sábado, 31 de janeiro de 2015

2040: humanos só dirigirão carros em pistas de recreação e games

Por Redação Olhar Digital - em 31/01/2015 às 11h00



Resumo: Saiba por que a humanidade vai abolir automóveis não-autônomos

Artigo escrito por Ricardo Longo, sócio-diretor da Onofre Consulting

Sinto uma certa pena antecipada dos meus netos que ainda nem nasceram. Aposto que eles nunca terão nem um resquício da mesma relação fascinante com os carros que eu e umas três gerações antes de mim tiveram. Não é só o prazer de dirigir, mas também todo o envolvimento emocional com os automóveis, como por exemplo a sensação de conquista ao aprender a guiar, a satisfação de comprar o pri-meiro carro com o próprio dinheiro ou aquele "cheirinho de carro novo” que a gente sente algumas vezes ao longo da vida.

Assim como minha filha de 9 anos não conse-gue imaginar um mundo sem celular ou Inter-net, meus netos perguntarão abismados: “Vovô, como era quando as pessoas que dirigiam os carros? Que estranho que devia ser…” Digo isso porque eu aposto meu dedo mindinho da mão esquerda como em 2040 (talvez bem an-tes) todos os veículos automotores serão total-mente autônomos. Não será permitido a huma-nos controlar essas máquinas perigosas em vias públicas. Simples assim. Será imposto por lei em praticamente todos os países.

A Internet demorou somente 20 anos para nascer comercialmente em 1995 e se tornar o que é hoje. Isso porque não há leis que obri-guem seu uso ou que proíbam a utilização de outros meios alternativos. No caso dos auto-móveis, não somente o mercado (fabricantes e consumidores) caminhará no sentido dos ve-ículos totalmente autônomos, como também os governos e as autoridades irão impor isto à sociedade. A transformação poderá ocorrer muito mais rápido do que se imagina.

O Google e as grandes montadoras do mun-do já tem protótipos de carros autônomos ro-dando por aí e a CES 2015, que ocorreu agora em janeiro, foi invadida pelas marcas de auto-móvel apresentando seus projetos nessa área. Esse tema começou muito depois, mas está evoluindo de maneira muito mais acelerada que os carros elétricos e quando essas duas tendências se unirem de maneira massificada (carros autônomos E elétricos), a indústria au-tomobilística irá se misturar completamente com a computação e a robótica. Não me sur-preenderia que na próxima década teremos a Apple também entrando nesse mercado e lançando seu iCar.

Confira abaixo 8 motivos pelos quais empresas e governos vão abolir os carros tradicionais:

1 - Segurança no trânsito

As pessoas não tiram carteira de motorista, tiram porte de arma. No Brasil, mais pessoas morrem por acidente de trânsito do que por homicídios ou câncer. Só perde para doenças circulatórias. São mais de 60 mil vítimas fa-tais por ano (dados de 2012). No mundo são 1,2 milhão de mortes no trânsito em 12 mi-lhões de acidentes graves anualmente. Sendo que mais de 95% dos acidentes são causados por irresponsabilidade, imperícia, imprudên-cia e negligência.

Carros autônomos não sofrem de nenhum desses problemas e ainda saberão se autodiagnosticar para detectar possíveis falhas me-cânicas. Num mundo somente de carros autô-nomos não há acidentes de trânsito. E ponto.

Por fim, fora o valor imensurável de uma única vida, quanto um país ou cidade deixa de gastar quando não há mais acidentes (resgate, poli-ciais, hospitais etc)? Estima-se que o custo dire-to anual de acidentes de carro no mundo che-gue a US$230 bilhões.

2 - Congestionamentos

Quando todos os carros de uma cidade forem autônomos, não haverá mais congestionamentos. Não somente os carros se auto-diri-gem muito melhor, anteveem movimentos, não se distraem e conseguem otimizar total-mente sua maneira de dirigir, como também (e o mais incrível) é que as ruas poderão alte-rar de mão e novas rotas serem determinadas conforme a necessidade do horário ou das circunstâncias, sem cones, placas ou guardas de trânsito.

Muito fluxo subindo a 23 de Maio em direção ao Centro? O sistema de trânsito da cidade coloca mais duas faixas da outra pista no sen-tido contrário e avisa todos os carros. Voilá.

3 - Investimentos em vias públicas

Outra grande vantagem dos automóveis au-tônomos é que as cidades e países terão que investir muito menos em novas ruas, avenidas e estradas. Esses recursos serão otimizados ao máximo de seu potencial e sobrará mais di-nheiro para outras áreas como educação, saú-de, habitação, programas sociais, etc. Alguns estudos indicam que a capacidade da estru-tura viária de uma cidade é multiplicada por 15 quando todos os carros são autônomos.

4 - Conforto e tempo liberado

Considerando uma média de 1 hora de dire-ção por dia, uma pessoa gasta então 22,5 dias anualmente atrás do volante (considerando um dia de 16hs acordado). Se não tivermos que dirigir para nos locomover, ganhamos quase 1 mês inteiro no ano para fazer coisas muito mais produtivas e prazeirosas.

Além disso, haverá muito mais conforto e es-paço dentro dos automóveis que poderão ser construídos em formatos muito mais variados do que os limites impostos hoje pela posição de dirigir do motorista e todos os instrumen-tos que se utiliza para guiar o carro (pedais, direção, controles etc). Já imaginou um carro onde você vá deitado em uma espreguiçadei-ra ou reunido com a família numa mini-sala?

5 - Custos de produção

Hoje em dia carros autônomos são naturalmente bem mais caros que carros normais. Afinal carregam uma parafernália tecnológica que gera e processa 750Mb por segundo de informação. Mas isso irá se inverter. São duas razões para isso. Primeiro, com o carro se transformando num verdadeiro computador sobre rodas, ele passa a obedecer à Lei de Moo-re e muito em breve toda a camada computacional de direção autônoma de um carro terá um custo muito reduzido, tendendo a ficar tão insigni-ficante quanto o custo dos amortecedores.

Em segundo lugar, carros que se dirigem sozinhos não terão muitos dos custos de um carro normal como volante, pedais, seletor de marchas e todos os outros controles, assim como podem ser construídos com níveis de segurança passiva menores, já que não sofrerão acidentes num mun-do dominado por eles.

