Comerciantes aguardam a novidade, enquanto especialistas já alertam sobre necessidade de leis que evitem crimes
Adriana Lampert
Ainda vai demorar um pouco, mas a tendência mais esperada pelo comércio brasileiro começa a dar sinais de sair do projeto, ainda embrionário. Aplicado em outros países, como os Estados Unidos, o modelo de pagamento móvel via smartphones conhecido como m-payment (Mobile Payment) deverá, em alguns anos, compartilhar espaço com os cartões de crédito, agregando conforto e agilidade na hora da compra. No entanto, especialistas em crimes cibernéticos, como o coordenador do curso de Direito Eletrônico da Escola da Magistratura do Rio de Janeiro, Walter Capanema, alertam para a necessidade de segurança jurídica por parte das empresas e para a capacidade de reconhecer possíveis tentativas de golpes por parte dos consumidores.
Capanema estará em Porto Alegre para falar sobre o tema A Eficiência da Nova Legislação dos Crimes Cibernéticos, durante a terceira edição do Congresso Sulbrasileiro de Crédito e Cobrança (Congrecred), que ocorrerá dia 17 de julho, no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael. “Para se ter mais segurança no serviço bancário, tem que ser segurança tecnológica, com sistemas de proteção constantemente atualizados, assim como leis penais prevendo que a conduta de invadir o banco e lesar o consumidor seja crime e que a pena imponha um certo medo, a ponto de o criminoso pensar duas vezes antes de praticar uma ação deste porte”, considera o especialista.
Segundo ele, no Brasil já ocorrem várias fraudes bancárias executadas via mensagens de email ou redes sociais. “Em geral, o criminoso manda um link instigando a vítima a clicar ali, instalando no computador um programa espião que vai roubar senhas e dados bancários. Esta fraude depois possibilita o furto de dinheiro”, explica, alertando que o pagamento móvel corre o risco de passar pelo mesmo processo.
Neste sentido, o coordenador do curso de Direito Eletrônico defende que desde já as empresas têm que potencializar sua segurança tecnológica para proteger o consumidor. “Acho que a ferramenta é boa, vai facilitar negócios de compra e venda, aumentando a possibilidade de negociação, com mais celeridade na compra”, pondera. Mas emenda: “Também pode aumentar o endividamento, induzindo aquisições por impulso, porque há esta facilidade de nem sequer ser preciso retirar a carteira do bolso para puxar o cartão de crédito.”
Mas a tecnologia vem para ficar, garante o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA), Gustavo Schifino: “No Brasil ainda é bastante novo, mas em outros lugares do mundo este modelo tem se mostrado bem efetivo”, garante. Segundo o dirigente, em algumas lojas do exterior, o m-payment vem sendo usado como plano de teste. “Já usei, e a possibilidade de pagar com o celular de maneira bem simples, somente usando o Wi-Fi da loja, que identifica a presença do cliente, é muito confortável”, opina.
Quanto aos riscos da tecnologia, Fritsch afirma que será como “uma caixa preta”. “A tecnologia cibernética promove uma sensação de sobressalto ao varejista todos os dias, você nunca sabe se os hackers vão entrar.” Ele concorda que a necessidade de esquema de segurança das grandes redes tem que ser muito apurada. “Mas se houver uma fraude, quem administra o sistema é que tem culpa”, destaca.
O coordenador do curso de Direito Eletrônico da Escola da Magistratura do Rio de Janeiro, Walter Capanema, adianta que durante o 3º Congrecred irá falar de como legislação brasileira trata de crimes envolvendo fraudes bancárias e sobre a Lei Carolina Dieckmann, que prevê o crime de invasão de dispositivo informático. As inscrições para o evento podem ser feitas pelo site www.congrecred.com.br.
O superintendente da Unidade de Segurança da TI do Banrisul, Jorge Krug, admite que todo novo canal virtual que chega ao mercado corre risco de ser alvo de ataques de hackers. “Estamos trabalhando com arquitetura muito similar à forma do banco de cartão com chip, que se mostrou 100% segura”, pondera. Segundo ele, uma certificação digital garante a segurança pelo uso de um modelo de “elemento seguro”. “O banco está migrando, desenvolvendo arquitetura baseada em elementos virtuais que garantirão a segurança nas transações que estarão rodando no modelo m-payment”, reforça. Implementada por algumas empresas de tecnologia, a possibilidade de uso do mobile payment já consta nos smarthphones que circulam no mercado, mas ainda não existe background para sua operação. “Não há homebank, e nem os cartões de crédito disponibilizam a ferramenta”, ressalta o presidente da CDL-POA, Gustavo Schifino. No entanto, ele acredita que o m-payment não está tão longe de chegar ao varejo.
Mesmo em fase de testes nas empresas, a promessa mais otimista dá conta de que em alguns meses o modelo já estreie como alternativa de pagamento nas lojas. “É uma experiência positiva de compra. Os lojistas estão animados com a ideia, pois garante mais segurança e comodidade para o cliente”, reforça o presidente da CDL-POA. Ele afirma que assim que estiver disponível pelas operadoras de cartão e os aparelhos de telefonia estiverem com a tecnologia à disposição, o modelo será implementado no varejo da Capital.
Capanema estará em Porto Alegre para falar sobre o tema A Eficiência da Nova Legislação dos Crimes Cibernéticos, durante a terceira edição do Congresso Sulbrasileiro de Crédito e Cobrança (Congrecred), que ocorrerá dia 17 de julho, no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael. “Para se ter mais segurança no serviço bancário, tem que ser segurança tecnológica, com sistemas de proteção constantemente atualizados, assim como leis penais prevendo que a conduta de invadir o banco e lesar o consumidor seja crime e que a pena imponha um certo medo, a ponto de o criminoso pensar duas vezes antes de praticar uma ação deste porte”, considera o especialista.
