terça-feira, 24 de setembro de 2013

Telefónica assina acordo de 1,78 bilhão de euros para smart grids na Grã Bretanha

Telefónica assina acordo de 1,78 bilhão de euros para smart grids na Grã Bretanha
segunda-feira, 23 de setembro de 2013, 11h52

A Telefónica do Reino Unido assinou nesta segunda-feira, 23, o que afirma ser o maior contrato de prestação de serviços máquina-a-máquina (M2M) do mundo. O acordo feito com o departamento britânico de energia e mudanças climáticas (DECC, na sigla em inglês), tem validade de 15 anos e valor de 1,78 bilhão de euros para entregar serviços de smart metering em dois dos três lotes da oferta do programa de implementação de smart meter do país.
A operadora vai implantar a infraestrutura das comunicações para conectar os medidores inteligentes nas regiões central e sul da Grã Bretanha. A solução é baseada na rede existente da Telefónica, complementada pela tecnologia mesh de radiofrequência para chegar a áreas de difícil acesso. A empresa já conecta mais de 400 mil smart meters na região por rede móvel, enquanto a solução mesh é usada em mais de 650 mil domicílios nos Países Nórdicos.
A iniciativa pretende um roll out de 53 milhões desses medidores inteligentes pelo Reino Unido até 2020, com investimentos de 11 bilhões de libras esterlinas, equivalentes a US$ 17,6 bilhões, e espera conseguir uma economia de 6,7 bilhões de libras esterlinas (US$ 10,7 bilhões) em redução de consumo de energia com o gerenciamento e implantação mais eficientes. A distribuição em massa dos aparelhos começará em 2015.

sábado, 21 de setembro de 2013

Compartilhamento de postes: Anatel prorroga consulta pública

Audiências públicas demonstraram que o tema ainda não está pacificado. Setor elétrico ainda questiona modelo

O prazo da consulta pública sobre o compartilhamento de postes, previsto para terminar na quinta-feira (20) será prorrogado até o dia 29 de setembro. Até lá, as empresas podem enviar contribuições à proposta de Resolução Conjunta da Anatel e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para disciplinar o compartilhamento de postes entre prestadoras de serviços de telecomunicações e distribuidoras de energia elétrica.

A isonomia de preços para aluguel de postes e a garantia de regras para que novas entrantes possam instalar infraestrutura tem se mostrado um tema polêmico. Nas audiências públicas realizadas em São Paulo e Brasília ficou claro que o tema, após a proposta apresentada pelas agências reguladoras, ainda não está pacificado. As concessionárias de telecom, Oi e Telefônica, temem que o preço a elas cobrado aumente. Já as concessionárias do setor elétrico criticam o baixo valor estabelecido como referência para processos de resolução de conflitos, temem a perda de receitas e afirmam que a proposta apresentada pelo governo levaria à judicialização da questão.

A prorrrogação foi decidida no Circuito Deliberativo do Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). As contribuições devem ser encaminhadas pelo Sistema Interativo de Acompanhamento de Consulta Pública, disponível na página da Anatel na internet.

De acordo com o texto, o valor mensal de referência pelo uso de um ponto de fixação de cabos por poste de energia utilizado será de R$ 2,44, mas este valor somente será aplicado para solucionar conflitos entre prestadoras de serviços de telecomunicações e distribuidoras de energia elétrica. A regra é a livre negociação entre as partes para o estabelecimento do preço pela utilização da infraestrutura das distribuidoras.

As distribuidoras de energia deverão criar um cadastro público das ocupações dos postes, com informações sobre os contratos com as prestadoras de telecomunicações. Quando houver excedente de capacidade, a distribuidora deverá fazer oferta pública de pontos de fixação. (Da redação)

Anatel abre acesso a pedidos de revisão de PMS

Interessados poderão se manifestar no prazo de 15 dias sobre processos em análise.


O superintendente de Competição da Anatel, Carlos Baigorri, franqueou a todos os interessados a possibilidade de acessar o conteúdo dos autos públicos dos processos analisam os pedidos de revisão da condição de Poder de Mercado Significativo (PMS) de grupos econômicos em determinados mercados relevantes definidos no Plano Geral de Metas de Competição (PGMC). A decisão foi tomada em função do caráter geral do tema.