6 - Imóveis e estacionamento

Em Los Angeles há 3 vagas de estacionamento para cada carro e 60% de toda a área de cidade é dedicada a estacionamentos. Por outro lado, em Manhattan é muito difícil ou caro estacionar o carro. Em Londres e várias outras cidades da Europa não há imóveis com garagem no centro e em São Paulo, o novo Plano Diretor vai dificultar bastante a construção de garagens em inúmeros bairros. Estacionar o carro é um problema tan-to de escassez como de abundância.

Carros autônomos resolvem este problema pois podem estacionar em qualquer lugar ou nem estacionar e ficar andando por aí dependendo do local. É como um carro com um motorista incansável. Num mundo assim, será alterada toda a lógica de especulação imobiliária e muitos espaços e terrenos hoje dedicados a estacionamentos poderão ser utilizados para outros fins, assim como haverá muito mais liberdade para as pessoas morarem bem em locais sem vagas próximas.

 7 - Meio ambiente e economia de energia

Nos EUA, 25% do orçamento de energia do país é voltado aos automóveis. E muitos acre-ditam que os carros elétricos (não necessa-riamente autônomos) são a grande salvação contra a poluição causada pelos veículos em geral, mas em países com matriz de energia elétrica “suja” baseada no carvão e outros combustíveis fósseis, os ganhos são muito menores. Além disso, convenhamos que uma usina hidroelétrica ou nuclear, apesar de lim-pas, exigem investimentos colossais e causam grandes impactos na sua construção ou repre-sentam um  certo risco para a humanidade.

Nesse contexto, os self-driving cars terão um papel muito importante pois representam uma enorme economia de energia nesta ma-triz, independente de como foi gerada. Au-sência de trânsito, direção otimizada, veículos mais leves, motores menores, enfim, todas as características dos carros autônomos contribuem significativamente neste sentido.

8 - Acessibilidade e independência

Muitas pessoas hoje no mundo dependem de outras pessoas ou são obrigadas a utilizar transporte público quando querem se loco-mover pelas cidades ou estradas. Idosos, defi-cientes visuais, deficientes físicos, entre tantos outros públicos.

Só para se ter uma ideia da quantidade de pes-soas que podem ser impactadas, segundo a OMS, há hoje no mundo 241 milhões de pes-soas com 75 anos ou mais. Em 2040 é espe-rado que esse número chegue a 525 milhões ou 5,8% da população esperada de 9 bilhões de pessoas. Também segundo a OMS há hoje cerca de 285 milhões de deficientes visuais.
Com os carros autônomos isto não será mais uma limitação. Qualquer pessoa, independen-te de sua condição física ou aptidão para dirigir terá muito mais independência, agilidade e co-modidade para poder ir aonde bem entender.

Reprodução

Algumas consequências importantes 

A indústria automobilística é também conhecida como “a indústria das indús-trias”. Não somente pelo seu tamanho e importância econômica, mas também por todo o impacto e influência que tem sobre inú-meras áreas da economia como commodities, energia, crédito, tecnologia etc.

E o advento dos carros autônomos terá um impacto ainda inimaginável sobre esta indús-tria pois não se trata somente de uma nova tecnologia ou tendência, mas sim de uma al-teração completa das leis mercadológicas que regem esse mercado há quase 100 anos, des-de a introdução da linha de montagem por Henry Ford.

Novos entrantes (ex: empresas de tecnologia), novos modelos de negócio (talvez baseados em utilização e não em propriedade), uma infinidade de novos nichos de mercado e ti-pos de produto, uma relação nova do consu-midor com o automóvel. Tudo irá se alterar gerando grandes desafios e enormes oportu-nidades para quem participa ou quer partici-par desse jogo.

Somente para citar um exemplo, como fica a in-dústria de seguros de automóveis nesse novo ce-nário? Num mundo sem acidentes ou roubos de carro, para que serve o seguro de automóveis?

No transporte de cargas  e logística, outra enorme revolução. Veículos de carga autôno-mos de todos os tamanhos e formatos entre-gando coisas pela cidade ou cruzando as es-tradas ininterruptamente sem a necessidade do caminhoneiro parar para descansar.

Em relação ao transporte público, mais um mar de possibilidades. Como um verdadeiro sistema vascular, veículos grandes trabalharão em conjunto com veículos médios e pequenos ou até individuais, gerando muito mais como-didade e capilaridade para a população.

Uma cidade de carros autônomos não obe-dece às mesmas leis de uma cidade de hoje em dia, podendo inclusive ganhar configura-ções e formatos totalmente diferentes. E essas transformações, em última instância, deverão causar também impactos significativos na cul-tura e em toda a sociedade.

Grandes mudanças, novos desafios 

Exatamente por serem mudanças tão profundas é que há também enormes de-safios a serem superados para que toda esta transmutação ocorra ao nosso redor.

Para começar, como fica o parque de veículos não-autônomos? Quando a sociedade defini-tivamente “virar a chave” e for proibido o seu uso, haverá um kit de transformação? Virarão sucata? Peças de museu?

Há também o preconceito das pessoas por tudo aquilo que é novo ou inédito. Era feio usar celular em lugar público e minha avó pode jurar que microondas causa câncer. Como será o processo de adaptação e, prin-cipalmente, de habituação das pessoas? Elas vão querer e aceitar essa nova relação com os automóveis?

Um outro grande conjunto de desafios diz respeito às questões legais e jurídicas disso tudo. Vamos supor que haja um atropelamen-to - será extremamente raro mas pode haver. Nesse caso, de quem é a responsabilidade ci-vil? Do dono do carro, do fabricante do carro, do desenvolvedor do software, do Estado, do pedestre?

E ainda, como proteger carros autônomos de vírus e hackers? O que acontecerá quando o software travar? Onde irão trabalhar todos aqueles que ganham a vida dirigindo?
Certamente não são questões simples de se resolver e provavelmente muitos novos desa-fios surgirão ao longo dos próximos anos. Mas com certeza os benefícios para as pessoas e a sociedade como um todo são muito maiores. Por causa disso posso afirmar que os carros autônomos vieram para ficar e estarão total-mente adaptados em nossa sociedade muito antes do que a gente possa imaginar.

Aí, se a minha neta quiser saber como era dirigir um carro antigamente, levarei ela a uma pista de recreação para experimentar a “adrenalina” de guiar o próprio carro. E ela provavelmente vai achar bem entediante e me pedirá para levá-la para dirigir qualquer car-ro do mundo em qualquer cidade do mundo no simulador que colocaram no fliperama do Shopping.

