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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

MVNO e os grupos evangélicos.


A igreja Assembléia de Deus conta com quase 20 milhões de religiosos, distribuídos por aproximadamente 40 mil templos, onde se percebe com facilidade um significativo nicho de mercado, que qualquer empreendedor não pode desprezar tal importância no mercado, enfim, representa algo próximo a 10% da população brasileira.

Com estes números, o empresário Ricardo Knoepfelmarcher, se propôs e está estruturando uma operadora móvel virtual (conhecida pela sigla MVNO) destinada e voltada aos interesses desse público.

A operadora já tem nome e atenderá por "Alô AD", e dentro de uns oito meses esse grupo de evangélicos poderá ter mais uma alternativa na hora de buscar sua operadora do serviço móvel. Os valores inicialmente previstos para a aquisição dos chips giram em torno de R$ 8,00 a R$ 10,00, o que não fica muito diferente dos valores atualmente praticados pelas tradicionais e conhecidas operadoras.

No Brasil, apesar de pouco conhecido, já temos uma MVNO em operação, associada a seguradora Porto Seguro, que vem divulgando seu produto através da mídia tradicional, mas, mais recentemente fazendo um corpo a corpo através de Mkt ativo a partir de seu (mailing) cadastro de segurados.

Somado a Ricardo Knoepfelmarcher, existe um grupo de investidores mas também encontra-se a frente deste novo projeto, Raul Aguirre, profissional de grande experiência no mercado, onde já atuaram a frente de grandes projetos de sucesso, dentre outros: Oi Móvel, Brasil Telecom, Pegasus, etc. E essa grande afinidade vem desde os tempos em que trabalhavam juntos como consultores da McKinsey&Company.

O projeto está prevendo que em seu primeiro ano, já terá um grupo acima de 1 milhão de usuários, o que significa tratar-se da maior MVNO do mundo, pois as existentes nos outros continentes operam com uma média de 300 mil usuários.

Partindo da oferta dos serviços tradicionais, já conhecidos do grande público de telefonia móvel, terão serviços agregados, tais como, contato direto com o pastor da região, acesso ao salmo do dia, informações sobre o templo mais próximo, informações dirigidas sobre publicações da Assembléia de Deus (AD), além de outros voltados e dirigidos para as diversas faixas etárias.

A solicitação de funcionamento já está em análise na Anatel e deverá acontecer nas próximas semanas.

Alô Serviços, MVNO ligada à Assembleia de Deus, vai operar no Brasil



:: Convergência Digital :: 30/01/2015

O mercado de MVNO, operadoras virtuais, que acabou não acontecendo como o esperado inicialmente, pode, agora, estar dando um passo decisivo no país. Nesta sexta-feira, 30/01, a Anatel publicou no Diário Oficial da União a autorização para que a Alô Serviços atue como operadora virtual de telefonia móvel, usando a rede da Vivo. Esta é a primeira licença concedida a uma igreja no país.

Atualmente quatro  empresas têm outorga de MVNO, todoas sob a forma de autorizada. São a Porto Seguro e Datora Telecom, incorporada pela Vodafone do Brasil, que atuam na rede da TIM e da Vivo e a Terapar, que atua na rede da CTBC.

A britânica Virgen também já tem sua licença para atuar no Brasil, e anunciou no ano passado que ingressaria no mercado no começo deste ano, mas até agora, não revelou, de fato, sua estrutura no país. Os Correios foram autorizados a atuar como MVNO, mas os planos não andaram como o esperado e, por enquanto, seguem apenas no papel.

As MVNOs autorizadas têm muito mais obrigações, pois usam as redes da incumbents, mas têm operações completamente distintas, possuindo, inclusive, numeração própria para os seus serviços. O que não é o caso da Alô Serviços. Essa operação promete movimentar o mercado. Ligada à Assembleia de Deus, ela tem um potencial para atingir mais de 18 milhões de fiéis.

A ideia, segundo reportagem do Jornal Valor Econômico, é vender chips entre R$ 8 e R$ 10. No primeiro ano de operação, a nova MVNO planeja atrair 1,2 milhão de assinantes. Toda a estratégia de operação foi desenhado por Ricardo Knoepfelmacher, ex-presidente da Brasil Telecom.

*Com informações do Jornal Valor Econômic

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Correios reavaliam MVNO, com a desistência do parceiro italiano

A ECT iria lançar uma operadora móvel virtual com os Correios italianos, que desistiram da empreitada. Agora, a empresa brasileira refaz o modelo de negócios, pensando, inclusive, no credenciamento, e não mais em autorização, devido à queda da interconexão.



O projeto dos Correios brasileiro de se tornar uma operadora de celular está sendo reavaliado. Depois de ter sido aprovada a operação de criação de um MVNO (Mobile Virtual Network Operator) em parceria com os correios italianos – uma joint-venture com 51% de capital italiano e 49% de capital brasileiro – esta empresa acabou sendo desativada por decisão do governo italiano.

No final do ano passado, o governo brasileiro foi informado que os Correios italianos estavam mudando a sua estratégia de atuação no estrangeiro, e que por isto estavam desativando o projeto no Brasil. Os Correios italianos chegaram a criar uma nova empresa no Brasil para consolidar a operação, mas ela não chegou sequer a contar formalmente com o sócio brasileiro. Foi desativada antes. A subsidiária criada pelos Correios, a Correios Par, continua, porém, sem qualquer alteração em seu estatuto.

Opções de negócio

Agora, a diretora da ECT estuda as alternativas para tocar o projeto, e até mesmo a sua viabilidade econômica. Voltam os estudos sobre se é melhor uma licença de autorização ou de credenciamento. No primeiro caso, o MVNO tem que cumprir todos os regulamentos de qualidade e do serviço móvel, mas passa a ter numeração de celular própria para ser comercializados ao usuário final. No segundo caso, o  MVNO tem menos obrigações, mas também não tem sua própria numeração.

Na parceria com os italianos, a opção era pela licença de autorizado, ou seja, a nova empresa atuaria como uma operadora de celular quase que integralmente, apenas usando a rede da uma incumbent como suporte. Com o fim da parceria,  Correios voltam a estudar a hipótese de atuar de uma maneira mais leve, apenas como credenciada, uma relação de negócios que nem precisa da autorização prévia da Anatel.

Os novos estudos, informa uma fonte, levará em consideração também a acentuada queda das taxas de terminação (a VU-M), que, conforme as regras da Anatel, deverão chegar a valores insignificantes a partir do próximo ano. “Quando fizemos o modelo de negócios, a Anatel não tinha aprovado sequer o PGMC (Plano Geral de Metas de Competição)”, assinala o interlocutor. Foi o PGMC   que estabeleceu as fortes quedas nas tarifas de interconexão da rede móvel, até que seja implementado o modelo de custos.

MVNO

Mas o modelo de operador virtual no Brasil não tem dado muito certo. Na Europa, esta modalidade de prestação de serviço está sendo estimulada pelos reguladores como contraponto ao movimento de consolidação do mercado de telecom.

No Brasil, somente a Porto Seguro conseguiu colocar um modelo de negócios que tem um número de usuários importante Há outra empresa, a Sisteer, voltada para o público evangélico. A britânica Virgin, que já está presente em alguns países da América Latina, prometeu chegar no Brasil em fevereiro deste ano, mas ainda não se apresentou.

A Anatel tem pensado em mudar as regras do serviço, mas admite que ele não vinga no país porque o mercado de telefonia celular já é bem competitivo.


sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Google vai virar operadora de celular?

