A Câmara de Gestão e Acompanhamento do Desenvolvimento de Sistemas Máquina a Máquina (M2M, na sigla em inglês), que se reuniu esta semana,11, além de definir os sete setores prioritários para o desenvolvimento de políticas públicas, aprovou também o estudo aprofundado do projeto de lei sobre dados pessoais que está em consulta pública.
Isto porque, explicou o coordenador geral da Câmara, o secretário de telecomunicações, Maximiliano Martinhão, em evento promovido ontem,11, pela Momento Editorial, o setor privado apontou preocupações com a proposta formulada pelo Ministério da Justiça, lançada à consulta pública. “O setor privado entende que o projeto, tal como foi apresentado, poderá inibir o desenvolvimento do M2M e da Internet das Coisas, e por isso vamos estudar a fundo este assunto, já que a Câmara é formada também por representantes da Academia e do governo”, afirmou ele.
As sete verticais que serão priorizadas para o desenvolvimento de ações são as de cidades inteligentes, agricultura, saúde, educação, transporte, energia e produtividade industrial. Para Martinhão, os números de acessos M2M ainda são muito pequenos, e estão aquém das potencialidades do mercado brasileiro.
Conforme a Anatel, existem cerca de 10 milhões de chips máquina a máquina no país, número pequeno, frente a uma frota anual de 40 milhões de automóveis ou de 60 milhões de residências, que precisam de energia. “O setor privado precisa puxar a demanda”, assinalou Martinhão.