quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Indústria deve vender 168 milhões de dispositivos vestíveis em 2019

Mercado deve se estraticar em pulseiras inteligentes para acompanhamento da saúde e atividade física, relógios e óculos, acredita a Berg Insight.


Os fabricantes de dispositivos vestíveis vão terminar 2014 com cerca de 19 milhões de unidades vendidas. Entre os produtos que compõem esta categoria estão os relógios e pulseiras inteligentes. O número é mais de três vezes maior que o registrado em 2013. Até 2019, a categoria deve crescer, em taxas compostas, 54,7% ao ano, segundo a Berg Insight, consultoria responsável por relatório sobre o setor, divulgado hoje (17). Significa que, naquele ano, serão vendidos 168,2 milhões de unidades de wearables. De acordo com a Berg, os dispositivos vão se conectar, na maior parte das vezes, por bluetooth, mas 16,6 milhões de aparelhos terão tecnologia celular embutida.

Os aparelhos de fitness (pulseiras) serão os mais vendidos neste ano, com 13 milhões de unidades. As principais fabricantes serão Fitbit, Jaxbone e Garmin, mas LG, Huawei, Microsoft, Samsung, Sony e Xiaomi também terão seu quinhão. “Esta é uma categoria jó com uma concorrência feroz. Preços em queda farão com que o rastreadores de atividade física e saúde sejam 42 milhões dos vestíveis vendidos em 2019″, prevê Johan Svanberg, analista sênior da Berg Insight. 

A consultoria chama atenção também para o segmento de relógios, já com participação de Sony, LG, Motorola, Asus, Pebble e Samsung. “É a segunda principal categoria de wearables, cujas vendas devem saltar em 2015 com lançamento do Apple Watch e da próxima geração de Android”, diz o analista.

Já os óculos inteligentes devem se consolidar como terceiro segmento mais relevante, embora suas vendas sejam para mercados de nicho, como aplicações corporativas e médicas. “A maior parte dos produtos ainda é experimental, mas esperamos alguns exemplos bem-sucedidos nos próximos anos”, conclui. (Com assessoria de imprensa)

sábado, 13 de dezembro de 2014

IDC lista 10 tendências de TI para 2015


A Terceira Plataforma continuará promovendo crescimento, inovação e disrupção em todos os setores em 2015

Da Redação

09 de dezembro de 2014 - 09h25


A International Data Corporation (IDC) acaba de divulgar as dez principais previsões para a área de Tecnologia da informação e Telecomunicações em todo o mundo, em 2015. A força motriz por trás de todas as previsões da IDC continua sendo a transição acelerada da indústria para Terceira Plataforma, construída sobre os pilares da computação móvel, dos serviços em nuvem, das redes sociais, do Big Data e Analytics, gerando inovação e crescimento.

"Em 2015, a Terceira Plataforma será responsável por um terço das despesas globais de TIC", prevê Frank Gens , vice-presidente sênior da IDC. "A indústria está entrando no período mais crítico da Terceira Plataforma: a Etapa da Inovação. Ao longo dos próximos anos, esperamos ver uma explosão de inovação e de criação de valor em cima da Terceira Plataforma. Esta etapa será impulsionada por uma nova onda de tecnologias de base - aceleradoras de inovação - que estenderão radicalmente as capacidades e aplicações da Terceira Plataforma a todos os setores."

Entre as previsões da IDC para 2015, apresentadas por Gens em uma conferência neste início de dezembro, estão:
1. O crescimento dos gastos globais com TIC  em 3,8% no ano que vem, movimentando mais de 3,8 trilhões dólares. Quase todo crescimento da despesa será focado em tecnologias da Terceira Plataforma. Os gastos com TIC nos mercados emergentes deverá crescer 7,1% na variação anual (2014/2015), enquanto mercados maduros deverão crescer apenas 1,4%.

2. Entre os gastos com serviços de telecomunicações, os serviços de comunicação de dados sem fio responderão pelo segmento de mais rápido crescimento (13%),  respondendo por 536 bilhões de dólares. Para evitarem ser encaradas como meras fornecedoras de infraestrutura, as operadoras lutarão para desenvolver serviços de PaaS, atraindo os desenvolvedores para suas redes. Também buscarão maior aproximação com os prestadores de serviços over-the-top (OTT), através de acordos inovadores de desempenho e qualidade de serviço (QoS) e de compartilhamento de receitas.

