sábado, 6 de dezembro de 2014

Cisco fará smart grid para Eletropaulo

Projeto de R$ 75 milhões vai impactar 250 mil de Barueri, na Grande São Paulo.


A Cisco vai implementar o smart grid da AES Eletropaulo em Barueri, na Grande São Paulo. O projeto, de R$ 75 milhões, financiados pela FINEP, prevê a instalação de 62 mil medidores inteligentes, dos quais 2 mil em comunidades de baixa renda, impactando diretamente 250 mil pessoas.

Além de fornecer dados em tempo real para a concessionária, a tecnologia vai alertar automaticamente os clientes sobre falhas ou interrupções na distribuição de energia. O cliente, por sua vez, poderá acompanhar o seu consumo diariamente, por meio da página da Eletropaulo na internet.

As empresas projetam também a implementação de uma segunda fase, em que será possível o pré-pagamento da fatura elétrica (como acontece com os celulares), microgeração em larga escala de energia renovável e a aplicação de tarifa diferenciada de acordo com o horário de consumo.

A Cisco irá fornecer o módulo de comunicação. A solução integra radiofrequência – que transmite as informações por meio de rede sem fio (RF MESH 6LowPAN) – e PLC (Power Line Communication) – protocolo que utiliza o próprio cabo elétrico para transmissão de dados. Barueri foi escolhida como cidade piloto, pois possui todas as características que refletem os grandes centros urbanos. (Com assessoria de imprensa)

AES Eletropaulo avança em seu projeto de rede inteligente



A AES Eletropaulo anunciou hoje mais uma etapa do projeto de rede inteligente de energia. A distribuidora fechou contratos com as empresas WEG, Siemens e ITRON para a fabricação de 62 mil medidores eletrônicos inteligentes,  que serão instalados em residências da cidade de Barueri, região metropolitana de São Paulo, a partir de 2015. A concessionária também fez acordo com a Cisco para viabilizar solução de comunicação de rede do projeto.

Essas parcerias resultam em R$29 milhões em contratos. No total, a distribuidora está destinando cerca de R$75 milhões do seu programa de Pesquisa e Desenvolvimento da ANEEL, financiado pela FINEP para o projeto de rede inteligente, que atenderá 250 mil pessoas, incluindo comunidades de baixa renda, residências, comércios e indústrias. ”Nosso projeto contribuirá com um novo paradigma no setor de energia do País. Também irá movimentar outros mercados, como os de TI e Telecom, já que é preciso escala com fabricação de produtos para uma rede inteligente tão abrangente”, disse Sidney Simonaggio, Vice-Presidente de Operações da AES Eletropaulo

Os medidores eletrônicos funcionarão integrados com a solução de comunicação redundante para o projeto desenvolvida pela Cisco. A solução sintoniza as tecnologias de radiofrequência – que transmite as informações por meio de rede sem fio (RF MESH 6LowPAN) – e PLC (Power Line Communication) – sistema que utiliza o próprio cabo elétrico para transmissão de dados. Em conjunto com as soluções de automação avançada da rede que também estão sendo implantadas, a AES Eletropaulo conseguirá identificar remotamente eventuais ocorrências no fornecimento de energia, isolar o defeito e, dependendo do motivo da falha, até restabelecer o sistema remotamente. Equipes serão enviadas em casos em que há necessidade de intervenção humana na rede, como queda de árvores e troca de equipamentos. Ainda assim, também será possível reduzir o número de clientes impactados.

Segundo a concessionária, essas tecnologias contribuem ainda para reduzir o nível de perdas de energia no sistema, realizar leitura, corte e religa à distância, entre outros serviços. ”Fizemos um trabalho criterioso para avaliar quais inovações trazem mais eficiência à rede, atendendo um cliente cada vez mais exigente. O nosso projeto também servirá de modelo para ser replicado em outras cidades”, conclui Maria Tereza Vellano, Diretora da AES Eletropaulo.

O projeto da AES Eletropaulo será concluído em 2017. A concessionária definiu Barueri para instalar a rede inteligente porque, de acordo com a companhia, representa uma metrópole em franca expansão. O consumo anual de energia da cidade passou de 1.092 GWh em 2008 para 1.234 GWh em 2013.

