sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Computação em nuvem e big data impulsionam venda de serviços de Telecom

Convergência Digital - Hotsite Cloud Computing :: Ana Paula Lobo* :: 06/02/2014 O Brasil deverá consolidar sua posição de 4º maior mercado de TIC do mundo e, em 2014, os investimentos em TI e Telecom devem chegar a US$ 175 bilhões em 2014 e que 71 milhões de Smart Connected Devices (desktops, notebooks, tablets e smartphones) serão vendidos no Brasil este ano, projeta a IDC Brasil. “A 3ª plataforma, com soluções baseadas em mobilidade, cloud, big data e social business, é o novo centro de inovação”, diz Alexandre Campos, diretor de pesquisas da IDC Brasil. De acordo ainda com a consultoria, as tecnologias da 3ª plataforma estão alinhadas ao aumento da influência dos executivos de negócios nos investimentos de TI, comprando soluções cada vez mais específicas para suas indústrias. A estimativa é de que US$ 6 bilhões dos investimentos em TI venham diretamente do orçamento de negócios. Ao combinar novos dispositivos (smartphones, tablets e outros dispositivos sem fio) e novas aplicações (comunicações unificadas, vídeo, virtualização, gerenciamento de dispositivos móveis), a 3ª plataforma estimula o upgrade das redes corporativas para dar conta do aumento do volume de dados. Segundo o IDC Networking Tracker, o volume mundial de informações digitais alcançará 5,4 Zettabytes em 2014 – 1 zetta corresponde a 1 trilhão de gigabytes. A 3ª plataforma também deve acarretar o aumento da venda de serviços de Telecom, tendo os dados como peça central. O crescimento previsto para os serviços de dados fixos é de 9,7%, de dados móveis, 21%, e de data center, 13%. A segurança de redes de longa distância (WAN) também vai ganhar espaço na agenda dos CIOs. A consultoria também prevê que a rede 4G estará em plena operação comercial até o final do ano, com uma base de 3 milhões de assinantes. Outra tendência forte para este ano é o amadurecimento de estruturas de Big Data/Analytics, que deve movimentar cerca de US$ 426 milhões no Brasil, entre hardware, software e serviços, apesar de desafios como a escassez de mão de obra especializada e concorrência com outras prioridades, como nuvem e mobilidade. A principal aplicação ainda será o chamado “Socialytics”, para captura e análise de dados gerados nas redes sociais. “Será necessário o investimento em capacitação de profissionais, e devem surgir empresas ‘data brokers’ ou ‘analytics providers’. Os provedores de soluções e fabricantes também terão que se preparar para mostrar como esta tecnologia gera mais valor em relação ao Analytics tradicional”, comenta o diretor da IDC Brasil. Os datacenters terão um papel fundamental e a necessidade de otimização vai provocar um ciclo de renovação, com mais de 20% dos servidores vendidos no Brasil em 2014 sendo destinados a centros de dados. A busca por Colocation e Hosting continuará forte, mas haverá um grande crescimento na contratação de IaaS (infraestrutura como serviço), e a legislação pode impactar positivamente na adoção de datacenters locais. A adoção da nuvem pública impulsionada pela modernização de aplicações é uma tendência importante. Os investimentos devem atingir US$ 569 milhões em 2014, e para 2017 a previsão é que cheguem a US$ 2,6 bilhões. A mobilidade continua em alta. A transição para dispositivos móveis continuará acelerada neste ano. Os smartphones e tablets deverão encerrar o ano com vendas de mais de 58 milhões de unidades e 81% de participação no mercado de Smart Connected Devices, ganhando ainda mais terreno em relação a desktops e notebooks. Os “phablets”, híbridos de telefones e tablets, ainda dão seus primeiros passos, mas lançamentos de smartphones com telas acima de 5’ polegadas prometem agitar esse segmento neste ano. Do lado das empresas, os CIOs já perceberam a importância de uma estratégia de mobilidade integrada, que contemple o gerenciamento de dispositivos móveis (MDM – Mobile Devices Management). Estima-se que mais de 5 milhões de dispositivos pessoais serão trazidos para dentro das empresas neste ano (BYOD - Bring your Own Device ou ‘traga seu próprio dispositivo’), o que implica na necessidade de dispor de uma base de gestão móvel para garantir a segurança e administrar diferentes componentes: dispositivo, conectividade, aplicativos, segurança, acesso, identidade, conteúdo, controle de informação, análise e apresentação de relatórios. Outro foco importante é a modernização das aplicações para rodarem em dispositivos móveis A projeção da IDC para 2014 prevê ainda a aceleração da “Internet das coisas” com aplicações corporativas (B2B). A previsão é que as soluções tecnológicas que permitem uma comunicação contínua e autônoma entre máquinas e dispositivos movimentem US$ 2 bilhões em 2014 no Brasil. Atualmente, as iniciativas mais significativas estão no setor de logística e transportes, para gestão de frota, mas as áreas de saúde, seguro automotivo, automação de processos industriais e energia também devem desenvolver projetos baseados neste conceito de conectividade.

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