sábado, 30 de maio de 2015

Offload inteligente é uma saída para atender à demanda de tráfego


sexta-feira, 29 de maio de 2015, 12h39




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Durante a semana, o estudo de mercado Visual Network Index (VNI) da Cisco apontou para uma tendência de crescimento na quantidade de hotspots no mundo, incluindo o Brasil, que deverá ter 55% de todo o tráfego IP distribuído por Wi-Fi em 2019. Muito desse montante será com a função de offload da rede móvel, algo que as operadoras começam a entender como necessário para desafogar a infraestrutura, redirecionando tráfego mais intenso para uma conexão com maior capacidade. É inclusive ponto-chave da estratégia do Google nos Estados Unidos como operadora móvel virtual (MVNO), o Project Fi.
Tecnologia semelhante está sendo oferecida pela companhia irlandesa Openet, que tem realizado testes com operadoras brasileiras para a solução Access Network Detection Selection Function (ANDSF), que permite o roteamento entre diferentes redes Wi-Fi ou infraestrutura de rede móvel de maneira transparente. A diferença em relação à solução do Google, segundo explica o diretor de serviços da fornecedora, Ricardo Ferreira, é que a solução que começa a ser oferecida no País permite uma gestão inteligente dos clientes baseado no BSS. "As operadoras têm visibilidade de histórico, de quanto o cliente gasta e que tipo de tráfego normalmente usa, e tudo isso pode ser utilizado como input para tomar decisão de manter o usuário na rede móvel", explica. Além disso, a tecnologia da MVNO do Project Fi se restringe a aparelhos Nexus.
A ANDSF é padronizada pelo 3GPP, mas a Openet a integra com o gerenciamento de políticas da Openet como PCRF (Policy and Charging Rules Function) e Interaction Gateway, permitindo tomar decisões de offload baseados em contexto. "Do ponto de vista tecnológico, é basicamente uma decisão de levar ao Wi-Fi ou de permanecer na rede móvel", resume. No entanto, é necessário ter instalado um aplicativo, que a companhia sugere que seja o da própria operadora, atualizado com a tecnologia da fornecedora.
Com isso, a operadora pode jogar o tráfego de vídeo do usuário para a rede Wi-Fi, por exemplo, enquanto mantém uma conexão com servidor de e-mails em uma rede móvel. "A solução pode instruir, aplicar a política para reduzir a largura de banda daquele cliente como algo muito pequeno", declara o executivo. A plataforma ainda permitiria detectar o tráfego Wi-Fi como parte da franquia de dados mensal do usuário, ou estipular um acesso gratuito em offload para determinados planos.
Outra forma de monetizar é a de selecionar aqueles que não utilizam a rede móvel para determinado tráfego, como atualização de aplicativos ou download de imagens/vídeos no WhatsApp. "Com isso, pode-se fazer marketing direcionado para aqueles clientes nos quais se identificou o comportamento."
Desenhar esse perfil significa ter acesso a informações de navegação do cliente. Mas a questão da neutralidade de rede, no entanto, não é um impedimento, na visão da Openet. "Claro que no Brasil essa discussão é mais complexa por causa da neutralidade e do Marco Civil, mas não é preto no branco, já que esses pacotes que a Claro e a TIM comercializam nem seriam possíveis de outra forma", defende Ferreira.
O diretor de serviços da Openet não divulga quais operadoras brasileiras estão realizando testes, tampouco se alguma está próxima de fechar contrato, mas afirma que uma tele na Espanha já conta com a solução de offload inteligente. Mas ele explica que os casos em estádios durante a Copa do Mundo no ano passado chamaram a atenção das teles para a questão do offload. "As empresas não tinham clareza nessa solução inteligente, e esse questionamento levou a gente a conversar com as operadoras locais, e isso foi um marco", garante

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Utilities e WiMAX Forum buscam liberação de faixas de 3,5 GHz e 2,5 GHz para smart grids


quinta-feira, 28 de maio de 2015, 17h39




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Na semana passada, cerca de 40 empresas de distribuição de energia elétrica, entre elas gigantes como Eletropaulo, CPFL, AES, CEMIG, Copel etc., além de fornecedores de soluções de smart grid, estiveram na Anatel para pleitear a liberação da parcelas do espectro de 3,5 GHz e 2,5 GHz para serviços de telecomunicações voltados a serviços críticos, como energia. A apresentação principal ficou a cargo do WiMAX Forum, entidade que há mais de uma década advoga em defesa do padrão WiMAX, hoje uma referência importante para plataformas de redes elétricas inteligentes. Segundo Declan Byrne, presidente do WiMAX Forum, o principal ponto colocado pelos presentes foi a necessidade de espectro licenciado para serviços de infraestrutura crítica. "Há experiências em espectro não-licenciado, mas é complicado pensar em operações em maior escala", diz ele.
Especificamente, o WiMAX Forum e as utilities de energia pediram à Anatel que considere a alteração nas Resoluções 537/2010 (que trata da faixa de 3,5 GHz) e da 544/2010 (que trata da faixa de 2,5 GHz). No caso da faixa de 3,5 GHz há a previsão de um bloco de 10 MHz para comunicação de dados dedicada a projetos de inclusão digital, usando tecnologias TDD. Já no caso da faixa de 2,5 GHz, a previsão é de 15 MHz TDD, também para inclusão digital. A proposta do grupo é que a Anatel mude as resoluções para permitir, na faixa, além de projetos de inclusão digital, também serviços críticos (serviços de governo, segurança, utilities, transporte etc.). "Muitos países estão usando essas faixas para aplicações críticas, como o Japão". O pleito das empresas não é um leilão dessas faixas, mas a cessão a título não oneroso para usos exclusivamente de aplicações de smart grid.
O trabalho com a Anatel nesse sentido já existe há cerca de um ano, diz Byrne. Segundo ele, o próximo passo combinado com a agência é a apresentação de um relatório, nos próximos 60 dias, detalhando as propostas e iniciativas possíveis. Segundo ele, há outras faixas que interessariam às utilities, incluindo 700 MHz e 1,8 MHz, mas hoje, com as faixas de 2,5 GHz e 3,5 GHz, já é possível atender bem áreas mais densas, mesmo as muito edificadas.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Em cinco anos, maior parte dos dados vai transitar por WiFi


