Com investimentos de US$ 709,3 milhões, o projeto Energia + deve impulsionar o programa do uso inteligente da energia elétrica no país. Em agosto, a Eletrobras realiza uma grande licitação pública internacional para contratar soluções e equipamentos para a modernização de seis distribuidoras – Alagoas, Acre, Piauí, Rondônia, Boa Vista e Amazonas. O edital define que serão utilizadas redes de dados GSM/GPRS/EDGE/3G (ponto a ponto) para as unidades consumidoras de baixa tensão; e a comunicação entre os concentradores e o centro de medição deve ser GPRS/GSM/Edge/3G ou Internet.
A Eletrobras vai
realizar em agosto uma grande licitação pública internacional para
contratar soluções e equipamentos para a modernização de seis
distribuidoras – Alagoas, Acre, Piauí, Rondônia, Boa Vista e Amazonas –,
dentro do projeto Energia +, que pode se transformar na grande
arrancada do smart grid no Brasil. “É uma grande licitação, envolvendo
mais de US$ 700 milhões de recursos e que tem despertado o interesse
tanto de fornecedores de equipamentos, softwares, integradores, como o
das teles”, comenta Israel Bayma, diretor da Bayma Engenharia.
Inicialmente, serão contratados 6.760 pontos, para o piloto, porém, o
número de consumidores no país (de média e baixa tensão) é em torno de
50 milhões. “Este é potencial do smart grid no país”, observa Bayma. Com
a recente decisão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), de
instituir a venda pré-paga de energia elétrica em todo o país, o smart
grid torna-se ainda mais promissor, avalia Bayma.
O edital elaborado pela Eletrobras prevê que a transmissão das
informações poderá ser pelas redes de celular existentes, o que
despertou o interesse das teles brasileiras. Conforme o edital, serão
utilizadas redes de dados GSM/GPRS/EDGE/3G (ponto a ponto) para as
unidades consumidoras de baixa tensão; e a comunicação entre os
concentradores e o centro de medição deve ser GPRS/GSM/Edge/3G ou
Internet.
Projeto
O Projeto Energia +
prevê investimentos de US$ 709,3 milhões, dos quais US$ 495 milhões são
financiamento do Banco Mundial e US$ 214,3 milhões financiados como
contrapartida pela Eletrobras. Do total, US$ 675,3 milhões são para
projetos para redução de perdas totais e melhoria da qualidade dos
serviços de distribuição, como digitalização de redes, implantação de
equipamentos diversos, expansão, reabilitação e reforma de redes de
distribuição, implantação de infraestrutura de medição avançada, além de
modernização de sistemas de gestão empresarial. Outros US$ 34 milhões
serão aplicados no fortalecimento institucional, com implantação de
sistemas de gestão de projetos, capacitação técnica e ambiental,
programas socioambientais e a instalação de um centro de excelência em
energia no Acre.
O edital de licitação prevê a instalação de uma plataforma de
gerenciamento de serviços de medição (conhecida como AMI na sigla em
inglês, ou Infraestrutura de Medição Avançada). A solução permite a
execução e operações de medição remota, upload de arquivos, análise e
processamento de dados, troca de informações com outros sistemas de
informação e implementação de processos para combater perdas comerciais
de energia elétrica.
Os sistemas incluem um conjunto de medidores eletrônicos de
faturamento, adicionado aos equipamentos de comunicações remotas
(gateways, modems, rádios, concentradores), que serão conectados ao
subsistema central. “É um negócio novo para as teles e tem despertado o
interesse de alguns players”, comenta Bayma.
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