A prefeitura de São Paulo lança, no segundo semestre, o edital de licitação para contratar 600 mil pontos de iluminação inteligente. O projeto está em fase final de elaboração no modelo de PPP (Parceria Público Privada). “Hoje não existe um centro de controle do serviço de iluminação pública e as falhas são detectadas com as reclamações dos cidadãos”, informou o secretário de Serviços da Prefeitura de São Paulo, Simão Pedro Chiovetti. Segundo ele, a prefeitura recebe 25 mil ligações com reclamações e os problemas não param aí: “os equipamentos estão obsoletos, há baixa luminosidade nas vias e um elevado consumo de energia”, comentou o secretário, que participou nesta manhã do debate sobre M2M no setor público, realizado durante o 16º Wireless Mundi, em São Paulo.
“O projeto de modernização prevê a adoção de novas tecnologias, gestão inteligente, regulação e um contrato por níveis de serviços”, explicou Chiovetti. A ideia é colocar a tecnologia LED em toda a cidade e também expandir a rede de iluminação pública, cobrindo déficits de pontos de luz. De acordo com o secretário, o centro de controle operacional irá detectar falhas antes da reclamação, e melhorar a iluminação da cidade até como uma questão de segurança pública. “Há informações do Estado de que o alto índice de assaltos na zona leste tem a ver com a precária iluminação. Estamos também discutindo com o secretário de transportes (do município) a colocação de cobertura WiFi nos ônibus e nos terminais”, informou.
Embora Chiovetti não tenha falado em valores, o mercado estima que o projeto pode envolver de R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão. “Vai depender da rede e de outros serviços que possam ser adicionados”, informou a fonte. O secretário disse que o projeto pode ter o apoio do BNDES – que já manifestou a possibilidade de financiar o consórcio vencedor – e pode ter também o apoio financeiro do BID.
No modelo de uma PPP, o projeto  foi lançado em novembro do ano passado pela prefeitura e atraiu 37 grupos empresariais. Em março deste ano foram apresentados projetos por 11 empresas, que estão sendo analisados pela SP Negócios. “Neste momento estão analisando e fazendo a modelagem para a licitação, que ocorre no segundo semestre”, informou. A licitação, anunciou, deve ser lançada em setembro.