De acordo com pesquisa da Cisco, 53% do tráfego IP será acessado pela tecnologia, enquanto 3G ou 4G representarão 14%.



A pesquisa Visual Networking Index, divulgada nesta quarta-feira (27) pela Cisco, fornecedora de infraestrutura para telecomunicações, mostra que o WiFi se tornará uma tecnologia cada vez mais importante para a estratégia de entrega de tráfego IP pelas operadoras mundo afora. De acordo com o relatório, haverá um crescimento exponencial do uso da tecnologia sem fio, bem como das conexões 3G e 4G.
Em se tratando de WiFi, a projeção, baseada em levantamento da empresa de pesquisa Maravedis Rethink, é de que em 2018 existam 341 milhões de hotspots ao redor do planeta. São considerados hotspots os pontos de acesso coletivo, que podem ser geridos ou por operadoras, ou pelas comunidades e organismos públicos. Diferem, porém, dos pontos de acesso individuais, instalados nas casas dos assinantes de banda larga. A Cisco não divulgou quantos hotspots existem hoje.
Segundo Hugo Baeta, diretor regional de operadoras da Cisco, o WiFi vai dominar, com folga, embora haja um crescimento forte nas outras modalidades de acesso. As operadoras devem aproveitar para ofertar produtos em torno deste crescimento. “Existe oportunidade de monetizar, tornar o WiFi um negócio complementando as ofertas de 3G e 4G. Não só pelo offload, mas para fazer coisas que com WiFi é melhor, como entregar serviços de localização indoor”, diz. Interessada no tema, por ser uma das principais fabricantes de roteadores WiFi, a Cisco estima que, em 2019, 53% do tráfego IP virá de conexões WiFi, enquanto 14% via conexões móveis, como o 3G ou 4G, e 33% por conexão fixa.
O consumo de dados vai crescer em todas as modalidades de acesso, inclusive a fixa, nos próximos cinco anos. A quantidade de informação transitada por acesso móvel (3G/4G) vai crescer, de forma composta (CAGR) 57,3% ao ano. Via conexão fixa, 11,4%. Por WiFi, a partir de dispositivos móveis, 67,5%. E por WiFi, a partir de dispositivos fixos (como PCs), 21,1%.
No Brasil não será diferente. O Wifi será responsável por 55% do tráfego IP em 2019, enquanto as conexões fixas, cabeadas, representarão 31%. Os acessos móveis, por rede celular, representarão 14% do tráfego total.
A companhia também projetou o consumo por dispositivo. Embora o smartphone esteja disseminado, a quantidade de dados consumidos por meio deles fica abaixo da vista nos tablets e PCs. No final de 2014, os smartphones consumiam, na média mundial, 0,8 Gb de dados por mês. Os tablets, 6,3 Gb. E os PCs, 24 Gb. Em 2019, os números serão, respectivamente, 3,6 Gb, 26,5 Gb e 37,8 Gb. A participação dos objetos conectados no tráfego IP deve permanecer baixa. Atualmente são responsáveis por 0,05 Gb por mês, em 2019, serão por 0,39 Gb no mês.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Sistema de Internet das Coisas da Huawei já equipa wearables da companhia

       

Bruno do Amaral, de Pequim, a convite da Huawei

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Anunciado nesta semana, o sistema operacional de Internet das Coisas (IoT) da Huawei, o LiteOS, já tem certa maturidade: ele já é utilizado em produtos da empresa. Segundo informou a companhia, a plataforma equipa os wearables, como a smart band TalkBand, além de componentes e sensores de smartphones. Mas a fornecedora chinesa garante que o software nunca será limitado a aparelhos da própria marca. "A nossa estratégia chave é construir um ecossistema, então estamos fazendo parceria com fornecedores da camada de aplicativos", declara o CTO da divisão de Enterprise da Huawei, Wu Chou.
A chave para o sucesso do LiteOS, no entanto, será a quantidade de parcerias que a Huawei terá. A companhia acredita que, ao oferecer o sistema com código aberto, atrairá desenvolvedores a embarcar na iniciativa. "Oferecer um sistema open source assim é raro, geralmente é coisa de um bando de hackers", brinca Chou. E ele garante que a fornecedora também não irá fechar o ecossistema por meio de uma loja de aplicativos exclusiva. "Em algumas indústrias, se o cliente não propor e não tiver parceiro para o follow-up, a Huawei poderá usar uma demonstração com aplicações, mas não vamos pegar apps para vender ao mercado", declarou o executivo.
O LiteOS também terá compatibilidade com outros sistemas, até para facilitar a interação com smartphones e outros wearables. "Podemos dar suporte ao Google Wear, e o Huawei Watch suporta o Google Gear", explica Chou. A ideia é que o software seja extensível, capaz de ter linhas de código adicionadas para incluir protocolos e funcionalidades. Mas o executivo explica que a segurança do sistema não diminui com isso. "Trabalhamos muito para ter segurança, temos algumas proteções em linhas de informação core." De qualquer forma, a Huawei também oferece solução de proteção para IoT na camada de gateways, que também foi anunciada nesta semana, durante o Huawei Network Congress 2015, em Pequim.

