sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Transformação digital poderá fechar até 40% das tradicionais empresas, prevê Cisco




O efeito disruptivo do mundo digital tem o potencial de derrubar empresas tradicionais e remodelar os negócios muito mais rapidamente do que qualquer outra força na história corporativa. Essa é a principal conclusão do estudo divulgado pelo Global Center for Digital Business Transformation (DBT Center), uma iniciativa entre a Cisco e o International Institute of Management Development (IMD), de Lausanne, na Suíça. Segundo a pesquisa, 4 em 10 empresas tradicionais poderão ser deslocadas de seu mundo de negócios até 2020. Um outro levantamento feito pela empresa, dessa vez em parceria com a IDC, mostra que nesse cenário, a nuvem entra em sua “segunda onda”, muito mais voltada para inovação e com capacidade de colaborar para aumentar as receitas das companhias.
O relatório, intitulado Vortex Digital: como a disrupção está redefinindo indústrias, é o primeiro estudo do DBT. Ele investigou o estado de ruptura digital e as perspectivas para a indústria entrevistando 941 líderes empresariais em 12 indústrias e 13 países, incluindo Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, México, Rússia, e Estados Unidos.
De acordo com o levantamento, a ruptura digital pode afetar negativamente cerca de 40% das empresas incumbentes em cada um dos 12 setores estudados nos próximos cinco anos. Mesmo diante dessa possibilidade, 45% dos entrevistados disseram que a questão da transformação digital não está recebendo a devida atenção do board de suas companhias.

“Cada país, cada cidade e cada empresa será obrigado a tornar-se digital, a fim de prosperar e sobreviver na nova economia”, disse Martin McPhee, vice-presidente sênior de Serviços de Consultoria da Cisco. A maioria dos executivos entrevistados enxerga a digitalização como um fator positivo para as empresas e a sociedade. 75% dos pesquisados ​​acreditam que a ruptura digital é uma forma de progresso, 72 % disseram que melhora o valor para os clientes. Ao mesmo tempo, 43 %  não reconhecem o risco que pode ser causado pela transformação digital ou não abordaram suficientemente o tema. Apenas 25% se qualifica como pró-ativos nesse aspecto.

Entre as 12 indústrias em destaque no relatório, Tecnologia Produtos e Serviços tem o maior potencial de transformação ao longo dos próximos cinco anos. No entanto, o relatório também mostra indústrias orientadas a dados em geral no topo dos que têm potencial para enfrentar essa nova fase, incluindo Mídia e Entretenimento, Telecomunicações, Serviços Financeiros e Varejo. Segundo o relatório, estes são setores que dependem de redes baseadas em tecnologia para troca de valor digital, incluindo os dados e transações.

Segunda onda
Os vencedores serão as empresas que terão condições de inovar mais rápido do que seus concorrentes, diz o Vortex Digital. E eles estão contando com a nuvem (privada, pública ou híbrida) para atingir esse objetivo. O estudo Don’t Get Left Behind: The Business Benefits of Achieving Greater Cloud Adoption, conduzido pela IDC, mostra que 54% esperam que nuvem – pública, privada, e cada vez mais híbrida – qlhes permitam alocar orçamento de TI de forma mais estratégica e 53% acreditam que ela irá ajudar a aumentar as receitas.

Quatro em cada 10 organizações já adotaram serviços de nuvem pública ou privada. Até agora, o principal objetivo da adoção de cloud tem sido a de aumentar a eficiência e reduzir os custos. Mas uma “segunda onda” de adoção está emergindo. As empresas estão adotando agora nuvem com foco muito mais voltado para ganharem agilidade, inovação e serem mais disruptivos.

A evolução para essa segunda onda vai depender muito do nível de maturidade de suas estratégias para nuvem.Apenas 1% das empresas pesquisadas tem, na verdade, otimizado essa ida para cloud computing. A maioria das organizações ainda está na extremidade baixa da curva de maturidade.

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