domingo, 19 de julho de 2015

4GRID visita EUA

Recentemente visitamos diversas empresas de Energia, fornecedores de equipamentos e reguladores de telecomunicações e energia nos EUA.

O visita foi divulgada no link https://www.facebook.com/USTDA/videos/959097890779073/

4GRID antecipou movimento do mercado de energia e EDP está preparada

Elétricas miram novos negócios com simplificação de regras no mercado livre

Grandes empresas analisam a possibilidade de criação de comercializadores varejistas que respondam pela compra e gestão dos contratos

Grupos de energia elétrica querem criar varejistas de energia para consumidores
Grupos de energia elétrica querem criar varejistas de energia para consumidores
Foto: Reuters
SÃO PAULO - A simplificação nas exigências para que consumidores de energia elétrica possam operar no mercado livre, no qual negociam contratos de suprimento diretamente com geradores e comercializadores, deve tornar o negócio mais atrativo para indústrias de menor porte em 2016, e já atrai o interesse de gigantes empresas do setor elétrico.
Grandes elétricas, como CPFL Energia, EDP Energias do Brasil, Neoenergia e Cemig, confirmaram à Reuters que analisam a possibilidade de criação de comercializadores varejistas, uma novidade na regulação que permitirá que essas empresas respondam pela compra e gestão dos contratos de energia dos clientes.
As novas regras, que entraram em vigor este ano, devem permitir impulso adicional aos negócios à medida que o preço da energia no mercado livre começa a apresentar recuos mais expressivos, após máximas na maior parte do ano.
Antes, os consumidores precisavam operar diretamente no mercado, o que envolve processos complexos e burocráticos que reduziam o interesse e aumentavam o risco na livre negociação de energia elétrica por indústrias de menor porte.
O gerente de atendimento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Cesar Pereira, disse que a instituição já recebeu pedidos de habilitação de empresas interessadas em atuar no segmento. "Temos pedidos de habilitação de varejistas ligados a grandes grupos... e temos os ligados a comercializadoras independentes."
O Grupo CPFL foi o primeiro dentre as grandes holdings de energia elétrica a entrar com pedido para criar um varejista.
A EDP Energias do Brasil também tem interesse e se prepara para pedir adesão.
"Estamos olhando isso seriamente. Existem algumas discussões em andamento, estamos participando dessas discussões, mas vamos, sim, entrar", disse o vice-presidente de comercialização do grupo EDP Energias, Carlos Andrade.
A holding Neoenergia, que controla distribuidoras de energia no Nordeste, também confirmou, por meio da assessoria de imprensa, que "está se estruturando para entrar nesse segmento, no qual tem efetivo interesse".
Já a Cemig disse, em nota, que "está analisando a questão", mas preferiu não tecer outros comentários.
Do lado das empresas independentes, a comercializadora Comerc também deu início ao processo de habilitação para atuar na área. "O varejista facilita vários processos (para o consumidor)", disse à Reuters o presidente da empresa, Cristopher Vlavianos.
INCENTIVO DO PREÇO NO LIVRE
Segundo Vlavianos, a forte elevação das tarifas das distribuidoras neste ano no mercado regulado também contribuirá para incentivar uma expansão na comercialização de energia no ambiente livre.
"Estamos vendo um movimento de migração para o mercado livre se intensificando de novo. Os preços estão começando a ficar mais competitivos", comentou.
Para o presidente da plataforma eletrônica de negociação de energia elétrica BBCE, Victor Kodja, preço menor e mais facilidade na migração abrem espaço para uma grande onda de migração de indústrias para o mercado livre de eletricidade em 2016.
"Com o varejista, você vai poder buscar participantes menores. Se as comercializadoras tiverem gente competente para fazer a abordagem adequada (junto aos consumidores), e a maioria delas tem, temos a chance de ver um crescimento interessante", disse o presidente da plataforma de negociação de energia BBCE, Victor Kodja.
O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), utilizado no mercado de curto prazo de energia elétrica, esteve no teto regulatório, de 388 reais por megawatt-hora, desde o início do ano, mas passou a cair em junho e ficou em 214 reais por megawatt-hora no Sudeste para a próxima semana.
"Os preços estão caindo não só no mercado de curto prazo, mas também (nos contratos) para 2016 e 2017. A curva inteira (de preços) caiu um pouco mesmo, o que é uma indicação positiva para quem quer deixar o mercado regulado e ir para o livre", disse Carlos Andrade, da EDP.

