quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Queda do Fistel trará novos investidores para o M2M, aposta Sergio Souza

Tele.Síntese – Tenho ouvido que as concessionárias de energia não estão querendo usar as redes das operadoras de celular para instalar os  smart grid,  que estariam preferindo uma rede WiMax

Souza – No resto do mundo, se se colocar o equipamento e mais uma assinatura de celular por ponto, o custo fica muito alto, porque  há muito recurso que não é necessário. Lá fora está sendo feita  uma rede híbrida, onde existem redes proprietárias, de custo mais baixo e também de capacidade mais baixa, como as redes Mesh. Só que em algum ponto estas redes precisam se concentrar e ser enviadas para a nuvem. E nesses pontos estão  os gatways dos celulares. Não  há disputa entre as duas tecnologias, mas uma complementação para ser usada em larga escala.

A seguir, entrevista completa

Queda do Fistel trará novos investidores para o M2M, aposta Sergio Souza

A TM Data apostava no mercado brasileiro M2M desde 2005. Este ano, após a fusão com a Wyless, a WylessTMData continua otimista com este segmento, que cresce 15% ao ano.



Sergio Souza - CEO TMData (2)

A TM Data apostava no mercado brasileiro M2M desde 2005. Este ano, após a fusão com a Wyless, a WylessTMData continua otimista com este segmento, que cresce 15% ao ano. Segundo o CEO, Sergio Souza, a desoneração do Fistel para os chips M2M precisa refletir em pacotes mais flexíveis por parte das operadoras de celular. Com esses novos planos, Souza acredita que novos investidores estrangeiros aportarão para investir em IoT já no próximo ano.

Tele.Síntese – Por que a  WylessTM Data se especializou em M2M?

Sergio Souza -  Em 2005 comprei uma empresa chamada TM Data. Era uma joint-venture para explorar o mercado sem-fio no Brasil. Esta empresa foi montada para criar uma rede própria. Com a implantação do GSM e a expansão da rede de dados das celulares, o projeto se tornou inviável. Então, passamos a prestar  o serviço através das redes das celulares. E desenvolvemos tecnologia própria, com os nossos técnicos brasileiros.  Em fevereiro deste ano fizemos uma fusão com a Wyless, uma empresa global com sede em Boston, no EUA,  criada por um grupo de investidores europeus privados. Nossa estratégia de mercado era muito parecida e fazia sentido alavancar os dois lados.  Desde o início nosso foco sempre foi M2M e agora é IoT.

Tele.Síntese – Como analisa este segmento?

Souza-  Este mercado é uma terceira onda que vai invadir o mundo inteiro. E começou pela conexão dos equipamentos mais próximos, como a nossa casa e nosso carro. A nossa casa já está conectada há muito tempo através dos sistemas de segurança.

Tele.Síntese – Mas não estão conectadas pela rede de celular, não?

Souza – É pela rede de celular sim,  há mais de 10 anos. Porque  a rede celular não depende do dono da casa.

Tele.Síntese – Achava que os sistemas de segurança das casas usavam as frequências livres de WiFi.

Souza – Não, a maioria das vezes se dá  pela rede do celular. Já existem no Brasil 9,2 milhões dessas conexões.

Tele.Síntese – Mas aí você esta falando sobre a base total de M2M divulgada pela Anatel. E neste caso, a maioria ainda é formada pelas máquinas de cartão de crédito.

Souza – Exatamente. Na verdade, cerca de 40% dessa base são as máquinas de cartão de crédito. Mas é o mesmo tipo de aplicação. Embora a Anatel os classifique como equipamentos de uso humano,  são aparelhos inteligentíssimos, que coletam muitas informações dos pontos de venda e oferecem várias informações para o lojistas também.

Tele.Síntese – E a sua empresa está atuando em que nicho deste mercado?