Rezende muda superintendente de Outorga e Frequência


Marconi Maya vai para sua assessoria direta e Vitor Menezes assume o cargo.


Telesintese,    Da Redação — 30 de janeiro de 2015

O presidente da Anatel, João Rezende, resolveu mexer na superintendência de Outorga e Recursos à Prestação.  O engenheiro Marconi Maya, que ocupava a função desde a reestruturação da agência, e que anteriormente era o superintendente dos Serviços de Comunicação de Massa, deixa o cargo para assessorar diretamente o presidente. Em seu lugar assume o advogado Vitor Menezes, que era assessorava  Rezende.

A troca foi comunicada aos superintendentes da Anatel na noite de ontem, e hoje publicada no Diário Oficial da União. Comenta-se que Rezende quer mais celeridade na gestão dos processos, principalmente os de frequência de radiodifusão, que estava gerando muito ruído entre os radiodifusores pela demora na análise.

Há também o fato de que Maya não era a primeira escolha de Rezende para o cargo quando da reestruturação da agência, mas ele contava com o apoio do vice-presidente, Jarbas Valente, que já deixou a agência.


sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

MVNO e os grupos evangélicos.


A igreja Assembléia de Deus conta com quase 20 milhões de religiosos, distribuídos por aproximadamente 40 mil templos, onde se percebe com facilidade um significativo nicho de mercado, que qualquer empreendedor não pode desprezar tal importância no mercado, enfim, representa algo próximo a 10% da população brasileira.

Com estes números, o empresário Ricardo Knoepfelmarcher, se propôs e está estruturando uma operadora móvel virtual (conhecida pela sigla MVNO) destinada e voltada aos interesses desse público.

A operadora já tem nome e atenderá por "Alô AD", e dentro de uns oito meses esse grupo de evangélicos poderá ter mais uma alternativa na hora de buscar sua operadora do serviço móvel. Os valores inicialmente previstos para a aquisição dos chips giram em torno de R$ 8,00 a R$ 10,00, o que não fica muito diferente dos valores atualmente praticados pelas tradicionais e conhecidas operadoras.

No Brasil, apesar de pouco conhecido, já temos uma MVNO em operação, associada a seguradora Porto Seguro, que vem divulgando seu produto através da mídia tradicional, mas, mais recentemente fazendo um corpo a corpo através de Mkt ativo a partir de seu (mailing) cadastro de segurados.

Somado a Ricardo Knoepfelmarcher, existe um grupo de investidores mas também encontra-se a frente deste novo projeto, Raul Aguirre, profissional de grande experiência no mercado, onde já atuaram a frente de grandes projetos de sucesso, dentre outros: Oi Móvel, Brasil Telecom, Pegasus, etc. E essa grande afinidade vem desde os tempos em que trabalhavam juntos como consultores da McKinsey&Company.

O projeto está prevendo que em seu primeiro ano, já terá um grupo acima de 1 milhão de usuários, o que significa tratar-se da maior MVNO do mundo, pois as existentes nos outros continentes operam com uma média de 300 mil usuários.

Partindo da oferta dos serviços tradicionais, já conhecidos do grande público de telefonia móvel, terão serviços agregados, tais como, contato direto com o pastor da região, acesso ao salmo do dia, informações sobre o templo mais próximo, informações dirigidas sobre publicações da Assembléia de Deus (AD), além de outros voltados e dirigidos para as diversas faixas etárias.

A solicitação de funcionamento já está em análise na Anatel e deverá acontecer nas próximas semanas.

Telefônica/Vivo cria site para divulgar Internet das Coisas

 O termo Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) foi cunhado para facilitar a compreensão para o grande público de serviços de comunicação entre máquinas, também chamados de M2M (machine-to-machine). Em uma tentativa de explicá-lo para a massa de consumidores, a Telefônica/Vivo criou um hotsite dedicado ao tema, no qual um personagem faz uma apresentação didática sobre IoT, abrangendo desde carros conectados, até soluções para cidades inteligentes, passando por wearable devices, m-health e casas conectadas. 

 No site, a empresa aborda também algumas das suas primeiras experiências nessa área, como o projeto na cidade paulista de Águas de São Pedro e o carro conectado da Tesla, na Europa. O site foi desenvolvido pela agência Tritone Interactive. Análise Com a queda da receita com chamadas de voz e SMS, assim como a pressão da margem de lucro no tráfego de dados, as operadoras de telecomunicações precisam desenvolver novas fontes de receita de valor adicionado. 

  O grupo Telefônica e outras teles ao redor do mundo já identificaram que soluções de IoT podem ser um dos caminhos, especialmente nos segmentos de cidades inteligentes, saúde, residências e automóveis. A comunicação de forma clara para o grande público é fundamental para o sucesso desses serviços e pode ajudar a acelerar sua adoção. Fonte: Teletime News de 15 de julho de 2014.

"Como R$ 200,00 quase quebraram minha empresa"

Fundador da Tecverde conta sobre a burocracia brasileira e como isso afetou sua empresa
Por Endeavor Brasil  
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Por Caio Bonatto, fundador da Tecverde
Quando fui convidado para escrever um artigo sobre a burocracia no Brasil, a primeira imagem que me veio à cabeça foi do Mark Zuckerberg na fila de um cartório. Confesso que ri. Ri para não chorar.
Há poucos meses, nossa empresa conseguiu o feito hercúleo de ser aprovada para receber um financiamento atrelado à inovação. E vou abrir um parêntese aqui para explicar porque foi tão difícil: provar que o negócio era inovador e o projeto de alto impacto foi o menor dos desafios. Aliás, a maior preocupação não estava aqui, e sim nas garantias, na documentação dos proprietários das garantias, na documentação dos sócios da empresa proprietária das garantias, e fiquei pasmo quando chegou ao nível de documentação dos cônjuges dos sócios da empresa proprietária das garantias para um financiamento que estava sendo tomado por nós. Assinaturas e mais assinaturas, registros em cartórios no Paraná, Santa Catarina e São Paulo, por conta de onde os sócios se encontravam.