Reuters

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Programa Amazônia Conectada inaugura trecho de 10 km de fibra óptica

IPNEWS, Sex, 17 de Julho de 2015 12:17
Segundo trecho, de 200 km, está em construção e deve ser entregue em três anos.

O governo federal lançou ontem (17/7), em Manaus (AM), o Programa Amazônia Conectada, que visa utilizar os leitos de rios da Bacia Amazônica para a instalação de rede de fibra óptica. O primeiro trecho, de 10 km, foi inaugurado no mesmo dia, complementando o anel óptico da cidade.
Coordenado pelo Ministério da Defesa, o programa pretende implantar 7,8 mil km de cabos subfluviais e tem como objetivo garantir acesso a serviço de telecom de qualidade para o interior de Amazonas, conectando 52 municípios do estado. Segundo o ministro da Defesa, Jaques Wagner, a construção de um segundo trecho de 200 km já está em andamento e tem previsão de conclusão em três anos.
Serão cinco infovias nos rios Negro, Solimões, Madeira, Purus e Juruá. Segundo o ministro, o projeto deve custar cerca de R$ 500 milhões e respeitará as medidas ambientais contra desmatamento e as terras indígenas.
Durante a solenidade, os Ministérios da Defesa, Comunicações e Ciência e Tecnologia assinaram uma portaria conjunta determinando a criação de uma política de gestão do Amazônia Conectada. Será criado um grupo de trabalho conjunto para definir qual será a atribuição de cada ministério.

Mexico primeira cidade da America Latina a regulamentar o UBER

Cidade do México é a primeira da América Latina a regulamentar o Uber

Regras incluem valor mínimo dos veículos e taxa anual para os motoristas

POR 

Segundo a companhia, Cidade do México possui mais de 500 mil clientes cadastrados e 10 mil motoristas - LUCY NICHOLSON / REUTERS
RIO — A partir desta quarta-feira, motoristas da Cidade do México que quiserem usar seus carros particulares para transportar passageiros pelo Uber podem fazê-lo sem medo de multas ou apreensões, desde que cumpram algumas regras. O governo local publicou regras para o aplicativo, as primeiras em toda a América Latina. Entre as normas estão a cobrança de taxa anual e valor mínimo dos carros.
De acordo com o regulamento, os veículos usados pelo Uber e outros aplicativos similares deverão custar ao menos 200 mil pesos, o equivalente a R$ 40 mil. O valor é 50 mil pesos, ou R$ 10 mil, acima do que a companhia esperava. Cada veículo também terá que pagar taxa anual de 1.599 pesos, cerca de R$ 320.
Entretanto, as regras não impõem um limite no número de veículos que o Uber pode disponibilizar na cidade, como o governo havia ameaçado em propostas preliminares.
Em comunicado, o Uber afirmou que a regulamentação é bem-vinda, mas o valor mínimo dos veículos pode ser um empecilho para o desenvolvimento do negócio, que disse na semana passada que o custo mínimo total para um motorista ingressar no serviço era de 150 mil pesos, incluindo a compra do carro.
Segundo a empresa, o valor mínimo de 200 mil pesos não traz “benefício lógico” para a cidade.
O Uber vem enfrentando resistência em diversas cidades do mundo, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro. Na Cidade do México, a plataforma iniciou suas atividades em 2013. Desde então, o serviço vem apresentando rápido crescimento, com mais de 500 mil consumidores e 10 mil motoristas.
Pelo outro lado, taxistas demonstraram descontentamento com o novo regulamento. Eles farão um protesto e pensam em iniciar uma greve, informou à Reuters Ruben Alcantara, líder de um sindicato local, que criticou o governo pela “falta de respeito” com a categoria.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/cidade-do-mexico-a-primeira-da-america-latina-regulamentar-uber-16792904#ixzz3gC1mWbNN 
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quinta-feira, 16 de julho de 2015