Utilities se unem para testar smart grid no Paraná


Ana Paula Lobo* ... 25/05/2015 ... Convergência Digital
Com investimentos de quase R$ 30 milhões em automação de serviços, a Copel - distribuidora de energia do Paraná - está realizando um teste com cerca de 900 medidores inteligentes, sendo que 100 são ligados às empresas de água e gás.
O teste conjunto, explica o gerente do Departamento de automação na distribuição da Copel, Julio Shigeaki Omori, é para viabilizar a redução de custos no acesso à comunicação. Hoje, explica ainda o executivo, esse teste acontece sem a participação das operadoras. Foi contratado um provedor de Internet, via rádio, para garantir a distribuição das informações em tempo real.
"A rede móvel tem problemas. Não tem a disponibilidade que necessitamos, há problemas de latência e muita variação de desempenho. Quando chove, por exemplo, os links caem. Não podemos enfrentar esses problemas, mesmo com a infraestrutura tendo sido melhorada", explicou Omori, que participou do evento SmartCity Business, realizado no dia 13 de maio, em Curitiba, no Paraná.
"Exatamente porque temos que pensar em rede própria de última milha, não vejo os medidores inteligentes como o grande projeto de smart grid. O medidor inteligente seria excelente, mas o cuto é muito elevado hoje. Teria que haver um grande corte no acesso à comunicação e na aquisição dos medidores", acrescentou Omori.

O grande projeto, hoje, de rede inteligente da Copel é a reconfiguração automática da rede de energia. Com isso, se minimiza os riscos de 'apaguinhos' e se mantém o serviço em áreas mais densas. Segundo Omori, hoje, cada brasileiro fica, em média, 17 horas sem energia.
O projeto da Copel prevê ficar apenas 25 minutos sem energia no ano. "Em Curitiba, essa meta já foi atingida com a reconfiguração automática. Vamos expandir, agora, o sistema para quatro cidades no Estado", antecipou o executivo.

*Ana Paula Lobo viajou a Curitiba a convite da TIM Brasil

O futuro é dos carros conectados



Se você acha que só a indústria da informação (música, audiovisual, imprensa etc.) será revolucionada pela tecnologia, engana-se. O mundo físico, dos bens de consumo e de produção, segue na mesma rota. A bola da vez é a indústria automobilística. O carro é o novo "gadget": conectado, cheio de aplicativos, capaz de analisar dados e, por que não dizer, de vigiar motoristas e os lugares por onde passam. Tal qual o "smart phone", surge agora o "smart carro".
Um exemplo disso é o aplicativo Drive Like a Girl (dirija como uma garota). A empresa constatou que mulheres jovens dirigem de forma bem mais segura do que os homens. Com isso, desenvolveu um curioso modelo: se você dirige "como uma menina", ganha desconto no valor do seguro anual.
A empresa instala uma "caixa-preta", que é conectada à internet, no carro do usuário. Ela monitora todos os deslocamentos com precisão. Se o motorista acelera ou freia suavemente, se respeita os limites de velocidade, se não faz conversões proibidas e assim por diante, acumula descontos no seguro. Além disso, se ocorrer um acidente, a "caixa-preta" liga automaticamente para a emergência e pede o socorro.
Esse sistema é hoje facultativo. O motorista instala se quiser. Mas, nos próximos anos, vai se tornar padrão. E passa a ser de interesse não só do setor privado, como é hoje, mas também do setor público.
Nada impediria a criação de um desconto no IPVA anual para motoristas que dirigissem com segurança ao longo do ano. Esse seria um incentivo econômico para a redução da violência no trânsito: premiar a condução responsável.
Mas há também o outro lado: a vigilância. Em vez de "prêmios", pode haver monitoramento e aplicação automática de penalidades. Hoje muitos motoristas ficam incomodados com os "pardais" que monitoram velocidade, mas em breve as multas poderão ser aplicadas a partir do próprio registro do deslocamento do veículo captado pela internet. Os radares e fiscais de trânsito ficariam para trás, já que dá para saber com precisão a velocidade e a trajetória e também se alguma lei de trânsito foi violada durante a condução do veículo.
Essas informações já são coletadas, processadas e analisadas. Boa parte dos motoristas em São Paulo usa o Waze ou aplicativos similares. Ao fazer isso, dados detalhados sobre o deslocamento do veículo são enviadas para o app.
Em tese, a partir deles, já seria possível implementar diferentes convênios premiais para quem dirige bem ou para punir quem guia mal. Mas ninguém cruzou essa linha ainda, até porque há uma discussão relevante sobre a privacidade desses dados.
Não são só as indústrias que se transformam com a tecnologia. É o próprio Estado, que vê sua capacidade de regular e de tributar alterada profundamente. Se isso estará em sintonia ou não com o interesse público, já é outra conversa. 

