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Na semana passada, cerca de 40 empresas de distribuição de energia
elétrica, entre elas gigantes como Eletropaulo, CPFL, AES, CEMIG, Copel
etc., além de fornecedores de soluções de smart grid, estiveram na
Anatel para pleitear a liberação da parcelas do espectro de 3,5 GHz e
2,5 GHz para serviços de telecomunicações voltados a serviços críticos,
como energia. A apresentação principal ficou a cargo do WiMAX Forum,
entidade que há mais de uma década advoga em defesa do padrão WiMAX,
hoje uma referência importante para plataformas de redes elétricas
inteligentes. Segundo Declan Byrne, presidente do WiMAX Forum, o
principal ponto colocado pelos presentes foi a necessidade de espectro
licenciado para serviços de infraestrutura crítica. "Há experiências em
espectro não-licenciado, mas é complicado pensar em operações em maior
escala", diz ele.
Especificamente, o WiMAX Forum e as utilities de energia pediram à
Anatel que considere a alteração nas Resoluções 537/2010 (que trata da
faixa de 3,5 GHz) e da 544/2010 (que trata da faixa de 2,5 GHz). No caso
da faixa de 3,5 GHz há a previsão de um bloco de 10 MHz para
comunicação de dados dedicada a projetos de inclusão digital, usando
tecnologias TDD. Já no caso da faixa de 2,5 GHz, a previsão é de 15 MHz
TDD, também para inclusão digital. A proposta do grupo é que a Anatel
mude as resoluções para permitir, na faixa, além de projetos de inclusão
digital, também serviços críticos (serviços de governo, segurança,
utilities, transporte etc.). "Muitos países estão usando essas faixas
para aplicações críticas, como o Japão". O pleito das empresas não é um
leilão dessas faixas, mas a cessão a título não oneroso para usos
exclusivamente de aplicações de smart grid.
O trabalho com a Anatel nesse sentido já existe há cerca de um ano, diz
Byrne. Segundo ele, o próximo passo combinado com a agência é a
apresentação de um relatório, nos próximos 60 dias, detalhando as
propostas e iniciativas possíveis. Segundo ele, há outras faixas que
interessariam às utilities, incluindo 700 MHz e 1,8 MHz, mas hoje, com
as faixas de 2,5 GHz e 3,5 GHz, já é possível atender bem áreas mais
densas, mesmo as muito edificadas. |
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