Justiça mantém funcionamento do Uber em SP


Por Redação Olhar Digital - em 16/07/2015 às 08h56
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O Tribunal de Justiça de São Paulo negou o pedido de suspensão de funcionamento do aplicativo Uber, que oferece carona remunerada. Os taxistas reclamam que o aplicativo fornece serviços “de modo clandestino e ilegal”, o que promoveria concorrência desleal.
Criado em 2010, o aplicativo Uber está em 57 países e começou a operar no Brasil no ano passado. O aplicativo é semelhante ao de táxi, com a diferença de que, para ser motorista da empresa, é preciso se cadastrar no site, ter carteira profissional e seguro de automóvel para uso comercial.
A desembargadora Silvia Rocha não concordou com a necessidade de antecipação da tutela solicitada pelos taxistas. Para ela, o processo ainda está no início, o que dificulta identificar possíveis riscos de “dano irreparável ou de difícil reparação” devido ao funcionamento do aplicativo.
“Embora a utilização de táxis tenha diminuído em algumas cidades do mundo, em função do Uber e de outros softwares semelhantes, afirmar que em São Paulo ocorrerá idêntico fenômeno é, por ora, fazer mera suposição. O uso do dispositivo, em maior ou menor escala, depende de inúmeros fatores, especialmente das características do sistema de transportes de cada lugar e de aspectos culturais, sociais e econômicos”, defendeu a magistrada.
O agravo de instrumento foi ingressado pelo Sindicato das Empresas de Táxi e Locação de Táxi do Estado de São Paulo, a Associação das Empresas de Táxis do Município e a Associação das Empresas de Táxis de Frota do Município.

Cidade do México é primeira na América Latina a regular o Uber


Da redação* ... 16/07/2015 ... Convergência Digital
A capital do México é a primeira cidade da América Latina a regular o funcionamento do aplicativo de “caronas” pagas, como o Uber. Haverá a imposição de uma taxa (de 1,5%), a cobrança pelo licenciamento anual e um patamar mínimo para o tipo de automóvel que poderá prestar o serviço.
Assim, na Cidade do México só poderão atuar nesse tipo de serviço – além do próprio Uber já também opera o Cabify – veículos que custem, pelo menos, 200 mil pesos mexicanos, ou seja, o equivalente a R$ 40 mil. Cada automóvel também deverá pagar 1,5 mil pesos por ano de licença (algo próximo de R$ 320).
Embora a Uber tenha inicialmente alegado não ver benefício para o município com o valor de 200 mil pesos e tenha considerado o preço alto para os veículos, admitiu ser factível. Até aqui, o padrão dos carros da empresa no México era de 150 mil pesos (cerca de R$ 30 mil).
Já a taxa de 1,5% não foi exatamente uma surpresa. A Uber já paga taxas onde é autorizada a funcionar – como na capital dos Estados Unidos: em Washington, a taxa é de 1% sobre o valor das corridas. O custo, porém, não pode ser repassado aos clientes e deve ser assumido pela própria empresa.
Na Cidade do México o mercado é aquecido. A própria Uber sustenta ter cerca de 500 mil clientes e mais de 10 mil motoristas cadastrados. A concorrente Cabify calcula ter 300 mil usuários na mesma capital mexicana – cidade onde há 140 mil táxis registrados.
No Brasil
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) poderá atuar como "Amigo da Corte", condição que permite que se manifeste apesar de não ser parte direta num processo, em eventuais ações judiciais para discutir a validade de leis que proíbem o aplicativo de transporte urbano Uber.

"Se houver leis que simplesmente proíbam o Uber, o Cade pode atuar como ‘amicus curiae’ (Amigo da Corte) nesses processos judiciais que vão discutir a constitucionalidade dessas leis e apresentar a perspectiva concorrencial nessas discussões", disse à Reuters, o presidente do Cade, Vinicius de Carvalho. Há uma ação impetrada por estudantes na Corte.
E em mais uma etapa da briga no país, o Tribunal de Justiça de São Paulo negou o pedido de suspensão de funcionamento do aplicativo Uber, que oferece carona remunerada. Os taxistas reclamam que o aplicativo fornece serviços “de modo clandestino e ilegal”, o que promoveria concorrência desleal.

Criado em 2010, o aplicativo Uber está em 57 países e começou a operar no Brasil no ano passado. O aplicativo é semelhante ao de táxi, com a diferença de que, para ser motorista da empresa, é preciso se cadastrar no site, ter carteira profissional e seguro de automóvel para uso comercial.

A desembargadora Silvia Rocha não concordou com a necessidade de antecipação da tutela solicitada pelos taxistas. Para ela, o processo ainda está no início, o que dificulta identificar possíveis riscos de “dano irreparável ou de difícil reparação” devido ao funcionamento do aplicativo.

“Embora a utilização de táxis tenha diminuído em algumas cidades do mundo, em função do Uber e de outros softwares semelhantes, afirmar que em São Paulo ocorrerá idêntico fenômeno é, por ora, fazer mera suposição. O uso do dispositivo, em maior ou menor escala, depende de inúmeros fatores, especialmente das características do sistema de transportes de cada lugar e de aspectos culturais, sociais e econômicos”, defendeu a magistrada.