Souza – Para este mercado existem três partes muito importantes: a primeira é o equipamento. Ele precisa ser inteligente, se comunicar de uma forma barata com mobilidade. Tem que funcionar em ambiente adverso,  a máquina não vai colocar o aparelho na tomada.  Estes equipamentos têm que conversar  com sensores mais sofisticados, pois tem que medir temperatura, pressão,  voltagem, nível de reservatórios. A segunda parte é a rede que conecta este equipamento no outro lado. Não é uma rede celular comum. Embora use a rede das celulares, precisa de um gerenciamento muito mais próximo. Ela esta sendo usada por empresas e exigem nível de serviço muito bom. Estas redes precisam de nível de segurança  e de gestão muito mais altos. Pois esses clientes são muito exigentes.  A última parte é uma aplicação na nuvem  que consegue lidar com  uma quantidade muito grande de dados e traduzir isto em informação útil para o negócio do cliente.

Tele.Síntese – E onde vocês estão presentes?

Souza – Em rastreamento de veículo, que agora virou telemática. É a conexão dos veículos e seus mais diversos fins. Inicialmente no Brasil começamos  a rastrear os carros para que eles tivessem segurança.

Tele.Síntese – Para isto, não é a tecnologia de satélite a mais usada?

Souza – Ele nasceu com tecnologia mista. Embora a localização seja por satélite, o GPS, a comunicação é feita por celular, e às vezes por  satélite. E a telemática hoje tem uma abordagem  muito maior, porque é usada também para as empresas gerenciarem as suas frotas, para saber se os caminhões estão sendo dirigidos de foram adequada

Tele.Síntese -  Mas, onde vocês estão?

Souza – Estamos focados neste meio do caminho, que é a comunicação entre o equipamento e o software de aplicação na nuvem. Os nossos clientes são as empresas que prestam serviço para os clientes finais. São empresas de telemática, que fornecem sistemas para transportadoras, para seguradoras, para empresas de aluguel de veículos.

Tele.Síntese – Vocês não vendem  para o usuário final?

Souza – Não, fornecemos uma das três partes. Dependendo do cliente, podemos integrar essas três partes.

Tele.Síntese – Hoje vocês estão focados no mercado de frota?

Souza– Temos também muitos clientes que trabalham com segurança eletrônica, como a ABT, uma das maiores empresas de segurança do mundo, é uma de nossas clientes.

Tele.Síntese – Você vê algum risco de as operadoras de celular entrar neste segmento e tirá-lo do mercado?

Souza – Não, pelo contrário. Fora do Brasil há um movimento mais maduro e as operadoras são muito próximas da gente. As operadoras têm se focado na comunicação, que é o que elas sabem fazer muito bem.  Temos acordo com mais de 20 operadoras no mundo inteiro. Com a T-Mobil, e com a AT&T nos Estados Unidos.

Tele.Síntese – E no Brasil?

Souza – Com todas. Temos um excelente relacionamento com elas porque, na prática, fazemos uma economia muito grande.  O cliente atendido por nós não chega na operadora.
Tele.Síntese – Este segmento não tem um crescimento tímido?

Souza – Ele cresce 15% a 20% ano, já faz alguns anos.

Tele.Síntese –  É um desempenho importante.  Mas a desoneração do Fistel, me parece,  não repercutiu neste crescimento

Souza – Dois fatores podem contribuir para a melhoria. O primeiro, é a queda de preço que não chegou ainda e está começando a chegar agora. O segundo é uma alteração das ofertas das operadoras. No caso do M2M brasileiro, o imposto era tão alto que todos esses custos eram irrisórios. A gente paga um imposto sobre um número, não importando se se consome 100 Mega ou 100 K.  Os planos oferecidos pelas operadoras são muito mais limitados dos que os oferecidos no resto do mundo, sem flexibilidade alguma para negociar. Com a redução dos impostos, as operadoras vão oferecer ao mercado planos mais flexíveis. E os projetos que estão parados na Europa e nos Estados Unidos, aguardando  para vir par ao Brasil, vão começar a se mexer. Nós mesmos, por sermos uma empresa global, temos  vários clientes  lá fora tentando vir para o Brasil, mas não podem porque o custo é muito alto.