3. Os dispositivos móveis e os aplicativos continuarão crescendo em 2015, mas não no ritmo frenético registrado nos últimos anos. As vendas de smartphones e tablets atingirão 484 bilhões de dólares, respondendo por 40% de todo o crescimento dos gastos com TI (excluindo os serviços de telecomunicações), com os fornecedores chineses capturando uma parcela significativa do mercado mundial.  Os dispositivos vestíveis experimentarão uma explosão de inovação, embora as vendas unitárias mantenham-se pouco significativas. E os downloads de aplicativos móveis começarão a desacelerar em 2015, embora  o desenvolvimento empresarial de aplicativos móveis deva dobrar.

4. Os gastos com serviços em nuvem continuarão a ser um foco de atividade em 2015, respondendo por 118 bilhões de dólares. A adoção de Infraestrutura como Serviço (IaaS) crescerá rapidamente (36%), com a líder Amazon sofrendo ataques de todos os lados. Da mesma forma, haverá maior competição no segmento de Plataforma como Serviço (PaaS), com prestadores concorrentes se envolvendo em batalhas mortais para atrair desenvolvedores e seus aplicativos. Players de Software como Serviço (SaaS) devem acelerar a adoção de PaaS e marketplaces na nuvem. "Cloud é também onde esperamos ver novas e estranhas parcerias, tais como Facebook com Microsoft e/ou IBM e Amazon com HP, para expandir as oportunidades de mercado", acrescenta Gens.

5. Gastos com soluções de Big Data e Analytics crescerão muito em 2015, envolvendo software, hardware e serviços, respondendo por  um mercado de 125 bilhões de dólares. Soluções de Analytics rich-media (vídeo, áudio e imagem) irão emergir como importantes impulsionadoras de projetos de Big Data. E as cadeias de fornecimento de soluções de Dados como Serviço crescerão em importância, com fornecedores de plataformas de análise na nuvem oferecendo aos clientes informações de valor agregado a partir de conjuntos de dados comerciais e/ou abertos. A IDC também espera ver novas e importantes ofertas nas áreas de computação cognitiva, aprendizado de máquina e soluções de análise para Internet das Coisas (IoT).

6. A Internet das Coisas é um dos aceleradores de inovação mais importantes para o crescimento e a expansão de valor baseados na Terceira Plataforma de TI. A invenção de mais e mais "coisas" inteligentes e conectadas irá conduzir ao desenvolvimento de milhares de novas soluções. Um terço dos gastos com IoT em 2015 será focado em dispositivos inteligentes embarcados. A indústria de telecomunicações ajudará, estabelecendo parcerias com as principais empresas de TI interessadas em alavancar o mercado de soluções para IoT. A manutenção preditiva emergirá como uma importante categoria de soluções para IoT.

7. Data centers estão passando por uma transformação fundamental na era da Terceira Plataforma, com as capacidades de computação e armazenamento movendo-se para a nuvem. Essa mudança vai desencadear uma explosão de inovações de hardware "cloud-first" e uma maior consolidação entre os fornecedores de servidores, armazenamento, software e redes. A IDC espera ver duas ou três grandes fusões, aquisições ou reestruturações entre fornecedores de alto nível em 2015.

8. A Terceira Plataforma está transformando não apenas a indústria de tecnologia, mas todos os setores da economia. A IDC acredita que um número considerável de negócios disruptivos surgirá em 2015, graças à evolução Terceira Plataforma. Os exemplos incluem redes alternativas de pagamento, entre os serviços financeiros, a expansão das tecnologias da Internet das Coisas para segurança e obras públicas e sistemas de transporte, e a expansão dos serviços baseados em localização no setor de varejo. As plataformas digitais irão expandir-se rapidamente, podendo facilmente dobrar em 2015.

9. Além da Internet das Coisas, sistemas de aprendizado de máquina e de computação cognitiva serão outros dois aceleradores de inovação que se tornarão drivers de crescimento importantes em 2015. Soluções de segurança vão ajudar a garantir a borda (segurança biométrica em dispositivos móveis, por exemplo) e o núcleo da nuvem  (criptografia  como prática padrão). A inteligência de ameaças emergirá como uma categoria essencial de Dados como Serviço (DaaS), fornecendo informações sobre ameaças específicas para as empresas. E a impressão 3D crescerá expandindo o mercado das empresas de impressão de documentos convencionais, estabelecendo as bases para uma batalha iminente por clientes comerciais e industriais em 2016.