O agravo de instrumento foi ingressado pelo Sindicato das Empresas de Táxi e Locação de Táxi do Estado de São Paulo, a Associação das Empresas de Táxis do Município e a Associação das Empresas de Táxis de Frota do Município.
* Com informações da Reuters e Agência Brasil

México también buscará regular a los MVNOs


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Imagen: BlackBerry
Imagen: BlackBerry

El Pleno del Instituto Federal de Telecomunicaciones (Ifetel) acordó someter a consulta pública cuatro anteproyectos sobre diversos temas regulatorios.
Uno de ellos tiene que ver con los lineamientos para la comercialización de servicios móviles por parte de operadores móviles virtuales (MVNOs). El documento pretende regular quizás uno de los mercados más dinámicos de México, fijando condiciones para el desarrollo de los MVNOs y estableciendo un entorno que permita incentivar la inversión, ampliar y diversificar la oferta en la prestación de servicios móviles.
De acuerdo con Ifetel, el anteproyecto prevé “otorgar certidumbre a los MVNOs en materia de interconexión, asignación de numeración, administración de identidades asociadas a las suscripciones, acceso no discriminatorio ni exclusivo a los servicios mayoristas de telecomunicaciones móviles que ofrezcan los concesionarios de espectro e infraestructura”, entre otros. También tiene como objetivo otorgar certeza a los operadores de telecomunicaciones sobre el alcance de sus relaciones contracturales y el margen de acción para generar sus ofertas mayoristas.
Hasta ahora, la falta de regulación en el país sobre el tema no impidió el desarrollo del sector —quizás uno de los más activos de la región— con más de siete operadores móviles virtuales operando en el país.
Hasta ahora, Chile, Brasil y Argentina tienen desarrollados marcos regulatorios específicos para el segmento de los operadores móviles virtuales. Y están avanzando en iniciativas similares Perú Colombia.
La consulta pública del anteproyecto de regulación de los MVNOs en México estará disponible entre hoy, viernes 10 de julio y el 17 de julio y entre el tres y 20 de agosto de 2015.
Además de la regulación del mercado de los MVNO, Ifetel puso en consulta pública otros tres proyectos para regular el sector de telecomunicaciones.
El segundo anteproyecto buscará definir el Cuadro Nacional de Atribución de Frecuencias (CNAF), que permitirá indicar a qué servicios de radiocomunicaciones está atribuida cada banda de espectro radioeléctrico.
Otro de los anteproyectos que llevará el Ifetel a consulta pública intentará regular la operación para el cumplimiento de los límites de exposición de radiaciones electromagnéticas de radiofrecuencia no ionizantes. La iniciativa adopta las recomendaciones de la Comisión Internacional para la Protección contra las Radiaciones No Ionizantes (ICNIRP).
Por último, el regulador puso en consulta pública la modificación al acuerdo por el cual se atribuyen frecuencias de espectro radioeléctrico para prestar servicios auxiliares de radiodifusión.
- See more at: http://www.telesemana.com/blog/2015/07/10/mexico-tambien-buscara-regular-a-los-mvnos/#sthash.QqeLnvDA.dpuf

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Automação de condomínios: novo filão a ser explorado em IoT


Fernando Paiva
Um novo filão que começa a ser explorado pelas empresas especializadas em automação residencial é o de automação de condomínios. O segmento pode compensar em certa medida a retração do mercado de automação residencial este ano, afetado pela crise econômica do País. É um mercado novo, mas que abre uma série de possibilidades, aponta Paulo Salim, diretor da Omni House, empresa especializada em projetos de automação no ABC Paulista.