Tele.Síntese- Quais áreas de investimentos?

Souza- Haverá projetos de telemetria, consumo de água, smart grid, controle de ponto de venda em geladeira. Se o custo não for de US$ 1 dólar ao mês, não justifica M2M. Como aqui estava US$ 2,5 dólares só com imposto, estes projetos não andavam.

Tele.Síntese – Com a desoneração do Fistel, acha que resolveu?

Souza – Resolveu o imposto. Agora, as operadoras precisam se adaptar a esta nova estrutura de custos e colocar planos mais flexíveis no mercado.

Tele.Síntese – Tenho ouvido que as concessionárias de energia não estão querendo usar as redes das operadoras de celular para instalar os  smart grid,  que estariam preferindo uma rede WiMax

Souza – No resto do mundo, se se colocar o equipamento e mais uma assinatura de celular por ponto, o custo fica muito alto, porque  há muito recurso que não é necessário. Lá fora está sendo feita  uma rede híbrida, onde existem redes proprietárias, de custo mais baixo e também de capacidade mais baixa, como as redes Mesh. Só que em algum ponto estas redes precisam se concentrar e ser enviadas para a nuvem. E nesses pontos estão  os gatways dos celulares. Não  há disputa entre as duas tecnologias, mas uma complementação para ser usada em larga escala.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Cisco fará smart grid para Eletropaulo

Projeto de R$ 75 milhões vai impactar 250 mil de Barueri, na Grande São Paulo.


A Cisco vai implementar o smart grid da AES Eletropaulo em Barueri, na Grande São Paulo. O projeto, de R$ 75 milhões, financiados pela FINEP, prevê a instalação de 62 mil medidores inteligentes, dos quais 2 mil em comunidades de baixa renda, impactando diretamente 250 mil pessoas.

Além de fornecer dados em tempo real para a concessionária, a tecnologia vai alertar automaticamente os clientes sobre falhas ou interrupções na distribuição de energia. O cliente, por sua vez, poderá acompanhar o seu consumo diariamente, por meio da página da Eletropaulo na internet.

As empresas projetam também a implementação de uma segunda fase, em que será possível o pré-pagamento da fatura elétrica (como acontece com os celulares), microgeração em larga escala de energia renovável e a aplicação de tarifa diferenciada de acordo com o horário de consumo.

A Cisco irá fornecer o módulo de comunicação. A solução integra radiofrequência – que transmite as informações por meio de rede sem fio (RF MESH 6LowPAN) – e PLC (Power Line Communication) – protocolo que utiliza o próprio cabo elétrico para transmissão de dados. Barueri foi escolhida como cidade piloto, pois possui todas as características que refletem os grandes centros urbanos. (Com assessoria de imprensa)

AES Eletropaulo avança em seu projeto de rede inteligente



A AES Eletropaulo anunciou hoje mais uma etapa do projeto de rede inteligente de energia. A distribuidora fechou contratos com as empresas WEG, Siemens e ITRON para a fabricação de 62 mil medidores eletrônicos inteligentes,  que serão instalados em residências da cidade de Barueri, região metropolitana de São Paulo, a partir de 2015. A concessionária também fez acordo com a Cisco para viabilizar solução de comunicação de rede do projeto.