Solicitaram descaracterização como detentoras de PMS a Telefônica, Oi, Copel e CTBC e as demais prestadoras de telecomunicações dos respectivos grupos econômicos. Os processos que analisam os pedidos de revisão são: Processo nº 53500.011450/2013; Processo nº 53500.012522/2013; Processo nº 53500.011842/2013; e Processo nº 53500.014611/2013.


Além disso, o despacho permite a possibilidade de manifestação formal dos interessados sobre o tema, nos autos dos processos em discussão, por meio de documento devidamente protocolado na Anatel, no prazo comum de 15 dias. E já admitiu a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) como interessada nos autos do Procedimento Administrativo nº 53500.011450/2013.(Da redação)

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Acionistas da Telecom Italia rejeitam oferta de 800 milhões de euros da Telefónica

Proposta teria como premissa a manutenção dos atuais sócios

O jornal italiano "Íl Sole 24 Ore" publica hoje notícia, com base em fontes não identificadas, informando que os acionistas da Telecom Italia rejeitaram a oferta de 800 milhões de euros que teria sido feita pela Telefónica. A proposta da operadora espanhola teria como premissa a manutençao dos atuais sócios, com participação reduzida, no controle da holding Telco, para evitar os problemas regulatórios na América Latina, onde a TIM é uma forte rival das operações espanholas.

Os controladores atuais da Telecom Italia sáo os bancos Intesa San Paolo e o Mediobanca e a empresa de seguros Generali, além da Telefónica, que é majoritária, com 46% das ações da Telco. A Telco, por sua vez,  controla a empresa italiana com 22,4% do capital.

Conforme o jornal, a oferta foi feita no início deste mês, e sem encontrar uma outra saída, a reunião do conselho de administração, marcada para o dia 19, foi adiada para o dia 3 de outubro.

Conforme a agência Bloomberg, os acionistas vão se reunir informalmente nesta semana, já que o acordo de acionistas se encerra em 28 de setembro, embora ele possa ser renovado.


O jornal afirma que o governo italiano seria favorável ao aumento da participação da operadora espanhola, por seu europeia, a outro operador estrangeiro. Os analistas estrangeiros têm falado também no interesse da AT&T, norte-americana, Naguib Sawiris e a coreana Hutchison Whampoa. (Da redação).

Ações da TIM fecham dia em alta


Empresa informou que a controladora Telecom Itália não tem nada a declarar sobre os boatos sobre a venda de ativos


As ações da TIM abriram o dia na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) cotadas a R$ 9,89 nesta terça-feira (17). Por volta das 11hs, os papéis valiam R$ 10,03, em alta de 1,41%. Às 14hs, a ação chegou a valer R$ 10,12, alta de 2,32%. No entanto, voltaram a registrar declínio, fechando o dia no patamar de R$ 10,03.

As oscilações dos papéis da operadora e o volume de negócios acima da média é resultado dos boatos sobre a venda da controladora indireta Telecom Itália, que afetaria o negócio no Brasil, especialmente se a compradora fosse uma concorrente no mercado doméstico. A TIM informou em nota nesta terça-feira (17) que consultou a Telecom Itália sobre os rumores de venda, que negou os boatos e protificou-se a esclarecer o mercado sobre qualquer decisão tomada.

As especulações em torna da possível venda da Telecom Itália aumentam à medida que se aproxima a data em que o acordo entre os acionistas da se encerra (28 de setembro). (Da redação)

Cartilha explica a diferença entre pirâmide financeira e marketing multinível

Documento da Senacom e CVM foi editado após polêmica produzida pela suspensão das atividades da Telexfree

O Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom) e a Comissão de Valores Mobiliários lançaram cartilha que explica a diferença entre pirâmide financeira e marketing multimídia ou de rede. O objetivo é de esclarecer e orientar os consumidores e investidores sobre investimentos irregulares no mercado brasileiro, sobre a participação em atividades fora do sistema financeiro, muitas delas acompanhadas de promessas de ganhos rápidos, com pouco ou nenhum esforço e sem que haja informações quanto aos riscos envolvidos.

