As ações do grupo Telefônica Vivo, TIM, Embratel e Oi fecharam hoje em queda,
acompanhando o desempenho geral da Bovespa, após o anúncio do leilão de
700 MHz, que ocorrerá em 30 de setembro, feito ontem pela Anatel.
A TIM foi a que mais sofreu, com perda de 3,8% seguida pela Embratel, Telelefônica
e Oi. Na avaliação dos analistas, não deverá aparecer nova empresa para disputar o leilão,
e o governo deverá arrecadar apenas o preço mínimo, já considerado bem alto pelo mercado.
Para os bancos, a economia de escala que será gerada pela faixa de 700 MHz não deverá
compensar o alto preço de venda do espectro, de R$ 0,74/MHz/pop ou US$ 0,33 MHz/pop
(considerando-se a venda de 80 MHz para uma população de cerca de 200 milhões), pois
não há receita nova, mas apenas complementar ao que já existe com a faixa de 2,5 Hz que
foi licitada em 2012.
O valor total deste leilão é de R$ 11,8 bilhões, sendo que R$ 8,2 bi irão para o Tesouro
Nacional e outros R$ 3,6 bilhões para a limpeza da faixa, ainda ocupada pelas emissoras
de TV analógicas.
As avaliações são de que não haverá nenhuma operadora nova (nem mesmo a AT&T,
que comprou recentemente a operadora de TV paga DirecTV Sky da América Latina
e Brasil) e nem mesmo a Nextel deverá participar da disputa. O que deixará os quatro
otes para as quatro operadoras instaladas – Claro, Oi, TIM e Vivo. As duas operadoras
regionais (CTBC e Sercomtel) terão chance de comprar o espectro referente a sua área
de cobertura, mas irão disputar com a quarta empresa que ainda não tiver adquirido
700 MHz no leilão.
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