Vender crédito para celular vira negócio bilionário no Brasil
A RV Tecnologia, empresa brasileira que tem como principal negócio a revenda de créditos para celular, definiu uma meta difícil para 2012: elevar o faturamento em quase R$ 500 milhões e ultrapassar a barreira de R$ 2 bilhões em receita. A empresa encerrou 2011 com faturamento de R$ 1,55 bilhão, proveniente sobretudo da venda de recargas no Nordeste e no Norte. Para atingir essa meta, a companhia pretende expandir a atuação para outras regiões e dar início a novos negócios: venda de seguros e títulos de capitalização e correspondente bancário.
Mais conhecida nas regiões Nordeste e Norte, a companhia iniciou operações no Sudeste, no Sul e no Centro-Oeste no ano passado. Para atingir essas regiões, reforçou a rede de lojas parceiras para a revenda de créditos, que passou para 35 mil lojas, frente ao total de 20 mil do ano anterior. O número de clientes ativos de celular aumentou de 8 milhões para 13 milhões em 2011.
"O aumento da base de atendimento tem sido o principal fator de estímulo ao crescimento da receita", afirma Valmir Bosi, presidente da RV Tecnologia. Neste ano, a companhia pretende intensificar a expansão nessas regiões. A meta é chegar a 45 mil pontos de venda até o fim do ano.
O aumento da rede de parceiros permitiu à RV elevar a receita com vendas de recarga em 48% no ano passado, enquanto a base do mercado de telefonia celular cresceu 20%. Outro fator que proporcionou o ganho de receita foi a mudança no gasto médio com recarga de celular dos usuários, que passou de R$ 10,50 para R$ 11. "Com a expansão da rede de lojas e a maturação nas regiões onde já atuamos será possível chegar a uma receita neste ano de R$ 2 bilhões a R$ 2,3 bilhões", afirma Bosi.
A RV Tecnologia vende créditos de recarga de celular das operadoras Embratel, Nextel, Oi, Telefônica /Vivo e TIM. A companhia compra das operadoras os créditos a um valor mais baixo que o preço sugerido nos cartões de recarga e fica com a diferença. Segundo Bosi, a receita corresponde a aproximadamente 9% das vendas brutas de créditos. O mercado total de recargas de celular movimentou no Brasil em torno de R$ 80 bilhões no ano passado, segundo a consultoria Teleco.
O principal concorrente da RV Tecnologia é a GetNet, cujo faturamento é de aproximadamente R$ 2 bilhões. A diferença é que o principal negócio da companhia é o processamento de transações eletrônicas para cartões de crédito e débito. Entre as competidoras também estão o grupo Fnbox, a One Brasil Mídia Interativa e a Icelex.
De acordo com Bosi, a maior parte do crescimento de receita virá do aumento das vendas de recargas de celular. No ano passado, a empresa também começou a vender créditos pré-pagos e números de identificação pessoal (PINs) para jogos on-line. Foram fechados acordos com as empresas Level Up, Mentez, Zynga e Tutudo, que atuam na área de jogos.
Atualmente, 5 mil pontos de venda parceiros da RV Tecnologia vendem cartões de recarga de jogo. O executivo não informa o volume de receita obtido com essa área de negócios. Diz apenas que até 2014 pretende alcançar 20% de participação nesse mercado, que pode movimentar até R$ 600 milhões por ano. "É um mercado ainda muito novo no Brasil, que deve ganhar mais força nos próximo anos", afirma Bosi.
Neste ano, a RV Tecnologia também pretende entrar no segmento de vendas de seguros e títulos de capitalização, aproveitando a rede de parceiros no país. A companhia negocia com dois grandes bancos brasileiros uma parceria para atuar como correspondente bancário em pequenos municípios. Bosi diz que uma dessas negociações está em fase avançada, mas prefere manter em sigilo o nome da instituição financeira.
A empresa sempre teve uma atuação discreta. Foi criada em 2002, a partir da compra da Meflur Movensis (Memo), uma subsidiária da Meflur Corporation Espanha, pelo grupo 3P Investimentos, que também controla a empresa logística Nutricash, a factoring BM Fomento, a BM Distribuidora (distribuidora da Ambev na Bahia) e a BM Alimentos (distribuidora dos sorvetes Nestlé e Garoto).