A distribuidora concluirá, em 2014, a instalação de medidores eletrônicos para 2 mil famílias de baixa renda, que estão localizadas em comunidades da cidade de Barueri. Com isso, esses clientes já podem fazer uma melhor gestão de seu consumo de energia, visualizando o seu volume diário por meio de um display instalado em cada casa. Esse sistema também já permite que a AES Eletropaulo execute comandos à distância, como de leitura remota do consumo de energia, direto da Central de Medição da distribuidora. Em 2015, apresentará uma casa inteligente, onde será possível conferir o novo modelo de distribuição de energia na prática, interagindo com tecnologias de ponta. O espaço contará com funcionalidades de climatização, iluminação, equipamentos de automação, entre outras ferramentas.

O destaque da casa inteligente também ficará por conta da microgeração de energia. Com o projeto da AES Eletropaulo, os clientes que tiverem paineis solares, por exemplo, captam energia e podem ”devolver” para a rede a eletricidade excedente. O sistema também estará preparado para a recarga de carros elétricos.

Para atender ao projeto, a concessionária irá inaugurar, até final de 2016, a subestação Alphaville, com capacidade instalada de 120 MVA de potência, três transformadores e dez circuitos que possibilitarão uma grande renovação da rede elétrica, melhorando a qualidade do fornecimento e o atendimento ao crescimento da região. Essa unidade irá possuir 4.500 m2 e beneficiará diretamente 63 mil pessoas. Essa subestação será equipada com sistemas de controle que possibilitam o acesso remoto por meio do Centro de Operação do Sistema da AES Eletropaulo (COS), localizado em Alphaville, Barueri. A operação à distância é possível também por conta de uma rede de comunicação via fibra ótica.

Os clientes de Barueri terão ainda uma área exclusiva de acesso na agência virtual da distribuidora, que permitirá melhor gestão do consumo de energia. Para isso, terá ferramentas para auxiliar o cliente no acompanhamento e dimensionamento do seu consumo. Também será possível calcular parcialmente o valor da conta de energia. O portal estará preparado para atender eventuais mudanças na tarifa de energia, como a tarifa branca.

O cobre resiste: UIT aprova padrão global para o G.Fast

Especificação prevê uso da tecnologia no backhaul de small cells para operadoras móveis.



A União Internacional de Telecomunicações aprovou hoje (5), em Genebra (Suíça) um padrão para adoção mundial do G.Fast, tecnologia capaz de elevar a velocidade de transmissão de dados no cobre a até 1 Gbps. O documento aprovado hoje na UIT define os aspectos da camada física do G.Fast, e segue resolução aprovada em abril com métodos para impedir interferências da tecnologia em serviços de radiodifusão.

Pelo padrão, o G.Fast deve usar fibra até o ponto de distribuição (FTTdp), a partir do qual sai a conexão DSL. Por sua vez, os pontos de distribuição não devem ficar a mais de 400 metros de distância do ponto de acesso do usuário. A especificação prevê também o uso do G.Fast no backhaul de small cells e hotspots WiFi. Em comunicado, a UIT afirma que o novo padrão vai acelerar a implementação de serviços digitais, como entrega de TV Ultra-HD 4K e 8K, streaming de vídeos por IPTV, armazenamento em nuvem e comunicação por vídeo em alta definição.

O padrão atende as demandas do Broadband Forum, conjunto de companhias que desenvolvem a tecnologia. Segundo o grupo, equipamentos já estão em fase avançada de desenvolvimento, com produtos certificados pela especificação hoje anunciada prontos para chegar ao mercado já em janeiro. O consórcio acredita, ainda, que redes G.Fast, comerciais, estejam em operação em meados de 2015, e que sejam certificadas até o final do mesmo ano.

A tecnologia é defendida por fornecedoras de infraestrutura como uma das formas de manter ativas redes legadas, economizando para as operadoras, sem deixar de entregar a maior velocidade demandada pelo consumidor. Uma das grandes defensoras, a Alcatel-Lucent, acredita, inclusive, que o cobre vai realizar conexões de até 10 Gbps nos próximos dois anos. (Com assessoria de imprensa)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Spain – Competition Authority orders 4G operators to give MVNOs access


Posted in E-Commerce and Social Media, Telecoms


Author: Ceyhun Pehlivan, Associate, Madrid

Spain’s Competition Supervision Authority (CNMC), currently in charge of both competition and regulatory matters has ordered the main Mobile Network Operators (MNO) in Spain, namely Telefónica (Movistar), Vodafone and Orange, to ensure wholesale 4G network access for the Mobile Virtual Network Operators (MVNO).