Telesintese

Conforme o Wall Street Journal, a empresa já teria fechado acordo com a Sprint e T-Mobile para atuar como MVNO e vender pacotes de dados diretamente aos consumidores.

O Google poderá se transformar em uma operadora de celular nos Estados Unidos. Conforme o Wall Street Journal, , a empresa já teria fechado acordo com a Sprint e T-Mobile para atuar como MVNO e vender pacotes de dados diretamente aos consumidores, conforme fontes não reveladas. A Sprint é a terceira operadora e a T-Mobile ocupa a quarta posição  no mercado norte-americano.

Não há ainda informações sobre quanto custaria o seu pacote de dados ou qual será sua estratégia – se a venda seria limitada a algumas cidades ou a algum tipo de clientela, como os usuários do Google Fiber Internet Service.

Mas este acordo, avaliam analistas, é um sinal importante de que a empresa está querendo mesmo ampliar sua atuação para além dos vídeos o YouTube e do Gmail.


sábado, 10 de janeiro de 2015

'Internet das Coisas' deve aumentar riscos à segurança, alertam especialistas

Postado em: 09/01/2015, às 14:53 por Erivelto Tadeu
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Do mesmo modo que a "Internet das Coisas" (IoT, na sigla em inglês) desponta rapidamente como a nova tendência tecnológica mundial, ela também desperta preocupação de especialistas em segurança e privacidade. Um sintoma disso pôde ser verificado durante a feira de eletrônicos Consumer Electronics Show (CES 2015), realizada esta semana em Las Vegas, nos EUA, onde os dispositivos conectados dominaram a cena, deixando a impressão de que uma antiga promessa da indústria — a da "casa conectada" ­— está menos distante de se tornar realidade do que se pensava.

À medida que mais dispositivos forem sendo conectados à internet — smartphones, pulseiras, cafeteiras, geladeiras e televisores —, especialistas em segurança advertem que mais devem crescer as ameaças à segurança e à privacidade. Hackers já violaram sistemas de câmeras conectadas à internet, smart TVs e até babás eletrônicas, informa artigo do The New York Times. Em um dos casos mais recentes, alguém cortou a configuração da câmera em rede e usou-a gritar obscenidades em uma creche.

Embora até agora haja poucos registros de ameaças à segurança de casas conectadas, esses especialistas preveem que hackers, que hoje visam principalmente gigantescas bases de dados para obter a acesso a dados de cartões de crédito e informações pessoais, passarão a mirar cada vez mais os dados de nossos dispositivos e aparelhos. E, o pior: esses dados podem ser compartilhados de forma não prevemos ou podem vir a ser parte de violações maiores.

Durante palestra na CES 2015, Edith Ramirez, presidente da Comissão de Comércio Federal dos EUA (FTC, na sigla em inglês), disse que a tendência de ter tantas coisas constantemente conectadas à internet apresenta riscos graves e que os grandes fornecedores de tecnologia precisam levar isso a sério. "Qualquer dispositivo que esteja conectado à internet corre o risco de ser 'sequestrado'", disse ela. "Além disso, os riscos que o acesso não autorizado cria tende a se intensificar à medida que cada vez mais dispositivos sejam interligados, como nossos carros, aparelhos de cuidados médicos e casas."

Sequestro de computador

Os riscos apontados pela presidente da FTC incluem a coleta generalizada de informações pessoais, com ou sem o conhecimento dos consumidores, uso indevido dessas informações e roubo real dos dados. Segundo os especialistas, talvez pelo fato de os dispositivos conectados seram relativamente novos, muitos deles, ou os aplicativos e serviços que os alimentam, não dispõem de recursos de segurança integrados capazes de bloquear que uma casa inteligente seja "invadida".

Um problema de segurança comum, apontado por alguns especialistas em segurança, é quando uma pessoa visita um site que tem um código malicioso embutido. Mesmo que ele não tenha clicado em nada, o código será executado, permitindo que o computador seja "sequestrado" e trabalhe como parte de uma botnet [rede de máquinas invadidas controladas a distância]. "E os dispositivos que estiverem conectados, como TVs e geladeiras, podem se tornar parte dessas botnets", afirmou Bogdan Botezatu, analista sênior de ameaças da empresa de segurança Bitdefender.

Segundo Botezatu, não importa muito para o hacker quanto poder de processamento tem a máquina ou que tarefa esses dispositivos inteligentes pode realizar. "Se permitirem chegar a um website — e permitem, porque eles se conectam a seus próprios sites — eles podem ser usados. Conseguir algo via internet ainda vale um monte de dinheiro, e a Internet das Coisas é uma ferramenta poderosa para fazer isso", afirmou ele.

Valor para hackers e usuários

Um aspecto observado por Chris Babel, executivo-chefe da empresa de gestão de privacidade de dados TrustE, é que ainda estamos nos primórdios da Internet das Coisas. "Tudo ainda está muito em silos e não é muito interligado", disse. "Mas há uma quantidade enorme de valor quando tudo é conectado, tanto do 'perspectiva dos hackers quanto dos usuários."

Para Edith Ramirez, da FTC, as empresas precisavam "dar prioridade à segurança e construir a segurança em seus dispositivos, desde o início." Ela recomendou atenção à privacidade e avaliações de riscos na fase de concepção de novos produtos, e também que os usuários sejam forçados a configurar novas senhas em vez de usar senhas padrão em dispositivos sensíveis, como roteadores de internet e usando criptografia sempre que possível.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

The future of energy will be heavily influenced by economic, societal and technological trends

Kathleen Wolf Davis | Jan 08, 2015
  

By John McDonald


The future of energy will be heavily influenced by economic, societal and technological trends that will be intricately intertwined, and we’re still in the early days of moving to a more holistic approach to energy distribution and management.

Ultimate success is a three-legged stool comprised of three legs: technology, industry standards and policy. If any one of these legs is missing, the stool collapses. These three factors are all necessary for a transition from siloed devices and systems to a set of technology components that will be integrated together to address the business needs of customers and utilities.

The business of generating and distributing energy faces disruption on many fronts. On the generation side, the economics of power production is rapidly changing due to the increased availability of low-cost natural gas and technological improvements that are helping to drive down the cost of renewable generation.  These developments, coupled with new environmental regulations, are leading to the retirement of coal-fired power plants across many parts of the country.

And in the past five years, reaction to increasingly extreme weather is also a critical factor influencing power generation and distribution. The growing number of extreme weather events is giving us more impetus to make smart grids a reality everywhere because we must increase the resilience of energy distribution and transmission. We live in a world that is dependent on power for everything we do; an interruption for a period of time means we’re not able to do much of anything.

Resilience is key a characteristic of a smart grid, and dealing with extreme weather is one of the primary benefits of a smart grid. First we have to architect grids and deploy them. When these extreme weather events do occur, we need to understand what can be done as they happen. And then we have to figure out how we can better handle these extreme weather events after they happen. That’s where integration of components come in.

Smart grids require five key components for distributing electricity in a more intelligent and resilient manner, and big data and the Internet of Things (IoT) play a role. Smart meters, metering communications, outage management systems, geographic information systems and distribution management systems are all required, but to be effective you have to integrate them. They have more value together as a whole than just individually.

For smart grids, IoT comes in the form of sensors that can gather more data than we’ve been able to gather before and pull it together to make it more useful so we can make better decisions with regard to energy generation, distribution and management. IoT is what creates big data for utilities and it’s part of what makes a grid more intelligent. Because we are generating more data, enterprise data management is also a bigger focus.

