sexta-feira, 13 de março de 2015

Smartgrid: Documento mapeia redes elétricas inteligentes do Brasil e União Europeia


A Coordenação-Geral de Tecnologias Setoriais (CGTS), pertencente à Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Setec) divulgou o documento final sobre Redes Elétricas Inteligentes (REIs) - dentro do projeto Diálogos Setoriais, uma ação de parceria entre o Brasil e a União Europeia realizada no ano de 2014.
Conhecidas também como smart grids, essas redes têm como objetivo a melhoria operacional, a otimização e a gestão mais eficiente de toda a cadeia produtiva de energia elétrica, integrando ações de todos os usuários conectados a ela. A ideia é produzir fontes econômicas e seguras de energia com eficiência sustentável.

O mapeamento das atividades de pesquisa que envolvem as smart grids foi contemplado na sétima convocatório do projeto Diálogos Setoriais.
Estudos
O documento final traz os estudos realizados por consultores brasileiros e portugueses. A publicação aborda os principais projetos do País e da Europa na área, bem como as instituições de pesquisa, empresas do ramo, as nações com mais atuação no tema e os valores investidos nos últimos anos.
O objetivo é mobilizar outros atores governamentais, bem como empresariais e acadêmicos no esforço de acelerar o desenvolvimento das chamadas smart grids no Brasil.
As REIs empregam produtos e serviços inovadores em conjunto com monitoramento inteligente, controle, comunicação e tecnologias com a finalidade de melhorar e facilitar a conexão e a operação de geradores.
Resultados
Segundo o relatório, a aplicação de recursos de pesquisa e desenvolvimento em projetos demonstrativos ou pilotos no Brasil tem se dado no segmento de distribuição.
De acordo com o tecnologista da área de energia da Setec Dante Hollanda, o relatório final – somado às ações da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial da Agência Nacional de Energia Elétrica – subsidiará as decisões do governo brasileiro para as políticas industrial, energética e de ciência e tecnologia.
"O documento dá uma noção geral dentro do tema de redes elétricas inteligentes e permite visualizar os projetos que estão em evidência no Brasil", avalia Hollanda.
Investimentos
Das iniciativas em andamento no Brasil, 11 merecem destaque e são citadas no relatório. Do lado europeu, são em torno de 460 projetos.
"Na Europa os projetos são muito maiores. França, Reino Unido, Espanha e Alemanha são os que mais possuem investimento na área e a parceria entre universidades e empresas é muito intensa nestes países", compara o tecnologista da Setec.
No Brasil, os investimentos em pesquisa em smart grids somaram R$ 1,6 bilhão, nos últimos anos, com recursos originários especialmente do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel e do Inova Energia, uma ação do Plano Inova Empresa, lançado pelo governo federal para estimular a produtividade e a competitividade em vários setores da economia.
Somente a Finep, agência de fomento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), destinou R$ 637 milhões – em subvenção econômica, crédito e recursos não reembolsáveis – a iniciativas de empresas e de instituições de ciência e tecnologia.
Por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), em 2013, foi lançada uma chamada pública no valor de R$ 8 milhões para apoiar projetos de pesquisa científica e de inovação em REI, contemplando 13 projetos em diversas regiões do País.
Conceito
O conceito de smart grid ou rede inteligente, em termos gerais, é a aplicação de tecnologia da informação (TI) para o sistema elétrico, integrado aos sistemas de comunicação e infraestrutura de rede automatizada de forma a tornar o processo mais eficiente.
O termo smart city (“cidade inteligente”) diz respeito a um conjunto de soluções urbanísticas e tecnológicas visando ao desenvolvimento sustentável e à qualidade de vida. O conceito se baseia no crescimento planejado, na combinação adequada entre recursos e atividades e na participação dos cidadãos, com as tecnologias da informação e da comunicação (TICs) como uma das principais ferramentas.
Fonte:
Portal Brasil com informações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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