:: Luís Osvaldo Grossmann
:: Convergência Digital :: 06/04/2015
O
Brasil acordou recentemente para a Internet das Coisas, mas algumas
medidas importantes já avançaram. Segundo o conselheiro da Anatel
Marcelo Bechara, ao reduzir a tributação de equipamentos de comunicação
máquina a máquina, o país retira uma barreira a expansão desse mercado. O
segundo passo foi aprovar a Lei das Antenas, que deve mudar o panorama
da implantação de infraestrutura, pelo menos móvel.
Mas a necessidade de resiliência nas comunicações
entre milhares – ou milhões – de equipamentos, sensores, chips em geral
implica na ampliação significativa da banda larga fixa, especialmente
quando se prevê inúmeras aplicações M2M dentro das residências e dos
ambientes de trabalho. Em ambos os casos, onde a dependência de redes
WiFi será crescente.
“Demos dois passos muito importantes para a
Internet das Coisas. O primeiro foi o tratamento tributário diferenciado
para aplicações máquina a máquina, especialmente diante da explosão do
número de chips conectados. Outro foi a Lei das Antenas, porque a
qualidade das redes é fundamental. E mais até do que a velocidade, a
continuidade será muito importante”, diz Marcelo Bechara.
“No 5G, apesar de uma experiência ainda melhor de
velocidade, o grande diferencial estará na estabilidade da rede, na
latência. Significa ter condições de usar na rede móvel elementos da
Internet das Coisas que demandam mais estabilidade e segurança da rede –
como carros que se dirigem sozinhos”, lembra o conselheiro da Anatel.
Mas se o 5G é coisa para a próxima década, há
outros pontos onde o Brasil pode avançar. Entre eles ampliar a cobertura
de banda larga fixa, uma vez que o uso de WiFi já pode melhorar a
mencionada estabilidade para sensores e aplicações das casas conectadas,
por exemplo. “Ainda que equipamentos de Internet das Coisas consumam
pouca banda, no agregado isso faz diferença. E as redes precisam
suportar cada vez mais elementos que operam de forma contínua”.
Paralelamente, a própria Anatel deve buscar
acelerar a massificação dos serviços de dados móveis mais avançados,
como 3G e 4G. “As empresas ainda estão cumprindo metas previstas em
editais de frequência. Seria importante buscarmos políticas que,
respeitados os contratos, consigam antecipações para levar o 3G onde ele
ainda não chegou”, diz Bechara.
O conselheiro da Anatel, Marcelo Bechara, será
palestrante na 15ª Rio Wireless, que acontece nos dias 06 e 07 de maio,
no Rio de Janeiro, terá como tema a Internet das Coisas e os seus
impactos no Brasil. O primeiro debate sobre tema Internet das Coisas nas
Cidades Conectadas. Mais informações sobre o evento, clique aqui.
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