Paulistanos querem aplicativos com informações sobre qualidade da água, trânsito e serviços públicos
O estudo da Ericsson “Cidadãos inteligentes: como a Internet
facilita as escolhas na vida urbana”, produzido pelo ConsumerLab, área
da empresa que estuda o comportamento do usuário, reuniu dados de nove
cidades no mundo todo – São Paulo, Pequim, Nova Déli, Londres, Nova
Iorque, Paris, Roma, Estocolmo e Tóquio – para analisar como a
conectividade dos cidadãos influencia as cidades em que vivem. Ou como
os cidadãos conectados tornam os locais nos quais vivem mais
inteligentes. No caso dos paulistanos, o levantamento mostrou que há uma
forte demanda para aplicativos que verifiquem o controle de qualidade
da água, informações sobre o trânsito e sobre serviços públicos. E, no
futuro, questões relativas à saúde.
O relatório explora diferentes conceitos possibilitando que as
pessoas assumam papéis mais proativos e participativos na vida urbana,
desde o monitoramento digital da saúde até a navegação interativa em
estradas e compartilhamento social de bicicletas e carros.
Em São Paulo, 81% dos entrevistados acreditam que verificadores do
controle de qualidade da água seriam úteis para a vida urbana. A cidade
brasileira está em terceiro lugar nesse quesito – perdendo apenas para
Délhi (92%) e Beijing. Já os mapas de volume de tráfego foram eleitos
como úteis por 77% dos entrevistados brasileiros. A preocupação do
paulistano com o trânsito só é menor do que a dos moradores de Délhi,
Beijing e Roma.
Quando se separa os paulistanos pelo sistema operacional de seus
smartphones há diferença entre usuários de iOS e de Android. De acordo
com 80% dos usuários do sistema do Google, o conceito mais útil no que
diz respeito ao trânsito é o de navegação de rota interativa. Já 84% dos
que usam o sistema da Apple acham o mapa de volume de tráfego mais
importante.
Os cidadãos querem que os serviços atuais habilitem suas informações
online para seus serviços. Isso significa, por exemplo, que as
autoridades da cidade devem fornecer serviços de TIC relacionados ao
tráfego, serviços públicos e qualidade da água”, comentou Julia
Casagrande, especilista do ConsumerLab da Ericsson no Brasil.
Os paulistanos indicam que serviços voltados à saúde e ao bem-estar
serão os mais utilizados no futuro. Segundo o estudo, 56% utilizariam
mais um sensor de postura, 49% usariam uma identidade biométrica
unificada – conceito que ajuda a eliminar os documentos físicos – e 34%
seriam usuários de sistemas de compartilhamento de carros e bicicletas.
“Vale destacar que os cidadãos que vivem nos centros urbanos se
mostraram mais interessados nas soluções apresentadas na pesquisa do que
os que vivem nos subúrbios. Além disso, os jovens e trabalhadores em
tempo integral são aqueles com maior uso diário das atividades
analisadas e os que mais ativamente farão com que as cidades fiquem mais
inteligentes”, ponderou a executiva.
São Paulo, Nova Déli e Pequim têm índices bem altos de utilidade para
todos os conceitos testados. Enquanto isso, Paris, Londres e Estocolmo
têm índices significativamente mais baixos. Por exemplo, apenas 41% das
pessoas em Estocolmo – uma cidade conhecida pela alta qualidade da água –
acham o conceito do verificador da qualidade de água útil, comparado
com 92% em Déli”, observou Júlia.
O estudo foi realizado de forma online em setembro de 2014, com 9.030
usuários de smartphones Android ou iPhone e idades entre 15 e 69 anos.
Ele abrangeu cidades que somam 61 milhões de cidadãos. Declarações sobre
os conceitos testados foram compartilhadas com os participantes para
que todos conhecessem as soluções propostas.
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