sábado, 23 de maio de 2015

IoT Market Will Grow 19 Percent in 2015, IDC Predicts


An IDC report indicates the market for the Internet of Things will only become more robust over the next few years. An increase use in retail digital signage will help the IoT market grow 19 percent in 2015.
IoT World: Separating Smart And Dumb Things
IoT World: Separating Smart And Dumb Things
(Click image for larger view and slideshow.)
The market for the Internet of Things, which refers to the network of Web-connected physical objects -- this includes everything from Nest thermostats, to dishwashers, to heart monitors -- is expected to grow 19% in 2015, according to IT research firm IDC's second annual IoT forecast.
The digital signage market is projected to be a major driver of growth. Thanks to growing use in the retail market, the one part of IoT is expected to grow from $6 billion in 2013 to $27.5 billion in 2018, representing a 35.7% five-year compound annual growth rate (CAGR).
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The IDC report, which highlights worldwide spending across IoT use cases, for smart appliances, automated public transit, remote health monitoring, and connected vehicles, among others, focuses on growing IoT use in 11 vertical industries.
While the buzz around IoT is certainly gaining, it's hard to tell what type of an affect this technology will have on corporate IT departments, as well as enterprises of all sizes. While certain segments of the consumer market are seeing some IoT infiltration, and companies are starting to collect data based on sensors, there are still a number of contentious security and privacy issues that need to be worked out.
In the United States, the hottest market is expected to be in connected vehicles, with nearly 35% year-over-year growth anticipated in 2015.
(Image: (C)iStockphoto.com/alengo)
(Image: ©iStockphoto.com/alengo)


Driven by ongoing efforts to increase efficiency and link islands of automation, the IoT market in manufacturing operations will grow from $42.2 billion in 2013 to $98.8 billion in 2018, a five-year growth rate of 18.6%.
According to a report released earlier this week by research firm Berg Insight, global shipments of connected digital signage displays grew by 21.7% to 7.3 million units in 2014.
Market growth is being driven by greater demand for digital signage solutions in a wide spectrum of different markets, as well as technological advancements and a continued decline in prices.
With concurrent expansion in both the high-end segment and the entry-level segment, Berg Insights projects global shipments of digital signage displays will grow at a CAGR of 18.7% in the next five years to reach 17.2 million units by 2019.
The number of connected digital signage displays in active use worldwide is projected to grow from 25.4 million in 2014 at a growth rate of 20%, reaching just under 64 million million in 2019.
Many of the world's leading technology companies, including IBM, Samsung and ARM, are making major investments in IoT technologies in expectation of an increasingly Web-connected world.
Mergers and acquisitions related to IoT continue to shatter records, with buyers so far this year spending $14.8 billion to purchase 39 IoT-related companies, according to a report earlier this month from 451 Research.
That surpasses the $14.3 billion spent for 62 such companies in all of 2014, which itself was a record-breaking year.
[Read about six obstacles facing IoT.]
For the full year 2014, IoT M&A spending increased fortyfold from 2013's levels -- almost eight times the total spent by acquirers in 2012 and 2013 combined.
Despite market enthusiasm for IoT, consumers worldwide aren't totally sold on the barrage of connected devices.
An April study conducted by the Ponemon Institute and sponsored by Trend Micro found that while a slight majority of consumers believe the benefits of IoT outweigh privacy concerns, 75% feel they do not have any control over their personal information.
[Did you miss any of the InformationWeek Conference in Las Vegas last month? Don't worry: We have you covered. Check out what our speakers had to say and see tweets from the show. Let's keep the conversation going.]
Nathan Eddy is a freelance writer for InformationWeek. He has written for Popular Mechanics, Sales & Marketing Management Magazine, FierceMarkets, and CRN, among others. In 2012 he made his first documentary film, The Absent Column. He currently lives in Berlin. View Full Bio

Até 2020 haverá 100 bilhões de objetos conectados no mundo



Teletime, quinta-feira, 21 de maio de 2015, 3h27



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A aposta maior da Huawei para o mercado corporativo de acesso é a de evoluir sua plataforma de rede definida por software (SDN) para uma série de aplicações, capitaneadas pela Internet das Coisas (IoT), e que culminaria em uma nova revolução industrial. A previsão da companhia chinesa é de que, até 2020, o mercado global já conte com 100 bilhões de objetos conectados, com 2 milhões de sensores instalados a cada hora, e a ideia é aproveitar essa tendência com uma estratégia voltada especialmente para o mercado de automação industrial, conectividade em WLAN e medidores inteligentes.Isso tudo está em linha com o recente programa do governo chinês para aumentar a conectividade na indústria em dez anos, o projeto Made-In-China 2025. Não por acaso, a empresa sedia em Pequim nesta semana o Huawei Network Congress 2015 com o objetivo de ser uma força nessa frente. "Nos últimos dez anos, a Internet, banda larga móvel e mídia social mudou todas as indústrias significativamente na China, mas ainda entendemos que essa fase está no passado, com todas as mudanças no fluxo de informação, de caixa e na indústria de serviço", declarou o presidente da Enterprise Business Group da fabricante, Yan Lida.

Chamada de Cyber Phisical System (CPS), a estratégia de convergência do mundo físico e virtual da China está também no mesmo passo dos programas Indústria 4.0, da Comunidade Europeia, e Industrial Internet, dos Estados Unidos. "Esses três programas foram anunciados próximos um dos outros porque são consistentes, mostram como as TIC vão trazer possibilidades infinitas, como Cloud, Big Data, redes sociais, IoT, CPS e mobilidade", explica Lida. Outro ponto para pavimentar esse futuro no mercado chinês foi dado nesta quinta-feira, 21: o governo anunciou um programa para fomentar a banda larga, com investimento de 1,13 trilhão de yuans (US$ 182 bilhões) em três anos para aumentar a velocidade da conexão. Desses, 430 bilhões de iuans serão investidos em fibra ótica e rede 4G no primeiro ano.