Essas parcerias resultam em R$29 milhões em contratos. No total, a distribuidora está destinando cerca de R$75 milhões do seu programa de Pesquisa e Desenvolvimento da ANEEL, financiado pela FINEP para o projeto de rede inteligente, que atenderá 250 mil pessoas, incluindo comunidades de baixa renda, residências, comércios e indústrias. ”Nosso projeto contribuirá com um novo paradigma no setor de energia do País. Também irá movimentar outros mercados, como os de TI e Telecom, já que é preciso escala com fabricação de produtos para uma rede inteligente tão abrangente”, disse Sidney Simonaggio, Vice-Presidente de Operações da AES Eletropaulo

Os medidores eletrônicos funcionarão integrados com a solução de comunicação redundante para o projeto desenvolvida pela Cisco. A solução sintoniza as tecnologias de radiofrequência – que transmite as informações por meio de rede sem fio (RF MESH 6LowPAN) – e PLC (Power Line Communication) – sistema que utiliza o próprio cabo elétrico para transmissão de dados. Em conjunto com as soluções de automação avançada da rede que também estão sendo implantadas, a AES Eletropaulo conseguirá identificar remotamente eventuais ocorrências no fornecimento de energia, isolar o defeito e, dependendo do motivo da falha, até restabelecer o sistema remotamente. Equipes serão enviadas em casos em que há necessidade de intervenção humana na rede, como queda de árvores e troca de equipamentos. Ainda assim, também será possível reduzir o número de clientes impactados.

Segundo a concessionária, essas tecnologias contribuem ainda para reduzir o nível de perdas de energia no sistema, realizar leitura, corte e religa à distância, entre outros serviços. ”Fizemos um trabalho criterioso para avaliar quais inovações trazem mais eficiência à rede, atendendo um cliente cada vez mais exigente. O nosso projeto também servirá de modelo para ser replicado em outras cidades”, conclui Maria Tereza Vellano, Diretora da AES Eletropaulo.

O projeto da AES Eletropaulo será concluído em 2017. A concessionária definiu Barueri para instalar a rede inteligente porque, de acordo com a companhia, representa uma metrópole em franca expansão. O consumo anual de energia da cidade passou de 1.092 GWh em 2008 para 1.234 GWh em 2013.

A distribuidora concluirá, em 2014, a instalação de medidores eletrônicos para 2 mil famílias de baixa renda, que estão localizadas em comunidades da cidade de Barueri. Com isso, esses clientes já podem fazer uma melhor gestão de seu consumo de energia, visualizando o seu volume diário por meio de um display instalado em cada casa. Esse sistema também já permite que a AES Eletropaulo execute comandos à distância, como de leitura remota do consumo de energia, direto da Central de Medição da distribuidora. Em 2015, apresentará uma casa inteligente, onde será possível conferir o novo modelo de distribuição de energia na prática, interagindo com tecnologias de ponta. O espaço contará com funcionalidades de climatização, iluminação, equipamentos de automação, entre outras ferramentas.

O destaque da casa inteligente também ficará por conta da microgeração de energia. Com o projeto da AES Eletropaulo, os clientes que tiverem paineis solares, por exemplo, captam energia e podem ”devolver” para a rede a eletricidade excedente. O sistema também estará preparado para a recarga de carros elétricos.

Para atender ao projeto, a concessionária irá inaugurar, até final de 2016, a subestação Alphaville, com capacidade instalada de 120 MVA de potência, três transformadores e dez circuitos que possibilitarão uma grande renovação da rede elétrica, melhorando a qualidade do fornecimento e o atendimento ao crescimento da região. Essa unidade irá possuir 4.500 m2 e beneficiará diretamente 63 mil pessoas. Essa subestação será equipada com sistemas de controle que possibilitam o acesso remoto por meio do Centro de Operação do Sistema da AES Eletropaulo (COS), localizado em Alphaville, Barueri. A operação à distância é possível também por conta de uma rede de comunicação via fibra ótica.

Os clientes de Barueri terão ainda uma área exclusiva de acesso na agência virtual da distribuidora, que permitirá melhor gestão do consumo de energia. Para isso, terá ferramentas para auxiliar o cliente no acompanhamento e dimensionamento do seu consumo. Também será possível calcular parcialmente o valor da conta de energia. O portal estará preparado para atender eventuais mudanças na tarifa de energia, como a tarifa branca.