But collection of data does not have to be relegated to just sensors owned by utilities. We’re living in an era where the average consumer can play a role in providing useful data to improve energy distribution and management, particularly during and after extreme weather events such as a hurricane or intense winter storms. Social media can help accelerate restoration after an outage by taking tweets on Twitter from customers and incorporating them directly them into the outage management system, for example. That’s incredibly valuable.

While social media and IoT technology provides new ways to gather data, a challenge that remains for utilities wanting to become a true smart grid is breaking down the siloes between operations technology and information technology. It’s the latter that can pull data from the former and helps create the intelligence that’s a key characteristic of a smart grid. However, operations technology and information technology tend not to be well connected. They are two very different cultures within utilities. This disconnect prevents them realizing the value from big data and enterprise data management.

Smart grids span a wide landscape, from turbine to toaster, but the future of energy distribution, generation and management will encompass IoT to cost-effectively gather data and connect machines, big data and analytics, and people, who will have more actionable data and be better connected to support the intelligence required for the future of energy.

John McDonald is an IEEE fellow and writes here representing their organization. He recently gave the keynote at the IEEE Technology Time Machine symposium for the theme “Smart Grid and Beyond” on what trends are influencing the evolution of energy generation and distribution, the key components of a smart grid and the role of big data. McDonald is also the director of GE’s digital energy business.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Accenture adquire prestadora de serviços de consultoria para o setor de energia e utilities


Ti Inside OnLine, Postado em: 07/01/2015, às 11:31 por Redação



A Accenture, consultoria de gestão, serviços de tecnologia e outsourcing, firmou acordo para adquirir a Structure, provedora de soluções e serviços de consultoria para empresas do setor de energia e utilities. A transação, cujo valor não foi divulgado, está sujeita a condições habituais de fechamento.

Em comunicado, a Accenture afirma que o negócio vai expandir e melhorar sua experiência e capacidades em soluções de redes inteligentes (smart grid), bem como de comércio de commodities de energia e gestão de riscos (CTRM, na sigla em inglês).

Conforme os termos do acordo, os mais de 190 funcionários da Structure serão integrados à Accenture Resources, divisão da empresa dedicada às indústrias de produtos químicos, energia e utilities.

Samsung promete 100% dos produtos conectados até 2020


Por Redação Olhar Digital - em 06/01/2015 às 13h20


Durante o discurso de abertura da CES 2015, ontem à noite, em Las Vegas, o presidente e CEO da Samsung, BK Yoon, disse que todos os dispositivos produzidos pela empresa estarão conectados à internet dentro de cinco anos.

A promessa sinaliza a consolidação da "internet das coisas", tendência que prega que os dispositivos pessoais, eletrodomésticos, relógios e até roupas devem ter conexão com a internet, permitindo que os produtos conversem entre si e sejam monitorados remotamente.

"Em 2017, 90% dos nossos produtos farão parte da Internet das Coisas - e isso inclui todos os nossos televisores e dispositivos móveis", disse o CEO, e completou: "daqui a cinco anos, cada hardware fabricado por nós estará conectado: desde ar-condicionado até fornos de cozinha".

Para atingir esse objetivo, a Samsung pretende investir US$ 100 milhões na sua comunidade de desenvolvedores em 2015.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Governo norte-americano alerta para riscos da Internet das Coisas



Em discurso na CES 2015, diretora da FTC afirmou que as empresas devem sempre proteger os consumidores e usuários desses novos aparelhos conectados
IDG News Service / EUA
07 de janeiro de 2015 - 12h23
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Os aparelhos conectados à Internet estão surgindo aos montes na feira de tecnologia CES 2015, em Las Vegas, nesta semana. Mas, apesar de essa nova tecnologia ter potencial para fornecer grandes benefícios para os consumidores, as empresas de TI deveriam se esforçar mais para proteger a segurança e a privacidade dos consumidores, segundo uma oficial de alto-escalão da Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC).

Todo novo gadget revelado na CES parece estar conectado a um smartphone, Internet, ou serviços de localização de uma ou outra forma, seja um fone de ouvido que seleciona músicas que combinam com o batimento cardíaco do usuário, um detector de incêndio que pode enviar um sinal para smartphones, um computador do tamanho de um botão que cabe em aparelhos minúsculos ou pranchas de snowboard com Bluetooth.

Isso mostra que a chamada “era dos aparelhos conectados”, comumente chamada de Internet das Coisas (IoT), realmente chegou. À medida que bilhões de aparelhos ficam conectados, os benefícios para os usuários podem ser imensos já que essas novas tecnologias podem ajudar a melhorar a saúde/bem-estar, modernizar cidades e impulsionar o crescimento econômico. Mas, ao mesmo tempo, a IoT possui sérias implicações de segurança e privacidade, destacou a diretora da FTC, Edith Ramirez, durante uma apresentação na CES.

“Aparelhos conectados que oferecem cada vez mais conveniência e melhoram os serviços de saúde também estão coletando, transmitindo, armazenando, e muitas vezes compartilhando grandes quantidades de dados dos consumidores, alguns deles altamente pessoais, criando assim uma variedade de perigos para a privacidade.”

A coleta constante de dados de aparelhos conectados pode levar a usos inesperados dos dados dos usuários que poderiam ter consequência adversas e acabar com a confiança do consumidor, afirma Edith. “Essa confiança é tão importante para a adoção ampla dos novos produtos e serviços IoT quanto uma conexão de rede para a funcionalidade de um aparelho IoT.”

As preocupações da executiva seguem alertas parecidos feitos pela indústria neste último ano. O diretor de IoT da Intel, Doug Davis, por exemplo, chamou os desenvolvedores para criar aparelhos conectados com a privacidade e a segurança em mente. É essencial poder confiar nos aparelhos assim como nos dados que eles geram, afirmou o executivo durante o Intel Developer Forum, no último mês de setembro em San Francisco.

Além disso, um grupo de reguladores de privacidade da União Europeia emitiu um comunicado em que afirmam que os consumidores devem permanecer no controle dos seus dados durante toda a vida do produto.

Apesar de a FTC poder apenas aplicar leis federais de proteção ao consumidor e não possa realmente criar novos regulamentos por conta própria, o órgão pode colocar pressão sobre os legisladores dos EUA. O discurso de Ramirez mostrou que a comissão está claramente interessada nesta nova onda de aparelhos conectados chegando ao mercado.

“Na minha cabeça, a pergunta não é se os consumidores devem ter voz sobre usos inesperados dos seus dados; em vez disso, a questão é como fornecer avisos e escolhas simplificados”, afirmou

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Samsung diz que 90% dos produtos se conectarão à internet até 2017


Empresa afirma que futuro da internet das coisas depende de ecossistema aberto.
Olhar Digital,    Da Redação — 6 de janeiro de 2015


O presidente e CEO da Samsung Electronics, Boo-Keun Yoon, afirmou na noite de ontem (5) que 90% dos produtos fabricados pela empresas vão se enquadrar no conceito de internet das coisas até 2017, e que a meta é ter 100% dos produtos capazes de se conectar à internet até 2020. Ele falou em apresentação à imprensa durante a feira CES, que acontece em Las Vegas, nos Estados Unidos.