Tendência, mas ainda não realidade

Junto com a IDC, a Huawei realizou uma pesquisa que afirma que a IoT, em particular, será o motor da mudança com um mercado gerando US$ 1,9 trilhão em 2020. "A singularidade está chegando, e podemos ver que a singularidade do IoT também está nos alcançando", diz o presidente da divisão de switching e comunicações corporativas, Liu Shaowei, comparando o ponto de inflexão da conectividade da indústria com o momento previsto para que a inteligência artificial fique equivalente à humana. De acordo com o levantamento, em cinco anos, 40% do tráfego será IoT, processado na nuvem. Além disso, 79% do tráfego máquina-a-máquina (M2M) passará por gateways corporativos; e 50% da capacidade de rede será utilizada com Internet das coisas, com 50 bilhões de conexões.

Apesar das promessas, o fato é que a Internet das coisas ainda não é uma parte relevante nas receitas da companhia, mas a aposta é que isso vá mudar. "A IoT é uma nova indústria e oportunidade. Só precisa de uma pequena parte de nossa receita, mas está crescendo rápido", declara Shaowei. "A IoT ainda está no âmbito um pouco mais conceitual de mercado, mas a Huawei está pronta em termos de tecnologia", complementou o diretor de marketing da Huawei Brasil, Rômulo Horta.

Produtos

Para acompanhar essas tendências que apresenta, a fabricante chinesa procurou oferecer novidades para demandas do mercado. Além do sistema operacional LiteOS, voltado para IoT, a Huawei anunciou a nova geração da solução de SDN para arquitetura de redes Agile Network 3.0, a Huawei Business-Driven ICT Infrastructure (BDII), a plataforma de armazenamento em rede definida por software SDSN e a solução para mobilidade corporativa Agile Mobile Solution, que será lançada em setembro deste ano e procura convergir funções Wi-Fi com LTE e 3G, integrando backhaul de campus corporativo com o da rede móvel.

Bruno do Amaral, de Pequim, a convite da Huawei
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Google prepara sistema operacional para internet das coisas


Com o programa, que seria chamado de Brillo, companhia se junta a Huawei, Samsung, IBM e Blackberry na corrida pelos sistemas para IoT.


A gigante digital Google está desenvolvendo um sistema operacional para equipar dispositivos que se conectam à internet das coisas (IoT, na sigla em inglês). O software já teria até nome: Brillo. Nesta semana, outra multinacional, a Huawei, anunciou um sistema operacional superleve para equipar as coisas que entrarão na web nos próximos anos.
Aparentemente as empresas estão tomando direções diferentes no desenvolvimento. Enquanto o sistema da companhia chinesa teria 10 Kbytes de peso, apenas, o Brillo, da Google, exigiria hardware com 32 Mb a 64 Mb de memória RAM – muito pouco comparado aos computadores e celulares atuais, mas muito mais que a provável exigência do programa da Huawei. Segundo a Fortune, não há ainda previsão de lançamento do sistema. O anúncio oficial da empresa deve acontecer na próxima semana.
Embora incipiente, o mercado de sistemas para IoT tem muitos concorrentes. A fabricante do iPhone anunciou no ano passado o Homekit, sistema para conexão de dispositivos IoT ao iOS, seu sistema operacional. E deve lança-lo em junho deste ano, juntamente como uma atualização do iOS. IBMBlackberry e Samsung, que desenvolve o ARTIK, também apostam no desenvolvimento do IoT. (Com agências internacionais)

Anatel prevê disputa em fatia de 1.8GHz em São Paulo

Convergência Digital - Carreira
Luís Osvaldo Grossmann - 21/05/2015

Até outubro, a Anatel quer realizar o prometido leilão de sobras de 2,5 GHz, além do naco de 1,8 GHz que a agência retomou da Unicel – são 5 + 5 MHz especificamente no principal mercado do país, São Paulo.
A oferta vai incluir largos pedaços de 35 MHz em 2,5 GHz para operações em TDD – leia-se, banda larga fixa via rádio. Como planeja desde o ano passado, a ideia da agência é oferecer milhares de lotes divididos por áreas pequenas, como municípios.
Esse é um mercado atualmente explorado principalmente pela Sky e pela On Telecom – empresa que ficou badalada ao chegar no país em 2013 por contar com participação do megainvestidor americano George Soros.
A agência acredita, porém, que será possível incentivar pequenos provedores com a quebra em milhares de lotes. “Estamos trabalhando para aumentar essa oferta de banda larga”, diz o presidente da Anatel, João Rezende
Ainda no caso do 2,5 GHz, há nacos de 35 MHz disponíveis em três praças atraentes – São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Pode haver disputa entre Sky e On, embora a primeira busque uma atuação nacional enquanto a mais nova ainda atue apenas no estado de São Paulo.
No ano passado, a intenção declarada da Anatel era fazer esse leilão ainda no primeiro semestre deste ano. Por conta da amplitude – talvez mais de 5 mil lotes – parte da estratégia envolve o desenvolvimento de um sistema eletrônico para oferta dos lances.

