “A crise é da internet móvel”, salientou.

Rezende, que participou nesta quarta-feira (5) de audiência pública sobre a qualidade do serviço de telefonia móvel no País, promovida pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, acredita que a medida adotada pela Anatel, que proibiu a venda de chips pelas operadoras TIM, Claro e Oi durante 11 dias, resultará em mais qualidade para o serviço. Porém, defende a adoção de um mecanismo que garanta um percentual de investimentos da operadora em capacidade de rede para cada aquisição de clientes.

Para o presidente da Anatel, que ouviu duras críticas dos deputados às operadoras e à atuação da agência, é preferível um mercado menor com serviço de melhor qualidade do que ampliado, mas com atendimento insatisfatório. “É preciso fazer as correções agora para entrar com o pé direito na telefonia 4G”, disse, referindo-se à rede de alta capacidade de dados, que será implantada no país a partir de 2013.

Tarifas

Sobre as críticas dos deputados em relação aos altos valores cobrados pelo serviço móvel, Rezende disse que a atuação da Anatel é limitada, já que o serviço é privado, mas que tem promovido a redução dos valores de interconexão entre fixo e móvel (VU-M). “Já conseguimos reduzir essa tarifa de R$ 0,45 para R$ 0,31 e vamos continuar, pois permanece acima dos valores cobrados em outros países”, disse.

Em relação à fiscalização das prestadoras, Rezende disse que a Anatel aprovou recentemente um regulamento que prevê a fiscalização online das operadoras, que está em fase de implantação, e que trará um avanço muito grande à atuação da agência. “As empresas têm lá suas resistências a essa medida, mas achamos que é uma modernização importante”, disse.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Proteste e Idec manifestam apoio à CPI da Telefonia

Teletime, 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012, 16h13


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O Proteste e o Idec manifestaram formalmente seu apoio à criação de uma CPI na Câmara dos Deputados para investigar os valores cobrados na tarifa de interconexão sobre a rede móvel das operadoras de telecomunicações e eventuais problemas na qualidade do serviço.
Nesta segunda-feira, 3, as associações que participam da campanha "Banda Larga é um Direito Seu!" encaminharam documento ao presidente da Câmara manifestando sua posição quanto à proposta de CPI, apresentada no início de agosto.
Para as entidades, essa tarifa — cobrada a título de remuneração de redes — vem sendo utilizada para eliminação da competição no setor de telecomunicações. "Há práticas abusivas adotadas pelos grupos econômicos com poder de mercado significativo, que cobram dos concorrentes em média R$ 0,40 pelo minuto e R$ 0,03 de seus consumidores. Isso fere não só o direito dos consumidores ao acesso a serviços públicos e à interconexão, mas também a legislação de proteção à concorrência”, diz o Proteste.
Já o Idec alega que “a CPI deve discutir que o que aparece como preços altos nas ligações de celular entre operadoras diferentes é resultado direto de uma gestão das redes de telecomunicações que privilegia as grandes empresas e que não encontra barreiras reais na atuação da Agência Nacional de Telecomunicações”.
Interesse próprio
O deputado federal Sabino Castelo Branco (PTB/RS), um dos autores do pedido de CPI, é dono da Hoje Telecom, operadora de telefonia fixa competitiva do Amazonas, que está envolvida numa disputa com as demais operadoras por uma suposta dívida de R$ 60 milhões. O dinheiro é fruto de recolhimento da tarifa de interconexão VU-M que não foi repassada às empresas, como prevê a Lei. A Anatel deu a ele 120 dias para acertar seus débitos antes do desligamento da interconexão.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Demanda por telefonia móvel pode ampliar MVNO na América Latina

IPNEWS,
Sex, 31 de Agosto de 2012 16:29
AL detêm 0,5% do mercado, diz pesquisa.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Pyramide, o MVNO ainda não encontrou mercado na América Latina, mas tem chances de crescer na região. Dados do estudo revelam que no setor de telecom o MVNO representa 11% do mercado global, mas apenas 0,5% está concentrado na região.
Ainda de acordo com o estudo, o MVNO permite a entrada de novos players de mercado na área de telefonia móvel, e a pesquisa destaca Chile, Brasil e Argentina como mercados em ascensão e destaca o M2M como a oportunidade para as empresas desses países.
“A demanda por serviços de dados na América Latina e o potencial de crescimento esperado nesse setor, cria oportunidades para novos modelos de negócios em MVNO e uma das áreas é o M2M, devido o número de provedores de aplicações que proporcionam mobilidade”, relata a pesquisa da Pyramid

Correios definem até novembro se atuarão como MVNO




Empresa aguarda avaliação de consultora contratada para decidir se e como entrará nesse mercado

A Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) decide até novembro se vai atuar como operadora virtual da telefonia móvel (MVNO), conforme planos iniciais. A decisão será tomada após conclusão da empresa de consultoria MVNC, contratada por meio de pregão eletrônico em julho para avaliar a conveniência de a estatal entrar nesse mercado, o modelo de negócios e o formato, se credenciada ou autorizada.

“O objetivo é que o negócio agregue valor aos serviços já prestados pela empresa”, disse Ara Minassian, responsável pelo projeto. Ele acredita que a tendência é de que os Correios atuem nesse mercado já no próximo ano. Ele citou como serviços que podem ser agregados com a MVNO o vale postal digital e o SMS para comunicar o cliente sobre o andamento de entrega de encomendas.

Minassian disse que a forma de contratação de rede da operadora móvel que será usada para o serviço também não está decidida. Ele não sabe se será por licitação ou se fará contratos com todas as operadoras, como já sugeriu o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, aproveitando as melhores ofertas por estados. “Em primeiro lugar, temos que seguir o que recomenda o TCU [Tribunal de Contas da União]”, disse.

Segundo Minassian, a opção pela licitação pode trazer inconvenientes, como ficar amarrado a um preço, que pode inviabilizar o serviço. “No caso da decisão por atuar como operadora virtual credenciada fica mais fácil”, reconhece. "É preciso ter certeza de que o negócio é viável", completou