De acordo com o executivo, a internet das coisas é o tema mais importante para a indústria de eletrônicos no momento, com potencial para revolucionar a vida das pessoas. Yoon defendeu o uso de padrões abertos para garantir que a internet das coisas, de fato, engrene. Convidou Alex Hawkinson, CEO da Smart Things, empresa de automação residencial adquirida ano passado pela Samsung para falar sobre o tema. “Para que a Internet das Coisas seja um sucesso, ela precisa ser aberta. Qualquer dispositivo, de qualquer plataforma, deve ser capaz de se conectar e comunicar com outros”, ressaltou Hawkinson.

Ele ainda afirmou que, apenas em 2015, a empresa reservou US$ 100 milhões para investimento em pesquisa e inovação em IoT. Também conclamou a indústria a se unir para garantir a evolução e sucesso da tecnologia. “Toda a indústria deve participar. É óbvio que isso vai revolucionar nossas vidas e todas as indústrias. Temos que fazer parcerias com todo mundo”, disse. (Com agências internacionais)

Internet das coisas cativa o público na CES 2015




Objetos pessoais e utensílios domésticos conectados são destaque.Publicada em 06/01/2015 14:31:49


De 15 a 18 de setembro de 2014 no Transamerica Expor Centee
A feira Consumer Electronics Show (CES) é grande. Realizada em Las Vegas, atrai mais de 150 mil visitantes, ocupa 185 mil metros quadrados, o equivalente a cerca de 35 campos de futebol, e mais de 3,5 mil empresas expõem seus produtos. Mas, faltava empolgação nas últimas edições, entusiasmo que deve ser retomado em 2015 com a internet das coisas.

Os novos dispositivos apresentados na feira, que abre nesta terça-feira (06.01) ao público, vão desde ventilador de teto com conexão Wi-Fi a rastreadores de animais de estimação com GPS e roupas para exercícios que permitem aos técnicos monitorem os atletas de longe. Segundo a consultoria IDC, o mercado global para a internet das coisas vai ultrapassar a marca dos US$ 7 trilhões em 2020, aumento ante os US$ 1,9 trilhão em 2013. Acompanhe a cobertura do evento pelo Eletrolar.com.

Internet das Coisas harmônica? Só em 2016!



Vários grupos industriais foram constituídos em 2014 em torno do conceito de IoT e parecem orquestras em afinação. Provavelmente haverá tantos grupos, daqui a um ano, como atualmente
Da Redação, com IDG News Service
06 de janeiro de 2015 - 08h15


Se a Internet das Coisas não proliferou tanto quanto se previa durante 2014, pelo menos surgiram vários grupos industriais interessados em promover uma maior normalização tecnológica.

Cinco iniciativas que nasceram com o objetivo de trazer ordem à Internet das Coisas, lançadas no final de 2013, já andam com as próprias pernas. Ironicamente isso causou uma certa confusão em um setor vasto e multifacetado. Infelizmente, todos os grupos, provavelmente, vão existir daqui a um ano, também ‒ e talvez alguns outros.

Mas os produtos de IoT de diferentes fornecedores terão, eventualmente, que falar a mesma língua, em algum nível. Assim, os fornecedores estão ansiosos por construir alguma dinâmica subjacente às tecnologias a serem lançadas. Não querem esperar por organismos de normalização formais para construir especificações equivalentes à família IEEE 802.1, para o WiFi, disse o analista Patrick Moorhead, da Moor Insights & Strategy. Até as normas mais formais da IoT serem terminadas, provavelmente em 2017, os fabricantes deverão unir-se para estipular aquelas vigentes na prática, prevê.

Nem todas as organizações que se formaram no ano passado querem, na verdade, desenvolver especificações próprias. Alguns querem promover a harmonia entre as iniciativas já formadas e há outros cujos esforços se sobrepõem. No entanto, a cacofonia de vozes clamando por ordem na Internet das Coisas provavelmente só formará um coro harmonioso em 2016. Os esforços desenvolvidos agora são apenas a primeira etapa de um longo processo, considera analista, James Brehm, fundador da James Brehm & Associates.

“Precisamos de diálogo, mas estamos muito no início do processo”, disse Brehm. Até mesmo os fornecedores de um mesmo grupo, em alguns casos, têm estratégias conflitantes, e daqui a um ano, pode haver ainda mais empresas concorrentes tentando definir como a IoT deverá ser feita.

Hoje, a “sopa de letrinhas” de grupos da indústria faz os compradores ficarem nervosos ‒ especialmente os consumidores ‒ com a possibilidade de serem marginalizados, diz Moorhead, da Moor Insights & Strategy. “E, com certeza, está emperrando o crescimento da indústria”, afirma.

Os conflitos não pesam tanto na IoT empresarial. Já existem interfaces com 30 anos, que precisam de tradução e alguns investimentos em trabalho de adaptação para serem úteis em ambientes industriais, disse Moorhead. Ainda assim, há esperança é de que a normalização, em todos os setores, reduza os custos e produza combinações novas e dados úteis.

Futuro da IoT pode ser determinado apenas por um agente
Tanto nos ambientes domésticos ou empresariais nenhuma norma reinará com supremacia, prevê o analista da Machina Research, Andy Castonguay. “Este mercado é, em especial, de fragmentação e inovação, o que essencialmente não contribuiu para as iniciativas de se ter uma única interface entre dispositivos”, disse Castonguay. Mas, como os outros, ele espera ver uma consolidação entre os vários grupos.

Para saber qual especificação é a mais poderosa, o tamanho e a força do grupo de suporte podem ser bons indicadores, dizem os analistas. Apesar disso, o futuro da Internet das Coisas, pelo menos para os consumidores, pode também ser determinado apenas por um agente com uma quota de mercado grande e uma boa ideia.

Os compromissos exigidos nos grupos da indústria, com muitos fornecedores concorrentes, podem levar a soluções menos capazes e menos fáceis de usar do que o ideal, considera Brehm. “Quantas pessoas trabalharam com a Apple para tornar as coisas interoperáveis no sucesso do iPhone ou do iPad?” questiona Brehm. “O sucesso foi fantástico e não foi necessário qualquer consórcio”.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

A Qualcomm não vai ceder espaço na 'Internet da Coisas' para a Intel ou ninguém mais




 :: Por Eduardo Prado * Convergência Digital

:: 17/12/2014 




Sempre pensei em escrever uma matéria sobre alguns grandes players da Internet das Coisas  (ou IoT = Internet of Things) – a saber Qualcomm, Intel e Cisco – e recentemente o título desta matéria Qualcomm Not Ceding “Internet of Things” to Intel or Anyone Else, Recode, 09.jun.2014 “aguçou” esta minha vontade, chamou-me a atenção, e daí resolvi “tomar emprestado” (rs) esse título e usá-lo nesta minha matéria. Para conhecer mais sobre IoT:  Monetizing the Internet of Things: Extracting Value from the Connectivity Opportunity, Capgemini Consulting White Paper, December 2014; The Internet of Things: Making sense of the next mega-trend, Goldman Sachs White Paper, September.2014; e The 'Internet of Things' Will Be The World's Most Massive Device Market And Save Companies Billions Of Dollars, Business Insider, 10.dec.2014).


A seguir apresentamos a atividade e estratégia desses três grandes players no cenário de IoT, a saber:

Intel

A Intel é uma tradicional fornecedora de chips e tem uma disputa acirrada por espaço no mercado mobile com a Qualcomm e a ARM Holdings britânica (ver How Intel Is Setting Itself Up to Win in Mobile, The Motley Fool, 08.dec.2014). Por que a titã de chips está interessada em IoT? A resposta é muito simples: pela natureza dessa empresa: o que ela quer com IoT é vender mais chips! Essa é a primeira resposta e agora vamos “burilar” um pouco mais a resposta. Um dos principais papéis da Intel na arena de IoT é através de seus pequenos e poderosos chips.