This decision is made in response to the consultation filed by the Spanish MVNOs’ association on 1 July 2014 following a number of allegedly unattended requests from the MVNOs to access the 4G network of the MNOs.

In its recent decision, the CNMC states that the MNOs are generally required to provide, at reasonable prices, access to the Spanish wholesale market for mobile access and call origination, so that the MVNOs may compete at retail level.

Moreover, the CNMC points out that, according to the Resolution of the former Telecommunications Market Commission (whose powers are currently vested in the CNMC) dated 2 February 2006, the wholesale market for mobile access and call origination includes all those wholesale services which allow the MVNOs to offer mobile communication services, voice calls as well as data services, to the final users. In other words, that decision did not refer to a specific technology, but rather to the whole mobile communication services.

Thus, this also implies that the MNOs shall give third parties a right of access to any element and specific resources of their network, and negotiate in good faith with the authorized access seekers, among others the MVNOs existing in the Spanish market.
Furthermore, the CNMC confirms in its decision that the MNOs shall ensure reasonable prices for the provision of such access services pursuant to the recently passed Spanish General Telecommunications Act 9/2014.

According to the CNMC, the current legal framework is adequate to allow the MVNOs to request from any of the MNOs to have access to their 4G networks, provided that the MNOs have been offering such 4G services to their final retail clients for a reasonable time period and that the access to 4G is now a differentiating element of the offerings and appreciated by the final users.

In this respect, the CNMC considers also that the reasonableness of an access request shall be assessed in concrete terms on the basis of the negotiations of the MNO and the MVNO, in view of the abovementioned principles, general objectives of the Spanish General Telecommunications Act 9/2014 as well as the existing agreements executed between the operators.

If no agreement is reached between the mobile network operators, the CNMC would be entitled to intervene in order to settle the conflict, owing to its power of intervention in the relations between the operators, either upon the request of the operators or on its own initiative when justified, to promote and to ensure adequate access, interconnection and interoperability of services, pursuant to the Spanish General Telecommunications Act 9/2014.

The decision of the CNMC may be consulted here (in Spanish).

Regulado o acesso ao 4G pelas MVNOs na Espanha

Mike Conradi Partner, DLA Piper LLP ("strong market knowledge and an effective negotiator" - Chambers & Partners legal guide)

This is a link to a blog by my colleagues in Spain. 

As I understood it this is a clarification of the effect of regulator's 2006 market review which itself determined that MNOs *must* offer access to their networks to MVNOs. It clarifies that this obligation includes 4G services - which did not exist back then. 

However the 2006 decision is now many years in the past - and the regulator has an obligation under European law to keep the market under review periodically. In light of the fact that the EC has - since 2006 - confirmed that the mobile wholesale access market is *not* on the list of "relevant markets" which regulators ought to examine then it seems to me that the any new review might well lead to a new decision to remove access regulation. 

Spanish mobile operators might then consider whether they could bring a case forcing the regulator to look at this market again.

Spain - Competition Authority orders 4G operators to give MVNOs access - Technology's... goo.gl

Author: Ceyhun Pehlivan, Associate, Madrid Spain’s Competition Supervision Authority (CNMC), currently in charge of both competition and regulatory matters has ordered the main Mobile Network Operators (MNO) in Spain, namely Telefónica (Movistar),...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Projeto da AES Eletropaulo em Barueri aposta em frequências não licenciadas

Mobile Time, Bruno do Amaral


O projeto da distribuidora de energia elétrica AES Eletropaulo para implantação de 62 mil medidores inteligentes na cidade de Barueri, região metropolitana de São Paulo,visa não apenas ensaiar uma futura expansão em larga escala da smart grid, mas também testar uma tecnologia híbrida de comunicação - por enquanto, sem participação direta de operadoras de telecomunicações. A empresa está testando uma rede completamente proprietária e dedicada, por entender que a plataforma de dados das teles não oferece garantia de qualidade de serviço (SLA).


A solução encontrada, desenvolvida em conjunto com a Cisco e com contratos de fornecedores coma WEG, Itron e Siemens, é uma mistura de transmissão por rede elétrica (PLC) e radiofrequência em rede Mesh de baixa potência e com protocolo IPv6, o padrão 6LowPAN. Além disso, a distribuidora de energia alugará o antigo backbone ótico da AES Atimus, agora da TIM, e ainda a tecnologia WiMAX com equipamentos em postes.