10. A China será mais influente no mercado global de TIC em 2015,  com gastos que serão responsáveis por 43% de todo o crescimento da indústria, um terço de todas as compras de smartphones, e cerca de um terço de todas as compras online. Com um enorme mercado interno, a nuvem da China e seus líderes de comércio eletrônico (Alibaba), de social mídia (Tencent) e de busca (Baidu) ganharão maior destaque no mercado global. Da mesma forma, fabricantes chineses de smartphones com marca (Lenovo, Xiaomi e ZTE, por exemplo) deverão capturar mais de um terço do mercado de smartphones em todo o mundo.

"Dizer que 2015 será um ano decisivo para a indústria de TIC é subestimar o mercado", disse Gens. "Vamos ver, finalmente, a massificação da Terceira Plataforma, junto com a consolidação de fornecedores e altas taxas de abandono, parcerias estranhas, batalhas mortais entre desenvolvedores (e seus aplicativos), ampliação das soluções de aprendizado de máquina e computação cognitiva e das ofertas da Internet das Coisas, um crescente foco em cadeias de fornecimento de dados e o rápido aumento de influência dos chineses."

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Lei das Antenas é engavetada no Senado Federal

As operadoras de celular acabaram de dar um cheque de R$ 5 bilhões ao governo federal pelas frequências 700 MHz. Mas as empresas continuarão com dificuldades para ocupar esta faixa e melhorar a qualidade da telefonia celular no Brasil. O Projeto de Lei Geral das Antenas - pelo qual o Ministério das Comunicações e as operadoras trabalham por sua aprovação desde 2012- não será incluído na pauta de votação deste ano do Senado Federal. E no próximo ano, com novo parlamento, também será um novo recomeço para o projeto.


As operadoras de celular acabaram de dar um cheque de R$ 5 bilhões ao governo federal pelas frequências 700 MHz. Mas as empresas continuarão com dificuldades para ocupar esta faixa e melhorar a qualidade da telefonia celular no Brasil.  O Projeto de Lei Geral das Antenas -  pelo qual o Ministério das Comunicações e as operadoras trabalham por sua aprovação desde 2012- não será incluído na pauta de votação deste ano do Senado Federal. E no próximo ano, com novo parlamento, também será um novo recomeço para o projeto.

Embora o atual relator do projeto, senador Walter Pinheiro (PT/BA,) tenha firmado acordo com a oposição – na figura do senador Aloysio Nunes (PSDB/SP) – para a aprovação da proposta pelo plenário ainda este ano, o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, decidiu não incluir o projeto na pauta de prioridades para votação.

Além das dificuldades atuais enfrentadas pelo Congresso Nacional com as votações prioritárias – fala-se até mesmo em cancelar o recesso parlamentar, que começaria no próximo dia 22, para a votação da LDO e do Orçamento de 2015 – comenta-se que há uma má vontade dos senadores do PMDB com este projeto, que tem o amplo apoio das operadoras de telecomunicações e do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

A proposta original foi de iniciativa do Senado Federal e o governo, que tinha também um projeto semelhante, chegou a abrir mão para encampar a proposta legislativa. Em dezembro de 2012, o projeto foi votado por quatro comissões técnicas do Senado e pela Comissão de Ciência e Tecnologia. No início de 2013, seguiu para a apreciação da Câmara dos Deputados.

Lá, ele fica parado por mais de um ano, sendo aprovado em novembro na comissão técnica, mas somente em junho de 2014 no Plenário da Casa. Como os deputados fizeram algumas mudanças importantes no projeto – principalmente aquela que trata da aprovação automática da instalação da antena, caso a prefeitura não avalie o projeto técnico em 60 dias, com a retirada desta cláusula – ele teve que voltar para o Senado Federal, casa originária. E lá, tudo prometia para ser aprovado até dezembro de 2014, mas a promessa não conseguirá se efetivar.

O projeto uniformiza as regras e locais para a instalação de antenas de celular em todo o país, estabelecendo salvaguardas e restrições uniformes, ao contrário do que existe atualmente, onde cada cidade define regras diferentes e antagônicas.

Mas a proposição tem um item considerado inconstitucional, que é justamente aquele que estabelece a aprovação automática da licença por parte da municipalidade, caso o pleito não seja avaliado em dois meses. O MiniCom não abre mão deste quesito, entendendo que sem ele a morosidade na instalação da infraestrutura no Brasil se perpetua.