A burocracia foi um dos desafios que Caio teve de enfrentar com sua empresa (Getty Images)
A burocracia foi um dos desafios que Caio teve de enfrentar com sua empresa (Getty Images)
E sem falar nas certidões… Aqui a história entra em seu clímax. Nem preciso dizer que aqui foi onde os burocratas conseguiram seus maiores feitos, certo? Aqui eles usaram toda criatividade e dedicação para deixar a coisa o pior possível. Tornaram o processo tão amarrado e ineficiente quanto ninguém poderia imaginar. É certidão para tudo que você faz na vida. O processo com as certidões para esse financiamento me deixaram sequelas: a Síndrome do Pânico das Certidões. Os sintomas são: palpitação nas pálpebras, formigamento nos lábios, dor no pescoço, arritmia cardíaca, perda de apetite. Conhecem o jogo do “Vence, Vence”? É aquele jogo que você tira a certidão negativa e alguma outra vence (expira); quando você tira esta, alguma outra vence. O desafio é ter todas na validade ao mesmo tempo. É um jogo tão demorado quanto o Quadribol (dos livros do Harry Potter) pode demorar. Só em fantasia para se criar um negócio desses.
CONFIRA: Os 5 Passos para Montar uma Carteira de Investimentos Campeã No nosso caso, uma das centenas de certidões não estava dando negativa – ou seja, estava barrando o empréstimo. E quando fomos tentar entender o porquê, o sistema da Receita estava fora de ar. Durante uma semana, fomos todos os dias e não conseguimos respostas. No décimo dia, alguém conseguiu verificar que a receita havia processado erroneamente uma informação e que precisaria corrigi-la. Eram R$200,00 que constavam como não pagos, mas que já haviam sido quitados por nós. Mas não importava. Eles sabiam disso, mas precisavam de outros papeis, precisavam seguir o protocolo. Porém, havia um grande porém: o sistema estava fora de ar.
Nosso financiamento estava travado por conta disso. E por conta de todo o restante da burocracia o processo de obtenção do financiamento já estava em seu quarto mês. O sistema ficou fora de ar por 15 dias, aproximadamente. Demoraram mais uma semana para processar a informação. E finalmente conseguimos a certidão. Aí, o processo já estava quase em seu quinto mês. Haviam nos passado um prazo máximo de 60 dias para obtenção do crédito. Nós nos planejamos para termos até dois meses de atraso. Mas estava demorando muito mais do que isso. As contas começavam a chegar, porque havíamos dado continuidade aos investimentos, acreditando que o financiamento entraria logo.
De repente, nosso foco estava todo na luta para sobreviver. Uma luta diária para levantar caixa, conseguir outras linhas de giro, etc. O foco, que deveria estar no projeto, na inovação, estava na sobrevivência pelo caixa, por conta de uma Certidão Negativa de Crédito (CND) que ficou travada por R$200,00. E quando achávamos que o dinheiro entraria… Opa! Espera lá! Temos que averbar o contrato e as garantias em cartório!! Demora 30 dias!!!! Imaginei novamente o Mark Zuckerberg na fila do cartório e esperando 30 dias para poder lançar o Facebook em outra Universidade americana, em seus primeiros meses de existência.
Isso é só uma amostra do que existe por ai, e existem situações muito piores do que a nossa. Milhares de pequenas e médias empresas já passaram ou estão passando por isso.
Um dos valores de nosso negócio é: acredito fielmente que nada é impossível!
Às vezes acho que os burocratas descobriram esse valor e tentam fazer de tudo para que o mudemos para: acredito que nada é impossível, desde que eu vença a burocracia primeiro.
Como podemos esperar viver em um mercado menos burocrático e mais eficiente sendo que nem o Estado está preocupado com sua eficiência? Essa é minha maior dúvida. Que esperança podemos ter por eficiência enquanto o Estado não estiver lutando para ser mais eficiente?
E o pior é que a burocracia se estende para nosso sistema de educação, saúde, serviços básicos (água, luz, telefone, internet). Ao invés de nosso Estado ser exemplo em meritocracia, em resultados, em empreendedorismo, se tem justamente o contrário.
Sonho com o dia que a burocracia e os tributos não forem mais nossos maiores desafios para empreender. Nesse dia me sentirei livre de verdade para empreender e enfrentar os desafios que os grandes empreendedores devem enfrentar com 100% de seu foco: concorrência, inovação, gestão, formação de talentos.
Ah! E só para concluir: já experimentaram lançar um produto bem inovador? É até engraçado. O sistema tributário é tão falho que há 99% de probabilidade de não existir um imposto correto para ele. Aí, ou você opera no risco, ou espera meses até conseguir criar um tributo correto para seu produto… E vamos à luta! Amanhã tenho mais uma certidão para tirar.

Alô Serviços, MVNO ligada à Assembleia de Deus, vai operar no Brasil



:: Convergência Digital :: 30/01/2015

O mercado de MVNO, operadoras virtuais, que acabou não acontecendo como o esperado inicialmente, pode, agora, estar dando um passo decisivo no país. Nesta sexta-feira, 30/01, a Anatel publicou no Diário Oficial da União a autorização para que a Alô Serviços atue como operadora virtual de telefonia móvel, usando a rede da Vivo. Esta é a primeira licença concedida a uma igreja no país.

Atualmente quatro  empresas têm outorga de MVNO, todoas sob a forma de autorizada. São a Porto Seguro e Datora Telecom, incorporada pela Vodafone do Brasil, que atuam na rede da TIM e da Vivo e a Terapar, que atua na rede da CTBC.

A britânica Virgen também já tem sua licença para atuar no Brasil, e anunciou no ano passado que ingressaria no mercado no começo deste ano, mas até agora, não revelou, de fato, sua estrutura no país. Os Correios foram autorizados a atuar como MVNO, mas os planos não andaram como o esperado e, por enquanto, seguem apenas no papel.

As MVNOs autorizadas têm muito mais obrigações, pois usam as redes da incumbents, mas têm operações completamente distintas, possuindo, inclusive, numeração própria para os seus serviços. O que não é o caso da Alô Serviços. Essa operação promete movimentar o mercado. Ligada à Assembleia de Deus, ela tem um potencial para atingir mais de 18 milhões de fiéis.

A ideia, segundo reportagem do Jornal Valor Econômico, é vender chips entre R$ 8 e R$ 10. No primeiro ano de operação, a nova MVNO planeja atrair 1,2 milhão de assinantes. Toda a estratégia de operação foi desenhado por Ricardo Knoepfelmacher, ex-presidente da Brasil Telecom.