No primeiro nível, o backbone de fibra da TIM interliga a Central de Operações da Eletropaulo com as subestações. Nas pontas, a distribuidora já tinha intenção de conectar os religadores automáticos, que agem na rede elétrica. A tecnologia escolhida foi o WiMAX, que será utilizado com as frequências não licenciadas de 5,4 GHz e 5,8 GHz, dependendo de cada região. "Precisávamos definir então qual seria a tecnologia que a gente utilizaria no medidor para fazer a comunicação desses medidores até a nossa rede. Queríamos que tivesse a característica de inovação, porque é um projeto de pesquisa e desenvolvimento", afirma a diretora da AES Eletropaulo, Maria Tereza Vellano.


A escolha foi a da radiofrequência Mesh em 915 MHz em conjunto com o PLC, que, na maioria dos casos, serviria como redundância para garantia de acesso. "Um dos grandes desafios que tivemos foi chamar os fornecedores com todas as características de medidor, como leitura remota, corte, funcionalidades de pré-pagamento, e ainda ter a comunicação híbrida", declara, citando a WEG, a Siemens e a Itron. "Ao mesmo tempo, precisaria de concentradores, os roteadores, para fazer a interface com o WiMAX, e isso foi feito com a Cisco, em conjunto com a Fitec (prestadora de serviços de P&D), que nos assessora na parte de comunicação", declara Maria Tereza.


Operadoras não estão descartadas


A transmissão via WiMAX das subestações até os roteadores é feita com a utilização de torres e postes, que passam pelo mesmo processo de instalação e obtenção de licenças. Algumas torres chegam a 60 m de altura, aproveitando as estações que a AES Eletropaulo possui, enquanto os postes são mais baixos, com menores antenas, e construídos (e patenteados) de forma modular, com instalação e manutenção mais fácil. A diretora diz que a utilização da frequência não licenciada em 5 GHz foi uma opção para poder testar o projeto antes do roll-out mais amplo. "Temos um grupo de distribuidores que já está vendo isso (na Anatel) para ter frequência licenciada para empresas utilizarem smart grid. Estamos fazendo parte de um grupo de trabalho para ter segurança melhor na faixa de frequência que as distribuidoras, como um todo, vão usar, porque estamos falando de transmissão de grande volume de dados", afirma.


A relação com operadoras, no entanto, ainda não está descartada. Segundo ela, as teles começam a se preparar para também prestar o serviço para as distribuidoras de energia. "A gente só vai crescer com redes inteligentes se o setor de telecom crescer junto", garante Maria Tereza. Ela explica que o projeto de telemetria é realizado com GPRS, mas acredita que precisa haver maior qualidade e garantia de SLA nessa comunicação.


O projeto tem ainda detector de defeitos com características de autoconfiguração da rede com self-healing e sistemas relacionados à medição, como o gerenciamento dos dispositivos com plataforma MDM, e a infraestrutura avançada de rede (RMI), com os roteadores da Cisco. "A ideia é trocar todos os medidores analógicos de Barueri a partir do final do ano que vem, até porque os novos precisam ser homologados. Nossa grande preocupação é fazer todo o sistema se interligar e funcionar da melhor forma, estudar como fazer o monitoramento de rede, se será interno ou vamos contratar terceiros", diz ela, citando ainda a necessidade de integração com sistema legado da distribuidora.


Parou em pé


A intenção da Eletropaulo é sair da fase de piloto para ter um projeto mais concreto em uma área metropolitana com representatividade em escala e na área em que possui concessão. "Se for considerar tudo que é necessário para ter uma smart grid, o valor é alto. Para calcular o retorno, só os gaps dessa determinada região, como comunicação, troca de medidores inteligentes, gestão de sistema de telecomunicações; e esse projeto de Barueri parou em pé, deu resultado positivo, com indicadores de qualidade e redução de perdas", afirma Maria Tereza.