São várias as soluções de automação que podem interessar a um condomínio residencial. As luzes das áreas comuns, por exemplo, podem ser programadas para acender e apagar de acordo com a luminosidade externa, medida através de sensores. No salão de festas, especificamente, pode ser programado para a iluminação abaixar gradativamente quando faltar dez minutos para o fim do horário de funcionamento previsto na convenção do condomínio, o que seria uma maneira de evitar atritos entre condôminos e evitar dor de cabeça para síndicos e porteiros. O controle de equipamentos também pode ser automatizado, como ligar e desligar a bomba da piscina, evitando erros humanos e diminuindo a necessidade de treinamento a cada novo funcionário contratado. O mesmo vale para equipamentos para regar os jardins.
"O grande problema é que condomínios não são construídos pelos moradores. E as construtoras não querem ter um gasto a mais. Estamos tentando convencê-las a pelo menos deixarem a infraestrutura pronta, com os conduítes preparados etc. Assim, temos um projeto de pré-automação pronto", explica Salim.
A conexão com os equipamentos pode ser feita via cabo ou Wi-Fi, ou de maneira híbrida, dependendo do local e do tipo de automação necessária. O controle costuma ser feito através de interruptores e painéis com display de cristal líquido, mas também por meio de tablets e smartphones, quando solicitado pelo cliente – o custo, contudo, é alto, pois requer não apenas o dispositivo, mas uma licença de software.
Mercado
Salim relata que houve uma redução na quantidade de projetos de automação residencial no primeiro semestre realizados pela sua empresa, em razão do contexto macroeconômico do País. Antes, vinha crescendo entre 10% e 15% ao ano, puxada pelo aumento do poder aquisitivo da população e pela redução no custo dos equipamentos – o foco da Omni House são apartamentos entre R$ 700 mil e R$ 1,5 milhão no ABC paulista. "Este ano, se estagnar vai ser um bom resultado. O mais provável, contudo, é uma retração da ordem de 5%. E a tendência é piorar nos próximos anos, com a diminuição do lançamento de imóveis", lamenta o executivo.

Conecta, a MVNO da Porto Seguro, prepara migração para 4G


Fernando Paiva

A Conecta, operadora móvel virtual (MVNO, na sigla em inglês) da Porto Seguro, pretende oferecer a seus clientes conexão móvel de quarta geração (4G) ainda este ano. Para tanto, a empresa precisa atualizar seu core de rede, fornecido pela Ericsson, o que deve acontecer até meados de outubro, promete o superintendente da Conecta, Tiago Galli. Uma vez feita essa atualização, o 4G passa a estar disponível em toda a área de atuação da Conecta (cidades com DDD 11, 12, 13, 19 e 21) onde haja cobertura com essa tecnologia provida pela TIM, operadora parceira detentora da rede de acesso usada pela MVNO.
Há alguns meses, os SIMcards vendidos pela Conecta já são adaptados para 4G. Portanto, clientes recentes não precisarão trocar de chip. Somente os mais antigos terão que fazer a mudança para poderem acessar a rede de quarta geração.
Atualmente, mais de 90% dos assinantes de voz da Conecta possuem smartphones. Contudo, Galli não sabe estimar qual a proporção deles com terminais compatíveis com 4G.
Base
A MVNO possui hoje 370 mil linhas ativas – 40 mil delas estão em celulares e 330 mil, em módulos de comunicação entre máquinas (M2M). A base praticamente dobrou em um ano e vem crescendo a um ritmo de 15% ao mês.
"É natural que a gente se descole do resto do mercado mais maduro porque estamos em fase de expansão", explica Galli. Além disso, no contexto de crise econômica vivida pelo País, o executivo acredita que o cliente da Porto Seguro está percebendo o valor dos descontos propostos pela empresa na combinação entre seus produtos: há um bônus no prêmio do seguro de automóvel para quem assina a Conecta, por exemplo.
O objetivo essencial da MVNO é fidelizar os segurados da Porto Seguro: a vasta maioria dos assinantes são clientes do seguro de automóvel e do cartão de crédito da marca. Os planos são comercializados através dos corretores da Porto Seguro. 100% da base é pós-paga.