*Com informações do Jornal Valor Econômic

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

"Como R$ 200,00 quase quebraram minha empresa"


Fundador da Tecverde conta sobre a burocracia brasileira e como isso afetou sua empresa

Por Endeavor Brasil  


Por Caio Bonatto, fundador da Tecverde
Quando fui convidado para escrever um artigo sobre a burocracia no Brasil, a primeira imagem que me veio à cabeça foi do Mark Zuckerberg na fila de um cartório. Confesso que ri. Ri para não chorar.

Há poucos meses, nossa empresa conseguiu o feito hercúleo de ser aprovada para receber um financiamento atrelado à inovação. E vou abrir um parêntese aqui para explicar porque foi tão difícil: provar que o negócio era inovador e o projeto de alto impacto foi o menor dos desafios. Aliás, a maior preocupação não estava aqui, e sim nas garantias, na documentação dos proprietários das garantias, na documentação dos sócios da empresa proprietária das garantias, e fiquei pasmo quando chegou ao nível de documentação dos cônjuges dos sócios da empresa proprietária das garantias para um financiamento que estava sendo tomado por nós. Assinaturas e mais assinaturas, registros em cartórios no Paraná, Santa Catarina e São Paulo, por conta de onde os sócios se encontravam.

A burocracia foi um dos desafios que Caio teve de enfrentar com sua empresa (Getty Images)
A burocracia foi um dos desafios que Caio teve de enfrentar com sua empresa (Getty Images)
E sem falar nas certidões… Aqui a história entra em seu clímax. Nem preciso dizer que aqui foi onde os burocratas conseguiram seus maiores feitos, certo? Aqui eles usaram toda criatividade e dedicação para deixar a coisa o pior possível. Tornaram o processo tão amarrado e ineficiente quanto ninguém poderia imaginar. É certidão para tudo que você faz na vida. O processo com as certidões para esse financiamento me deixaram sequelas: a Síndrome do Pânico das Certidões. Os sintomas são: palpitação nas pálpebras, formigamento nos lábios, dor no pescoço, arritmia cardíaca, perda de apetite. Conhecem o jogo do “Vence, Vence”? É aquele jogo que você tira a certidão negativa e alguma outra vence (expira); quando você tira esta, alguma outra vence. O desafio é ter todas na validade ao mesmo tempo. É um jogo tão demorado quanto o Quadribol (dos livros do Harry Potter) pode demorar. Só em fantasia para se criar um negócio desses.


CONFIRA: Os 5 Passos para Montar uma Carteira de Investimentos Campeã No nosso caso, uma das centenas de certidões não estava dando negativa – ou seja, estava barrando o empréstimo. E quando fomos tentar entender o porquê, o sistema da Receita estava fora de ar. Durante uma semana, fomos todos os dias e não conseguimos respostas. No décimo dia, alguém conseguiu verificar que a receita havia processado erroneamente uma informação e que precisaria corrigi-la. Eram R$200,00 que constavam como não pagos, mas que já haviam sido quitados por nós. Mas não importava. Eles sabiam disso, mas precisavam de outros papeis, precisavam seguir o protocolo. Porém, havia um grande porém: o sistema estava fora de ar.

Nosso financiamento estava travado por conta disso. E por conta de todo o restante da burocracia o processo de obtenção do financiamento já estava em seu quarto mês. O sistema ficou fora de ar por 15 dias, aproximadamente. Demoraram mais uma semana para processar a informação. E finalmente conseguimos a certidão. Aí, o processo já estava quase em seu quinto mês. Haviam nos passado um prazo máximo de 60 dias para obtenção do crédito. Nós nos planejamos para termos até dois meses de atraso. Mas estava demorando muito mais do que isso. As contas começavam a chegar, porque havíamos dado continuidade aos investimentos, acreditando que o financiamento entraria logo.

De repente, nosso foco estava todo na luta para sobreviver. Uma luta diária para levantar caixa, conseguir outras linhas de giro, etc. O foco, que deveria estar no projeto, na inovação, estava na sobrevivência pelo caixa, por conta de uma Certidão Negativa de Crédito (CND) que ficou travada por R$200,00. E quando achávamos que o dinheiro entraria… Opa! Espera lá! Temos que averbar o contrato e as garantias em cartório!! Demora 30 dias!!!! Imaginei novamente o Mark Zuckerberg na fila do cartório e esperando 30 dias para poder lançar o Facebook em outra Universidade americana, em seus primeiros meses de existência.

Isso é só uma amostra do que existe por ai, e existem situações muito piores do que a nossa. Milhares de pequenas e médias empresas já passaram ou estão passando por isso.
Um dos valores de nosso negócio é: acredito fielmente que nada é impossível!

Às vezes acho que os burocratas descobriram esse valor e tentam fazer de tudo para que o mudemos para: acredito que nada é impossível, desde que eu vença a burocracia primeiro.
Como podemos esperar viver em um mercado menos burocrático e mais eficiente sendo que nem o Estado está preocupado com sua eficiência? Essa é minha maior dúvida. Que esperança podemos ter por eficiência enquanto o Estado não estiver lutando para ser mais eficiente?

E o pior é que a burocracia se estende para nosso sistema de educação, saúde, serviços básicos (água, luz, telefone, internet). Ao invés de nosso Estado ser exemplo em meritocracia, em resultados, em empreendedorismo, se tem justamente o contrário.

Sonho com o dia que a burocracia e os tributos não forem mais nossos maiores desafios para empreender. Nesse dia me sentirei livre de verdade para empreender e enfrentar os desafios que os grandes empreendedores devem enfrentar com 100% de seu foco: concorrência, inovação, gestão, formação de talentos.

Ah! E só para concluir: já experimentaram lançar um produto bem inovador? É até engraçado. O sistema tributário é tão falho que há 99% de probabilidade de não existir um imposto correto para ele. Aí, ou você opera no risco, ou espera meses até conseguir criar um tributo correto para seu produto… E vamos à luta! Amanhã tenho mais uma certidão para tirar.

F.T.C. Says Internet-Connected Devices Pose Big Risks



By Natasha Singer    January 27, 2015 9:35 am

Updated, 7:44 p.m. | The Federal Trade Commission on Tuesday confirmed some of the worst fears about Internet-connected devices, saying the technology presented serious data security and privacy risks, and urged companies to make data protection a top priority.
While the agency noted the potential benefits for owners of smart devices like connected fitness bands, regulators also said the technology generated enormous amounts of personal data that could be misused or obtained by hackers.

“Many of us are using these devices,” Edith Ramirez, the chairwoman of the F.T.C., said in a telephone interview. But, she said, “if consumers feel that their information isn’t being protected, they won’t have the confidence level to embrace them.”