No ano passado, a Intel lançou o seu processador Quark, e fez uma parceria com a cidade de San Jose (Califórnia, USA) para demonstração de soluções de gateways de IoT da empresa e do seu processador Quark (ver Referências do Google sobre essa parceria). Neese trial, os processadores e gateways da Intel coletavam as leituras dos sensores que foram instalados na cidade para rastrear e melhorar a qualidade da água, a poluição sonora e eficiência dos  transportes da cidade (ver Qualcomm vs. Intel: Which Is The Best Internet of Things Pick?, The Motley Fool, 07.nov.2014).

Além do seu interesse em vender mais chips, a Intel também tem muito interesse no segmento de  tecnologia vestível (ou wearable technology) (ver Intel Evangelist Steve Brown on the Future of Wearable Technology, You Tube, 19.mar.2014; Intel Developer Forum Live Keynote, Dailywireless, 09.sep.2014; Brian Krzanich (Intel´s CEO), shared Intel’s vision for the future, Intel Studios, September 2014; e  The big interview: Wearables aren't 'just something for computer people', says Intel new devices boss, Pocket-lint, 15.sep.2014). A Intel também está apostando na área de saúde com tecnologia vestível da sua tecnologia Basis (ver Tecnologia "Vestível": A revolução da Internet das coisas na Saúde, Convergência Digital, 05.nov.2014).

Recentemente, a Intel teve uma boa notícia na área de tecnologia vestível. Ela irá fornecer os chips para o famoso Google Glass do gigante Google (ver Google Glass deal could add credibility to Intel’s mobile comeback plan, Rethink Research, 04.dec.2014; Intel’s new partnership brings us closer to Google Glass Ray-Bans, GigaOM, 03.dec.2014; e Intel chips may be in the next Google Glass, report says, Venture Beat, 01.dec.2014). O mercado aposta que este negócio poderá adicionar credibilidade a estratégia da Intel no mercado “mobile” (ver Google Glass deal could add credibility to Intel’s mobile comeback plan, Rethink Research, 04.dec.2014).

Uma outra área de muito interesse na Intel é o setor de “big data” (na verdade “big data” interessa à Intel e a torcida do Corinthians e do Flamengo “together” (rs)). A Intel fez uma parceria com a Cloudera (ver Intel makes major big data play, partners with Cloudera, Forbes Magazine, 27.mar.2014) em função da plataforma Apache Cloudera muito utilizada em “big data” (ver What is Intel's role in the internet of things?: Company's IoT guru reveals all, TechRadar, 20.jul.2014). Uma das áreas de “big data” que a Intel está investindo é em “cidades inteligentes” com a empresa INRIX (ver A Internet das Coisas terá um papel fundamental nas Cidades Inteligentes, Convergência Digital, 25.nov.2014).

A Intel também não está fora da disputa pela definição do protocolo padrão de IoT. Ela é um dos “carros chefes” do protocolo do consórcio OIC (ou Open Interconnect Consortium), congregando empresas como Cisco, Intel, Mediatek e Samsung, entre outros e, trava uma disputa com os grupos da Qualcomm e Google que defende outros protocolos. A Qualcomm aposta no protocolo AllJoyn juntamente com a Cisco e, a Google “corre por fora” com o protocolo Thread (ver Thread Group) que também inclui a Samsung e a arquirival da Intel, a ARM Holdings. Para mais detalhes sobre a disputa de protocolos de IoT ver a matéria Internet das Coisas: Uma “Babel” de Protocolos!, Convergência Digital, 23.set.2014.

No início de dezembro desse ano, a Intel anunciou as suas “novas armas” para a disputa na arena de IoT: o seu novo “ecossistema” para IoT: Intel details end-to-end platform to drive Internet of Things ecosystem, V3 News, 09.dec.2014; Intel shows off its own 'Internet of Things' platform, Engadget, 09.dec.2014;  Intel IoT Platform, Intel; e Video of Intel IoT Platform Chalk Talk with Brian McCarson, Intel. Com essa plataforma a Intel marca um “importante gol” na arena da IoT!

Com essa plataforma de IoT, a Intel fez uma ampla gama de movimentos para estabelecer sua arquitetura na “nascente” IoT, e tentar despistar seu competidor ARM Holdings a qual parece, pelo menos no papel, o “lar” natural do “expert” de baixa potência. Mas a batalha vai ser um dura, com ambos os lados tentando alavancar seus pontos fortes tradicionais. Vamos ver como as coisas vão evoluir com o “andar da carruagem” da IoT.

A Intel também tem interesse no mercado corporativo. Ela está utilizando a sua plataforma abrangente de IoT em aplicações corporativas para coletar informações dos sensores e processá-las, como também explorar negócios de “big data” (ver Intel glues together its Internet of Things platform for big customers, Venture Beat, 09.dec.2014 e Doug Davis (Intel, IoT Head)  Video on 2014 Internet of Things World Forum, October 2014).

Para ampliar sua atuação, evangelizar e desenvolver novas aplicações em IoT, a Intel tem estabelecido parcerias diferenciadas com vários players incluindo Accenture, Booz Allen Hamilton, Capgemini, Dell, HCL, NTT Data, SAP, Tata Consultancy e Wipro (ver Intel builds Internet of Things alliance, hoping for sales spike in 2015, Silicon Valley Business Journal, 11.dec.2014).

Qualcomm

Tem analistas de mercado que acreditam que a Qualcomm é um melhor investimento a longo prazo que a Intel em IoT por duas razões. Primeiro, a empresa domina completamente o mercado mobile, enquanto a Intel tem lutado bastante para voltar a ter seu espaço nesse mercado mobile. As conexões de IoT funcionarão da mesma forma que as conexões móveis que a Qualcomm já faz atualmente, apenas com "coisas" menores e até mesmo mais conexões.

Isso significa que há muito potencial para a Qualcomm realizar facilmente uma transição da sua tecnologia para as conexões de IoT (ver Qualcomm vs. Intel: Which Is The Best Internet of Things Pick?, The Motley Fool, 07.nov.2014). Eu particularmente não concordo com estes analistas! Acredito mais na proposta de IoT da Intel – e também da Cisco - principalmente após o anúncio da plataforma de IoT da Intel recentemente (ver Intel details end-to-end platform to drive Internet of Things ecosystem, V3 News, 09.dec.2014). Vejo a ação da Intel em IoT mais sistêmica que a da Qualcomm!

A Qualcomm acredita que as montadoras estão acelerando bastante os esforços para incorporar a tecnologia móvel nos veículos superando as áreas de saúde, educação e as empresas de smart home (ver Qualcomm CEO talks Internet of Things, UT San Diego, 06.nov.2014). Isso pode significar um prenúncio que a Qualcomm vai apostar muito na área de carro conectado (ver "Carro Conectado": Você ainda vai ter o seu!, Convergência Digital, 13.mar.2014) no segmento de IoT.

A Qualcomm também está atuando no segmento de relógio inteligente com sua tecnologia Toq (ver Qualcomm Steps Up Attack on Internet of Things, The Wall Street Journal Digits, 20.nov.2013). Ver mais aqui sobre a tecnologia “vestível” da Qualcomm aqui nas Referências do Google. A empresa está ampliando o seu potencial para “encurtar” caminho em IoT através de aquisições estratégicas. Recentemente, ela adquiriu o fabricante de chips britânico CSR (ver Qualcomm snaps up British Internet of Things chipmaker CSR, ZD Net News, 15.oct.2014).