domingo, 12 de julho de 2015

Melhor que proibir o Uber é fortalecer os taxistas, diz chefe do Cade


Sergio Lima/Folhapress
O presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinicus Marques de Carvalho
O presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinicus Marques de Carvalho
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A proibição do uso de aplicativos de carona como o Uber pode prejudicar os consumidores, diz Vinicius Marques de Carvalho, presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), órgão de defesa da concorrência.
Segundo ele, é preciso debater a regulamentação do serviço e a criação de mecanismos que deem aos taxistas condições de concorrer com os novos rivais.
"O único debate que hoje não vai fazer bem à sociedade, pelo menos do ponto de vista da lógica concorrencial, é o voltado para uma discussão binária do pode ou não pode", disse à Folha.
Segundo ele, inibir aplicativos de compartilhamento é um erro.
Carvalho afirma que o Airbnb, por exemplo, está sendo usado como um dos principais mecanismos de hospedagem para a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro.
"Não conheço sociedade que se desenvolveu sem permitir que a inovação floresça e não podemos colocar isso em risco em nome de interesses corporativos, que em várias situações colidem com a defesa da concorrência", disse.
O Cade investiga se associações de taxistas vêm infringindo a lei da concorrência na tentativa de inibir o uso do Uber no país. Nas últimas semanas, a câmara legislativa do Distrito Federal e a câmara municipal de São Paulo aprovaram projetos inibindo o uso do serviço.
O Uber funciona hoje em São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
*
Folha - Estudantes do Distrito Federal entraram com representação no Cade, acusando taxistas de abusar de medidas judiciais e fazer pressão política contra o aplicativo Uber, prejudicando, assim, a concorrência. Há base para ação do Cade?
Vinicius Marques de Carvalho - Essa é a avaliação que a superintendência-geral está fazendo nesse momento.
A representação menciona não só o abuso de direito de ação, que em inglês é o sham litigation, como a incitação à violência física e verbal contra concorrência e consumidores, ameaças públicas, pressão junto a agentes públicos e ações de natureza anticompetitiva.
Essas possíveis condutas de fato podem, após uma análise profunda que será feita pela superintendência-geral, se configurarem num ilícito anticoncorrencial.
Mas essa avaliação ainda está sendo feita. É importante separar duas coisas. Uma é a análise de possíveis condutas de agentes econômicos, no caso os taxistas ou as associações, de taxistas, para impedir a atuação de um possível concorrente no mercado.
Em relação a isso, a forma que o Cade pode atuar é abrir uma investigação para avaliar se de fato são condutas anticompetitivas.
Outra dimensão que o Cade pode atuar diz respeito a possíveis legislações e regulamentações que inibam ou proíbam a atuação de aplicativos.
Se houver medidas judiciais contra essas legislações, o Cade pode atuar como "amicus curiae" [interessado no causa], auxiliando o Judiciário, para que ele tome uma decisão sobre a possível inconstitucionalidade de medidas proibitivas de empresas nesses mercados.
O Cade não pode forçar, portanto, um recuo no Legislativo.
Não. O que o Cade pode fazer é emitir opinião ou fazer um estudo sobre impactos anticompetitivos e inibidores da livre concorrência decorrente dessas legislações e ofertar ao Judiciário.
Quais serão os próximos passos do Cade?
Hoje há uma representação com pedido de medida preventiva. A superintendência está avaliando se há elementos para estabelecê-la.
Por exemplo, se o tempo da investigação do Cade pode gerar uma ameaça muito clara à livre concorrência e, por isso, uma ação imediata é necessária. O que eles [os universitários] pedem é a adoção da medida preventiva para que se determine a cessação de quaisquer atos abusivos, como uso despropositado de medidas judiciais, uso de violência e pressão junto ao legislativo.
Pode-se ainda abrir um processo administrativo para investigar a conduta e, é nesta fase, que se está hoje.
Estamos diante de um cenário em que várias condições tecnológicas se alteraram nos últimos anos, muita inovação ocorreu nesses mercados. As pessoas estão falando muito do Uber, mas não é só ele. É tudo que se enquadra na chamada economia de compartilhamento.
Uber, Airbnb [plataforma para hospedagem] e outros.
Quando estamos diante de uma inovação como essa, normalmente interesses corporativos se apresentam para preservar o status quo. E a grande discussão que se coloca é quais interesses irão prevalecer.
O Cade tem um foco muito imediato no interesse na defesa da concorrência e do consumidor, que é um ator que, me parece, está sendo desprezado nessas discussões.