O cobre resiste: UIT aprova padrão global para o G.Fast

Especificação prevê uso da tecnologia no backhaul de small cells para operadoras móveis.



A União Internacional de Telecomunicações aprovou hoje (5), em Genebra (Suíça) um padrão para adoção mundial do G.Fast, tecnologia capaz de elevar a velocidade de transmissão de dados no cobre a até 1 Gbps. O documento aprovado hoje na UIT define os aspectos da camada física do G.Fast, e segue resolução aprovada em abril com métodos para impedir interferências da tecnologia em serviços de radiodifusão.

Pelo padrão, o G.Fast deve usar fibra até o ponto de distribuição (FTTdp), a partir do qual sai a conexão DSL. Por sua vez, os pontos de distribuição não devem ficar a mais de 400 metros de distância do ponto de acesso do usuário. A especificação prevê também o uso do G.Fast no backhaul de small cells e hotspots WiFi. Em comunicado, a UIT afirma que o novo padrão vai acelerar a implementação de serviços digitais, como entrega de TV Ultra-HD 4K e 8K, streaming de vídeos por IPTV, armazenamento em nuvem e comunicação por vídeo em alta definição.

O padrão atende as demandas do Broadband Forum, conjunto de companhias que desenvolvem a tecnologia. Segundo o grupo, equipamentos já estão em fase avançada de desenvolvimento, com produtos certificados pela especificação hoje anunciada prontos para chegar ao mercado já em janeiro. O consórcio acredita, ainda, que redes G.Fast, comerciais, estejam em operação em meados de 2015, e que sejam certificadas até o final do mesmo ano.

A tecnologia é defendida por fornecedoras de infraestrutura como uma das formas de manter ativas redes legadas, economizando para as operadoras, sem deixar de entregar a maior velocidade demandada pelo consumidor. Uma das grandes defensoras, a Alcatel-Lucent, acredita, inclusive, que o cobre vai realizar conexões de até 10 Gbps nos próximos dois anos. (Com assessoria de imprensa)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Spain – Competition Authority orders 4G operators to give MVNOs access


Posted in E-Commerce and Social Media, Telecoms


Author: Ceyhun Pehlivan, Associate, Madrid

Spain’s Competition Supervision Authority (CNMC), currently in charge of both competition and regulatory matters has ordered the main Mobile Network Operators (MNO) in Spain, namely Telefónica (Movistar), Vodafone and Orange, to ensure wholesale 4G network access for the Mobile Virtual Network Operators (MVNO).

This decision is made in response to the consultation filed by the Spanish MVNOs’ association on 1 July 2014 following a number of allegedly unattended requests from the MVNOs to access the 4G network of the MNOs.

In its recent decision, the CNMC states that the MNOs are generally required to provide, at reasonable prices, access to the Spanish wholesale market for mobile access and call origination, so that the MVNOs may compete at retail level.

Moreover, the CNMC points out that, according to the Resolution of the former Telecommunications Market Commission (whose powers are currently vested in the CNMC) dated 2 February 2006, the wholesale market for mobile access and call origination includes all those wholesale services which allow the MVNOs to offer mobile communication services, voice calls as well as data services, to the final users. In other words, that decision did not refer to a specific technology, but rather to the whole mobile communication services.

Thus, this also implies that the MNOs shall give third parties a right of access to any element and specific resources of their network, and negotiate in good faith with the authorized access seekers, among others the MVNOs existing in the Spanish market.
Furthermore, the CNMC confirms in its decision that the MNOs shall ensure reasonable prices for the provision of such access services pursuant to the recently passed Spanish General Telecommunications Act 9/2014.

According to the CNMC, the current legal framework is adequate to allow the MVNOs to request from any of the MNOs to have access to their 4G networks, provided that the MNOs have been offering such 4G services to their final retail clients for a reasonable time period and that the access to 4G is now a differentiating element of the offerings and appreciated by the final users.