Em relação ao protocolo de IoT, a Qualcomm e a Intel tomaram caminhos diferentes - como era de se esperar - pela disputa destes dois grandes fabricantes de chips no cenário dos protocolos de IoT como já mostramos na seção anterior da Intel (ver Qualcomm, Intel in standards battle, UT San Diego, 10.jul.2014). A Qualcomm (juntamente com a Cisco, Microsoft, LG e outros) apostam no protocolo AllJoyn (ver Internet das Coisas: Uma “Babel” de Protocolos!, Convergência Digital, 23.set.2014).

Cisco

A Cisco – juntamente com a Intel e a Qualcomm – é também um player forte no cenário de IoT. Ela “defende” seu conceito de “Internet of Everything” (ver Moving from the Internet of Things To The Internet of Everything, Intelligent HQ, 06.dec.2014 e The Internet of Everything: How More Relevant and Valuable Connections Will Change the World, Cisco, Dave Evans, 2012).

Recentemente, a Cisco apresentou a sua estratégia para acelerar a velocidade de adoção de IoT com sua estratégia “fog computing” que torna possível que os sistemas operacionais de terceiros, tais como Linux - e aplicações de software da indústria – sejam executados  diretamente em seus relevantes Produtos/Plataformas de serviços das redes de IoT.

A estratégia “fog computing” estende a nuvem de produtos/serviços de computação para a borda da rede. Essa capacidade é essencial para soluções de IoT, onde as aplicações, os produtos/serviços de armazenamento e de computação precisam residir mais próximos as "coisas", como sensores e dispositivos (ver Cisco Offers Strategy To Speed Internet of Things Adoption, CIO Today, 17.oct.2014).

A Cisco acredita que algumas indústrias, como a manufatura, concessionárias de energia e transporte estarão maduras para a disrupção em IoT, e as outras vão demorar um pouco mais. Mas o efeito do negócio de IoT será amplo e profundo (ver Top IT vendors reveal their IoT strategies, Network World, 15.sep.2014).

Como a Intel, a Cisco também está apostando em análise de dados em tempo real – leia-se “big data”. A Cisco entende que a análise em tempo real é importante para empresas de exploração de petróleo – empresas tipo “fura-poço” terminologia que está atualmente na moda com a Operação Lava-Jato no Brasil – que podem ter um grande diferencial na tomada de decisão em tempo real (ver Cisco Adds Big Data to Its ‘Internet of Everything’ Push, Bloomberg, 11.dec.2014 e Cisco Unveils Big Data Software to Boost Internet of Things Strategy, Tech Times, 13.dec.2014) ... interessante!

Um exemplo interessante na Cisco em IoT no segmento de transporte é o caso do Porto de Hamburgo na Alemanha (ver City of Hamburg and Cisco Launch Plans for Smart City of the Future and Lay Foundation for a Partner Ecosystem, Cisco, 30.sep.2014). A empresa que gerencia este grande porto alemão está construindo o que eles chamam de “Smart Port” (ou Porto Inteligente). Literalmente ela vai incorporar milhões de sensores de IoT em tudo, desde sistemas de movimentação de contêineres até as luzes de rua - para fornecer dados e capacidades de gerenciamento do movimento das cargas através do porto de forma mais eficiente, evitando o “engarrafamento” de cargas no porto, e até mesmo prever os impactos ambientais através de sensores que respondem a poluição sonora e atmosférica.

Um projeto magnífico de IoT! Esse exemplo pode ser ampliado para outros segmentos de indústria com grandes pátios, como por exemplo, o segmento de metalurgia, cimento, petróleo, etc! Um bom “business”!. Ver mais sobre Cisco em IoT aqui: Padmasree Warrior (Cisco, CTO) Video on 2014 Internet of Things World Forum, October 2014  e  John Chambers (Cisco, CEO) Video on 2014 Internet of Things World Forum, October 2014.
Para conhecer os principais players de IoT ver: Key Internet of Things Players: Large, Postscapes e The Top 50 Corporate IoT Websites in the World, December 2014. E ... pelo o que vimos aqui do que a Intel e a Cisco estão fazendo em IoT, concluímos sem grande esforço que a nossa frase-título desta matéria não passa de uma mera “bravata”!

Eduardo Prado é consultor de mercado em novos negócios, inovação e tendências em Mobilidade e Convergência.
E-mail: eprado.sc@gmail.com
Twitter: https://twitter.com/eprado_melo

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Queda do Fistel trará novos investidores para o M2M, aposta Sergio Souza

Tele.Síntese – Tenho ouvido que as concessionárias de energia não estão querendo usar as redes das operadoras de celular para instalar os  smart grid,  que estariam preferindo uma rede WiMax

Souza – No resto do mundo, se se colocar o equipamento e mais uma assinatura de celular por ponto, o custo fica muito alto, porque  há muito recurso que não é necessário. Lá fora está sendo feita  uma rede híbrida, onde existem redes proprietárias, de custo mais baixo e também de capacidade mais baixa, como as redes Mesh. Só que em algum ponto estas redes precisam se concentrar e ser enviadas para a nuvem. E nesses pontos estão  os gatways dos celulares. Não  há disputa entre as duas tecnologias, mas uma complementação para ser usada em larga escala.

A seguir, entrevista completa

Queda do Fistel trará novos investidores para o M2M, aposta Sergio Souza

A TM Data apostava no mercado brasileiro M2M desde 2005. Este ano, após a fusão com a Wyless, a WylessTMData continua otimista com este segmento, que cresce 15% ao ano.



Sergio Souza - CEO TMData (2)

A TM Data apostava no mercado brasileiro M2M desde 2005. Este ano, após a fusão com a Wyless, a WylessTMData continua otimista com este segmento, que cresce 15% ao ano. Segundo o CEO, Sergio Souza, a desoneração do Fistel para os chips M2M precisa refletir em pacotes mais flexíveis por parte das operadoras de celular. Com esses novos planos, Souza acredita que novos investidores estrangeiros aportarão para investir em IoT já no próximo ano.

Tele.Síntese – Por que a  WylessTM Data se especializou em M2M?

Sergio Souza -  Em 2005 comprei uma empresa chamada TM Data. Era uma joint-venture para explorar o mercado sem-fio no Brasil. Esta empresa foi montada para criar uma rede própria. Com a implantação do GSM e a expansão da rede de dados das celulares, o projeto se tornou inviável. Então, passamos a prestar  o serviço através das redes das celulares. E desenvolvemos tecnologia própria, com os nossos técnicos brasileiros.  Em fevereiro deste ano fizemos uma fusão com a Wyless, uma empresa global com sede em Boston, no EUA,  criada por um grupo de investidores europeus privados. Nossa estratégia de mercado era muito parecida e fazia sentido alavancar os dois lados.  Desde o início nosso foco sempre foi M2M e agora é IoT.

Tele.Síntese – Como analisa este segmento?

Souza-  Este mercado é uma terceira onda que vai invadir o mundo inteiro. E começou pela conexão dos equipamentos mais próximos, como a nossa casa e nosso carro. A nossa casa já está conectada há muito tempo através dos sistemas de segurança.

Tele.Síntese – Mas não estão conectadas pela rede de celular, não?