Cortes do governo adiam projetos de acesso à Internet e inclusão digital

 

Luís Osvaldo Grossmann ... 22/05/2015 ... Convergência Digital
O ajuste fiscal do Governo Dilma - que determinou um contingenciamento de R$ 69,9 bilhões no orçamento - foi anunciado com maior clareza nesta sexta-feira, 22/5. A medida vai implicar em um corte de R$ 317 milhões, nos cerca de R$ 1,3 bilhão previstos para o Ministério das Comunicações em 2015. Segundo o governo, está preservado, principalmente, o projeto do satélite geoestacionário, sob a responsabilidade da Telebras. Mas a Plano Nacional de Banda Larga terá algum adiamento nas metas de ampliação da rede.
Nas contas do Minicom, esse corte deve atingir principalmente o programa de Cidades Digitais – que ganhou destaque na gestão de Paulo Bernardo e chegou a ser incluído no PAC. No caso da ampliação das redes no programa de inclusão digital, o Planejamento sinaliza com algum recurso no segundo semestre, quando espera que o ambiente econômico vá melhorar.
“Discutimos muitos com cada ministério. Posso dizer que no caso das Comunicações, mesmo com o contingenciamento, está preservado o satélite e o lançamento, a ampliação do Plano Nacional de Banda Larga já a partir do segundo semestre”, disse o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, ao anunciar os cortes nesta sexta.
A dúvida aí é se até lá os recursos irão para o PNBL, de Lula, ou para um projeto ainda na prancheta, mas que é promessa da presidenta Dilma Rousseff, o "Banda Larga Para Todos". Quem acompanha o tema de perto no governo suspeita de uma potencial disputa dos mesmos recursos. Ou seja, ou haveria dinheiro para a ampliação de redes metropolitanas, como defende a Telebras, como era o projeto Lula. Ou haverá aportes em parcerias com o setor privado, como indica o desenho do novo programa de Dilma.
A julgar pela defesa que fez o ministro do Planejamento, a área de Comunicações foi razoavelmente preservada nos cortes. “Em Comunicações, mesmo com o contingenciamento haverá recursos superiores ao total que foi pago no ano anterior. No ano passado foram pagos R$ 823 milhões. Isso dá uma boa medida da prioridade que é dada para Comunicações”, afirmou Barbosa.
Essa conta do ministro se deve ao fato de que, pela Lei Orçamentária, Comunicações teriam cerca de R$ 1,3 bilhão – valor que agora fica perto de R$ 1 bilhão. Segundo o Minicom, esse dinheiro será dividido entre o satélite, que vai receber R$ 396 milhões, enquanto os outros R$ 600 milhões precisam atender todos os demais programas e ainda contas de custeio.
Nesse caso, é de se esperar que esteja preservado o projeto de cabo submarino para a Europa, visto que a joint venture da Telebras com a espanhola Isla Link avançou. Como a estatal precisa de R$ 36 milhões para garantir a parceria – o financiamento do cabo se dará com juros europeus – a expectativa é de que o valor seja garantido naqueles recursos que sobram ao Minicom.
Vale lembrar que a conexão para a Europa foi a única que restou de um projeto bem mais ambicioso, que incluía cinco novas conexões, com os Estados Unidos, com países da América do Sul e com a África. O cabo para a Europa foi preservado por atender o movimento de resposta às denúncias de espionagem dos EUA – portanto, uma conexão internacional que não passaria por lá.

No caso do projeto do satélite geoestacionário, a partilha de recursos envolve uma certa engenharia. O Minicom vai aportar R$ 396 milhões para o satélite, enquanto pouco mais de R$ 300 milhões virão do Ministério da Defesa. Não chega para completar os R$ 970 milhões que a Telebras precisa para pagar ainda em 2015. Mas a conta acabará sendo alcançada graças a um financiamento de R$ 240 milhões que a estatal garantiu junto à Finep, que se tornou parceira no projeto.