In a staff report, the agency urged companies to institute basic data security measures when they develop such devices and sensors, rather than as an afterthought. It also encouraged companies to develop new ways to communicate their data collection and handling practices — even if they market sensors that are too small to contain digital information displays for consumers.

“We are still at a time when we can have an impact on how the Internet of Things evolves,” Ms. Ramirez said in the interview, referring to an array of connected devices. “These important privacy principles still have a place in today’s world.”

Although the report highlights the issues that the agency intends to monitor and underlines the best practices regulators hope companies will adopt, it does not carry the weight of enforceable regulations. The agency has urged Congress to enact a baseline federal consumer privacy law. But such legislation is unlikely to pass with Congress controlled by Republicans.

Still, data security and privacy experts predicted that at least larger, well-known technology companies would take the agency’s data security recommendations into account — if only to reduce the business risk of federal investigations.

“I think everyone can agree that industry needs to do a better job, writ large, on addressing Internet of Things security issues,” said Justin Brookman, the director of the consumer privacy project at the Center for Democracy & Technology, a nonprofit group in Washington. But, he said, “smaller companies may not notice the report.” His group has received financing from companies including Apple, Qualcomm, Verizon and Palantir.

Around 4.9 billion connected items for consumers, enterprises, manufacturing and utilities will be in use this year, according to estimates from Gartner, an information technology research firm. That number is expected to rise to 25 billion by 2020, the company said.

One concern that comes with all these devices, the F.T.C. report noted, is that hackers could potentially hijack and misuse intimate information recorded by the technology, perhaps even creating physical safety risks for consumers.

Last year, for instance, an electronics company that marketed what it said were “secure” Internet-connected cameras, allowing parents to remotely monitor young children at home, settled a complaint by the F.T.C. that lax security practices had exposed its customers to privacy invasions. A security flaw allowed anyone with the cameras’ Internet addresses to view, and in some cases hear, what was happening in customers’ homes, the agency said.
The F.T.C. report recommended that companies consider putting limits on the volume of information their devices collect from consumers and on the amount of time they retain those records.

But companies may be reluctant to adopt those practices because data storage costs are decreasing and the ability to quickly analyze huge data sets is increasing.

“There are some forces that work against data minimization,” said Adam Towvim, the chief executive of TrustLayers, a start-up in Boston that helps companies institute systems for real-time monitoring of their data use.

If a company collected 300 to 400 facts about millions of individual consumers, he said, it would be costly and cumbersome to figure out which details to delete and which were important to retain. Mr. Towvim added: “And you might keep the information in multiple places or you may have derivative uses where you haven’t completely aggregated or anonymized it.”

Even so, regulators said they would be keeping watch to see that makers of connected devices limit the potential security and privacy risks of their products for consumers.
“For companies, it will be to their detriment if they don’t heed the issues we flag in the report,” Ms. Ramirez said.

Correios reavaliam MVNO, com a desistência do parceiro italiano

A ECT iria lançar uma operadora móvel virtual com os Correios italianos, que desistiram da empreitada. Agora, a empresa brasileira refaz o modelo de negócios, pensando, inclusive, no credenciamento, e não mais em autorização, devido à queda da interconexão.



O projeto dos Correios brasileiro de se tornar uma operadora de celular está sendo reavaliado. Depois de ter sido aprovada a operação de criação de um MVNO (Mobile Virtual Network Operator) em parceria com os correios italianos – uma joint-venture com 51% de capital italiano e 49% de capital brasileiro – esta empresa acabou sendo desativada por decisão do governo italiano.

No final do ano passado, o governo brasileiro foi informado que os Correios italianos estavam mudando a sua estratégia de atuação no estrangeiro, e que por isto estavam desativando o projeto no Brasil. Os Correios italianos chegaram a criar uma nova empresa no Brasil para consolidar a operação, mas ela não chegou sequer a contar formalmente com o sócio brasileiro. Foi desativada antes. A subsidiária criada pelos Correios, a Correios Par, continua, porém, sem qualquer alteração em seu estatuto.

Opções de negócio

Agora, a diretora da ECT estuda as alternativas para tocar o projeto, e até mesmo a sua viabilidade econômica. Voltam os estudos sobre se é melhor uma licença de autorização ou de credenciamento. No primeiro caso, o MVNO tem que cumprir todos os regulamentos de qualidade e do serviço móvel, mas passa a ter numeração de celular própria para ser comercializados ao usuário final. No segundo caso, o  MVNO tem menos obrigações, mas também não tem sua própria numeração.

Na parceria com os italianos, a opção era pela licença de autorizado, ou seja, a nova empresa atuaria como uma operadora de celular quase que integralmente, apenas usando a rede da uma incumbent como suporte. Com o fim da parceria,  Correios voltam a estudar a hipótese de atuar de uma maneira mais leve, apenas como credenciada, uma relação de negócios que nem precisa da autorização prévia da Anatel.

Os novos estudos, informa uma fonte, levará em consideração também a acentuada queda das taxas de terminação (a VU-M), que, conforme as regras da Anatel, deverão chegar a valores insignificantes a partir do próximo ano. “Quando fizemos o modelo de negócios, a Anatel não tinha aprovado sequer o PGMC (Plano Geral de Metas de Competição)”, assinala o interlocutor. Foi o PGMC   que estabeleceu as fortes quedas nas tarifas de interconexão da rede móvel, até que seja implementado o modelo de custos.

MVNO

Mas o modelo de operador virtual no Brasil não tem dado muito certo. Na Europa, esta modalidade de prestação de serviço está sendo estimulada pelos reguladores como contraponto ao movimento de consolidação do mercado de telecom.

No Brasil, somente a Porto Seguro conseguiu colocar um modelo de negócios que tem um número de usuários importante Há outra empresa, a Sisteer, voltada para o público evangélico. A britânica Virgin, que já está presente em alguns países da América Latina, prometeu chegar no Brasil em fevereiro deste ano, mas ainda não se apresentou.

A Anatel tem pensado em mudar as regras do serviço, mas admite que ele não vinga no país porque o mercado de telefonia celular já é bem competitivo.