A sociedade quer esse serviço ou não? Nos lugares em que esses aplicativos [de carona] apareceram e hoje são permitidos, o que se fez foi adaptar a regulação para se lidar com o serviço de maneira adequada, permitindo a oferta à população e até certa pressão para a melhora do serviço de táxi no caso.
O sucesso do Uber até agora sinaliza que o serviço é necessário?
O sucesso é aferido pelo fato de você ter ou não crescimento de determinado serviço. É uma decisão do próprio consumidor, considerado de maneira agregada.
Se a sociedade e o Estado brasileiro não tiverem o foco no interesse do consumidor, talvez estivéssemos fazendo até hoje as ligações por meio de telefonista.
Há inovações que de fato ameaçam determinados modelos de serviços e profissões são alteradas.
O serviço de táxi é caracterizado por assimetrias de formação. Quando chama o táxi, você não sabe o estado do veículo, o preço final que irá pagar pela corrida e a confiabilidade do condutor.
Além disso, há problemas de coordenação. Muitas vezes, há muito táxi em áreas de pouca demanda e pouco táxi em áreas de muita demanda.
Esses aplicativos geram desafios para esse modelo regulatório antigo.
E por que o modelo antigo não se adapta? Existem aplicativos de táxi também, que cumprem um papel interessante de evitar algumas dessas falhas, mas esses novos aplicativos suprem outras falhas.
Há o Uber, mas há outros que, se já não estão por ai, devem chegar.
O Waze [aplicativo de trânsito e navegação] está testando um sistema de carona remunerada. Enquanto sociedade, diremos que isso não pode, que é ilegal?
Qual o impacto que isso tem em termos de mobilidade urbana também? Esse é um debate que a sociedade tem de fazer.
Não conheço sociedade que se desenvolveu sem permitir que a inovação floresça e não podemos colocar isso em risco em nome de interesses corporativos que em várias situações colidem com a defesa da concorrência.
A lei 12.468, sancionada pela presidente Dilma em 2011, define que é atividade privativa dos profissionais taxistas o transporte público individual. A lei exige cursos e o uso de taxímetro para cidades acima de 50 mil habitantes. Considerando a lei em vigor, o serviço do Uber não é ilegal?
Não sei se quando escreveram a lei estavam diante dessas possibilidades de inovação.
Qualquer regulação que exista tem de ser responsiva às inovações, não pode se configurar em mecanismos que inibam soluções inovadores para diversos mercados. Esse é um ponto em que ninguém diverge.
Outro ponto é que ninguém está dizendo que esses aplicativos não tem de ter regulação.
Nos Estados Unidos, houve uma necessidade de se fazer adaptação na legislação em várias cidades para viabilizar a convivência entre esses serviços e os de táxi tradicional. Se não se encaixa na interpretação formal da legislação, o correto é dizer que é ilegal ou é pensar maneiras de adaptar e regulamentar, permitindo que esses serviços consigam atuar em nome de um interesse maior que o é interesse da sociedade e da maior concorrência?
Essa é a avaliação que deveria estar sendo feita. É dessa perspectiva que tem de ser debatido e não de um interesse corporativo específico que está sendo atingido e representado como um interesse que está acima da sociedade como um todo. No mínimo, é preciso debater o tema sem preconceito.
O porta-voz do Uber afirmou à TV Folha que a legislação anda mais devagar do que a inovação e, colocar o Uber no modelo antigo, seria comparar Netflix e TV. O sr. concorda?
Eu concordo com a ideia de que você pode ter situações que gerem impacto nas regulações e a lei tem de ser adaptar à realidade, tem de ser responsiva ao interesse da sociedade. Inovação gera desenvolvimento econômico e pode gerar qualidade. E o serviço de táxi pode ser um serviço receptivo à inovação.
Faz sentido hoje, por exemplo, você ter um limite de licenças [para táxi]? Esses serviços novos só aparecem porque existe uma demanda.
Pegando o exemplo Brasília: tem 30 anos que não há novas licenças de táxi. Quantos habitantes havia em Brasília e quantos há hoje? Será que a demanda não aumentou?
No ano 2000, o Cade emitiu uma decisão num caso dizendo que o desconto na tarifa de táxi tinha de ser permitido. Faz sentido que o táxi seja tarifado do jeito que é? Que interesses estão sendo preservados?
Qualidade é muito mais importante em algumas situações do que a regulação de preço. Ninguém está falando que não tem de haver regulação. Restaurantes, por exemplo, você pode abrir em qualquer lugar do país. Não existe nenhuma lei municipal dizendo quando restaurantes têm de haver numa cidade. É uma atividade que você quer regular. Precisa de uma série de autorizações, inclusive, relacionados à saúde pública.
Para preservar a qualidade, faz sentido impor limite de restaurantes? Não.
Por que então, para preservar a qualidade e segurança de serviço de táxi, tem de impor um limite? Se a pessoa e o veículo preencherem os requisitos, que os municípios vão dizer quais são, por que ela não pode fornecer o serviço? Quando aparece um novo aplicativo como esse, toda essa discussão acaba sendo colocada de volta.