domingo, 17 de maio de 2015

Queremos ser a OTT do governo, diz novo presidente da Telebras


quinta-feira, 14 de maio de 2015, 19h47




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O novo presidente da Telebras, Jorge Bittar, tomou posse nesta quinta-feira, 14, com planos ambiciosos. A ideia é transformar a estatal não apenas em uma empresa de redes, mas de tecnologias estratégicas para o governo. "Queremos ser a OTT do governo", afirmou.
Mas, para isso, Bittar ressalta que é preciso rentabilizar os ativos da empresa que hoje apura em torno de R$ 30 milhões por ano. A meta é turbinar a área comercial da empresa, para que tenha uma ação mais agressiva em busca de clientes dentro do governo, sobretudo na construção de redes metropolitanas, que garantirá comunicação segura entre os órgãos públicos.
Bittar garantiu que os recursos para o satélite e o cabo submarino estão garantidos para este ano, apesar do contingenciamento. Outra prioridade da estatal é trabalhar com a Agência Espacial Brasileira no desenvolvimento de um ecossistema de empresas para oferecer peças, partes, subsistemas de satélites.
O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, que participou da posse, disse que Bittar reúne as condições especiais para cumprir a tarefa de transformar a Telebras em um orgulho para o povo e símbolo de desenvolvimento e cidadania.
Leia, abaixo, os principais trechos da conversa com o novo presidente da Telebras:
"Cabo submarino para a Europa e satélite são programas absolutamente estratégicos para o País, são compromissos do Estado, de governo, e não haverá nenhum retardamento no cronograma do satélite. Até porque é um cronograma crítico, o satélite, por exemplo, tem o momento preciso, que é chamado de janela de lançamento, que se é perdida a oportunidade, nova data pode acontecer seis meses ou um ano depois. Não é uma coisa que se ajusta com facilidade, além dos custos financeiros desse retardamento.
A previsão é de que o satélite seja lançado no último trimestre de 2016 e que esteja operacional no primeiro trimestre de 2017.
Já o projeto do cabo submarino para a Europa está indo muito bem, já está na fase final de aprovação pelo governo federal, e tem a ver com comunicações seguras para o exterior. Além do mais, os recursos para o cabo este ano não são muito elevados, serão mais significativos no próximo ano. Mas o cabo não é investimento só nosso, mas também da parceira espanhola, a Islalink, e haverá também a participação de outros investidores. Então, os investimentos do governo brasileiro serão feitos ao longo da implantação do cabo e, portanto, não haverá descontinuidade. O projeto feito pela Telebras está muito estruturado e recebeu elogios até da equipe econômica do governo. A lém disso, ele é estratégico, é parte integrante do Banda Larga para Todos.
Outra grande finalidade do cabo é interligar as redes de pesquisas e desenvolvimento europeias com as redes sul-americanas. Por causa disso, a União Europeia vai botar dinheiro nesse projeto, antecipando a compra de serviços do cabo."
Redes metropolitanas
Os projetos para construção das redes metropolitanas, para garantir comunicação segura aos órgãos de governo, seguem com os trabalhos de campo para determinar os trajetos que serão construídos. Do mesmo modo que o cabo, as redes metropolitanas serão construídas ao longo de um determinado período de tempo, provavelmente durante todo o governo da presidente Dilma Rousseff. A empresa vai definir as prioridades de acordo com as demandas de governo. Um exemplo disso, é que o Ministério da Justiça solicitou a implantação de uma rede para ligar todas as unidades da pasta. Então, ele passa a ser um cliente prioritário da Telebras, e todo o investimento que puder ser feito para criar essa rede metropolitana será importante. E assim acontecerá com outros órgãos do governo.
No caso do Ministério da Justiça, onde houver rede da Telebras, os órgãos serão ligados e, onde não houver redes, a estatal fará parcerias de uso de infraestrutura ou EILD para que possa atender. Enquanto isso, a empresa vai construindo a sua rede própria.
A ideia é procurar ministério por ministério para orientar o planejamento das redes. A empresa vai continuar com sua tarefa de implantar backbone, mas agora o desafio não é só transportar, mas prestar o serviço, chegar ao cliente. No caso do governo, ele é um cliente de varejo e não de atacado, como são os pequenos provedores. Então tem que chegar lá com qualidade, com segurança, com preços razoáveis – a empresa está de olho nos preços que o mercado cobra. Ou seja, todo o esforço nesse momento é para turbinar a área comercial da empresa. Existe uma gerência só para tratar de governo.
Renda
Para turbinar a área comercial, a Telebras irá ao encontro dos clientes. Hoje, a empresa, dominantemente, recebe demandas. Mas a ideia é ir ao encontro dos clientes para que possa, rapidamente, ampliar o faturamento. Em quatro anos, são apenas 180 contratos e a estatal precisa ter mais ousadia. Para isso está em construção um novo plano de comercialização, que deverá estar concluído na próxima semana. A estratégia é mobilizar os recursos humanos da estatal no sentido de olhar para as demandas do governo e dos provedores, melhorando as relações atuais.
A renda anual da Telebras está em R$ 30 milhões por ano, recursos insuficientes para cobrir os investimentos da empresa. A meta é rentabilizar os investimentos. Só para o satélite, a empresa necessitará de R$ 600 milhões para este ano. Para o cabo submarino, a previsão é de mais R$ 10 milhões.
Outra prioridade da estatal é trabalhar com a Agência Espacial Brasileira no desenvolvimento de um ecossistema de empresas para oferecer peças, partes, subsistemas de satélites.
A intenção é fazer da Telebras uma empresa de tecnologia e não de rede, que possa contribuir para desenvolver plataformas de aplicações para a educação, para a saúde, para cidades inteligentes, como todas as operadoras de telecomunicações, que querem se transformar em OTTs. "Só que o nosso nicho é o governo e queremos ser a OTT do governo", disse. Mas para isso, é preciso aumentar a rentabilidade da empresa.

Projeto de lei obriga agências reguladoras a fazerem Análise de Impacto Regulatório


