sexta-feira, 15 de junho de 2012

Empresas já investem em aplicativos ou adaptação para celular


 Análise

LUCIANO CRIPPA
ESPECIAL PARA A FOLHA
Apenas em 2011, foram vendidos no Brasil cerca de 8,9 milhões de smartphones e esse número deverá crescer ainda mais neste ano. No total, serão quase 15,5 milhões de aparelhos vendidos.
Até o fim de 2015, pouco mais da metade dos celulares vendidos no país deverá ser do tipo smartphone, trazendo uma nova e crescente realidade: as pessoas carregarão a internet no bolso, podendo realizar qualquer operação, desde uma simples pesquisa até a compra ou a venda de um produto.
O comércio eletrônico no Brasil movimentou aproximadamente R$ 18,7 bilhões em 2011, um crescimento de 26,4% ante o ano de 2010.
Parece alto. Porém, esses números, colocados sob uma perspectiva de cinco anos, são ainda mais impressionantes, passando de pouco mais de R$ 6 bilhões em 2007 para os atuais R$ 18,7 bilhões.
A internet passou a ter um papel importante no nosso dia a dia. E nada disso irá mudar. Os consumidores continuarão comprando, reclamando e compartilhando suas opiniões por meio da internet e numa escala cada vez maior.
E pior (ou melhor), agora já é possível fazer isso de qualquer lugar e pelo celular. As empresas já perceberam essa tendência e estão se preparando para isso.
Cada vez mais os sites de comércio eletrônico criam seus próprios apps (aplicativos) de m-commerce (mobile commerce, comércio móvel) ou mesmo adaptam sua página para a nossa "telinha".
Na Europa, por exemplo, pouco mais de 100 dos 400 maiores varejistas on-line já possuem aplicações para o ambiente móvel.
Apenas no Reino Unido, segundo levantamento da IMRG Capgemini, cerca de 5% das vendas feitas através da internet já são realizadas por meio de smartphone ou tablet. E esse número não para de crescer mês a mês.
Claro que essa nova realidade nos traz alguns desafios. A taxa de conversão de vendas no varejo on-line tradicional, através do navegador do computador, ainda é muito maior do que as taxas de conversão apresentadas no celular.
Além disso, a experiência de uso apresentada no formato de varejo on-line tradicional é melhor do que a experiência apresentada nas pequenas telas dos smartphones, onde o espaço para anúncio é muito limitado.
Por fim, a velocidade de conexão ainda é um limitador, principalmente no Brasil. A situação deve avançar apenas com as novas redes de HSPA+ (3,5G) e LTE (popularmente anunciada como 4G), que deverão começar a ganhar tração no país a partir de 2013.
Agora, não confunda mobile commerce com mobile payment. No primeiro caso, discutem-se as diversas formas de realizar compras através do seu dispositivo móvel, seja ele um smartphone ou um tablet.
O segundo diz respeito a um segundo passo dessa evolução tecnológica, em que finalmente poderemos realizar todos os pagamentos sem a necessidade de andar com dinheiro ou com cartões.
LUCIANO CRIPPA é gerente de pesquisas da IDC Brasil. 

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