A iniciativa tem previsão para ser encerrada em 2017 para validar as premissas e definir o modelo de negócios, ainda que dependendo de definições de regulação para a morticidade tarifária dos medidores e políticas públicas para que a empresa confira a viabilidade de investimentos – o Capex do projeto atual, de R$ 29 milhões em contratos e totalizando R$ 75 milhões, faz parte de um programa de P&D da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), financiado pela Finep. "Para um roll-out mais amplo, precisamos de regras mais claras", reclama Maria Tereza. "Hoje, o que está garantido é Barueri ter toda a manutenção com fornecedores como parceiros, mas para a empresa inteira, para toda a área de concessão, isso vai mudar, e até abre a oportunidade de negócios para outros players e para as próprias utilities para prestar serviços específicos nessa área", diz. "Negócio não é se vamos ter smart grid, mas quando vai ser."

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Paulistanos querem aplicativos com informações sobre qualidade da água, trânsito e serviços públicos




Paulistanos querem aplicativos com informações sobre qualidade da água, trânsito e serviços públicos


O estudo da Ericsson “Cidadãos inteligentes: como a Internet facilita as escolhas na vida urbana”, produzido pelo ConsumerLab, área da empresa que estuda o comportamento do usuário, reuniu dados de nove cidades no mundo todo – São Paulo, Pequim, Nova Déli, Londres, Nova Iorque, Paris, Roma, Estocolmo e Tóquio – para analisar como a conectividade dos cidadãos influencia as cidades em que vivem. Ou como os cidadãos conectados tornam os locais nos quais vivem mais inteligentes. No caso dos paulistanos, o levantamento mostrou que há uma forte demanda para aplicativos que verifiquem o controle de qualidade da água, informações sobre o trânsito e sobre serviços públicos. E, no futuro, questões relativas à saúde.

O relatório explora diferentes conceitos possibilitando que as pessoas assumam papéis mais proativos e participativos na vida urbana, desde o monitoramento digital da saúde até a navegação interativa em estradas e compartilhamento social de bicicletas e carros.
Em São Paulo, 81% dos entrevistados acreditam que verificadores do controle de qualidade da água seriam úteis para a vida urbana. A cidade brasileira está em terceiro lugar nesse quesito – perdendo apenas para Délhi (92%) e Beijing. Já os mapas de volume de tráfego foram eleitos como úteis por 77% dos entrevistados brasileiros. A preocupação do paulistano com o trânsito só é menor do que a dos moradores de Délhi, Beijing e Roma.

Quando se separa os paulistanos pelo sistema operacional de seus smartphones há diferença entre usuários de iOS e de Android. De acordo com 80% dos usuários do sistema do Google, o conceito mais útil no que diz respeito ao trânsito é o de navegação de rota interativa. Já 84% dos que usam o sistema da Apple acham o mapa de volume de tráfego mais importante.
Os cidadãos querem que os serviços atuais habilitem suas informações online para seus serviços. Isso significa, por exemplo, que as autoridades da cidade devem fornecer serviços de TIC relacionados ao tráfego, serviços públicos e qualidade da água”, comentou Julia Casagrande, especilista do ConsumerLab da Ericsson no Brasil.

Os paulistanos indicam que serviços voltados à saúde e ao bem-estar serão os mais utilizados no futuro. Segundo o estudo, 56% utilizariam mais um sensor de postura, 49% usariam uma identidade biométrica unificada – conceito que ajuda a eliminar os documentos físicos – e 34% seriam usuários de sistemas de compartilhamento de carros e bicicletas.

“Vale destacar que os cidadãos que vivem nos centros urbanos se mostraram mais interessados nas soluções apresentadas na pesquisa do que os que vivem nos subúrbios. Além disso, os jovens e trabalhadores em tempo integral são aqueles com maior uso diário das atividades analisadas e os que mais ativamente farão com que as cidades fiquem mais inteligentes”, ponderou a executiva.

São Paulo, Nova Déli e Pequim têm índices bem altos de utilidade para todos os conceitos testados. Enquanto isso, Paris, Londres e Estocolmo têm índices significativamente mais baixos. Por exemplo, apenas 41% das pessoas em Estocolmo – uma cidade conhecida pela alta qualidade da água – acham o conceito do verificador da qualidade de água útil, comparado com 92% em Déli”, observou Júlia.
O estudo foi realizado de forma online em setembro de 2014, com 9.030 usuários de smartphones Android ou iPhone e idades entre 15 e 69 anos. Ele abrangeu cidades que somam 61 milhões de cidadãos. Declarações sobre os conceitos testados foram compartilhadas com os participantes para que todos conhecessem as soluções propostas.