Tele.sintese
- Quarta, 05 Setembro 2012 13:46
- Escrito por Lúcia Berbert
O presidente da Anatel, João Rezende, disse que a agência está avaliando o impacto dos planos ilimitados on net e com bilhetagem reduzida nas redes móveis para ver se serão necessárias medidas de correções de distorções. Ele afirmou que caso haja necessidade de “remédio” este poderá ser incluído no Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), em fase final de aprovação. Mas ressaltou que os problemas de qualidade no serviço móvel são provenientes da explosão de tráfego de dados e não de voz. “A crise é da internet móvel”, salientou.
Rezende, que participou nesta quarta-feira (5) de audiência pública sobre a qualidade do serviço de telefonia móvel no País, promovida pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, acredita que a medida adotada pela Anatel, que proibiu a venda de chips pelas operadoras TIM, Claro e Oi durante 11 dias, resultará em mais qualidade para o serviço. Porém, defende a adoção de um mecanismo que garanta um percentual de investimentos da operadora em capacidade de rede para cada aquisição de clientes.
Para o presidente da Anatel, que ouviu duras críticas dos deputados às operadoras e à atuação da agência, é preferível um mercado menor com serviço de melhor qualidade do que ampliado, mas com atendimento insatisfatório. “É preciso fazer as correções agora para entrar com o pé direito na telefonia 4G”, disse, referindo-se à rede de alta capacidade de dados, que será implantada no país a partir de 2013.
Tarifas
Sobre as críticas dos deputados em relação aos altos valores cobrados pelo serviço móvel, Rezende disse que a atuação da Anatel é limitada, já que o serviço é privado, mas que tem promovido a redução dos valores de interconexão entre fixo e móvel (VU-M). “Já conseguimos reduzir essa tarifa de R$ 0,45 para R$ 0,31 e vamos continuar, pois permanece acima dos valores cobrados em outros países”, disse.
Em relação à fiscalização das prestadoras, Rezende disse que a Anatel aprovou recentemente um regulamento que prevê a fiscalização online das operadoras, que está em fase de implantação, e que trará um avanço muito grande à atuação da agência. “As empresas têm lá suas resistências a essa medida, mas achamos que é uma modernização importante”, disse.
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