O tema ganhou notoriedade depois que a justiça do Acre suspendeu a atividade da empresa de VoIP Telexfree, por suspeita de prática de pirâmide financeira, enquanto a companhia afirma atuar no ramo de marketing multinível.

O texto alerta que as modalidades de marketing, a princípio, são atividades lícitas. “No entanto, há empresas no mercado que divulgam promessas de altos ganhos em pouco tempo, acrescidas da ideia de que após o pagamento dos custos de adesão não há exigência de dedicação ou trabalho real para materializar os lucros, induzindo a errônea interpretação do consumidor de que essa atividade é uma forma de investimento financeiro”, ressalta.


A principal diferença entre os dois é que na primeira não existe a venda de um produto real que sustente o negócio, ou seja, a comercialização de produtos ou serviços tem pouca importância para a sua manutenção. Assim, para o esquema de pirâmides, a principal fonte de renda é o incentivo à adesão de novas pessoas ao negócio, o que faz com que seu crescimento não seja sustentável.(Da redação)

sábado, 14 de setembro de 2013

Diretor da Telecom Italia suspeito de vazar informações renuncia


sexta-feira, 13 de setembro de 2013, 16h10


O diretor Elio Cosimo Catania, membro do conselho de administração da Telecom Italia, renunciou ao cargo nesta sexta-feira, 13. O motivo é explícito: o executivo está sendo investigado por suspeita de fornecer informações confidenciais da empresa a um repórter do jornal romano Il Messagero. Segundo a acusação, a publicação das informações gerou fortes oscilações no título da Telecom Italia na bolsa de valores. Após o anúncio da saída de Catania, os papéis da empresa fecharam o dia em queda de 1,30% na bolsa de Milão, com as ações cotadas a 0,607 euro (0,597 euro foi o menor valor, logo nas primeiras horas após a abertura).
Na sua carta de renúncia, Catania afirmou que tomou a decisão para que "a atividade do conselho, em um período tão complexo para a empresa, e o trabalho dos investigadores possam ser cumpridos de uma maneira ordenada, enquanto reafirmo que minhas ações sempre foram corretas".
A Telecom Italia terá uma reunião do conselho em 19 de setembro para discutir questões de estratégia, o que inclui uma remodelagem da estrutura de acionistas.
Em jogo
O que está em jogo é o futuro da Telecom Italia com a alteração da composição societária da Telco, holding que controla a incumbent italiana com 22% de seu capital. A Telco, por sua vez, é controlada pela espanhola Telefónica, com 46%, mas o restante do capital está dividido entre instituições financeiras italianas que, segundo rumores de mercado, estariam dispostas a sair do capital da Telecom Italia. A Mediobanca já chegou a anunciar publicamente a disposição de se desfazer da participação de 11,6% na Telco, movimento este que pode ser seguido pela Intesa Sanpaolo (que também tem 11,6% das ações da Telco) e pela Assicurazioni Generali (com outros 31%). O acordo de acionistas da Telco pode ser encerrado no próximo dia 28 e, assim, a Telefónica poderia aumentar a sua participação na Telco ou permitir a entrada de um novo acionista.
Por sua vez, a situação da Telefónica não é das melhores. A holding espanhola, já endividada, poderia desembolsar mais dinheiro pela Telecom Italia, mas enfrentaria problemas no Brasil. Teria de devolver o espectro da TIM Brasil ou mesmo vender a subsidiária brasileira para evitar concentração de mercado. Especula-se ainda no mercado italiano a possibilidade de entrada de outras operadoras interessadas na Telecom Italia, como a norte-americana AT&T, a mexicana América Móvil (que já está negociando maior presença na Europa com a aquisição da holandesa KPN), o empresário egípcio Naguib Sawiris (que já havia demonstrado interesse na tele italiana) ou mesmo a britânica Vodafone, que tem procurado expansão na Alemanha com a aquisição da Kabel Deutschland, vendeu sua participação de 45% na Verizon Wireless, dos EUA, e, com dinheiro em caixa, já teria manifestado disposição de aumentar investimentos no mercado italiano.