Souza – É pela rede de celular sim,  há mais de 10 anos. Porque  a rede celular não depende do dono da casa.

Tele.Síntese – Achava que os sistemas de segurança das casas usavam as frequências livres de WiFi.

Souza – Não, a maioria das vezes se dá  pela rede do celular. Já existem no Brasil 9,2 milhões dessas conexões.

Tele.Síntese – Mas aí você esta falando sobre a base total de M2M divulgada pela Anatel. E neste caso, a maioria ainda é formada pelas máquinas de cartão de crédito.

Souza – Exatamente. Na verdade, cerca de 40% dessa base são as máquinas de cartão de crédito. Mas é o mesmo tipo de aplicação. Embora a Anatel os classifique como equipamentos de uso humano,  são aparelhos inteligentíssimos, que coletam muitas informações dos pontos de venda e oferecem várias informações para o lojistas também.

Tele.Síntese – E a sua empresa está atuando em que nicho deste mercado?

Souza – Para este mercado existem três partes muito importantes: a primeira é o equipamento. Ele precisa ser inteligente, se comunicar de uma forma barata com mobilidade. Tem que funcionar em ambiente adverso,  a máquina não vai colocar o aparelho na tomada.  Estes equipamentos têm que conversar  com sensores mais sofisticados, pois tem que medir temperatura, pressão,  voltagem, nível de reservatórios. A segunda parte é a rede que conecta este equipamento no outro lado. Não é uma rede celular comum. Embora use a rede das celulares, precisa de um gerenciamento muito mais próximo. Ela esta sendo usada por empresas e exigem nível de serviço muito bom. Estas redes precisam de nível de segurança  e de gestão muito mais altos. Pois esses clientes são muito exigentes.  A última parte é uma aplicação na nuvem  que consegue lidar com  uma quantidade muito grande de dados e traduzir isto em informação útil para o negócio do cliente.

Tele.Síntese – E onde vocês estão presentes?

Souza – Em rastreamento de veículo, que agora virou telemática. É a conexão dos veículos e seus mais diversos fins. Inicialmente no Brasil começamos  a rastrear os carros para que eles tivessem segurança.

Tele.Síntese – Para isto, não é a tecnologia de satélite a mais usada?

Souza – Ele nasceu com tecnologia mista. Embora a localização seja por satélite, o GPS, a comunicação é feita por celular, e às vezes por  satélite. E a telemática hoje tem uma abordagem  muito maior, porque é usada também para as empresas gerenciarem as suas frotas, para saber se os caminhões estão sendo dirigidos de foram adequada

Tele.Síntese -  Mas, onde vocês estão?

Souza – Estamos focados neste meio do caminho, que é a comunicação entre o equipamento e o software de aplicação na nuvem. Os nossos clientes são as empresas que prestam serviço para os clientes finais. São empresas de telemática, que fornecem sistemas para transportadoras, para seguradoras, para empresas de aluguel de veículos.

Tele.Síntese – Vocês não vendem  para o usuário final?

Souza – Não, fornecemos uma das três partes. Dependendo do cliente, podemos integrar essas três partes.

Tele.Síntese – Hoje vocês estão focados no mercado de frota?

Souza– Temos também muitos clientes que trabalham com segurança eletrônica, como a ABT, uma das maiores empresas de segurança do mundo, é uma de nossas clientes.

Tele.Síntese – Você vê algum risco de as operadoras de celular entrar neste segmento e tirá-lo do mercado?

Souza – Não, pelo contrário. Fora do Brasil há um movimento mais maduro e as operadoras são muito próximas da gente. As operadoras têm se focado na comunicação, que é o que elas sabem fazer muito bem.  Temos acordo com mais de 20 operadoras no mundo inteiro. Com a T-Mobil, e com a AT&T nos Estados Unidos.

Tele.Síntese – E no Brasil?

Souza – Com todas. Temos um excelente relacionamento com elas porque, na prática, fazemos uma economia muito grande.  O cliente atendido por nós não chega na operadora.
Tele.Síntese – Este segmento não tem um crescimento tímido?

Souza – Ele cresce 15% a 20% ano, já faz alguns anos.

Tele.Síntese –  É um desempenho importante.  Mas a desoneração do Fistel, me parece,  não repercutiu neste crescimento

Souza – Dois fatores podem contribuir para a melhoria. O primeiro, é a queda de preço que não chegou ainda e está começando a chegar agora. O segundo é uma alteração das ofertas das operadoras. No caso do M2M brasileiro, o imposto era tão alto que todos esses custos eram irrisórios. A gente paga um imposto sobre um número, não importando se se consome 100 Mega ou 100 K.  Os planos oferecidos pelas operadoras são muito mais limitados dos que os oferecidos no resto do mundo, sem flexibilidade alguma para negociar. Com a redução dos impostos, as operadoras vão oferecer ao mercado planos mais flexíveis. E os projetos que estão parados na Europa e nos Estados Unidos, aguardando  para vir par ao Brasil, vão começar a se mexer. Nós mesmos, por sermos uma empresa global, temos  vários clientes  lá fora tentando vir para o Brasil, mas não podem porque o custo é muito alto.

Tele.Síntese- Quais áreas de investimentos?

Souza- Haverá projetos de telemetria, consumo de água, smart grid, controle de ponto de venda em geladeira. Se o custo não for de US$ 1 dólar ao mês, não justifica M2M. Como aqui estava US$ 2,5 dólares só com imposto, estes projetos não andavam.

Tele.Síntese – Com a desoneração do Fistel, acha que resolveu?

Souza – Resolveu o imposto. Agora, as operadoras precisam se adaptar a esta nova estrutura de custos e colocar planos mais flexíveis no mercado.

Tele.Síntese – Tenho ouvido que as concessionárias de energia não estão querendo usar as redes das operadoras de celular para instalar os  smart grid,  que estariam preferindo uma rede WiMax

Souza – No resto do mundo, se se colocar o equipamento e mais uma assinatura de celular por ponto, o custo fica muito alto, porque  há muito recurso que não é necessário. Lá fora está sendo feita  uma rede híbrida, onde existem redes proprietárias, de custo mais baixo e também de capacidade mais baixa, como as redes Mesh. Só que em algum ponto estas redes precisam se concentrar e ser enviadas para a nuvem. E nesses pontos estão  os gatways dos celulares. Não  há disputa entre as duas tecnologias, mas uma complementação para ser usada em larga escala.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Spain – Competition Authority orders 4G operators to give MVNOs access


Posted in E-Commerce and Social Media, Telecoms


Author: Ceyhun Pehlivan, Associate, Madrid

Spain’s Competition Supervision Authority (CNMC), currently in charge of both competition and regulatory matters has ordered the main Mobile Network Operators (MNO) in Spain, namely Telefónica (Movistar), Vodafone and Orange, to ensure wholesale 4G network access for the Mobile Virtual Network Operators (MVNO).

This decision is made in response to the consultation filed by the Spanish MVNOs’ association on 1 July 2014 following a number of allegedly unattended requests from the MVNOs to access the 4G network of the MNOs.

In its recent decision, the CNMC states that the MNOs are generally required to provide, at reasonable prices, access to the Spanish wholesale market for mobile access and call origination, so that the MVNOs may compete at retail level.

Moreover, the CNMC points out that, according to the Resolution of the former Telecommunications Market Commission (whose powers are currently vested in the CNMC) dated 2 February 2006, the wholesale market for mobile access and call origination includes all those wholesale services which allow the MVNOs to offer mobile communication services, voice calls as well as data services, to the final users. In other words, that decision did not refer to a specific technology, but rather to the whole mobile communication services.

