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A aposta maior da Huawei para o mercado corporativo de acesso é a de
evoluir sua plataforma de rede definida por software (SDN) para uma
série de aplicações, capitaneadas pela Internet das Coisas (IoT), e que
culminaria em uma nova revolução industrial. A previsão da companhia
chinesa é de que, até 2020, o mercado global já conte com 100 bilhões de
objetos conectados, com 2 milhões de sensores instalados a cada hora, e
a ideia é aproveitar essa tendência com uma estratégia voltada
especialmente para o mercado de automação industrial, conectividade em
WLAN e medidores inteligentes.Isso tudo está em linha com o recente
programa do governo chinês para aumentar a conectividade na indústria em
dez anos, o projeto Made-In-China 2025. Não por acaso, a empresa sedia
em Pequim nesta semana o Huawei Network Congress 2015 com o objetivo de
ser uma força nessa frente. "Nos últimos dez anos, a Internet, banda
larga móvel e mídia social mudou todas as indústrias significativamente
na China, mas ainda entendemos que essa fase está no passado, com todas
as mudanças no fluxo de informação, de caixa e na indústria de serviço",
declarou o presidente da Enterprise Business Group da fabricante, Yan
Lida.
Chamada de Cyber Phisical System (CPS), a estratégia de convergência do
mundo físico e virtual da China está também no mesmo passo dos
programas Indústria 4.0, da Comunidade Europeia, e Industrial Internet,
dos Estados Unidos. "Esses três programas foram anunciados próximos um
dos outros porque são consistentes, mostram como as TIC vão trazer
possibilidades infinitas, como Cloud, Big Data, redes sociais, IoT, CPS e
mobilidade", explica Lida. Outro ponto para pavimentar esse futuro no
mercado chinês foi dado nesta quinta-feira, 21: o governo anunciou um
programa para fomentar a banda larga, com investimento de 1,13 trilhão
de yuans (US$ 182 bilhões) em três anos para aumentar a velocidade da
conexão. Desses, 430 bilhões de iuans serão investidos em fibra ótica e
rede 4G no primeiro ano.
Tendência, mas ainda não realidade
Junto com a IDC, a Huawei realizou uma pesquisa que afirma que a IoT,
em particular, será o motor da mudança com um mercado gerando US$ 1,9
trilhão em 2020. "A singularidade está chegando, e podemos ver que a
singularidade do IoT também está nos alcançando", diz o presidente da
divisão de switching e comunicações corporativas, Liu Shaowei,
comparando o ponto de inflexão da conectividade da indústria com o
momento previsto para que a inteligência artificial fique equivalente à
humana. De acordo com o levantamento, em cinco anos, 40% do tráfego será
IoT, processado na nuvem. Além disso, 79% do tráfego máquina-a-máquina
(M2M) passará por gateways corporativos; e 50% da capacidade de rede
será utilizada com Internet das coisas, com 50 bilhões de conexões.
Apesar das promessas, o fato é que a Internet das coisas ainda não é
uma parte relevante nas receitas da companhia, mas a aposta é que isso
vá mudar. "A IoT é uma nova indústria e oportunidade. Só precisa de uma
pequena parte de nossa receita, mas está crescendo rápido", declara
Shaowei. "A IoT ainda está no âmbito um pouco mais conceitual de
mercado, mas a Huawei está pronta em termos de tecnologia", complementou
o diretor de marketing da Huawei Brasil, Rômulo Horta.
Produtos
Para acompanhar essas tendências que apresenta, a fabricante chinesa
procurou oferecer novidades para demandas do mercado. Além do sistema
operacional LiteOS, voltado para IoT, a Huawei anunciou a nova geração
da solução de SDN para arquitetura de redes Agile Network 3.0, a Huawei
Business-Driven ICT Infrastructure (BDII), a plataforma de armazenamento
em rede definida por software SDSN e a solução para mobilidade
corporativa Agile Mobile Solution, que será lançada em setembro deste
ano e procura convergir funções Wi-Fi com LTE e 3G, integrando backhaul
de campus corporativo com o da rede móvel.
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