Conforme a agência de notícias Ansa, o Conselho de Administração da Telecom Italia indicou o CEO Marco Patuano para avaliar uma parceria com a Oi. A reunião extraordinária do conselho, convocada para discutir o Brasil, durou cerca de cinco horas. O presidente da empresa italiana defende a fusão das duas operadoras no Brasil principalmente porque vê uma importante sinergia de custos, entre US$ 7,8 bilhões a US$ 11, 7 bilhões. A Oi é a maior operadora de telefonia fixa, a quarta em celular e segunda em banda larga fixa. Já a TIM é a segunda em celular no Brasil.

A consolidação do mercado de telecomunicações brasileiro está em destaque há três meses, desde que a Telefónica arrematou, por mais de 4,6 bilhões de euros (R$ 14,8 bilhões), além de ações da Vivo e da Telecom Italia, a GVT. Neste período, a Oi contratou o banco BTG Pactual para estudar as consolidações no mercado brasileiro e fazer uma oferta pela TIM. O problema é que a Oi não conseguiria comprar a TIM sozinha, e a sua intenção era a de dividir a empresa com a Telefónica e a Claro. Esta proposta esbarra, porém, em muitas barreiras regulatórias.

A fusão da Oi e TIM também enfrentará problemas regulatórios, principalmente no mercado de celular no que se refere às frequências de 2G (1,8 GHz) e de 3G (1,9 GHz), pois as duas empresas têm sobreposição de frequências e seria a fusão da segunda com a quarta operadora, o que pode gerar alguma reação do Cade. Mas elas  têm, por outro lado, muito pouco espectro em faixas mais baixas, de 850 MHz e de 700 MHz. Esta operação teria poucos  problemas regulatórios com a telefonia e banda larga fixas.

A Oi está analisando as ofertas feitas à Portugal Telecom - entre elas, a da operadora francesa Altice e dos fundos de investimento Apax e Bain. A venda dos ativos da PT, hoje integralmente da Oi, é fundamental para que a operadora brasileira tenha recursos para participar da consolidação no Brasil. A companhia já anunciou, por meio de seu CEO, Bayard Gontijo, que os recursos da venda da PT serão integralmente canalizados para a operação de compra da TIM. (Com agências internacionais).