Um projeto de lei apresentado pelo deputado Eros Biondini (PTB-MG) esta semana pode fazer as agências reguladoras mudarem completamente a forma como propõem, discutem e aprovam seus regulamentos e atos normativos. O projeto do deputado (PL 1.539/2015) obriga as agências reguladoras no âmbito da administração federal a realizarem obrigatoriamente Análise de Impacto Regulatório (AIR) em todos os atos normativos, planos setoriais e edição, alteração e prorrogação de outorgas. Mas não é um projeto que simplesmente determina a aplicação desta metodologia. Em seus 36 artigos, o projeto detalha minuciosamente todas as etapas que precisarão ser seguidas pelas agências, sob pena de nulidade da regulamentação. É, na prática, um regulamento geral para as agências reguladoras. O projeto tramitará, provavelmente, nas comissões de Ciência, Tecnologia e Comunicação (CCTCI) e na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), além de passar pela análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
A Análise de Impacto Regulatório é, em essência, a análise prévia de custos e benefícios sociais e econômicos de cada medida regulatória proposta. Alguns países, como o México e Chile, bem como reguladores como a FCC norte-americana, têm essa prática bastante consolidada, ainda que nem sempre de forma obrigatória.
O projeto afeta diretamente a Anatel (telecomunicações) e também agências como Ancine (cinema e audiovisual), Aneel (energia), ANP (petróleo e gás), ANS (saúde), Anvisa (vigilância sanitária), ANTT e Antaq (transporte terrestre e aquaviário, respectivamente), ANAC (aviação civil) e a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), bem como outras agências reguladoras definidas por lei ou por decreto. O projeto não deixa claro se isso incluiria o Banco Central, por exemplo.
Outro aspecto importante é que o projeto dá grandes poderes à Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (SEAE), que terá poder de escrutínio e validação sobre todos estudos de Análise de Impacto Regulatório e, depois, acompanhamento das medidas. Pela proposta, as etapas de elaboração da análise de impacto só podem ser dispensadas por determinação expressa do ministério a que a respectiva agência estiver vinculada e, mesmo assim, em casos excepcionais.
Definição e objetivos
O primeiro aspecto importante do projeto é a definição do que é Análise de Impacto Regulatório. Segundo o texto, trata-se do "procedimento administrativo de observância obrigatória, voltado a subsidiar e orientar a tomada de decisões regulatórias pelas Agências Reguladoras, bem como permitir o monitoramento de sua implementação, baseado no uso sistemático de analise econômica dos custos, benefícios e dos possíveis efeitos de uma determinada decisão regulatória, tendo em consideração os objetivos a serem perseguidos em cada setor regulado".
O texto do projeto dispensa a aplicação da Análise de Impacto Regulatório em atos administrativos voltados a situações específicas e individualizadas, como expedição de autorizações e licenças, e atos de organização interna que não criem direitos e deveres a terceiros.
Os objetivos da AIR, segundo o projeto, são orientar e subsidiar o processo de tomada de decisão pelas agências, medir as potenciais consequências de uma iniciativa regulatória, propiciar maior eficiência e eficácia das decisões regulatórias; propiciar "maior coerência e qualidade da política regulatória" e dar transparência ao processo de regulação, além de permitir o monitoramento e controle do processo de tomada de decisões regulatórias pelos agentes regulados e pela sociedade civil.
Análise com as empresas
Um dos aspectos mais importantes do projeto é a necessidade de que se criem grupos de trabalho multidisciplinares para proceder a Análise de Impacto Regulatório, caso a caso. Esses grupo deverão contar obrigatoriamente com "profissionais habilitados a atuar nas diversas áreas atinentes à matéria envolvida em cada caso", não ficando claro se apenas técnicos de carreira das agências bastariam para isso. Esses grupo poderão ainda contar com "o auxílio de especialistas nas áreas técnica, científica, econômica e jurídica, a serem contratados por prazo determinado".
A Análise de Impacto Regulatório, pela proposta feita, prevê várias etapas a serem cumpridas pelas agências. Desde a definição do problema e dos objetivos até a emissão do relatório final, tudo isso passando por chamamentos e consultas públicas, análises de alternativas e validação de dados. Feito tudo isso, a Secretaria de Acompanhamento Econômico terá a responsabilidade de realizar o "escrutínio e parecer de validação" dos relatório e depois monitorar a alternativa adotada, juntamente com a respectiva agência. Ao todo, são no mínimo oito etapas antes que um regulamento seja adotado. O texto do Projeto de Lei não especifica, mas aparentemente o processo de AIR substitui inteiramente os procedimentos de consulta pública hoje adotados pelas agências.
Além da necessidade de definição prévia dos problemas e objetivos, o projeto de lei prevê que as alternativas sejam todas analisadas à luz dos custos e benefícios em diferentes esferas da sociedade, bem como a eficácia dos procedimentos propostos. Caso as medidas propostas não surjam efeito, a regulamentação deve ser revista.
Segundo o texto, "a partir do monitoramento da medida regulatória, de modo a ajustar eventuais impactos não desejados, poderão resultar sugestões de sua alteração ou revogação, nas hipóteses em que se verificar que os benefícios sociais da medida não superam os custos de sua adoção. Todas as etapas do processo de AIR devem ser públicas e os documentos disponibilizados.
Histórico
Vale lembrar que o tema não é novo no âmbito das agências reguladoras brasileiras. Algumas delas, como ANTT e Anvisa, já adotam plenamente procedimentos que podem ser entendidos como Análise de Impacto Regulatório. A partir de 2007, a Casa Civil (então sob o comando da presidenta Dilma Rousseff) e o Ministério do Planejamento estabeleceram o Pro-Reg, programa que buscava estabelecer um padrão de operação das agências reguladoras, inclusive por meio de AIR. Outras agências, como Ancine, têm na sua regulamentação a determinação de que estes estudos sejam feitos previamente, e a Anatel, por exemplo, tem legalmente a obrigação de justificar suas decisões e atos. O que o PL 1.539/2015 do deputado Eros Biondini faz é estabelecer um detalhado processo que deve ser seguido, etapa a etapa. Do ponto de vista do regulador, trata-se de uma metodologia bastante rígida que exige um grande trabalho de estudos e análises prévios. Por essa razão o trabalho do Pro-Reg acabou não disseminando de maneira uniforme essa cultura junto às agências, que em muitos casos sequer têm estrutura suficiente para realizar esse tipo de análise.

Do pondo de vista dos setores regulados, a aplicação do método de AIR é uma forma de evitar a imprevisibilidade e o chamado custo regulatório, decorrente de regulação excessiva ou pouco eficiente. Academicamente, a principal crítica ao processo de AIR é a ênfase demasiadamente econômica nas análises e a dificuldade de avaliar os custos e benefícios sociais intangíveis.