sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Casa digital requer mais investimentos de operadoras


IP NEWS, Qui, 02 de Agosto de 2012 19:48
Novos usuários exigem mais interatividade.
De acordo com a pesquisa da Cisco, “Visual Networking Index”, apresentada durante o congresso da ABTA (Associação Brasileira de TVs por Assinatura) 2012, o tráfego de IP anual deve crescer 1,3 zetabytes em todo o mundo até 2016, fator que se deve à busca crescente por dispositivos móveis conectados à internet. De acordo com o estudo, haverá pelo menos 18,9 milhões de ligações na rede, aproximadamente 2,5 conexões por pessoa no planeta até esse período. A estimativa vem de encontro com a das Nações Unidas, que informa que o número de conexões à internet deve crescer 45% até 2012, com isso, o mundo caminha para a tendência de Casa Digital.
O que parece cena de filmes futuristas está mais cada vez mais próximo da realidade, pois os consumidores de produtos e serviços de telecom começam a ficar cada vez mais exigentes. Por isso, o diretor de operações da Cisco, Anderson André, afirma que a velocidade da banda larga deve e precisa quadriplicar até o ano dos jogos Olímpicos no Brasil, passando de 15 Mbps, nas grandes capitais, para 34 Mbps e as operadoras devem estar preparadas para ofertar novos produtos e serviços para atender a demanda por conectividade.
“Hoje, somos conectados aos dispositivos, mas já caminhamos para a conexão dos dispositivos a nossa casa. Alguns recursos ligados ao dia a dia de nossas residências, em breve, já estarão disponíveis nas lojas de aplicativos virtuais. Em alguns países já é possível adquirir Apps que controlam consumo de energia, saúde e segurança”, explica André e alerta às operadoras sobre a necessidade de oferecer serviços de qualidade. “É preciso que as operadoras de TV por assinatura tenham em mente que os consumidores domésticos querem mobilidade. O vídeo vai continuar na TV, mas nos dispositivos haverá crescimento maior de tráfego do que na TV e isso ocorrerá naturalmente”.
Para ele, as gerações Y e Z já estão habituadas com as novas tecnologias e ficar na frente de uma TV que não dê a possibilidade de interatividade, inclusive com outras redes, pode resultar em perda de negócios para operadoras. "Em breve será possível assistir TV e conseguir efetuar a compra de produtos, pelo próprio aparelho de TV, durante a programação. Essa tendência vai proporcionar novos modelos de negócios, inclusive para áreas de marketing”.
Já Rob Gelpman, da Multimedia over Coax Aliance (MoCA), brinca ao explicar que não andamos pela casa com a TV na mão para não perder a programação, e alerta que a necessidade de abrangência do sinal digital do aparelho de TV para os dispositivos já faz parte da nossa realidade. “As pessoas estão cada vez mais dependentes dos dispositivos”, mas para que isso aconteça é preciso ampliar o tráfego de redes, investir em fibra e backbones, “os backbones residenciais devem estender a capacidade do wireless residencial”, explica.
Para ambos executivos, o atual cenário exige mudança cultural das operadoras, que precisam enxergar a necessidade da ampliação, investir em mobilidade, tornar e até mesmo criar uma oferta de IPTV atrativa para os usuários.

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