terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

O futuro da nuvem é híbrido, acredita EMC



Pesquisa da provedora aponta que empresas ainda estão reticentes quanto a levar aplicações críticas para estruturas públicas
Computerworld, Felipe Dreher
10 de fevereiro de 2015 - 11h59

A computação em nuvem continua a adquirir importância crescente para as organizações. Um estudo recente com mais de 10 mil executivos de tecnologia espalhados por 33 países encomendado pela EMC indica que o futuro da cloud será uma mescla entre estruturas e sistemas rodando dentro das organizações e  conversando com arquiteturas fora dos muros das companhias.

“O modelo hibrido será predominante em alguns anos no curto prazo”, acredita Welson Barbosa, diretor de cloud da provedora de soluções de armazenamento para a América Latina. O executivo observa que grande parte das organizações já roda algum tipo de tecnologia em ambientes privados, que passarão por uma fase de consolidação. Quando isso ocorrer, o mercado acelerará movimentos rumo a estruturas públicas, alavancando a criação de pontes entre esses dois mundos.

A ideia é que os projetos de levar recursos de missão crítica para um ambiente em nuvem, preconizado por consultorias de mercado, fortaleçam a abordagem de fluxos internos e externos como forma de não perder o controle do que é, de fato, importante para a organização. 

De acordo com o levantamento da EMC, a adoção de nuvens híbridas cresceu 9% desde 2013, com 27% de penetração no planeta, sendo a taxa mais alta na região da Europa, Oriente Médio e África (28%), seguida da América Latina (24%) e Ásia-Pacífico e Japão (24%).

"Os mercados com a economia de TI mais desenvolvida lideram a corrida pela adoção de nuvens", indica a provedora sinalizando que as economias emergentes são mais lentas no processo, pois "parecem ter mais aversão ao risco", revertendo menores níveis de penetração das nuvens em geral.

Empresas de mercados emergentes, no entanto, demonstram uma visão mais positiva do departamento de TI com relação a mega tendências – 79% dizem esperar uma grande vantagem competitiva a partir de nuvem, mobile, social e big data (contra 75% nos "países desenvolvidos"). Além disso, 67% acham que combinar nuvens públicas e privadas vai melhorar sua segurança e agilidade (contra 60% nos "países desenvolvidos").

Algumas dúvidas

“Enquanto as organizações se movem cada vez mais online, apenas 16% dos entrevistados estariam dispostos a hospedar qualquer aplicação em uma nuvem pública”, sentencia o relatório. As aplicações que a maioria dos entrevistados não estariam dispostos a colocar em nuvens públicas incluem planejamento financeiro (39%), gestão de capital humano (35%) e sistema integrado de gestão empresarial (ERP) (32%).

O levantamento aponta, ainda, que 69% dos entrevistados acreditam que capacitar a equipe de TI para acompanhar as implicações de mega tendências como nuvem, mobile, social e big data será um desafio para suas empresas nos próximos dois anos. Além disso, 74% acreditam que a crescente automação de sua infraestrutura seja fundamental para o crescimento dos negócios.

A EMC afirma, ainda, que conforme as empresas perdem o controle dos gastos de TI, 71% acreditam que os profissionais de TI devem começar a funcionar como intermediários ou corretores dentro da empresa, para promover serviços sob demanda e, assim, ajudar a empresa a crescer. Entretanto, 35% dos entrevistados acreditam que sua organização não possui o grau de habilidade e conhecimento necessários para alcançar as prioridades do negócio.

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