In this respect, the CNMC considers also that the reasonableness of an access request shall be assessed in concrete terms on the basis of the negotiations of the MNO and the MVNO, in view of the abovementioned principles, general objectives of the Spanish General Telecommunications Act 9/2014 as well as the existing agreements executed between the operators.

If no agreement is reached between the mobile network operators, the CNMC would be entitled to intervene in order to settle the conflict, owing to its power of intervention in the relations between the operators, either upon the request of the operators or on its own initiative when justified, to promote and to ensure adequate access, interconnection and interoperability of services, pursuant to the Spanish General Telecommunications Act 9/2014.

The decision of the CNMC may be consulted here (in Spanish).

Regulado o acesso ao 4G pelas MVNOs na Espanha

Mike Conradi Partner, DLA Piper LLP ("strong market knowledge and an effective negotiator" - Chambers & Partners legal guide)

This is a link to a blog by my colleagues in Spain. 

As I understood it this is a clarification of the effect of regulator's 2006 market review which itself determined that MNOs *must* offer access to their networks to MVNOs. It clarifies that this obligation includes 4G services - which did not exist back then. 

However the 2006 decision is now many years in the past - and the regulator has an obligation under European law to keep the market under review periodically. In light of the fact that the EC has - since 2006 - confirmed that the mobile wholesale access market is *not* on the list of "relevant markets" which regulators ought to examine then it seems to me that the any new review might well lead to a new decision to remove access regulation. 

Spanish mobile operators might then consider whether they could bring a case forcing the regulator to look at this market again.

Spain - Competition Authority orders 4G operators to give MVNOs access - Technology's... goo.gl

Author: Ceyhun Pehlivan, Associate, Madrid Spain’s Competition Supervision Authority (CNMC), currently in charge of both competition and regulatory matters has ordered the main Mobile Network Operators (MNO) in Spain, namely Telefónica (Movistar),...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Projeto da AES Eletropaulo em Barueri aposta em frequências não licenciadas

Mobile Time, Bruno do Amaral


O projeto da distribuidora de energia elétrica AES Eletropaulo para implantação de 62 mil medidores inteligentes na cidade de Barueri, região metropolitana de São Paulo,visa não apenas ensaiar uma futura expansão em larga escala da smart grid, mas também testar uma tecnologia híbrida de comunicação - por enquanto, sem participação direta de operadoras de telecomunicações. A empresa está testando uma rede completamente proprietária e dedicada, por entender que a plataforma de dados das teles não oferece garantia de qualidade de serviço (SLA).


A solução encontrada, desenvolvida em conjunto com a Cisco e com contratos de fornecedores coma WEG, Itron e Siemens, é uma mistura de transmissão por rede elétrica (PLC) e radiofrequência em rede Mesh de baixa potência e com protocolo IPv6, o padrão 6LowPAN. Além disso, a distribuidora de energia alugará o antigo backbone ótico da AES Atimus, agora da TIM, e ainda a tecnologia WiMAX com equipamentos em postes.


No primeiro nível, o backbone de fibra da TIM interliga a Central de Operações da Eletropaulo com as subestações. Nas pontas, a distribuidora já tinha intenção de conectar os religadores automáticos, que agem na rede elétrica. A tecnologia escolhida foi o WiMAX, que será utilizado com as frequências não licenciadas de 5,4 GHz e 5,8 GHz, dependendo de cada região. "Precisávamos definir então qual seria a tecnologia que a gente utilizaria no medidor para fazer a comunicação desses medidores até a nossa rede. Queríamos que tivesse a característica de inovação, porque é um projeto de pesquisa e desenvolvimento", afirma a diretora da AES Eletropaulo, Maria Tereza Vellano.


