Colombiana temeu preço da corrida, mas valor é o mesmo dos outros táxis. Outros oito veículos elétricos devem entrar em circulação ainda este ano.
Passageira pegou táxi elétrico em ponto na Paulista na manhã desta segunda (Foto: Letícia Macedo/ G1)
A primeira passageira a testar um dos táxis elétricos que começaram a
circular na capital paulista na manhã desta segunda-feira (11) ficou
satisfeita ao saber que a tarifa cobrada pelo novo veículo, que não
emite poluentes, é igual a dos táxis comuns. Os dois carros que
participam do projeto-piloto ficarão em ponto na Avenida Paulista, na
esquina com a Rua da Consolação.
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“Achei muito silencioso. Esse carro é maravilhoso, mas tem que saber se
a corrida não vai ficar cara”, afirmou a colombiana Consuelo Sacristan,
de 49 anos, que está no Brasil há três meses. Ela pegou o táxi nesta
manhã para ir a uma reunião na Alameda Lorena, nos Jardins. “Eu acho [a
iniciativa] muito legal, porque vai ajudar o meio ambiente. Tomara que
daqui pra frente toda a frota seja desse jeito. Será um exemplo para
toda a América Latina”, declarou após ser informada sobre a manutenção
das tarifas.O carro elétrico, um Nissan Leaf, tem autonomia para 160 km. O modelo já é vendido pela empresa nos Estados Unidos, Japão e Europa. Em São Paulo, os taxistas só podem recarregar a bateria em três pontos na Zona Leste atualmente - por isso, o modelo ainda tem capacidade restrita de atuação.
Taxista aprovou carro elético e aguarda novos
pontos de recarga (Foto: Letícia Macedo/ G1)
O taxista Alberto de Jesus Alves de Ribeiro, de 52 anos, que trabalha
há mais de 20 anos no ramo, aprovou o carro novo e disse aguardar
ansioso a instalação de novos postos de recarga na cidade. “Dá para
fazer trajetos na capital e na Grande São Paulo. Por enquanto, vamos
trabalhar nesse limite, porque normalmente nós rodamos muito mais do que
160 km”, disse.pontos de recarga (Foto: Letícia Macedo/ G1)
Os cinco novos pontos de recarga que devem ser instalados em pontos estratégicos da cidade a partir do mês de outubro também devem resolver um outro inconveniente dos novos modelos: a demora para “reabastecer”. Atualmente, para ter uma recarga completa, o taxista precisa aguardar cerca de seis horas. Nos novos pontos, a recarga demorará apenas 30 minutos.
O taxista, que passou por um treinamento na Nissan, afirma que não há diferença entre conduzir um carro elétrico e um carro comum. “É [veículo] automático. Não vejo diferença. O painel é bastante moderno. Como é muito silencioso, tem que ficar atento com o pedestre, com o ciclista”, observa. Segundo ele, o carro possui um sensor que emite um sinal sonoro quando se aproxima de uma moto ou pedestre.
A economia no abastecimento é apontada como o principal atrativo do veículo elétrico. Segundo a Eletropaulo, cada carga que possibilita o uso do veículo por 160 km tem um custo de energia de R$ 7,11. Para rodar a mesma distância com etanol, o gasto estimado é de R$ 33,70 – no caso da gasolina, sobre para R$ 39,25. Outros oito táxis elétricos devem entrar em circulação no segundo semestre, segundo a Prefeitura.
Em ponto na Avenida Paulista, táxi virou atração (Foto: Letícia Macedo/G1)
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