No próximo ano, com novos senadores, nova Mesa Diretora, tudo terá que recomeçar. Hoje o Brasil tem pouco mais de 70 mil antenas, para este vasto território.

É muita pouca antena para tanto celular. Conforme dados da Anatel divulgados em 2012, o Brasil tem uma média de 4,6 mil celulares conectados em cada antena instaladas. Enquanto que na Espanha ou Japão esta média é de 430 linhas por antena. Nos Estados Unidos são quatro vezes mais antenas por acesso móvel do que aqui. E tudo isto devido às enormes dificudlades estabelecidas pelas prefeituras para a instalação de novas torres. As operadoras de celular afirmam que em algumas localidades a demora para a aprovação de um pleito é de mais de dois anos.

Anatel aprova resolução dos postes e conselheiros pedem regulamentação por decreto


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014, 18h21





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O conselho diretor da Anatel aprovou a resolução conjunta com a Aneel, que estabelece o preço de R$ 3,19 de aluguel por ponto de fixação dos postes a ser utilizado em caso de resolução de conflitos. Ao contrário do que chegou a manifestar o ministro Paulo Bernardo, os conselheiros da Anatel não entendem que a resolução supere a necessidade de um decreto presidencial que discipline o compartilhamento de infraestrutura no Brasil.

“Havia a expectativa de um decreto para disciplinar o compartilhamento e eu espero que ela se concretize no próximo ano”, disse o conselheiro Marcelo Bechara, relator da matéria. Quando a resolução conjunta foi colocada em consulta pública, em agosto do ano passado, o ministro disse que diante da resolução as tratativas com a Casa Civil seriam encerradas.

Além de Bechara,  quem se manifestou a favor do decreto de infraestrutura foi o conselheiro Rodrigo Zerbone. “Acho fundamental que a agência e o Minicom, junto com as agências dos setores regulados, continue colocando isso em pauta, porque a gente continua com o problema que está sendo endereçado em parte. Acho que esse assunto tem que continuar na agenda. Entendo que um decreto seria muito bem vindo”, disse ele.

O conselheiro Zerbone acrescenta ainda que um só decreto presidencial seria capaz de superar o fato de o setor de telecom ser visto pelos demais como uma oportunidade comercial. “Acho que isso seria regulado idealmente por um processo de modelo de custo. Porque, de fato, acho que a gente teria que superar essa forma de ver telecomunicações como uma possível renda a ser extraída. Para que a gente possa chegar em situação em que todos os setores estariam em pé de igualdade acho que um decreto viria bem”, disse ele.

Resolução

Conforme adiantado por este noticiário, a norma final condiciona a ocupação de apenas um ponto de fixação a existência de novos entrantes. A operadora que está no poste (na grande maioria dos casos, as concessionárias) tem a opção, entretanto, de abrir um novo ponto para acomodar a nova entrante ao invés de juntar seus cabos num único ponto.

A norma busca garantir que o compartilhamento não comprometa a segurança das pessoas das intalações, a continuidade e o nível de qualidade dos serviços prestados. Para tanto, a regularização da ocupação dos postes deverá ser realizada pelas operadoras de telecom, conforme acordo com as distribuidoras, tendo como teto 2,1 mil postes por ano, por distribuidora.

Contratos vigentes

No caso dos contratos com as concessionárias de telecom, contudo, o valor de R$ 3,19 não vale, já que normalmente elas pagam muito menos que isso, além do que muitas vezes elas não pagam por pontos de fixação, e sim por postes. A orientação à comissão de resolução de conflito é que seja mantida a forma de cobrança e o valor de referência do contrato.

No caso de renovação de contratos das concessionárias, a comissão deverá escalonar o preço para que em um horizonte de dez anos ele chegue ao preço de referência estabelecido pela comissão, que poderá não ser os R$ 3,19. Bechara explica que os R$ 3,19 é o preço que vale para mercados competitivos. Onde não há competição, o preço praticado é muito menor. “Estamos dando margem de manobra para a comissão para evitar um desequilíbrio completamente incompreensível e desnecessário nessas situações”, afirma ele.