AT&T compra a Nextel do México e NII diz que venda fortalece operação brasileira

A segunda maior carrier de celular norte-americana continua o seu movimento de aquisições no mercado mexicano e latino-americano. Acaba de anunciar a compra da Nextel do México, por US$ 1, 877 bilhão, menos a dívida. A holding NII, que controlava a operadora de trunking, que também tem uma operação no Brasil, tinha pedido proteção a falência nos Estados Unidos sob as regras do Chapter 11 e estava negociando com os seus fornecedores a manutenção do negócio. Em seu comunicado, a NII afirma que a venda das operações mexicanas tem como objetivo fortalecer a operação brasileira, seu foco principal.


Telesintese, — 26 de janeiro de 2015
 
A segunda maior carrier de celular norte-americana continua o seu movimento de aquisições no mercado mexicano e latino-americano. Acaba de anunciar a compra da Nextel do México, por US$ 1, 877 bilhão, menos a dívida. A holding NII, que controlava a operadora de trunking, que também tem uma operação no Brasil, tinha pedido proteção a falência nos Estados Unidos sob as regras do Chapter 11 e estava negociando com os seus fornecedores a manutenção do negócio. Em seu comunicado, a NII afirma que a venda das operações mexicanas tem como objetivo fortalecer a operação brasileira, seu foco principal.

No Brasil, a Nextel prometeu investir US$ 1 bilhão no Brasil este ano e  ampliar a sua rede 4G. No comunicado, a empresa norte-americana avisa que a “aquisição vai suportar os planos da AT&T a trazer maior competiação e velocidades mais rápidas para o mercado sem-fio mexicano. Com a aquisição, a AT&T vai ficar com as licenças de frequências da Nextel, cerca de 3 milhões de clientes e a sua rede de lojas.

Em novembro, a AT&T comprou do bilionário Ricardo Salinas a operadora de celular Iusacell por US$ 2,5 bilhões. E a intenção da operadora é unificar as duas operações. Em setembro do ano passado o chefe de estratégia da empresa norte-americana, John Sankey, que ele via muitas opções na América Latina. No ano passado também a empresa comprou a Sky/Direct TV, que tem operação em toda a América Latina, além de estar presente nos Estados Unidos. No Brasil, a Sky é a segunda maior operadora de TV paga.

Comunicado NII Holding

Em seu comunicado, o CEO da NII Holding, Steve Shindles, afirmou que “esta venda representa uma oportunidade para a redução do risco operacional, entregar valor para os nossos stakeholders e oferece uma liquidez que nos colocará em posição de deixar o Chapter 11 com um balanço mais saudável e para aprofundar os nossos planos de negócios no Brasil”.  O acordo deverá ser concluído em meados deste ano.

Em novembro do ano passado a empresa apresentou um plano de reorganização, para deixar a proteção à falência, que contou com a participação dos dois maiores credores e o comitê oficial de securitização. As operações do México, Brsail e Argentina estão fora do Chapter 11.

Conforme Alfonso de Orbegoso, vice-presidente de Jurídico e Assuntos Regulatórios da Nextel Brasil, “neste momento não estamos envolvidos em discussões sobre venda de nossas operações no Brasil. A venda no Mexico aliviará quaisquer preocupações sobre liquidez e permitirá maior investimento em Brasil, especialmente focado na expansão de nossas redes 3G/4G.”

Prazo para a Telefónica deixar a Telecom Italia já está contando


A Anatel publicou hoje no DOU o ato de nº 454, que autoriza cisão da Telco (controladora da Telecom Italia) e dá prazo de 18 meses para a Telefónica deixar a empresa italiana.

Telesintese    Da Redação — 26 de janeiro de 2015

A Anatel publicou hoje (26)  no DOU o ato de nº 454, que autoriza cisão da Telco (controladora da Telecom Italia) e dá prazo de 18 meses para a Telefónica deixar a  empresa italiana. Esta decisão  está vinculada à anuência previa para a aquisição da GVT pela Telefónica, que também foi confirmada hoje por publicação do ato no Diário Oficial da União.

A decisão confirma ainda o impedimento de a operadora Telefónica participar de qualquer decisão na Telecom Italia com a perda de todos os seus direitos de acionista. Isto porque, além de adquirir a GVT, a Telefónica é controladora da Vivo e indiretamente controladora da TIM. A cisão é o primeiro passo para acabar com esta propriedade cruzada, que terá os 18 meses para ser efetivada.

O que a Internet de todas as coisas significa para a segurança?

Postado em: 23/01/2015, às 10:38 por John Chambers


 
Existem dois tipos de empresas: as que foram invadidas, e aquelas que ainda não sabem que foram hackeadas.

Grandes players em todos os setores de mercado foram atormentado por violações de segurança ou incidentes em 2014, embora só a maioria dos ataques de alto perfil, fizeram seu caminho para as manchetes. Nós descobrimos que 100% das redes de negócios têm tráfego que vai para sites que hospedam malware, e o número de incidentes de segurança cibernética envolvendo agências governamentais dos EUA saltou 35% entre 2010 e 2013. Não há nenhuma indicação de que isso vai diminuir, e as tendências mostram que ataques continuam a evoluir em sua sofisticação e frequência.

Devido a isso, ele não é mais uma questão de se – mas quando – os criminosos vão entrar em nossas redes ou centros de dados.

No ano passado, durante o Fórum Econômico Mundial, escrevi sobre como a Internet of Everything (OIE) – um sistema nervoso global de redes que conectam pessoas, processos, dados e coisas – mudaria o mundo. Agora, um ano depois, já vimos o impacto. Wearable monitores de saúde e de desempenho, carros inteligentes, redes inteligentes, plataformas de petróleo conectadas. Fábricas inteligentes começaram a revolucionar a forma como trabalhamos, vivemos, brincar e aprender.

Uma nova abordagem para a segurança

A Internet of Everything apresenta uma oportunidade global de US$ 19 trilhões para se criar valor. No entanto, na era da conectividade onipresente, a segurança será uma preocupação ainda maior. Mas estender posturas de segurança de TI existentes para a Internet of Everything não será suficiente. Uma nova abordagem para a segurança, o pensamento questionador e inovação são fundamentais.

Exorto os líderes de hoje a considerar o seguinte:

A realidade é que não existe uma rede ou dispositivo confiável, e, muitas vezes, as pessoas são o elo mais fraco quando se trata de ameaças que entram um ambiente. Embora isso possa soar intransponível, é realmente uma oportunidade para as empresas uma abordagem da segurança como um motor de crescimento, através da concepção de estratégias que aproveitam a tecnologia e segurança. Temos de olhar para a segurança como algo contínuo – antes, durante e depois de um ataque.

