quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Executivos debatem benefícios do futuro com Internet das Coisas e M2M




M2M and IoT Market: A World of Opportunities to be Explored. Imagem: Tissiane Vicentin/ TeleSemana.com
M2M and IoT Market: A World of Opportunities to be Explored. Imagem: Tissiane Vicentin/ TeleSemana.com

“Quando uma pessoa se conecta, isso muda a sua vida. Quando todas as coisas se conectam, isso muda o mundo”. A frase foi dita por Marise De Luca, diretora de soluções de transporte da Ericsson para América Latina, durante o debate sobre M2M e Internet das Coisas (IoT) que aconteceu nessa terça-feira (14), no auditório Colômbia da 16a. edição da Futurecom, e resume bem o que podemos esperar do futuro de possibilidades que essas novas tecnologias permitem explorar.

O carro conectado foi um dos exemplos citado por Carlos Eduardo Briselli, gerente de marketing e produto da BMW. Já existem atualmente modelos de automóveis que ficam 100% do tempo conectados e oferecem conforto, comodidade, inovação e segurança ao cliente – o que cria a fidelização com a marca e a possibilidade de serviços premium jamais vistos antes. “O usuário pode receber a ligação da concessionária afirmando que o carro informou que necessita de troca de óleo ou que está com defeito no câmbio”, exemplifica.
Também na área automobilística, é possível que surjam serviços mais personalizados, como no exemplo dado por Frank Meylan, sócio da área de Information Technology Advisory Services da KPMG, onde o preço do seguro de um carro pode ser cobrado de acordo com o perfil do motorista. Nem todo jovem motorista dirige do mesmo jeito, então porque cobrar o mesmo valor para dois perfis distintos?

Outras indústrias, como a da saúde e energia, também terão benefícios com a ampliação do uso dessas novas tecnologias. “Estamos nos tornando uma usina de informações que geram dados que podem ser usados para entender como as massas pensam”, afirma Avi Alkalay, arquiteto de informações, da IBM. “As indústrias de transporte, manufaturados, automóveis, medicina, todas elas estão se digitalizando e aquele que conseguir fazer um cruzamento entre elas estará no topo.”

Marise também ressaltou que, nesse novo cenário, as empresas terão que ser mais cooperativas. “Acredito que, nesse contexto, não existe fronteiras, então não adianta querer proteger o seu espaço. O que existe é uma indústria em transformação que deverá trabalhar em conjunto.”

Privacidade

Com a Internet das Coisas, uma grande quantidade de dispositivos serão integrados, bem como uma quantidade massiva de dados de usuários serão coletados. Com isso, é natural que surjam questionamentos e preocupações com relação à privacidade dos usuários. De acordo com Briselli, esse é um ponto delicado que deve ser analisado, mas o executivo ressaltou que nenhum dado é monitorado sem a permissão do usuário – e caso o seja, seria para a sua própria segurança.

Ele cita como exemplo uma situação em que há um acidente envolvendo um carro inteligente. Nesse caso, os dados coletados podem servir para salvar vidas. Isso porque o sistema de segurança identificaria o momento da batida e forneceria à empresa dados como: o número de ocupantes no carro no momento da colisão, as possíveis injúrias causadas e acionaria automaticamente o serviço de resgate.

Também há a preocupação do usuário que interpreta a coleta de dados como “as empresas saberão onde estou e o que estou fazendo”, mas Alkalay ressalta que essas informações pessoais deverão ser analisadas de outra forma, voltada para pesquisas. “O que interessa não é uma informação do tipo ‘esse usuário é Avi’ e sim ‘este usuário é um homem de 40 anos’. Os dados serão mais neutros.”

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