A resolução prevê ainda que as distribuidoras do setor elétrico deverão desenvolver um sistema eletrônico que mostre a ocupação dos postes, inclusive com a capacidade excedente, informações técnicas, as condições de compartilhaento com preços e prazos. Será formado um grupo de trabalho, coordenado pelas duas agências, com representantes dos dois setores, que terá 180 dias para desenvolver o sistema. A norma entra em vigor em 90 dias e deve ser revista em em até 5 anos.

Uso dos postes: Anatel dá prazo às teles fixas para adaptação ao preço de R$ 3,19



:: Ana Paula Lobo:: Convergência Digital :: 11/12/2014



Conforme o portal Convergência Digital antecipou nesta quarta-feira, 10/12, a Anatel, nesta quinta-feira,11/12, aprovou, após um ano e meio de consulta pública e de muito embate entre agências reguladoras, o regulamento de compartilhamento de postes de energia elétrica. Esse mesmo texto deverá ser aprovado pela Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica, muito provavelmente, na próxima semana.

As teles fixas, maiores usuárias dos postes  - Oi, Telefônica e Embratel - terão um prazo de 10 anos para se adaptarem ao custo de R$ 3,19 e só vão desocupar pontos extras, se houver solicitação. Haverá uma comissão formada por representantes da Anatel, ANEEL e Agência Nacional de Petróleo (ANP) - para resolução de conflitos.

"Essa era uma novela regulatória. Há anos aparecem processos sobre a questão para análise pela Anatel de empresas que não conseguem acesso aos postes", definiu o conselheiro relator, Marcelo Bechara. "Não é preciso procurar muito longe. Seja numa cidade grande ou numa menor, infelizmente temos uma ocupação completamente desordenada desses postes. Isso tem impacto na segurança para a população e na própria competição do setor de telecomunicações, pois um poste abarrotado de cabos é uma barreira à entrada para serviços dessas empresas", completou.

O valor inicialmente proposto pela Anatel era de R$ 2,44 para o preço de referência, mas, após negociações e uma nova ponderação dos preços dos contratos em vigência no País levou esse preço a ser definido em R$ 3,19. Esse valor poderá ser revisto em até cinco anos pela agência. "Os preços praticados hoje vão de R$ 0,70 a R$ 19", expôs Bechara. "A livre negociação continua sendo a regra, mas, no caso de eventual conflito, o preço de referência servirá de parâmetro", acrescentou.

A resolução aprovada pela Anatel determina que teles identifiquem todos os seus cabos, o que deve ocorrer na medida em que os postes forem readequados. Já as distribuidoras de eletricidade terão 180 dias para criarem um banco de dados sobre os pontos de fixação ocupados e disponíveis em suas redes de postes, para que os espaços possam ser colocados em oferta pública eletrônica para novos entrantes nos serviços.

O prazo de 10 anos para as concessionárias fixas - Oi, Telefônica e Embratel - para que elas se adaptem ao novo preço foi uma deliberação considerada relevante. Essas teles, por conta da demanda, têm acordos com preços abaixo de R$ 1 - A Oi, por exemplo, tem contratos a R$ 0,30, diferentemente de provedores Internet e outros prestadores de serviços que chegam a pagar até R$ 19,00, segundo cálculos da Anatel, às distribuidoras de energia.

Se houvesse um rearranjo imediato ,explicou Bechara, esse custo teria impacto significativo na receita dessas operadoras. Oi, Telefônica e Embratel também ganharam um outro alento: na nova regra, cada provedor terá direito a um ponto no poste, mas se nos postes onde essas empresas estão e com mais de um ponto, e não houver solicitação de uso, esses pontos poderão permanecer sem problemas regulatórios. "São milhões de postes no País e só faz sentido esse remanejamento quando e onde houver demanda", alegou Bechara.

Um dos pontos mais discutidos foi como seria a resolução de conflitos foi o ponto de maior discussão entre os conselheiros. o conselheiro relator, Marcelo Bechara, deixou claro que quando não houver um consenso entre a Anatel e a Aneel, a terceira ponta da comissão, a Agência Nacional de Petróleo, poderá dar a palavra final.

