quinta-feira, 31 de março de 2011

MVNO no Linked in

Grupos para discussão do MVNO


http://www.linkedin.com/groups?home=&gid=1138157

http://www.linkedin.com/groups/MVNO-BRASIL-3695748

Grandes varejistas e bancos pedem à Anatel para ser operadoras virtuais

Empresas como Pão de Açúcar, Carrefour, Itaú e Bradesco pretendem vender serviços de telefonia móvel usando a infraestrutura das grandes operadoras

Sabrina Valle, de O Estado de S.Paulo
RIO - A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) calcula que o recém-criado mercado de operadoras virtuais deve passar a representar, em até três anos, de 20% a 30% da telefonia móvel - um setor que, no ano passado, movimentou R$ 74 bilhões.

A TIM e a Porto Seguro já fecharam parceria. Carrefour, Pão de Açúcar, Estácio, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Bradesco e Itaú estão entre as empresas que entraram na fila ou já mostraram à Anatel interesse no modelo, conhecido pelo nome em inglês Mobile Virtual Network Operator (MVNO).

A conselheira da Anatel Emília Ribeiro afirma que a agência recebeu, este ano, 20 pedidos de empresas para homologação ou autorização de MVNO, que permitirá que companhias fora do setor de telefonia atuem também como operadoras.

Isso significa que supermercados, bancos e até times de futebol poderão oferecer linhas de celular de marca própria, com contas pré e pós-pagas e internet, tal como fazem hoje Claro, Nextel, Oi, TIM e Vivo.

"Uma loja de lingerie, por exemplo, pode oferecer um pacote de minutos vinculado a quanto o cliente gasta em compras", exemplifica Emília, relatora da regulamentação aprovada em novembro passado. "E o aumento da concorrência em geral certamente levará à redução de preços." Em três anos, Emília estima que centenas de empresas terão se aventurado pela telefonia celular e se tornado operadoras virtuais.

A largada foi dada com a Porto Seguros, a primeira a obter o sinal verde da Anatel, em fevereiro. A seguradora fechou parceria com a TIM e já está em fase de implementação do serviço que vai oferecer nos próximos meses a clientes e corretores. "Vários países já têm MVNO. Onde existe, funciona e dá certo e só tem progredido", diz Emília.

Infraestrutura. As novas operadoras virtuais usarão a rede das operadoras tradicionais. O supermercado, o banco ou a loja de varejo poderão usar suas marcas isoladamente ou associadas com a operadora de origem. BB, Bradesco, Caixa e Itaú estudam, inclusive, oferecer celulares com a logomarca impressa no aparelho.

A regulamentação é ampla para que o próprio mercado encontre a melhor forma de associação, mas há dois modelos básicos em questão. No primeiro, o time de futebol, por exemplo, faz apenas um credenciamento junto à Anatel e estabelece o vínculo diretamente com a grande tele do setor, já autorizada pela agência e com direito de uso de radiofrequências. O vínculo é formalizado por um contrato de representação, homologado pela Anatel.

Neste caso, o credenciado não é um prestador de serviços de telecomunicações e a maior carga de responsabilidade é assumida pela prestadora de origem. É ela a responsável, junto a usuários e Anatel, pelo cumprimento dos direitos dos consumidores. Os números de telefone oferecidos serão aqueles cujo direito a operadora já detém e os usuários do serviço serão, em última análise, usuários da Claro, Nextel, Oi, TIM ou Vivo.

No segundo modelo, o operador virtual pede uma autorização (e não um credenciamento) e assume mais responsabilidades junto à agência e aos consumidores. "A única diferença é que as empresas não terão direito de uso de radiofrequência", diz Emília. Reclamação sobre o serviço, nesse caso, seria com o próprio supermercado ou varejista, por exemplo. As empresas também podem solicitar números de telefone direto à Anatel.

Autorizada. Essa foi a opção da Porto Seguro. Como autorizada, a seguradora é considerada uma prestadora de serviços, com um contrato de compartilhamento de rede celebrado junto com a TIM. A Porto Seguro ficará responsável pela operação, gestão de tráfego, emissão de contas, atendimento a clientes e acordos de interconexões.

Para a Porto Seguro, o MVNO reduz os custos com celular e facilita a comunicação de clientes e funcionários.

Anatel: operadoras virtuais podem ter 30% da telefonia móvel

Fonte: Agência Estado

Só neste ano, a agência já recebeu 20 pedidos de empresas para autorização dentro do novo modelo

A conselheira da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) Emília Ribeiro calcula que o recém-criado mercado de operadoras virtuais deve passar a representar, em até três anos, de 20% a 30% da telefonia móvel - um mercado que no ano passado movimentou R$ 74 bilhões.

Emília afirma que a agência já recebeu neste ano 20 pedidos de empresas para homologação ou autorização dentro do novo modelo, que permitirá que empresas fora do setor de telefonia atuem também como operadoras. Isso significa que supermercados, bancos e até times de futebol poderão oferecer linhas de celular de marca própria, com contas pré e pós-pagas e internet, tal como fazem hoje Claro, Nextel, Oi, TIM e Vivo.