O que o sr. diz é que o sistema atual precisaria de qualquer maneira de uma revisão.
A discussão necessária é em que medida e como esses aplicativos poderão atuar e também como o próprio serviço de táxi pode se ajustar para competir. Essa discussão é muito mais saudável do que o debate de que, na minha opinião tem impactos concorrenciais negativos a princípio, de vamos proibir esses aplicativos e ponto final.
Que interesse está sendo preservado com a simples proibição dessa atividade? É do consumidor, é da sociedade brasileira? Em nome de quem o Estado brasileiro vai proibir a atuação de qualquer atividade inovadora?
O Airbnb é outro fenômeno da economia do compartilhamento e hoje já está sendo adotado como um dos principais mecanismos de hospedagem para as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. É o caso de proibir e dizer que só quem pode hospedar cobrando por isso é hotel e pousada? Ou será a de entender que o Airbnb é uma realidade e temos de pensar um jeito de dar as condições necessárias para que esse mercado se desenvolva?
É essa decisão que se precisa ter.
O debate envolve a questão do pagamento de tributos.
Sim. Pode ter uma debate sobre tributos, sobre regulação de qualidade. Esses debates não tem de ser interditados de forma alguma.
O único debate que hoje não vai fazer bem à sociedade, pelo menos do ponto de vista da lógica concorrencial, é o voltado para uma discussão binária do pode ou não pode.
Os taxistas argumentam que o Uber é uma concorrência desleal. Já os defensores do aplicativo lembram dos incentivos fiscais concedidos aos taxistas para a compra de carro, por exemplo. O que o sr. considera ser mais distorcido na relação que já existe?
Não fiz essa conta. E da perspectiva da autoridade de defesa da concorrência, ela não é necessária. O que se avalia aqui é a possibilidade um novo serviço para a população. Se você tem custos maiores de um lado ou de outro, talvez seja o caso da regulação criar mecanismos de equalização. Mas, usando o caso de Brasília novamente, não há novas licenças há trinta anos. Então, essas licenças já foram amortizadas.
Há um comércio de licenças? Pode ser que tenha, mas tem de ser abordado se é legal ou ilegal. Hoje, as licenças têm um valor decorrente do fato de que não há novas autorizações. Por isso, elas valem muito.
Se há uma alternativa ao motorista entre comprar uma licença e ir para o Uber, a tendência é que o preço dessa licença caia.
O problema de fundo é o fato de que essas licenças vão perder valor. Muitas vezes os donos não são os motoristas.
Há alguns anos, as pessoas ficavam na fila para adquirir linha de telefone, porque era um investimento e, de repente, com o aumento da concorrência no serviço de telecomunicações, o valor da linha chegou a zero praticamente. Isso foi ruim para a sociedade brasileira? É dessa perspectiva que a gente tem que discutir e não da perspectiva do detentor da licença. Talvez possa ser necessário certa compensação em determinados casos.
Será preciso avaliar.
O Uber diz que é somente uma empresa de tecnologia que liga motoristas a passageiros. Mas o próprio site faz propaganda da facilidade de ter a tarifa estimada antes da corrida e dividir a conta com amigos por meio de cartão de crédito. A argumentação do Uber se sustenta?
Da perspectiva da defesa da concorrência, o fato de ele ser um intermediador ou não importa pouco. Trato o Uber como agente econômico que gerencia via uma plataforma de tecnologia um mercado de dois lados. Como o Airbnb.
Todos esses aplicativos obviamente têm objetivos empresariais, econômicos. Tratando-o como um mero intermediador ou como alguém que presta um serviço diretamente de transporte individual privado, não importa. Tem de se discutir a regulamentação e garantir que o interesse do consumidor final seja resguardado.
Na França, o governo vem agindo para proibir. O desenrolar do debate na Europa pode servir de guia para a forma como o serviço será tratado aqui?
Na última reunião do comitê de defesa da concorrência da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), houve uma discussão em que várias autoridades de defesa da concorrência se colocaram a favor do estímulo a essas inovações, chamadas de disruptivas e que têm envolvido o surgimento desses aplicativos. Inclusive em países como Espanha, Alemanha e França, em que há uma discussão sobre legislações restritivas ou não.
Nosso papel como agente de defesa da concorrência é colocar essa perspectiva em discussão. Sabemos que há tantas outras tão legítimas quanto. Mas é preciso colocar isso na mesa. É o que tem sido feito pelas autoridades nos diferentes países. Como isso tem sido absorvido pela legislação, é de cada país. Mas em geral, as autoridades estão coordenadas e compartilham da mesma preocupação, que é favorecer de fato a concorrência.