Thus, this also implies that the MNOs shall give third parties a right of access to any element and specific resources of their network, and negotiate in good faith with the authorized access seekers, among others the MVNOs existing in the Spanish market.
Furthermore, the CNMC confirms in its decision that the MNOs shall ensure reasonable prices for the provision of such access services pursuant to the recently passed Spanish General Telecommunications Act 9/2014.

According to the CNMC, the current legal framework is adequate to allow the MVNOs to request from any of the MNOs to have access to their 4G networks, provided that the MNOs have been offering such 4G services to their final retail clients for a reasonable time period and that the access to 4G is now a differentiating element of the offerings and appreciated by the final users.

In this respect, the CNMC considers also that the reasonableness of an access request shall be assessed in concrete terms on the basis of the negotiations of the MNO and the MVNO, in view of the abovementioned principles, general objectives of the Spanish General Telecommunications Act 9/2014 as well as the existing agreements executed between the operators.

If no agreement is reached between the mobile network operators, the CNMC would be entitled to intervene in order to settle the conflict, owing to its power of intervention in the relations between the operators, either upon the request of the operators or on its own initiative when justified, to promote and to ensure adequate access, interconnection and interoperability of services, pursuant to the Spanish General Telecommunications Act 9/2014.

The decision of the CNMC may be consulted here (in Spanish).

Regulado o acesso ao 4G pelas MVNOs na Espanha

Mike Conradi Partner, DLA Piper LLP ("strong market knowledge and an effective negotiator" - Chambers & Partners legal guide)

This is a link to a blog by my colleagues in Spain. 

As I understood it this is a clarification of the effect of regulator's 2006 market review which itself determined that MNOs *must* offer access to their networks to MVNOs. It clarifies that this obligation includes 4G services - which did not exist back then. 

However the 2006 decision is now many years in the past - and the regulator has an obligation under European law to keep the market under review periodically. In light of the fact that the EC has - since 2006 - confirmed that the mobile wholesale access market is *not* on the list of "relevant markets" which regulators ought to examine then it seems to me that the any new review might well lead to a new decision to remove access regulation. 

Spanish mobile operators might then consider whether they could bring a case forcing the regulator to look at this market again.

Spain - Competition Authority orders 4G operators to give MVNOs access - Technology's... goo.gl

Author: Ceyhun Pehlivan, Associate, Madrid Spain’s Competition Supervision Authority (CNMC), currently in charge of both competition and regulatory matters has ordered the main Mobile Network Operators (MNO) in Spain, namely Telefónica (Movistar),...

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

AES Eletropaulo avança em seu projeto de rede inteligente



A AES Eletropaulo anunciou hoje mais uma etapa do projeto de rede inteligente de energia. A distribuidora fechou contratos com as empresas WEG, Siemens e ITRON para a fabricação de 62 mil medidores eletrônicos inteligentes,  que serão instalados em residências da cidade de Barueri, região metropolitana de São Paulo, a partir de 2015. A concessionária também fez acordo com a Cisco para viabilizar solução de comunicação de rede do projeto.

Essas parcerias resultam em R$29 milhões em contratos. No total, a distribuidora está destinando cerca de R$75 milhões do seu programa de Pesquisa e Desenvolvimento da ANEEL, financiado pela FINEP para o projeto de rede inteligente, que atenderá 250 mil pessoas, incluindo comunidades de baixa renda, residências, comércios e indústrias. ”Nosso projeto contribuirá com um novo paradigma no setor de energia do País. Também irá movimentar outros mercados, como os de TI e Telecom, já que é preciso escala com fabricação de produtos para uma rede inteligente tão abrangente”, disse Sidney Simonaggio, Vice-Presidente de Operações da AES Eletropaulo.

Os medidores eletrônicos funcionarão integrados com a solução de comunicação redundante para o projeto desenvolvida pela Cisco. A solução sintoniza as tecnologias de radiofrequência – que transmite as informações por meio de rede sem fio (RF MESH 6LowPAN) – e PLC (Power Line Communication) – sistema que utiliza o próprio cabo elétrico para transmissão de dados. Em conjunto com as soluções de automação avançada da rede que também estão sendo implantadas, a AES Eletropaulo conseguirá identificar remotamente eventuais ocorrências no fornecimento de energia, isolar o defeito e, dependendo do motivo da falha, até restabelecer o sistema remotamente. Equipes serão enviadas em casos em que há necessidade de intervenção humana na rede, como queda de árvores e troca de equipamentos. Ainda assim, também será possível reduzir o número de clientes impactados.

Segundo a concessionária, essas tecnologias contribuem ainda para reduzir o nível de perdas de energia no sistema, realizar leitura, corte e religa à distância, entre outros serviços. ”Fizemos um trabalho criterioso para avaliar quais inovações trazem mais eficiência à rede, atendendo um cliente cada vez mais exigente. O nosso projeto também servirá de modelo para ser replicado em outras cidades”, conclui Maria Tereza Vellano, Diretora da AES Eletropaulo.

O projeto da AES Eletropaulo será concluído em 2017. A concessionária definiu Barueri para instalar a rede inteligente porque, de acordo com a companhia, representa uma metrópole em franca expansão. O consumo anual de energia da cidade passou de 1.092 GWh em 2008 para 1.234 GWh em 2013.

A distribuidora concluirá, em 2014, a instalação de medidores eletrônicos para 2 mil famílias de baixa renda, que estão localizadas em comunidades da cidade de Barueri. Com isso, esses clientes já podem fazer uma melhor gestão de seu consumo de energia, visualizando o seu volume diário por meio de um display instalado em cada casa. Esse sistema também já permite que a AES Eletropaulo execute comandos à distância, como de leitura remota do consumo de energia, direto da Central de Medição da distribuidora. Em 2015, apresentará uma casa inteligente, onde será possível conferir o novo modelo de distribuição de energia na prática, interagindo com tecnologias de ponta. O espaço contará com funcionalidades de climatização, iluminação, equipamentos de automação, entre outras ferramentas.

O destaque da casa inteligente também ficará por conta da microgeração de energia. Com o projeto da AES Eletropaulo, os clientes que tiverem paineis solares, por exemplo, captam energia e podem ”devolver” para a rede a eletricidade excedente. O sistema também estará preparado para a recarga de carros elétricos.

Para atender ao projeto, a concessionária irá inaugurar, até final de 2016, a subestação Alphaville, com capacidade instalada de 120 MVA de potência, três transformadores e dez circuitos que possibilitarão uma grande renovação da rede elétrica, melhorando a qualidade do fornecimento e o atendimento ao crescimento da região. Essa unidade irá possuir 4.500 m2 e beneficiará diretamente 63 mil pessoas. Essa subestação será equipada com sistemas de controle que possibilitam o acesso remoto por meio do Centro de Operação do Sistema da AES Eletropaulo (COS), localizado em Alphaville, Barueri. A operação à distância é possível também por conta de uma rede de comunicação via fibra ótica.

Os clientes de Barueri terão ainda uma área exclusiva de acesso na agência virtual da distribuidora, que permitirá melhor gestão do consumo de energia. Para isso, terá ferramentas para auxiliar o cliente no acompanhamento e dimensionamento do seu consumo. Também será possível calcular parcialmente o valor da conta de energia. O portal estará preparado para atender eventuais mudanças na tarifa de energia, como a tarifa branca.