Segundo ele, no Brasil já ocorrem várias fraudes bancárias executadas via mensagens de email ou redes sociais. “Em geral, o criminoso manda um link instigando a vítima a clicar ali, instalando no computador um programa espião que vai roubar senhas e dados bancários. Esta fraude depois possibilita o furto de dinheiro”, explica, alertando que o pagamento móvel corre o risco de passar pelo mesmo processo.
Neste sentido, o coordenador do curso de Direito Eletrônico defende que desde já as empresas têm que potencializar sua segurança tecnológica para proteger o consumidor. “Acho que a ferramenta é boa, vai facilitar negócios de compra e venda, aumentando a possibilidade de negociação, com mais celeridade na compra”, pondera. Mas emenda: “Também pode aumentar o endividamento, induzindo aquisições por impulso, porque há esta facilidade de nem sequer ser preciso retirar a carteira do bolso para puxar o cartão de crédito.”
Mas a tecnologia vem para ficar, garante o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA), Gustavo Schifino: “No Brasil ainda é bastante novo, mas em outros lugares do mundo este modelo tem se mostrado bem efetivo”, garante. Segundo o dirigente, em algumas lojas do exterior, o m-payment vem sendo usado como plano de teste. “Já usei, e a possibilidade de pagar com o celular de maneira bem simples, somente usando o Wi-Fi da loja, que identifica a presença do cliente, é muito confortável”, opina.
Para consultor, sistema precisará de tempo para ser absorvido
Não precisar mexer em dinheiro, até mesmo na hora de comprar um cafezinho, será de fato sedutor, avalia o especialista em varejo Xavier Fritsch. “As administradoras estão analisando os efeitos disso no Brasil. Acredito que para ser efetivamente implementado ainda vai precisar de volume, escala, quantidade de operações para compensar os custos, porque a inovação tem que ser experimentada, e leva tempo para ser absorvida pelo público.” O consultor, que também é comerciante, acredita que ainda vai demorar para o modelo “proliferar no mercado”. “Os próprios cartões com chip demoraram para se tornar populares”, argumenta.Quanto aos riscos da tecnologia, Fritsch afirma que será como “uma caixa preta”. “A tecnologia cibernética promove uma sensação de sobressalto ao varejista todos os dias, você nunca sabe se os hackers vão entrar.” Ele concorda que a necessidade de esquema de segurança das grandes redes tem que ser muito apurada. “Mas se houver uma fraude, quem administra o sistema é que tem culpa”, destaca.
O coordenador do curso de Direito Eletrônico da Escola da Magistratura do Rio de Janeiro, Walter Capanema, adianta que durante o 3º Congrecred irá falar de como legislação brasileira trata de crimes envolvendo fraudes bancárias e sobre a Lei Carolina Dieckmann, que prevê o crime de invasão de dispositivo informático. As inscrições para o evento podem ser feitas pelo site www.congrecred.com.br.
Modelo deve ser regulamentado neste ano
O mobile payment, modelo de pagamento e transações financeiras pelo celular, deve ser regulamentado ainda este ano pelo governo federal. O novo sistema, que promete facilitar a vida dos consumidores, está sendo desenvolvido pelas principais instituições bancárias, como o Banrisul, no Estado, que irá implementar o modelo na sua rede de adquirência. “Estamos fazendo um trabalho no parque de POS com tecnologia NFC para conseguir fazer transação mobile via Banricompras”, anuncia o gerente executivo de Desenvolvimento de Sistemas para Canais Eletrônicos do Banrisul, Carlos Bol. Como a rede do banco é extensa, o trabalho exige ser feito em longo prazo. “Estes equipamentos terão que ser adquiridos para substituir os antigos no parque de POS. Isso envolve custos, o que impossibilita prever quanto tempo irá levar.” O banco está realizando parcerias com operadoras para se inserir no novo contexto de mercado, finaliza o gerente.O superintendente da Unidade de Segurança da TI do Banrisul, Jorge Krug, admite que todo novo canal virtual que chega ao mercado corre risco de ser alvo de ataques de hackers. “Estamos trabalhando com arquitetura muito similar à forma do banco de cartão com chip, que se mostrou 100% segura”, pondera. Segundo ele, uma certificação digital garante a segurança pelo uso de um modelo de “elemento seguro”. “O banco está migrando, desenvolvendo arquitetura baseada em elementos virtuais que garantirão a segurança nas transações que estarão rodando no modelo m-payment”, reforça. Implementada por algumas empresas de tecnologia, a possibilidade de uso do mobile payment já consta nos smarthphones que circulam no mercado, mas ainda não existe background para sua operação. “Não há homebank, e nem os cartões de crédito disponibilizam a ferramenta”, ressalta o presidente da CDL-POA, Gustavo Schifino. No entanto, ele acredita que o m-payment não está tão longe de chegar ao varejo.
Mesmo em fase de testes nas empresas, a promessa mais otimista dá conta de que em alguns meses o modelo já estreie como alternativa de pagamento nas lojas. “É uma experiência positiva de compra. Os lojistas estão animados com a ideia, pois garante mais segurança e comodidade para o cliente”, reforça o presidente da CDL-POA. Ele afirma que assim que estiver disponível pelas operadoras de cartão e os aparelhos de telefonia estiverem com a tecnologia à disposição, o modelo será implementado no varejo da Capital.
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