A escolha foi a da radiofrequência Mesh em 915 MHz em conjunto com o PLC, que, na maioria dos casos, serviria como redundância para garantia de acesso. "Um dos grandes desafios que tivemos foi chamar os fornecedores com todas as características de medidor, como leitura remota, corte, funcionalidades de pré-pagamento, e ainda ter a comunicação híbrida", declara, citando a WEG, a Siemens e a Itron. "Ao mesmo tempo, precisaria de concentradores, os roteadores, para fazer a interface com o WiMAX, e isso foi feito com a Cisco, em conjunto com a Fitec (prestadora de serviços de P&D), que nos assessora na parte de comunicação", declara Maria Tereza.


Operadoras não estão descartadas


A transmissão via WiMAX das subestações até os roteadores é feita com a utilização de torres e postes, que passam pelo mesmo processo de instalação e obtenção de licenças. Algumas torres chegam a 60 m de altura, aproveitando as estações que a AES Eletropaulo possui, enquanto os postes são mais baixos, com menores antenas, e construídos (e patenteados) de forma modular, com instalação e manutenção mais fácil. A diretora diz que a utilização da frequência não licenciada em 5 GHz foi uma opção para poder testar o projeto antes do roll-out mais amplo. "Temos um grupo de distribuidores que já está vendo isso (na Anatel) para ter frequência licenciada para empresas utilizarem smart grid. Estamos fazendo parte de um grupo de trabalho para ter segurança melhor na faixa de frequência que as distribuidoras, como um todo, vão usar, porque estamos falando de transmissão de grande volume de dados", afirma.


A relação com operadoras, no entanto, ainda não está descartada. Segundo ela, as teles começam a se preparar para também prestar o serviço para as distribuidoras de energia. "A gente só vai crescer com redes inteligentes se o setor de telecom crescer junto", garante Maria Tereza. Ela explica que o projeto de telemetria é realizado com GPRS, mas acredita que precisa haver maior qualidade e garantia de SLA nessa comunicação.


O projeto tem ainda detector de defeitos com características de autoconfiguração da rede com self-healing e sistemas relacionados à medição, como o gerenciamento dos dispositivos com plataforma MDM, e a infraestrutura avançada de rede (RMI), com os roteadores da Cisco. "A ideia é trocar todos os medidores analógicos de Barueri a partir do final do ano que vem, até porque os novos precisam ser homologados. Nossa grande preocupação é fazer todo o sistema se interligar e funcionar da melhor forma, estudar como fazer o monitoramento de rede, se será interno ou vamos contratar terceiros", diz ela, citando ainda a necessidade de integração com sistema legado da distribuidora.


Parou em pé


A intenção da Eletropaulo é sair da fase de piloto para ter um projeto mais concreto em uma área metropolitana com representatividade em escala e na área em que possui concessão. "Se for considerar tudo que é necessário para ter uma smart grid, o valor é alto. Para calcular o retorno, só os gaps dessa determinada região, como comunicação, troca de medidores inteligentes, gestão de sistema de telecomunicações; e esse projeto de Barueri parou em pé, deu resultado positivo, com indicadores de qualidade e redução de perdas", afirma Maria Tereza.


A iniciativa tem previsão para ser encerrada em 2017 para validar as premissas e definir o modelo de negócios, ainda que dependendo de definições de regulação para a morticidade tarifária dos medidores e políticas públicas para que a empresa confira a viabilidade de investimentos – o Capex do projeto atual, de R$ 29 milhões em contratos e totalizando R$ 75 milhões, faz parte de um programa de P&D da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), financiado pela Finep. "Para um roll-out mais amplo, precisamos de regras mais claras", reclama Maria Tereza. "Hoje, o que está garantido é Barueri ter toda a manutenção com fornecedores como parceiros, mas para a empresa inteira, para toda a área de concessão, isso vai mudar, e até abre a oportunidade de negócios para outros players e para as próprias utilities para prestar serviços específicos nessa área", diz. "Negócio não é se vamos ter smart grid, mas quando vai ser."