Também se pediu que o compartilhamento de infraestrutura passe por um Decreto Presidencial para que se possa ratificar os acertos entre as agências. Tema será levado para debate com o ministério das Comunicações. Ficou ainda determinado que a Superintência de Competição da Anatel, junto com o ministério das Comunicações, realize um acompanhamento permanente para reportar a situação de reeordenamento dos postes ao Conselho Diretor

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Anatel e Aneel ajustam aluguel de postes para R$ 3,19



Anatel e Aneel ajustam aluguel de postes para R$ 3,19

:: Luís Osvaldo Grossmann
:: Convergência Digital :: 10/12/2014


Mais de um ano depois de abrirem consultas públicas sobre o compartilhamento de postes do setor elétrico com as operadoras de telecomunicações, a Anatel e a Aneel parecem finalmente ter chegado a novo entendimento neste tema que se arrasta há coisa de sete anos. O preço de referência para o aluguel de cada ponto de fixação nos postes deve ser corrigido para R$ 3,19.



O valor pode ser um alento para empresas pequenas e médias, como provedores locais de acesso à Internet. Entre essas empresas, há contratos em vigor com preços bem superiores, acima de R$ 15. Já as operadoras maiores vão achar a conta salgada. Vale lembrar que a Oi, a tele que mais aluga postes, paga em média algo perto de R$ 0,40.

Por isso mesmo, tudo indica que haverá uma fórmula que atenda aqueles casos em que o valor for maior que atualmente pago. A saída deverá ser um ajuste gradual a partir da revisão dos atuais contratos, de forma que a quantia seja direcionada para o preço “de referência” mas com razoável gradualismo, ao longo de dez anos.

O valor de R$ 3,19 é, essencialmente, a correção da proposta apresentada em agosto do ano passado, então em R$ 2,44. E ainda que seja descrito como um valor de referência para eventuais mediações de conflitos entre teles e distribuidoras de energia, é corrente no mercado que será para ele que vão convergir os contratos entre essas duas partes.

A proposta de resolução conjunta das agências reguladoras chegou a ser pautada para a reunião da diretoria da Aneel na terça, 9/12, mas acabou retirada de pauta. A agência do setor de energia elétrica vai esperar a aprovação do documento pela Anatel, o que deve se dar na reunião do Conselho Diretor desta quinta, 11/12.

Ministro critica Telebras e diz que implantar SAP não é baixar um app

Ministro critica Telebras e diz que implantar SAP não é baixar um app

:: Luiz Queiroz e Suzana Liskauskas:: Convergência Digital :: 02/12/2014


O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, em evento da TIM, realizado nesta segunda-feira, 01/12, no Rio de Janeiro, disse que é preocupante o fato de a Telebras ter atrasado a apresentação do balanço. O Ministro foi duro ao criticar os problemas com a implantação do pacote de gestão empresarial SAP na área de contabilidade.

“Aparentemente fizeram uma grande bobagem na implantação do sistema de contabilidade. E estão sendo multados pela CVM. Quando fui secretário estadual de Fazenda, fiz uma migração para o SAP e fiquei um ano com dois sistemas rodando em paralelo. Mas eles acharam que podiam trocar como quem faz uma atualização de sistema no iPhone”, disparou.

Os problemas com a compra e o atraso na divulgação dos balanços foram revelados pelo blog Capital Digital (capitaldigitaldf.blogspot.com.br). A Telebras comunicou à CVM em 14/11 que as informações trimestrais não poderiam ser anunciadas em virtude de problemas com a implantação do ERP adquirido junto à multinacional alemã SAP, através da revenda Politec Tecnologia, que foi comprada pela espanhola Indra, responsável, agora, pela implantação.

A empresa admitiu ao Capital Digital que os dados financeiros de 2014 só deverão ser conhecidos no ano que vem. Também reconheceu que os atrasos provavelmente serão punidos com multa, como atestou o ministro Paulo Bernardo.O Sistema SAP foi adquirido pelo pregão 020/2012, realizado pela Telebras em junho daquele ano, durante a gestão do então presidente Caio Bonilha. O custo foi de R$ 11,7 milhões. Ao blog Capital Digital,o diretor diretor Técnico-Operacional, Paulo Eduardo Kapp, explicou porquê a SAP foi a vencedora do pregão. Também explicou as razões do atraso da implantação do ERP.


Procurada pelo portal Convergência Digital, a SAP fez um posicionamento, reproduzido abaixo:

A SAP informa que estão sendo utilizadas as melhores práticas de implementação do software de gestão (ERP), que já é amplamente utilizado pelas maiores instituições públicas do Brasil e do mundo, auxiliando-as a terem uma gestão mais eficiente e transparente. A empresa reitera que a solução já foi implementada, com sucesso, em mais de 200 projetos no setor público.