Cada empresa é uma empresa de segurança

Para manter um forte nível de confiança com clientes, parceiros e colaboradores neste ambiente, as empresas devem pensar em si como empresas de segurança. Enquanto não há uma rede confiável, uma estratégia que incide sobre a questão core de segurança permitirá aos defensores de rede avançar além das habilidades de atacantes para abordar a rede estendida e ambientes de negócios em evolução.

Bons líderes precisam ser implacáveis em suas autoavaliações de segurança: Quais os controles que temos no lugar? Como muito bem foram testados? Temos um processo de comunicação? O que mais devemos saber?

Segurança não é mais apenas uma questão de tecnologia – que se aplica a todos. É necessário para a tecnologia e liderança de negócios alinhar e discutir os riscos potenciais e trabalhar juntos para encontrar soluções que protegem a propriedade intelectual e financeiro da mesma forma.

A vigilância global

A vigilância global e inteligência colaborativa são cruciais. Com nenhum conjunto comum de normas em vigor, o debate sobre a segurança da Internet está aumentando em todo o mundo. Cibercrime já está florescendo em áreas com governança cibernética fraca como na Europa Oriental.

Eventualmente, esta abordagem variada para a segurança poderia levar a restrição do fluxo de dados através das fronteiras. Um diálogo global entre governos, sociedade e setor privado, pode ajudar a criar um acordo sobre como proteger a economia da Internet. O progresso da Internet Engineering Task Force (IETF) e outros organismos de normalização estão fazendo o olhar futuro promissor através da colaboração, mas em última análise, cabe aos líderes de hoje a se unirem para resolver os problemas de governança cibernética.

A Internet of Everything pode transformar nosso mundo, mas para criar uma mudança significativa, temos de repensar a forma como nós estamos indo para garantir que todos possam aproveitar as oportunidades de uma forma segura. Nós temos que fazer isso de uma maneira que posiciona estrategicamente a segurança como um motor de crescimento não só para empresas individuais, mas também para a economia global. Se todo mundo na comunidade global olha para a segurança como uma causa comum que pode nos aproximar, então também podemos avançar juntos para resolver os problemas tecnológicos e econômicos de nosso mundo.

John Chambers, presidente e CEO da Cisco.

Tarifa zero para whatsapp e a neutralidade de redes

 http://www.valor.com.br/empresas/3879902/tarifa-zero-oferecida-pela-tim-para-whatsapp-e-alvo-de-inquerito

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Em 5 anos, haverá 250 milhões de carros autônomos nas ruas, diz estudo



Dentro de cinco anos, as ruas estarão tomadas pelos carros conectados. Segundo previsão da Gartner, até 2020 um em cada cinco veículos em funcionamento contará com algum tipo de conectividade sem fio - são 250 milhões de carros tecnológicos.

Dentre os recursos que devem estar disponíveis estarão os novos serviços de bordo e até a possibilidade de dirigir sem a intervenção do motorista, os chamados carros autônomos.
A consultoria entende que, em 2015, haverá 4,9 bilhões de itens conectados à internet pelo mundo, um salto de 30% em relação a 2014, e os carros contribuirão fortemente para o que vem sendo chamado de "internet das coisas". Até 2020, o número chegará a 25 bilhões de itens.

"O aumento do consumo e a criação de conteúdos digitais nos veículos conduzirão à necessidade de sistemas de informação e entretenimento mais sofisticados, criando oportunidades para os processadores de aplicativos, aceleradores gráficos, displays e tecnologias de interface homem-máquina", declarou James F. Hines, diretor de pesquisa da Gartner.

"Ao mesmo tempo", continua ele, "novos conceitos de mobilidade e o uso dos carros conectados levarão a novos modelos de negócios e expansão de alternativas para aquisição de automóveis, especialmente em ambientes urbanos."

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Smart Grid Networking and Communications Technologies Spending is Expected to Total Nearly $30 Billion Over the Next 10 Years



November 4, 2014

Demand for higher-bandwidth solutions for grid edge control and monitoring applications is expected to continue to increase, report concludes

A new report from Navigant Research analyzes the global market for smart grid networking and communications technology, including global market forecasts for shipments, average selling prices, and revenue through 2023.

As smart grid applications multiply, the demands upon power grid communications networks are growing and changing rapidly.  As a result, the market for smart grid networking and communications technology includes a large number of competitors with a multitude of solutions and equipment.  Click to tweet: According to a new report from Navigant Research, cumulative global spending on smart grid communications networking and communications equipment is expected to total nearly $30 billion from 2014 through 2023.

“Whereas the focus over the last decade was largely on smart metering systems, utilities increasingly expect their networks to support a multitude of control and monitoring functions,” says Richelle Elberg, senior research analyst with Navigant Research.  “As reliability mandates spread, and distributed generation and electric vehicles proliferate, utilities’ need for visibility all the way to the grid edge will grow strongly—supporting demand for sophisticated communications solutions for the foreseeable future.”

Even as new or upgraded solutions are unveiled, the market is moving toward a smaller number of standards for most major applications, according to the report, including advanced metering infrastructure (AMI), distribution automation (DA), and substation automation (SA).  As the industry moves toward more standardization and interoperability between vendor solutions, support for Internet Protocol (IP)-based solutions is likely to increase.

The report, “Smart Grid Networking and Communications,” analyzes the global market for smart grid networking and communications technology.  The study provides a detailed analysis of market drivers, market challenges, technical considerations, and key infrastructure vendors and service providers associated with communications infrastructure and services for smart grid applications.  Global market forecasts for shipments, average selling prices, and revenue, segmented by application, device type, technology, and region, extend through 2023.  The report also examines spectrum availability and cyber security requirements, as well as regional factors affecting relative shares among the major communications technologies.  An Executive Summary of the report is available for free download on the Navigant Research website.

Contact: Richard Martin

+1.303.493.5483

richard.martin@navigant.com

* The information contained in this press release concerning the report, “Smart Grid Networking and Communications,” is a summary and reflects Navigant Research’s current expectations based on market data and trend analysis. Market predictions and expectations are inherently uncertain and actual results may differ materially from those contained in this press release or the report. Please refer to the full report for a complete understanding of the assumptions underlying the report’s conclusions and the methodologies used to create the report. Neither Navigant Research nor Navigant undertakes any obligation to update any of the information contained in this press release or the report.