O mercado de M2M já começou a migrar da conectividade 2G, no caso de soluções que usam redes celulares, para 3G e 4G. E, até 2018, a maior parte das conexões da internet de todas as coisas deve se realizar nestas redes. A previsão, da empresa sueca de pesquisa de mercado Berg Insight, aponta que o uso de HSPA e LTE para M2M ficará em 20% do mercado até dezembro deste ano, mas que vai superar a barreira dos 50% em cinco anos.
Segundo a empresa, em 2017 já serão fabricados mais dispositivos M2M com tecnologia 3g ou 4G do que 2G, no mundo. Até lá, a HSPA deve ser a tecnologia mais utilizada, em função dos custos, ainda mais altos, da LTE. O principal indício da virada vem dos Estados Unidos, onde as operadoras já divulgaram planos de desligamento de redes 2G. No país norte-americano, a maioria dos dispositivos da internet das coisas ligados a redes celulares vai usar 3G até dezembro.
O cenário no mundo é variado, porém. Na Europa, a expectativa é que as redes 2G existam até depois de 2020, na maioria dos países que compõem a União Europeia. No mercado asiático, o ritmo é mais veloz, similar ao dos EUA. Segundo a empresa, o Japão já tem a maioria dos equipamentos M2M funcionando em redes 3G. Embora o estudo não aborde o Brasil, por aqui, as operadoras já oferecem planos para M2M que se beneficiam das velocidades mais altas das redes HSPA/LTE.
O catalisador de tais transformações, explica a Berg, será o aumento de dados coletados pelos dispositivos e a demanda do mercado automobilístico. “A indústria automotiva está comprometida em criar os carros conectados, que requerem conexão banda larga permanente. GM e Audi já lançaram veículos com LTE embutido nos EUA”, ressalta Tobias Ryberg, analista da  empresa de pesquisa.