"Uma loja de lingerie, por exemplo, pode oferecer um pacote de minutos vinculado a quanto o cliente gasta em compras", exemplifica. "E o aumento da concorrência em geral certamente levará à redução de preços."

Em três anos, Emília calcula que centenas de empresas terão se aventurado pela telefonia celular e se tornado operadoras virtuais. Carrefour, Pão de Açúcar, Estácio, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Bradesco e Itaú, entre outras, entraram na fila ou mostraram à Anatel interesse no modelo, conhecido pelo nome em inglês Mobile Virtual Network Operator (MVNO), regulamentado no fim de 2010 pela agência.

A largada já foi dada com a Porto Seguro, a primeira a obter o sinal verde da Anatel, em fevereiro. A seguradora fechou parceria com a TIM e já está implementando o sistema. A empresa vai oferecer serviços para clientes e corretores, usando tecnologia também para o GPS de seus carros. "Vários países já têm MVNO. Onde existe, funciona e dá certo e só tem progredido", diz Emília, relatora da nova regulamentação.

As novas operadoras virtuais usarão a rede das operadoras tradicionais. O supermercado, o banco ou a loja de varejo poderão usar suas marcas sozinhas ou associadas com a operadora de origem. BB, Bradesco, Caixa e Itaú estudam, inclusive, oferecer celulares com sua marca impressa no aparelho.

Mercado poderá encontrar melhor associação

A regulamentação é ampla para que o próprio mercado encontre a melhor forma de associação, mas há dois modelos básicos em questão. No primeiro, o time de futebol, por exemplo, faz apenas um credenciamento junto à Anatel e estabelece o vínculo diretamente com uma grandes tele do setor, já autorizada pela agência e com direito de uso de radiofrequências.

O vínculo é formalizado por um contrato de representação, homologado pela Anatel. Neste caso, o credenciado não é considerado um prestador de serviços de telecomunicações e a maior carga de responsabilidade é assumida pela prestadora de origem, as grandes teles. São elas as responsáveis, junto a usuários e Anatel, pelo cumprimento dos direitos dos consumidores. Os números de telefone oferecidos serão aqueles que a operadora já detém direito e os usuários do serviço serão, em última análise, usuários da Claro, Nextel, Oi, TIM ou Vivo.

No segundo modelo, o operador virtual pede uma autorização (e não um credenciamento) para a Anatel e assume mais responsabilidades junto à agência e aos consumidores. "A única diferença é que as empresas não terão direito de uso de radiofrequência", diz Emília. Reclamação sobre o serviço, neste caso, seria com o próprio supermercado ou loja de varejo, por exemplo. As empresas também podem solicitar números de telefone direto com a Anatel.

Essa foi a opção da Porto Seguro. Como autorizada, a seguradora é considerada uma prestadora de serviços, com um contrato de compartilhamento de rede celebrado junto com a TIM. A Porto Seguro ficará responsável pela operação, gestão de tráfego, emissão de contas, atendimento a clientes e acordos de interconexões.

Para a seguradora, o serviço reduz os custos com celular e facilita a comunicação para clientes e funcionários. Para a TIM, que já negocia com novas potenciais parceiras, significa ampliar número de usuários e gerar novas receitas. A TIM pode, por exemplo, ser beneficiada por uma parceira com interesse em investir em infraestrutura em áreas hoje sem cobertura de celular e fora do foco da empresa.

Emília conta que uma rede relativamente pequena de varejo do Nordeste estuda investir em cabeamento para levar celular a uma região desabastecida e vender o serviço de celular para a clientela construída em outro setor de atuação. "A captação fica muito mais fácil e mais barata, a relação já está construída e é mais próxima", diz a conselheira.

A tendência, segundo ela, é a melhora da qualidade do serviço. "Temos que começar a tratar nossos usuários (de telefone) como clientes", diz. "O Brasil tem uma extensão territorial imensa, há vários estados ainda não plenamente atendidos. O MVNO certamente vai crescer muito", afirmou.

O que é MVNO?

Gilberto Sudré comentando sobre MVNO.


terça-feira, 29 de março de 2011

Internet móvel vai crescer 39 vezes no Brasil até 2015

Um estudo da Cisco indica que uso da internet em celulares e outros dispositivos móveis terá crescimento explosivo no Brasil nos próximos anos

Em 2015, haverá 246 milhões de celulares no Brasil, e 58 milhões serão smartphones, prevê a Cisco

São Paulo — Para a Cisco, um dos maiores fabricantes de equipamentos para redes do mundo, não há dúvida de que o futuro da internet está nos celulares, tablets e outros dispositivos móveis. A empresa prevê que, nos próximos quatro anos, o tráfego de dados gerado por esses aparelhos vai crescer 39 vezes no Brasil. A taxa anual de crescimento será de 108%.