O projeto de longo prazo é abrir capital. Para isso, porém, a empresa terá de diversificar a operação e reduzir a dependência em relação às recargas de celular, diz Bosi. No ano passado, a RV contratou a consultoria Ernst & Young para dar início à implantação de normas de governança corporativa. Em agosto, realizou a primeira emissão de bônus, no valor de R$ 15 milhões, pelo Itaú BBA, para financiar seu projeto de expansão.
Mais conhecida nas regiões Nordeste e Norte, a companhia iniciou operações no Sudeste, no Sul e no Centro-Oeste no ano passado. Para atingir essas regiões, reforçou a rede de lojas parceiras para a revenda de créditos, que passou para 35 mil lojas, frente ao total de 20 mil do ano anterior. O número de clientes ativos de celular aumentou de 8 milhões para 13 milhões em 2011.
"O aumento da base de atendimento tem sido o principal fator de estímulo ao crescimento da receita", afirma Valmir Bosi, presidente da RV Tecnologia. Neste ano, a companhia pretende intensificar a expansão nessas regiões. A meta é chegar a 45 mil pontos de venda até o fim do ano.
O aumento da rede de parceiros permitiu à RV elevar a receita com vendas de recarga em 48% no ano passado, enquanto a base do mercado de telefonia celular cresceu 20%. Outro fator que proporcionou o ganho de receita foi a mudança no gasto médio com recarga de celular dos usuários, que passou de R$ 10,50 para R$ 11. "Com a expansão da rede de lojas e a maturação nas regiões onde já atuamos será possível chegar a uma receita neste ano de R$ 2 bilhões a R$ 2,3 bilhões", afirma Bosi.
A RV Tecnologia vende créditos de recarga de celular das operadoras Embratel, Nextel, Oi, Telefônica /Vivo e TIM. A companhia compra das operadoras os créditos a um valor mais baixo que o preço sugerido nos cartões de recarga e fica com a diferença. Segundo Bosi, a receita corresponde a aproximadamente 9% das vendas brutas de créditos. O mercado total de recargas de celular movimentou no Brasil em torno de R$ 80 bilhões no ano passado, segundo a consultoria Teleco.
O principal concorrente da RV Tecnologia é a GetNet, cujo faturamento é de aproximadamente R$ 2 bilhões. A diferença é que o principal negócio da companhia é o processamento de transações eletrônicas para cartões de crédito e débito. Entre as competidoras também estão o grupo Fnbox, a One Brasil Mídia Interativa e a Icelex.
De acordo com Bosi, a maior parte do crescimento de receita virá do aumento das vendas de recargas de celular. No ano passado, a empresa também começou a vender créditos pré-pagos e números de identificação pessoal (PINs) para jogos on-line. Foram fechados acordos com as empresas Level Up, Mentez, Zynga e Tutudo, que atuam na área de jogos.
Atualmente, 5 mil pontos de venda parceiros da RV Tecnologia vendem cartões de recarga de jogo. O executivo não informa o volume de receita obtido com essa área de negócios. Diz apenas que até 2014 pretende alcançar 20% de participação nesse mercado, que pode movimentar até R$ 600 milhões por ano. "É um mercado ainda muito novo no Brasil, que deve ganhar mais força nos próximo anos", afirma Bosi.
Neste ano, a RV Tecnologia também pretende entrar no segmento de vendas de seguros e títulos de capitalização, aproveitando a rede de parceiros no país. A companhia negocia com dois grandes bancos brasileiros uma parceria para atuar como correspondente bancário em pequenos municípios. Bosi diz que uma dessas negociações está em fase avançada, mas prefere manter em sigilo o nome da instituição financeira.
A empresa sempre teve uma atuação discreta. Foi criada em 2002, a partir da compra da Meflur Movensis (Memo), uma subsidiária da Meflur Corporation Espanha, pelo grupo 3P Investimentos, que também controla a empresa logística Nutricash, a factoring BM Fomento, a BM Distribuidora (distribuidora da Ambev na Bahia) e a BM Alimentos (distribuidora dos sorvetes Nestlé e Garoto).
O projeto de longo prazo é abrir capital. Para isso, porém, a empresa terá de diversificar a operação e reduzir a dependência em relação às recargas de celular, diz Bosi. No ano passado, a RV contratou a consultoria Ernst & Young para dar início à implantação de normas de governança corporativa. Em agosto, realizou a primeira emissão de bônus, no valor de R$ 15 milhões, pelo Itaú BBA, para financiar seu projeto de expansão.