Pesquisa
da CompTIA destaca potencial de negócio que vem com o avanço da
Internet das Coisas. “Tudo será conectado”, aponta associação
28 de Setembro de 2015 - 11h00
A entidade realizou um estudo para avaliar o potencial de IoT junto a indústria de tecnologia. Segundo o relatório, nesse momento, organizações dos setores público e privado buscam novas maneiras de alavancar a conectividade.
A pesquisa “Sizing Up the Internet of Things”, realizada em julho de 2015 com a participação de 381 empresas de TI dos Estados Unidos, indica que oito em cada dez executivos buscam entender o potencial de negócios que vêm com o conceito. Além disso, um terço dos respondentes projeta que essas oportunidades emergentes irão melhorar seus resultados ao longo dos próximos dois anos.
Ao mesmo tempo, algumas questões permanecem sem resposta. Cinquenta e três por cento dos entrevistados apontam que a publicidade em torno do mercado de IoT é maior do que o conceito. Já 47% consideram que as oportunidades apresentadas a partir dos dispositivos conectados justificam todo o buzz.
"Os dados apontam que a Internet das Coisas avança em várias frentes, mas também confirmam que, como muitos mercados de tecnologia emergente, vai levar tempo para se desenvolver", afirma Tim Herbert, vice-presidente sênior de pesquisa e inteligência de mercado da CompTIA.
Estimativas indicam que o número de "coisas" conectadas à Internet será 50,1 bilhões até 2020. Isso se traduz em cerca de 6,3 coisas ligadas por pessoa se distribuída uniformemente por todo o planeta.
Segundo o levantamento, dentre as áreas onde se espera um maior impacto do conceito, figuram controle e monitoramento de sistemas ou dispositivos recém-conectados (citado por 53% dos pesquisados), coleta de novos fluxos de dados (46%), adicionando inteligência para dispositivos anteriormente "burros" ou sistemas (46%) e criando novo valor a partir de sistemas conectados (42%).
De acordo com a CompTIA, a indústria de TI está no centro de grande parte da atividade corrente da IoT. "Mas seu impacto será sentido em praticamente todos os setores da economia, como empresas, entidades governamentais e outras organizações, que poderão explorar maneiras inovadoras para criar oportunidades de negócios, oferecer serviços e ampliar a conectividade", acrescenta.
Os três principais tipos de empresas que os executivos de TI citam que irão ganhar dinheiro com a nova tendência, têm um foco de especialidade que se aplica diretamente à tecnologia. São eles: fabricantes de dispositivos (44%), desenvolvedores de aplicativos (35%) e analistas de dados (31%).
Claro que existem fabricantes de dispositivos, desenvolvedores de aplicativos e serviços de análise de dados na prática hoje. A diferença está na construção e exigências dos dispositivos, na estrutura e na velocidade dos dados e do software e APIs (Application Programming Interface) que são usadas para a integração.
“Isso não quer dizer que não haverá oportunidade para outras empresas dos canais de TI ou de telecomunicações”, avalia a associação, dizendo que estas empresas de IoT específicas, provedores de soluções de TI e MSPs (managed service providers) são os próximos na linha quando se trata de expectativas de lucro. A dinâmica principal que se encaixa no modelo de negócios dessas empresas é a complexidade.
A crescente complexidade da TI levou a uma maior demanda por serviços gerenciados, bem como a complexidade inerente da Internet das Coisas irá conduzir as empresas a procurar ajuda para extrair valor a partir dos sistemas.
Como fornecedores de soluções têm como objetivo reduzir a complexidade para os seus clientes, eles terão que desenvolver suas habilidades para lidar com a tecnologia da Internet das Coisas. Isto pode não exigir mudanças drásticas, no entanto.
Muitas áreas da IoT podem ser vistas como extensões das habilidades ou linhas de negócios que os provedores de soluções já possuem. De fato, muitas disciplinas que estão no topo da lista para as expectativas de lucro já fazem parte dos canais existentes.
Uma disciplina de destaque é o desenvolvimento de aplicativos. Esta é uma área em que as empresas de canal não são normalmente tão fortes, mas tornou-se crítica para a condução de iniciativas de mobilidade.
Aplicações de negócio muitas vezes precisam de um front-end móvel otimizado a fim de produzir maior benefício, e se uma empresa está usando um software legado personalizado, o front-end requer personalização também. Aplicações IoT requerem um front-end semelhante para simplificar as tarefas de acesso aos dados. De modo que os provedores de soluções devem começar a pensar seriamente sobre como construir habilidades de aplicativos móveis.
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