Essa previsão faz parte da versão mais recente do estudo Visual Networking Index (VNI) que, analisa o tráfego de dados global na internet. O VNI estima que, em 2015, o Brasil terá 246 milhões de celulares, o equivalente a 1,2 aparelho por habitante. Desse total, 58 milhões – cerca de um quarto do total – serão smartphones, enquanto os demais serão celulares mais simples.

Já o número de tablets em uso no país deverá crescer 81 vezes, chegando a 5,7 milhões de unidades em 2015. A Cisco também antecipa que 32 milhões de brasileiros estarão na internet, mas não vão usar o computador para isso. Eles estarão conectados exclusivamente por meio de dispositivos móveis. Essa parcela dos internautas vai corresponder a 49% do total. Outro dado do relatório é que o total de laptops no País deve crescer cinco vezes, atingindo 18 milhões de dispositivos.

Os números podem impressionar, mas não são exclusividade do Brasil. No mundo inteiro, calcula a Cisco, haverá 7,1 bilhões de dispositivos móveis conectados em 2015. O número é quase igual à população mundial projetada para daqui a quatro anos. O tráfego de dados previsto para o ano de 2015 (75 exabytes) será equivalente à transmissão de 19 bilhões de DVDs ou de 536 quatrilhões de torpedos pela internet.

quarta-feira, 23 de março de 2011

O que é MVNO?

CONCEITO:

Do inglês Mobile Virtual Network Operator ou Operador Móvel Virtual, consiste na possibilidade de prestação do serviço móvel pessoal (“SMP”) através do uso da rede de uma operadora tradicional, sem que se detenha rede própria para tanto, bastando a realização de acordos comerciais diretamente com aquelas operadoras já existentes e/ou através de autorização da ANATEL, conforme o caso.

terça-feira, 22 de março de 2011

Alô com a rede dos outros

Com atraso de mais de uma década, começam a chegar ao país as primeiras operadoras móveis virtuais

Fonte: André Faust, da EXAME


Dos primeiros tijolões ao iPhone, o passar do tempo trouxe avanços aos aparelhos. O mesmo, porém, dificilmente pode ser dito sobre os serviços de telefonia móvel. No Brasil, como em boa parte do mundo, operadoras de celular estão entre as empresas que mais recebem reclamações de consumidores — somente no Reclame Aqui, site que registra queixas contra 25 000 empresas no Brasil, as quatro maiores operadoras somaram juntas 38 000 reclamações no último ano.

Poucos setores têm a imagem tão desgastada — e tão pouca percepção de distinção entre concorrentes. Para os insatisfeitos, porém, há uma boa notícia. Uma resolução aprovada em novembro pela Anatel, agência reguladora do setor, promete mudar a cara do setor no país. Em breve, a contratação de serviços de telefonia móvel poderá ocorrer não apenas em shoppings e lojas especializadas mas também em supermercados, bancos, farmácias e lojas de departamentos.

Com atraso de mais de uma década em relação a países da Europa e dos Estados Unidos, as operadoras móveis virtuais, ou MVNOs, estão liberadas para atuar no Brasil. Grosso modo, uma MVNO é uma empresa que oferece serviços de telefonia móvel como uma operadora, mas que não possui licença própria de espectro. Para funcionar, essas companhias adquirem grandes volumes de voz e dados das operadoras — capacidade que depois é repassada, com novas embalagens e novos preços, a seus clientes.

Pioneirismo

Com 3,5 milhões de clientes, a Porto Seguro é uma das maiores seguradoras do país. A companhia é também um dos grandes compradores de serviços de telefonia móvel no Brasil. Todos os anos, entre chamadas recebidas e realizadas, a Porto Seguro contabiliza mais de 20 milhões de ligações; diariamente, mais de 500 000 veículos são rastreados por chips através de redes de celular. Suprir necessidades internas da empresa foi a motivação natural para o lançamento, programado para o segundo semestre deste ano, daquela que será a primeira operadora móvel virtual do país.

Com investimentos de 70 milhões de reais e um contrato de aluguel da rede da TIM, a Porto Seguro Telecomunicações nasce com a meta de chegar a 1 milhão de usuários em três anos. “Queremos clientes que usam muito o celular, mas que queiram um serviço diferente”, diz Fábio Luchetti, vice-presidente executivo da empresa.

Para atingir a meta, mais de 23 000 corretores espalhados pelo país oferecerão chips de celular à base de clientes. Uma das principais estratégias do novo negócio é transferir parte da experiência adquirida em pós-venda no negócio de seguros para a MVNO. Pacotes e produtos estão em fase de estudos, mas a ideia é oferecer serviços hoje relegados pelas grandes operadoras — o rastreamento de veículos via SMS, por exemplo. Pelo modelo, ainda, o uso do celular poderá ser revertido em benefícios aos clientes, como descontos na renovação do seguro. “Acreditamos que podemos agregar valor dentro do sistema de telefonia celular”, diz Luchetti.